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COLETA SELETIVA E SEUS IMPACTOS AMBIENTAIS E SOCIAIS

MELO, Paulo Giovanni Rodrigues 1


CARDOSO, Diego Aparecido Alves2
PEREIRA, Maíta Jesus Pires3
RODRIGUES, Ana Karolina Alves 4

Resumo:

A geração de resíduos sólidos representa um dos maiores problemas atualmente. Onde por sua
vez causa um grande dano ao meio ambiente e a sociedade acaba sendo a maior prejudicada
com toda essa situação, é também se encontra os catadores, que sofrem com a falta de
valorização profissional e com o preconceito da sociedade, e também encontram uma grande
barreira que é a separação desses resíduos em sua fonte geradora, mesmo com todos esses
desafios encontrados diariamente em suas vidas, o catador vê este trabalho como a sua única
opção de emprego. Para regulamentar esse problema, e dar mais oportunidade para essa classe
de trabalhadores foi sancionada a Lei 12.305/10, a qual instituiu a Política Nacional de
Resíduos Sólidos (PNRS). Mas está lei ainda esbarra com uma série de fatores
socioeconômicos e culturais por parte da sociedade. A coleta seletiva vem surgindo como
uma proposta eficaz no combate ao acumulo de resíduos e rejeitos proveniente da atividade
humana. De forma resumida é descrita como o processo que separa os resíduos de acordo com
sua composição, ou seja, materiais com características similares são selecionados e separados
para passar por processos específicos de reciclagem ou descarte. Este trabalho constitui em
uma pesquisa documental que visa, analisar e compreender a lei que foi sancionada 2010, a lei
12.305, onde ela reconhece os catadores de materiais recicláveis como profissionais
integrando-os na sociedade, e regulamentando o problema dos resíduos sólidos.

Palavras-chave: Coleta seletiva; Resíduo solido; Reciclagem.

1. INTRODUÇÃO
1
Orientador do artigo e professor do curso de Direito da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí – FACTU.
2
Acadêmico do 3 período do curso de Direito da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí – FACTU.
3
Acadêmica do 3 período do curso de Direito da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí – FACTU.
4
Acadêmica do 3 período do curso de Direito da Faculdade de Ciências e Tecnologia de Unaí – FACTU.
Devido ao grande crescimento populacional e a mudança no estilo de vida das
pessoas, o consumo exagerado de bens passou a ser um grande problema, pois trouxe um
aumento significativo na produção de resíduos sólidos que trazem consequências tanto
ambientais como na saúde pública. (SIQUEIRA; MORAIS, 2007)

Essa pesquisa tem como objetivo trazer mais informações sobre a coleta seletiva, que
é uma das principais formas de amenizar o impacto ambiental causado por esses resíduos após
serem descartados pela sociedade, a coleta faz a separação desse material e o envia para ser
reutilizado.

No artigo foi apresentado o estatuto de reciclagem da coleta seletiva para que seja
entendido como deveria funcionar as instituições que trabalham com esse material reciclável,
também foi analisada a lei 12305/10 que facilita a coleta desses resíduos sólidos e dá um
amparo melhor para os trabalhadores nessa área, além disso foi observado o regimento interno
da Associação Recicla Unaí e como é feita essa coleta na cidade de Unaí – MG.
UM PARAGRAFO CONTANDO A JUSTIFICATIVA – O PORQUÊ ESTÁ
FAZENDO ESTE TRABALHO

2 REFERENCIAL TEORICO

2.1. APRESENTAR O ESTATUDO DE RECICLAGEM DA COLETA SELETIVA.


EXPLICATIVO
A coleta seletiva vem surgindo como uma proposta eficaz no combate ao acumulo de
resíduos e rejeitos proveniente da atividade humana. De forma resumida é descrita como o
processo que separa os resíduos de acordo com sua composição, ou seja, materiais com
características similares são selecionados e separados para passar por processos específicos de
reciclagem ou descarte.
Segundo o Art. 1° do anexo único da Lei n° 9.921, de 27 de julho de 1993 “A gestão
dos resíduos sólidos é responsabilidade de toda a sociedade e deverá ter como meta prioritária
a sua não geração, devendo o sistema de gerenciamento de estes resíduos buscarem sua
minimização, reutilização, reciclagem, tratamento ou destinação adequada”.
O processo de coleta seletiva tem fundamental importância, pois cada resíduo
apresenta um método, tempo e condição diferente de decomposição ou de reutilização, o que
demanda uma separação especifica desde a origem do descarte.
Uma das fases mais importantes desse processo é o de separação dos resíduos sólidos
urbanos, pois quando misturados o custo de reciclagem se torna mais alto devido aos
diferentes processos que cada tipo de material deve passar. Por exemplo, o papelão e uma lata
de alumínio demandam etapas diferentes nesse processo.
Devido a necessidade de separar os materiais em categorias a (PNRS) Política
Nacional de Resíduos Sólidos determinou que a reciclagem de âmbito municipal devesse ser
feita com a segregação de resíduos de acordo com sua composição sendo eles:
• Resíduos secos recicláveis: vidro, plástico, metal, papel e etc.
• Rejeitos (aqueles rejeitos não recicláveis): absorventes, fraldas, papel higiênico
entre outros.
• Resíduos orgânicos: restos de alimentos e resíduos de jardim.
Antes de seguir para os centros de reciclagem o material recolhido passa por uma
triagem final para que possam ser encaminhados para seus processos necessários específicos,
sendo que os resíduos secos reutilizáveis vão para a reciclagem e os resíduos orgânicos são
utilizados na formulação de adubos e compostos.
O processo de coleta no Brasil acontece de duas formas diferentes, a coleta porta-a
porta feita por meio de catadores de material reciclável ou cooperativa, e também pelos
pontos de entrega voluntaria ambos podendo ser realizadas por empresas públicas ou
privadas.
Deve-se lembrar que coleta seletiva e logística reversa não são a mesma coisa já que
essa se refere a obrigação que comerciantes, fabricantes e distribuidores tem de proporcionar
métodos eficientes de retorno de determinados produtos (borracha, papel entre outros) para
serem reutilizados.
Os materiais após passarem pelo processo de reciclagem podem gerar centenas de
produtos fomentando a economia e beneficiando o meio ambiente. O Ministério do Meio
Ambiente criou incentivos à coleta seletiva por meio de um programa federal que estimula e
reforça a mudança de hábitos na busca pela sustentabilidade, funcionando também como um
programa socioeducativo.
A implementação de coleta seletiva segue um documento – intitulado Agenda 21
Global – que contem normas de diretrizes que promove a eficácia do programa de coleta. A
Agenda 21 apresenta códigos de conduta e um manual de propensão para cada país
participante.
A partir de um marco legal, algumas instituições nacionais instituíram decretos que
regulamentam a separação e descarte de resíduos sólidos urbanos, como é caso do Concelho
Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) que estabeleceu algumas regulações relacionadas
ao gerenciamento de resíduos em solo brasileiro, que tem como exemplo a Resolução
CONAMA de nº.275/01 que estabeleceu um código de cores para identificar o coletor e
transportador do material em questão, além de informar sobre campanhas de coleta seletiva de
lixo.
Pode-se concluir que a eficácia da implantação e continuidade do processo de coleta
seletiva de resíduos depende antes de tudo da motivação da sociedade em se manter em
equilíbrio ambiental e econômico, sem esquecer que os poderes públicos e privados realizam
o papel mais importante deste processo que é a implementação, manutenção, continuidade,
educação social sobre o tema e divulgação, notando os diversos benefícios econômicos,
sociais e ambientais promovidos por essa ação.

2.2 AO ANALISAR A LEI 12305/10 ENTENDE-SE QUE ELA FOI CRIADA PARA
REGULAMENTAR A COLETA DE RESIDUOS SOLIDOS, E PARA DAR UM MELHOR
PADRÃO DE VIDA AO TRABALHADOR DESTA AREA.

Há décadas o meio ambiente e, consequentemente, a sociedade, tem sofrido com a


quantidade crescente de materiais descartados de forma incorreta e em lugares inapropriados.
Nos últimos anos este problema tem se agravado devido ao grande aumento da produção de
novas tecnologias. A busca desenfreada para fornecer sempre produtos de ultima geração, tem
causado grandes problemas na hora de descartar certos resíduos, fazendo com que ruas,
terrenos baldios e até mesmo área de preservação, sejam utilizados como depósitos. Na busca
de solucionar tais questões, foi criado o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)
sancionada a Lei 12.305/10, para que pudesse facilitar a coleta desses resíduos e dar um
amparo melhor para os trabalhadores dessa área.
A PNRS foi desenvolvida levando em consideração os preceitos trazidos na
Constituição Federal de 1988, a qual prever o direito de todos os cidadãos ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, essencial à sadia qualidade de vida. A carta de Magna de 1988 é
reconhecida por trazer um rol de direitos e garantias fundamentais, tais como o direito ao
meio ambiente e a cidadania (BRASIL, 1988).
Um dos grandes motivos da criação da PNRS foi à degradação do meio ambiente.
Não é necessário realizar estudos muito profundos para se concluir que a qualidade da água se
encontra fortemente ameaçada; que o clima tende a se transformar nos próximos séculos por
conta do efeito estufa e da redução da camada de ozônio; que várias espécies de animais já
estão em extinção; e o próprio ser humano está sendo altamente prejudicado por esses
fenômenos. Outro motivo bem relevante, para a criação da PNRS, foi a valorização dos
trabalhadores que atuam no setor de coleta de resíduos, que, por sua vez, não recebiam devida
atenção.
A Lei 12.305/10 menciona ações de inserção e organização de catadores de materiais
recicláveis nos sistemas municipais de coleta seletiva, assim como, possibilita o
fortalecimento das redes de organizações desses profissionais e a criação de centrais de
estocagem e comercialização regional (BRASIL, 2010).
Contudo, uma das principais inovações trazidas com a edição da lei 12.305/10 foi o grande
número de artigos voltados à valorização profissional, inclusão social e o incentivo a
organização dos catadores de matérias recicláveis. Conforme noticiado pelo Jornal Estadão,
quando da publicação da referida lei, o presidente Lula declarou que “o maior mérito desta lei,
é a inclusão social de trabalhadores e trabalhadoras, que por muitos anos, foram esquecidos e
maltratados pelo poder público”. (BRASIL, 2010)
Com a visão de dar uma melhor qualidade de trabalho, e reconhecimento aos
catadores foi sancionada a lei 12.303/10. Mas esta ainda esbarra com uma série de fatores
socioeconômicos e culturais por parte da sociedade. Nem os órgãos de coleta nem os
municípios possuem o devido apoio, seja do governo ou da população. O apoio financeiro do
governo é o grande problema que impede os municípios realizarem a coleta seletiva. Contudo,
a população, por questões culturais, não está acostumada a fazer tal separação de resíduos, o
que dificulta ainda mais o processo de coleta e descarte. (BRASIL, 2010)

2.3 IDENTIFICAR COMO FUNCIONA A COLETA SELETIVA FEITA PELA


ASSOCIAÇÃO RECICLA UNAÍ - AREUNA

Foi realizada uma pesquisa de campo com o intuito de entender melhor como
funciona a coleta seletiva feita pela associação Areuna no município de Unaí em Minas
Gerais. A coleta pela cidade é feita de segunda à sexta, em todos os bairros, onde é coletado
todo tipo de material reciclável, e esses materiais são separados e enviados a Brasília-DF.
A associação tem uma participação muito importante na cidade de Unaí, pois a
reciclagem traz muitos benefícios ao meio ambiente e também para a população, esse material
pode durar muito tempo até se degradar, e a reutilização desses resíduos é a melhor forma de
lidar com esse problema.
Os resíduos urbanos que são produzidos pela sociedade contem riscos à saúde
pública, com isso é de suma importância o governo preservar o meio ambiente. A prefeitura
de Unaí dá completo apoio a associação, onde ajudam com o pagamento do aluguel do
espaço, na parte burocrática de documentação, e também com a educação ambiental da
população.
A conscientização da sociedade em relação a separação do seu próprio lixo é uma
das maiores dificuldades encontradas pela associação, diante disso a Areuna desenvolve
trabalhos em escolas tentando conscientizar as pessoas sobre a importância do
desenvolvimento de hábitos sustentáveis. Com a conscientização da população em fazer a
separação de maneira adequada facilitaria o trabalho de recolher e separar esses resíduos
sólidos para que aconteça de forma correta a reciclagem desses materiais.

3. METODOLOGIA

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

REFERÊNCIAS

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