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Consumo consciente de

materiais e gestão de resíduos

Biodata do autor
Dayse Vilas Boas, Analista de gestão e políticas públicas em desenvolvimento, pedagoga e
mestre em Educação Ambiental.

Apresentação do curso
Seja muitíssimo bem-vindo ao curso de Consumo consciente de materiais e Gestão de
Resíduos!

A Diretoria de Educação Ambiental e Relações Institucionais – DEARI, lotada na


Superintendência de Gestão Ambiental – SUGA e na Subsecretaria de Gestão Ambiental e
Saneamento – SUGES da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável – SEMAD, elaborou este curso com o objetivo de compor uma Trilha da
Educação Ambiental juntamente com outros módulos para abordar as diversas temáticas
que fazem parte da complexidade que é tratar do Meio Ambiente e a nossa relação com
ele.

Neste curso você terá contato com os principais conceitos-base e legislações sobre o
tema, também terá a oportunidade de refletir como colocar isso em prática na sua vida
pessoal e exemplos de como fazer a utilização dos materiais de consumo e o
gerenciamento dos resíduos sólidos.

Desejamos a você um bom curso e que se interesse também pelos outros cursos da nossa
Trilha, entendendo que sempre há mais para aprender e aprofundar!

Justificativa do curso
Quando do início do planejamento, a proposta inicial era elaborar um curso que tratasse de
resíduos sólidos. Porém, durante a discussão da ementa na Diretoria de Educação
Ambiental e Relações Institucionais, logo percebeu-se que não seria possível dissociar o
tema resíduos sólidos do tema consumo, entendendo que um resulta no outro. Por isso
apresentamos aqui o resultado de um exercício de síntese dessa temática para que você
possa, posteriormente, buscar o aprofundamento que julgar necessário para complementar
seus conhecimentos.

Como educadores ambientais, queremos dar a oportunidade para que você reflita sobre qual
é o seu papel no mundo e avaliar seus comportamentos e atitudes para diminuir os seus
impactos negativos no meio ambiente. Afinal, entendemos que somos todos parte de um
todo e que cada ação importa, tanto na vida pessoal como na vida profissional.

Objetivos do curso
Ao final deste curso, esperamos que você seja capaz de:

● Entender a problemática socioambiental do uso de materiais e da geração de resíduos e


seus impactos;

● Saber quais são as habilidades necessárias para gerar economicidade com o uso
consciente dos materiais disponíveis minimizando a geração de resíduos;

● Saber destinar corretamente os resíduos gerados minimizando seus impactos;

● Optar por ter atitudes ambientalmente adequadas visando o consumo consciente dos
materiais e o reaproveitamento, quando possível, e a gestão de resíduos.

Unidade 1 - Consumo consciente de Materiais

Agenda 2030

A Agenda 2030 é o documento adotado na Assembleia Geral da ONU em 2015


“Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, é um
guia para as ações da comunidade internacional nos próximos anos. Este documento
contém também um plano de ação para todas as pessoas e o planeta que foi coletivamente
criado para colocar o mundo em um caminho mais sustentável e resiliente até 2030.

É composto por 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, os ODS. Cada ODS possui


metas, que somadas chegam a 169, para indicar os caminhos que devem ser trilhados a fim
de alcançar, ao final do prazo, o cumprimento dessa Agenda.
O ODS 12 ficou assim definido: Consumo e produção responsáveis: Assegurar padrões de
produção e de consumo sustentáveis

“Para alcançar as metas deste ODS, a mudança nos padrões de consumo e


produção se configuram como medidas indispensáveis na redução da pegada
ecológica sobre o meio ambiente. Essas medidas são a base do desenvolvimento
econômico e social sustentável. As metas do ODS 12 visam a promoção da eficiência
do uso de recursos energéticos e naturais, da infraestrutura sustentável, do acesso
a serviços básicos. Além disso, o objetivo prioriza a informação, a gestão
coordenada, a transparência e a responsabilização dos atores consumidores de
recursos naturais como ferramentas chave para o alcance de padrões mais
sustentáveis de produção e consumo.” (AGENDA 2030)

Visto que é preciso refletir e mudar os padrões de consumo, formulamos esse curso para
interessados na temática a aprofundarem seus conhecimentos e reflexões a respeito dos
temas Consumo de Materiais e Gestão de Resíduos.

1. Consumo x Consumismo

Todos nós, seres humanos, consumimos. Em maior ou menor escala, todos nós somos
consumidores. Consumimos ar, água, alimentos e diversos outros recursos naturais do
Planeta. O consumo está relacionado às necessidades básicas para sobrevivência, coisas
indispensáveis à vida e ao bem-estar. Porém, quando se consome além do necessário,
passamos a praticar o consumismo.

Quando nos referimos ao consumo consciente estamos buscando refletir sobre nossas
necessidades e avaliar os nossos impulsos, de maneira a evitar o consumismo e a nos
esforçarmos para consumir apenas o imprescindível, ou algo próximo a isto.
O consumo em suas várias localidades, desde o consumo de alimentos em uma residência
ou restaurante, comércios e postos de saúde que irão gerar outros resíduos devido a
operação destes empreendimentos, bem como indústrias que, na confecção de produtos
também geram resíduos no processo, resíduos gerados em obras da construção civil, enfim,
todas as atividades produtivas geram resíduos. Logo, todos estes resíduos devem ser
tratados adequadamente, sendo que o melhor tratamento para qualquer resíduo será
sempre a sua não geração.

2. Conceitos-base

a. Recursos naturais renováveis e não renováveis

Os recursos naturais são os elementos da natureza que são úteis ao ser humano para
cultivo, para a vida em sociedade, no processo de desenvolvimento da civilização, ou para
sobrevivência e conforto da sociedade em geral.

Os recursos naturais são divididos em dois tipos, os renováveis, como a energia solar e a
do vento, a água, o solo e as florestas, que são elementos da natureza que se renovam
naturalmente. Os recursos naturais não renováveis, por sua vez, estão disponíveis em uma
quantidade limitada no Planeta, como o petróleo, por exemplo.

É importante considerar essa diferença porque o nosso consumo influencia na quantidade e


disponibilidade de recursos do Planeta.

Consideremos, por exemplo, o processo de fabricação do papel:

Fonte: http://anossageografia.blogspot.com/
Atualmente no Brasil é usada madeira de reflorestamento de eucalipto para a produção do
papel. A madeira é enviada para a indústria, é feita a extração da celulose que é usada para
a produção de papel utilizada na sociedade moderna em diversos tipos de processos e
materiais, para uso no escritório, revistas etc.

Se o papel é destinado corretamente para a reciclagem, é possível inseri-lo novamente no


processo produtivo e produzir papel reciclável ou subprodutos como o papelão e o jornal.

Se o papel usado não é descartado corretamente, não pode ser reaproveitado ou reciclado
para retornar ao processo produtivo.

Se o papel usado não é descartado corretamente, não pode ser aproveitado no processo
produtivo e se decompõe.

Agora consideremos o processo de fabricação do plástico.

Fonte: http://anossageografia.blogspot.com/

O plástico é produzido a partir de subprodutos extraídos do petróleo, que é um recurso


natural não renovável. A indústria se utiliza de processos químicos para produzir diversos
tipos diferentes de plásticos que são usados em embalagens, eletrodomésticos, móveis,
peças automotivas e diversos outros produtos que estão presentes amplamente no dia a dia
da sociedade moderna.

Atualmente já existem processos industriais que possibilitam a reciclagem de plásticos, são


processos complexos devido à variedade de produtos que existem. Você sabia que há sete
tipos de plásticos disponíveis hoje no mercado?

Fonte: ecycle.com.br

Na separação dos diferentes tipos, são altos os custos que essa etapa do processo gera.
Frequentemente é necessário um processo de descontaminação do material com o uso de
produtos químicos e na maioria dos casos o novo produto após a reciclagem tem qualidade
inferior, como por exemplo lixeiras e sacos de lixo. Um dos principais critérios que limitam a
reciclagem é o custo financeiro do processo. Caso o custo da reciclagem seja maior do que
o custo necessário ao se utilizar matérias primas, tal fator dificulta a reciclagem deste
material, sendo o vidro um exemplo.

Por outro lado, resíduos de alumínio, ou resíduos metálicos, possuem um alto valor na
revenda por organizações de catadores de materiais recicláveis, pois a extração de bauxita,
ou de outros minérios necessários para a indústria, tem um custo mais alto do que a
reciclagem destes materiais, tornando o processo de reciclagem lucrativo para a indústria.
Por isso, muitos plásticos têm potencial reciclável, mas não tem mercado de reciclagem, isso
porque os processos necessários para a reciclagem são mais dispendiosos ou complexos
do que o processo de fabricação a partir da matéria prima bruta, o que torna desinteressante
a reciclagem.

É preciso ter um olhar mais amplo sobre toda essa problemática atual e refletir sobre os
nossos hábitos de consumo e também nossa forma de descartar esses produtos, pois as
duas pautas estão intimamente ligadas como continuaremos a abordar no módulo a seguir.

3. Uso racional de materiais e impactos socioambientais


Depois de refletir sobre os recursos naturais renováveis e não renováveis e os impactos do
nosso consumo diário no meio ambiente, como podemos colocar essas reflexões em prática,
de maneira que o nosso impacto possa ser reduzido?

Aqui vamos ampliar um pouco o conceito de impacto, já abordamos o impacto ambiental,


esclarecendo a demanda de recursos naturais para produção dos bens de consumo que
utilizamos, mas tudo o que está relacionado ao ambiental também está interligado ao social,
pois nós, seres humanos, estamos inseridos, fazemos parte do meio ambiente e
demandamos recursos do meio ambiente para as nossas atividades.

O termo socioambiental amplia essa concepção de impacto, considera a complexidade e


relaciona a qualidade de vida, quanto às relações sociais e ambientais, das pessoas que
convivem em um determinado contexto. Afinal, saber a origem e o destino dos bens e
serviços, e dos resíduos que eles geram, implica em pensar no meio ambiente. Os seres
humanos causam os impactos ambientais e são afetados por esses impactos também.
Como é o caso do efeito estufa que, apesar de natural, vem sendo amplificado devido à
poluição do ar causada pelas atividades humanas e é apresentado na figura abaixo.

A quantidade de gás carbônico lançado na atmosfera é aumentada pela intensa atividade


industrial e emissão de gases resultantes da queima de combustíveis fósseis. Esse gás se
acumula na atmosfera e impede que o calor se dissipe, aumentando a temperatura da terra
e provocando mudanças climáticas que afetam o meio ambiente, como um todo, e também
os seres humanos que fazem parte dele.

Assim, a seguir trazemos mais algumas questões necessárias para aprofundar as reflexões:

a. Os 8 R’s: Repensar, Reduzir, Reutilizar, Recusar, Respeitar, Responsabilizar-


se, Repassar e Reciclar
Você conhece os R’s da sustentabilidade? Começaram em 3 e se referem às estratégias de
gerenciamento de resíduos que buscam ser mais sustentáveis com o meio ambiente e
priorizam especificamente a redução do volume de resíduos gerados.

É difícil definir a origem exata da teoria dos 3R’s, uma das versões afirma que foi
apresentada durante a Cúpula do G8 em junho de 2004, pelo primeiro-ministro do Japão,
Junichiro Koizumi. Pouco depois, em abril de 2005, foi realizada uma assembleia de
ministros em que foi discutido com os Estados Unidos, a Alemanha, a França e vinte outros
países como as ações relacionadas aos Três R’s poderiam ser implementadas
internacionalmente (Wikipedia, 2020).

Os 3 R’s são: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Com o passar do tempo outros R’s foram sendo
adicionados, chegando a 8, e são assim apresentados:

Refletir sobre os hábitos de consumo, que é atualmente considerado o primeiro passo para
o consumo sustentável, mostrando a necessidade de avaliar os valores e princípios que
guiam o consumo, pois qualquer ato de consumo causa impacto no planeta;

Reduzir, rever hábitos diariamente para evitar o desperdício e a geração de resíduos,


aprender a diferenciar as necessidades do supérfluo e a usar os recursos naturais para
satisfazer as reais necessidades, sem consumismo, e precisa ser feito constantemente. Um
exemplo simples é, no ato da compra, recusar embalagens desnecessárias, outros exemplos
são dar preferência a embalagens reutilizáveis ao invés dos descartáveis, reduzir o consumo
de água, energia etc.;

Reutilizar, com o objetivo de reaproveitar o material em outra função, uma embalagem de


sorvete, por exemplo, pode ser usada para acondicionar outros alimentos ou organizar
objetos, e também usar um objeto enquanto estiver em condições;

Reciclar, transformar o resíduo, antes inútil, em matérias-primas para a fabricação de novos


produtos, trazendo benefícios tanto para o aspecto ambiental como energético, por meio de
processo artesanal, como o papel reciclado, ou industrial, como a reciclagem das latinhas
de alumínio.

Respeitar a si mesmo, aos outros e ao meio ambiente.

Reparar, priorizar a reforma ou a restauração de algum objeto ao invés de substitui-lo ou


apenas pelo desejo adquirir por impulso um novo modelo;

Responsabilizar-se, enxergar-se como ator do consumo e responsável pelos impactos


gerados. Esse R se relaciona também ao conceito de cidadania, quando entendemos nosso
papel, nossos direitos e deveres e nos percebemos como responsáveis por cobrar do poder
público soluções para as questões ambientais, afinal todos temos responsabilidades acerca
do mundo que nos cerca;

Repassar, compartilhar, doar, trocar entendendo que o que não é mais útil para mim pode
ser útil para outra pessoa.

b. Economia Circular

A economia circular ainda é um conceito a ser difundido e implementado, pois atualmente a


economia predominante é a linear que funciona da seguinte forma: extração da matéria-
prima > produção de produtos e bens de consumo > uso e descarte de resíduos. E percebe-
se que os produtos produzidos tem uma vida útil cada vez mais curta, gerando ainda mais
pressão ao meio ambiente.

Na economia circular a busca por uma vida sustentável se espelha na natureza, que funciona
de forma cíclica, harmoniosa e sistêmica onde tudo é reaproveitado em um fluxo contínuo e
circular. Assim a compostagem de resíduos orgânicos, por exemplo, faz retornar ao
ambiente o que para nós não é mais útil, mas se torna alimento e nutriente para outros seres
vivos.

Trazendo esse conceito para o mundo industrializado no qual vivemos, o objetivo é promover
a reutilização, recuperação ou reciclagem, colocando em prática no seu dia a dia e buscar
rever, por exemplo, o design de produtos e embalagens, buscando sempre produtos que
causem menos impacto ambiental ou possam ser reinseridos na cadeia produtiva
novamente.

Uma coisa é certa, é preciso repensar os modelos de produção que temos vivido e buscar
melhores soluções. Como consumidor, você pode contribuir escolhendo melhor as
empresas das quais vai consumir.

c. Economia Colaborativa

Outro conceito que tem ganhado espaço é o da economia colaborativa, que se baseia no
uso e não na posse de produtos ou serviços. Por exemplo, ao invés de comprar uma
furadeira, sendo que provavelmente você irá precisar usá-la em raros momentos, como
alternativa para compra surgiram aplicativos e sites de economia colaborativa onde é
possível alugar equipamentos e até trocar serviços, ao invés de adquiri-los.

Um exemplo que foi amplamente difundido aqui no Brasil foi o de aluguel de bicicletas. Após
o cadastro e pagamento, por um período específico, é possível retirar uma bicicleta em um
ponto da cidade e entregá-la em outro ponto. Assim, a “posse” do item é somente enquanto
houver necessidade de utilizá-lo. Depois esse mesmo item fica disponível para que outras
pessoas o usem. Outro exemplo é o de lavanderias compartilhadas que tem sido muito
comum em grandes condomínios de studios ou flats, onde não há espaço individual para
uma área de serviço.

Também há um movimento crescente no Brasil de procura por espaços de coworkings, onde


é possível alugar um consultório apenas por um dia da semana ou horário do dia específico,
como muitos médicos e terapeutas têm feito, ou um escritório para reuniões, ou em
diferentes pontos da cidade, o que dá ao profissional maior capilaridade e alcance no
mercado presencial.

Além de não ter que se preocupar com a manutenção dos itens ou espaços, ou a guarda a
longo prazo, que demanda um local em casa para isso, a adesão a esse estilo de vida resulta
em economia financeira em relação ao que se gastaria se você fosse comprar produtos por
meios tradicionais. E sem dúvida os ganhos ambientais são enormes.

Muitos adeptos a esse novo paradigma de economia também trocam serviços, como aulas,
nas plataformas ou aplicativos em que é possível se cadastrar oferecendo o que se sabe
fazer e buscar o que se precisa, trocando seus serviços por outros serviços, ao invés de
pagar por eles.

Que tal incluir a economia colaborativa no seu dia a dia ou na sua organização?

4. Como praticar?

a. Atitudes sustentáveis aplicadas à vida pessoal

● Para que tudo o que foi explanado aqui faça sentido, é preciso colocar em prática na
nossa vida pessoal, afinal, a busca pela solução e redução dos impactos ambientais
não é papel somente das instituições públicas e privadas, mas de todos nós,
repensando e agindo de forma consciente e responsável em nossa rotina diárias. Então
vamos de dicas? Procure avaliar esse compilado e o que pode ser aplicado ou adaptado
à sua vida:
● Ao fazer compras leve sua sacola retornável e evite o uso de sacolas plásticas ou de
papel;
● Avalie o excesso de embalagens nos produtos como um critério de compra e de
preferência a embalagens de papel, papelão ou reutilizáveis e evite comprar produtos
que sejam acondicionados em bandejas de isopor;
● Evite o uso de utensílios descartáveis como copos, pratos e talheres, garrafas de água
mineral e de outras bebidas;
● Reduza o consumo de papel, imprimindo somente o necessário, em frente e verso,
substitua suas contas e faturas impressas pelas versões via e-mail, dispense
comprovantes de cartão de débito ou crédito quando for possível acompanhar as
finanças pelo app ou comprovantes digitais;
● Separe suas lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias, medicamentos vencidos e
outros resíduos que podem ser depositados em coletores específicos localizados em
supermercados, farmácias e outros comércios que façam o encaminhamento adequado
destes materiais;
● Separe o óleo usado em frituras para que tenha destinação correta, nunca o despeje na
rede de esgoto;
● Encaminhe os seus resíduos eletroeletrônicos (computadores, calculadoras, câmeras,
televisores, vídeo cassete, CDs, DVDs, celulares, tablets etc.) para empresas
especializadas ou iniciativas sociais que reutilizem, reaproveitem ou reciclem estes
materiais;
● Feche a torneira ao lavar o rosto, escovar os dentes e fazer a barba.
● Tome banhos mais curtos e feche o chuveiro quando for se ensaboar;
● Feche a torneira quando for ensaboar copos, pratos e outros utensílios domésticos.
● Caso seja possível, armazene as águas de chuva e as utilize para descargas de bacias
sanitárias, limpeza de pisos e rega de plantas.
● Aproveite o guardanapo usado para retirar os restos dos alimentos de pratos, panelas
e talheres antes de lavá-lo;
● Regule o nível de água na máquina de lavar roupas de acordo com a quantidade de
roupa;
● Aproveite a água da lavagem de roupas (tanque e máquina) para descarga da bacia
sanitária ou limpeza de pisos;
● Conserte vazamentos em encanamentos e registros, torneiras pingando e válvulas de
descarga com defeito;
● Não gaste água lavando calçadas ou automóveis. Utilize somente vassoura, esponja e
balde.
● Não utilize automóvel para percorrer pequenas distâncias, ao invés disso faça uma
caminhada ou vá de bicicleta.
● Ao ir para o trabalho ou faculdade sozinho em seu veículo, considere oferecer caronas
e faça rodízios, se possível, quanto menos automóveis nas ruas, melhor para o meio
ambiente e para o bolso.
● Separe seus resíduos recicláveis, orgânicos e rejeitos. Busque se informar se seu
município oferece o serviço de coleta seletiva ou se existem organizações de
catadores de materiais recicláveis, destinando assim adequadamente estes resíduos
para uma destinação e tratamento adequados.
● Faça compostagem em sua casa, compre ou crie uma composteira doméstica e trate
você mesmo seus resíduos orgânicos e tenha sempre adubo gratuito para suas
plantas.
● Busque sempre aprender sobre a relação das pessoas com o meio ambiente e de que
forma nossas ações e atitudes impactam o nosso entorno e podem ser mudadas
visando a um impacto menor na natureza.
● Evite ao máximo o desperdício de alimentos.
● Regue somente a base das plantas e em horários com menos sol, pois a água
evapora com o calor do sol;
● Somente abra a geladeira para retirar o que for consumir e verifique periodicamente o
estado da borracha de vedação da porta
● Somente acenda lâmpadas quando a iluminação natural não for suficiente;
● Avalie a troca de suas lâmpadas incandescentes por fluorescentes ou LED;
● Desconecte carregadores e eletrodomésticos da tomada caso não for usá-los e
desligue o computador e o monitor se não for usá-los como, por exemplo, na hora do
almoço;
● Mantenha janelas fechadas caso o ar-condicionado esteja ligado;

Enfim, são diversas ações simples do dia a dia que fazem a diferença, e aí? O que você
pode colocar em prática para minimizar os seus impactos ambientais?

5. Atividade avaliativa

Para refletir sobre isso, que tal responder as perguntas abaixo com V para as afirmações
verdadeiras e F para as falsas?

( ) Podemos considerar que uma pessoa que tem os bens necessários à sua sobrevivência
bem sucedida.

( ) O consumo de energia para a ter aparelhos como geladeira e chuveiro elétrico é


necessário para o bem estar.

( ) O endividamento não tem nenhuma relação com o consumismo.


( ) Ter muito mais do que se precisa para vestir é considerado consumismo.

Elaboração de um vídeo sobre Consumo consciente a partir dos 8 R’s

Agora que você já conhece os 8 R’s – “Refletir, Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Respeitar,
Reparar, Responsabilizar-se, e Repassar” – que tal elaborar um vídeo de 1 minuto falando
sobre a importância de colocá-los em prática? Você pode também escolher um R para
destacar e dar exemplos práticos do seu dia a dia. Mãos à massa! Depois compartilhe o seu
vídeo nas suas redes sociais e incentive outras pessoas a conhecerem os 8 R’s e a praticá-
los!

Saiba mais

Cartilha de orientações – Compostagem Doméstica (disponível em


http://www.feam.br/images/stories/2019/MINAS_SEM_LIXOES/Bolsa_reciclagem/maio/Car
tilha_Compostagem_Dom%C3%A9stica.pdf);

Cartilha de orientações – Aproveitamento Integral de Alimentos (disponível em


http://www.feam.br/images/stories/2019/MINAS_SEM_LIXOES/Bolsa_reciclagem/maio/Car
tilha_Aproveitamento_Integral_Alimentos.pdf);

Agenda 2030. Disponível em: <http://www.agenda2030.org.br/ods/12/>. Consulta em: 09


fev. 2021.

3 R’s da Ecologia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/3_R_(ecologia)>. Consulta


em: 09 fev. 2021.

8 R’s da Sustentabilidade. Disponível em: <https://nossacausa.com/1-refletir-8-rs-da-


sustentabilidade/>. Consulta em: 29 jan. 2021.

Fontes das ações de sustentabilidade:


Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp)
<http://site.sabesp.com.br/site/interna/Default.aspx?secaoId=137>. Consulta em: 15 fev.
2021.
Docol Metais Sanitários. Disponível em: <http://www.docol.com.br/pt/sustentabilidade>.
Consulta em: 15 fev. 2021.
Akatu. Disponível em: <http://www.akatu.org.br>. Consulta em: 15 fev. 2021.
Unidade 2 - Gestão de Resíduos

Conforme vimos no módulo Gestão de Materiais de Consumo, a Agenda 2030 é um guia


para as ações da comunidade internacional nos próximos anos que foi coletivamente criado
e contém 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, cada um com metas para serem
buscadas até 2030 tendo em vista a sustentabilidade.

O ODS 11 ficou assim definido: Cidades e comunidades sustentáveis: Tornar as cidades e


os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis

“Em 2014, 54% da população mundial vivia em áreas urbanas, com projeção de
crescimento para 66% em 2050. Em 2030, são estimadas 41 megalópoles com mais
de 10 milhões de habitantes. Considerando que a pobreza extrema muitas vezes se
concentra nestes espaços urbanos, as desigualdades sociais acabam sendo mais
acentuadas e a violência se torna uma consequência das discrepâncias no acesso
pleno à cidade. Transformar significativamente a construção e a gestão dos espaços
urbanos é essencial para que o desenvolvimento sustentável seja alcançado. Temas
intrinsecamente relacionados à urbanização, como mobilidade, gestão de resíduos
sólidos e saneamento, estão incluídos nas metas do ODS 11, bem como o
planejamento e aumento de resiliência dos assentamentos humanos, levando em
conta as necessidades diferenciadas das áreas rurais, periurbanas e urbanas. O
objetivo 11 está alinhado à Nova Agenda Urbana, acordada em outubro de 2016,
durante a III Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento
Urbano Sustentável.” (Agenda 2030).

Tendo isso em vista, desenvolvemos esse material como forma de trazer reflexões a respeito
da gestão de resíduos.

Você já se perguntou para onde vão nossos sacos de lixo depois que saem de nossas casas
e local de trabalho? Todos os moradores das cidades e empreendimentos localizados em
áreas urbanas pagam ou deveriam pagar uma taxa ou tarifa referente à prestação do serviço
de coleta, tratamento e destinação dos resíduos, você já reparou na sua conta de água ou
no seu boleto do IPTU?
Agora você já percebeu que muitas coisas que descartamos são embalagens ou restos de
alimentos que poderiam ser evitados se planejássemos melhor as nossas compras e
refeições e que, consequentemente, representam um custo a mais para os nossos bolsos?
Neste módulo, trataremos de uma questão muito importante nos dias de hoje: a geração, a
coleta, o tratamento, a destinação dos resíduos e a disposição final dos rejeitos. Tudo isso
impacta não só o nosso dia a dia, mas também a vida dos centros urbanos e a qualidade
ambiental das nossas cidades e populações.

Falar de resíduos sólidos é tratar de uma área complexa e com vários fatores envolvidos
como:
aumento populacional e o consequente aumento da geração de resíduos;

processo de urbanização acelerado, pois com a migração da população do campo para


as cidades provocamos a concentração populacional em centros urbanos, contribuindo para
o agravamento dos problemas com resíduos devido ao aumento da produção localizada de
resíduos e a falta de locais adequados para sua disposição, desafio enfrentado por muitos
municípios mineiros, a exemplo da capital Belo Horizonte;

industrialização da sociedade, pois os processos industriais geram produtos em


velocidade cada vez maior, contribuindo para o aumento da produção de resíduos, seja
durante o processo de fabricação, seja pelo estímulo ao consumo;

o aumento da periculosidade e diminuição da degradabilidade natural dos produtos,


uma vez que com o avanço da industrialização e o uso de componentes eletrônicos em
produtos é cada vez mais comum, o que representa riscos de contaminação do solo e das
águas se dispostos de forma inadequada no ambiente, como por exemplo pilhas e baterias,
lâmpadas e aparelhos eletroeletrônicos que possuem metais em sua composição; e

a cultura do descartável, profusão dos mais diferentes produtos descartáveis que


favorecem a geração de resíduos e a disseminação desenfreada de resíduos plásticos.

o descuido, o alto custo para reparar um produto ao invés de comprar um novo e a


rápida obsolescência de novos produtos diminuem a vida útil destes produtos que, muitas
vezes, são descartados prematuramente e de forma inadequada.
1. Conceitos-base
a. Resíduos Sólidos
Os resíduos sólidos são materiais, substâncias, objetos ou bens descartados resultantes de
atividades humanas, presentes nos estados sólido ou semissólido, bem como gases
contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento
em rede de esgotos ou em corpos d’água. Essa definição consta na Política Nacional de
Resíduos Sólidos (Lei Federal n° 12.305/2010).

Apesar de serem considerados resíduos pelos seus geradores, isso não quer dizer,
necessariamente, que são inservíveis ou que não têm valor.

Os resíduos podem ser classificados de acordo com sua origem ou periculosidade (conforme
consta no Artigo 13° da Política Nacional de Resíduos Sólidos):

- Domiciliares, são aqueles produzidos nas residências e tem composição bastante


variável de acordo com a renda familiar, cultura e localização geográfica;

- Hospitalares ou de Serviços de Saúde são representados por qualquer resíduo de


hospitais e serviços de saúde como pronto-socorro, enfermarias, laboratórios,
farmácias etc.;

- Agrícolas são aqueles gerados pelas atividades como cultivos, criações de animais,
beneficiamento, processamento etc.;

- de Atividades Comerciais são aqueles produzidos pelo comércio em geral;

- Industriais são originados dos processos industriais possuindo uma composição


muito diversificada e uma grande quantidade de perigosos;

- Entulhos ou de Construção Civil são aqueles resultantes da construção civil, de


escavações, de demolição de obras e de reformas;

- de Serviços Públicos ou Varrição são os recolhidos nas vias públicas, galerias de


drenagem, de feiras e locais públicos.;

- de Transporte, que são os gerados em portos, aeroportos e terminais rodoviários e


ferroviários;

- de Mineração são os provenientes de atividades de mineração como de solos


removidos, metais pesados, restos e lascas de pedras etc.

Os resíduos também são classificados quanto à periculosidade e resíduos podem ser:

- de Classe I ou Perigosos e são aqueles que apresentam os seguintes riscos: ser


inflamável; ser corrosivo; ser reativo, ou seja, ser instável e reagir deforma violenta e
imediata com outras substâncias; ser caracterizado como tóxico; ou ser caracterizado
como patogênico.

- de Classe II ou Não Perigosos que ainda são subdivididos em Classe II A ou não


Inertes, são aqueles resíduos que apesar de não possuírem as características de
resíduos perigosos podem ter propriedades, tais como: biodegradabilidade,
combustibilidade ou solubilidade em água; e de Classe II B ou inertes, que são aqueles
resíduos que além de não serem perigosos não alteram as características da água.

b. Política Estadual de Resíduos Sólidos

A Política Estadual de Resíduos Sólidos foi instituída pela Lei do Estado de Minas Gerais n.
18.031, de 12 de janeiro de 2009, que “Dispõe sobre a Política Estadual de Resíduos
Sólidos” e regulamentada pelo Decreto n 45.181, de 25 de setembro de 2009. Assim foram
estabelecidas as normas e diretrizes em consonância com as políticas estaduais de meio
ambiente, educação ambiental, recursos hídricos, saneamento básico, saúde,
desenvolvimento econômico, desenvolvimento urbano e promoção da inclusão social.

Importante destacar algumas legislações anteriores à Política que já indicavam caminhos a


serem seguidos no Estado, como a Lei Estadual nº 13.766, de 30 de novembro de 2000,
que “Dispõe sobre a política estadual de apoio e incentivo à coleta seletiva de lixo e altera
dispositivo da Lei nº 12.040, de 28 de dezembro de 1995, que dispõe sobre a distribuição da
parcela de receita do produto da arrecadação do ICMS pertencente aos municípios, de que
trata o inciso II do parágrafo único do art. 158 da Constituição Federal”.

Posteriormente foi promulgada a Lei Estadual nº 16.689, de 11 de janeiro de 2007, que


“Acrescenta dispositivos à Lei nº 13.766, de 30 de novembro de 2000, que dispõe sobre a
política estadual de apoio e incentivo à coleta de lixo, e à Lei nº 15.441, de 11 de janeiro de
2005, que regulamenta o inciso I do § 1º do art. 214 da Constituição do Estado.”

Inclusive na Lei Estadual nº 16.689/2007, em seu Art. 4º, ficou estabelecido que “os órgãos
e entidades da Administração Pública direta e indireta do Estado instituirão coleta seletiva
de lixo” e doarão os materiais recicláveis para associações e cooperativas de catadores,
reconhecendo a importância desses atores para o gerenciamento dos resíduos sólidos,
como destacaremos em um tópico específico.

Portanto, o Estado de Minas Gerais regulamentou a sua Política de Resíduos Sólidos em


2009, antes de a Política Nacional de Resíduos Sólidos ser instituída em 2010.
c. Política Nacional de Resíduos Sólidos

A Política Nacional de Resíduos Sólidos foi instituída pela Lei Federal nº 12.305, de 2 de
agosto de 2010. Ela indica os princípios, objetivos e instrumentos, além das diretrizes para
a gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos. Dessa forma, todos os
municípios brasileiros ficam obrigados a destinarem corretamente seus resíduos sólidos
urbanos.

d. Logística reversa

Tanto na gestão como no gerenciamento de resíduos sólidos nas organizações, deve ser
observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem,
tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

Antes de falarmos da logística reversa, vejamos o que é a logística: a viabilização de entrega


dos produtos e mercadorias no local adequado, no tempo combinado, buscando sempre a
maior agilidade e o menor custo possível. Está ligada ao consumo. A logística reversa, ou
inversa, por sua vez, atua no pós-consumo, quando viabiliza o retorno à empresa fabricante,
para o descarte apropriado, materiais, visando principalmente a preservação ambiental.

Para a sociedade a logística reversa traz benefícios como o de destinação correta e co-
responsabilização das empresas pelos resíduos gerados, para o meio ambiente a
diminuição da pressão por matéria-prima e da poluição, pois muitos resíduos acabariam indo
parar em aterros e lixões, e para as empresas fabricantes traz não apenas a certificação de
sustentabilidade ambiental, o marketing verde e também ganhos econômicos, uma vez que
assim pode retornar ao seu processo de produção resíduos passíveis de reutilização,
reciclagem ou reaproveitamento. Portanto, as políticas públicas e empresariais de logística
reversa são indispensáveis para os tempos atuais.
Fonte: IMASUL, 2020.

No Brasil, um produto que já tem uma logística reversa bem consolidada é a de resíduos e
embalagens de agrotóxicos. A Lei nº 9.974, de 6 de junho de 2000, alterou a Lei nº 7.802,
de 11 de julho de 1989, que já trazia as orientações sobre esse tipo de material, e o Decreto
nº 4074, de 4 de janeiro de 2002 a regulamenta.

Alguns produtos necessitam de um sistema de logística reversa independente do serviço de


limpeza público, ou seja, é de total responsabilidade da empresa recolher novamente os
produtos que sejam perigosos para a população e o meio ambiente. De acordo com a
Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010:

Art. 33. São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística


reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de
forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos
resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e
comerciantes de:
I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos
cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as
regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou
regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS
e do Suasa, ou em normas técnicas;
II - pilhas e baterias;
III - pneus;
IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.
Desde 2010 alguns avanços já foram alcançados, e o consumidor e os gestores públicos
devem sempre buscar se informar sobre a logística reversa e conhecer as legislações que
versam sobre o tema:

● Decreto nº 10.388, de 5 de junho de 2020 - Regulamenta o§1º do caput do art. 33 da


Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, e institui o sistema de logística reversa de
medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, de uso humano, industrializados
e manipulados, e de suas embalagens após o descarte pelos consumidores.
● Decreto nº 10.240, de 12 de fevereiro de 2020 - Regulamenta o inciso VI do caput do
art. 33 e o art. 56 da Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, e complementa o Decreto
nº 9.177, de 23 de outubro de 2017, quanto à implementação de sistema de logística
reversa de produtos eletroeletrônicos e seus componentes de uso doméstico.
● Decreto nº 9.177, de 23 de outubro de 2017 - Regulamenta o art.33 da Lei 12.305/10.
● Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010 - Que regulamenta a lei 12.305 de
2010, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o
Comitê Orientador-CORI para implantação dos Sistemas de Logística Reversa.

A logística reversa é uma grande aliada da Economia Circular, de que tratamos no módulo
anterior, já que ao retornar o resíduo para o ciclo produtivo o material deixa de ser resíduo
e se torna matéria-prima para novos produtos. O nosso papel, como consumidores, é
sempre fazer a devolução dos produtos em postos específicos, que são determinados pelos
comerciantes ou distribuidores, para que os resíduos sejam encaminhados para os
fabricantes para garantir a disposição adequada e sustentável.

e. A importância das Associações e Cooperativas de Catadores de Recicláveis


Conforme citado anteriormente, o Art. 4º da Lei Estadual nº 16.689/2007, estabelece que os
órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta do Estado instituirão coleta
seletiva de lixo e doarão os materiais recicláveis para associações e cooperativas de
catadores, reconhecendo a importância desses atores para o gerenciamento dos resíduos
sólidos no Brasil.

Para que as associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis possam


funcionar destacam-se algumas implicações: a necessidade de galpões cobertos, de
prensas para compactação e enfardamento, de tratores e uma série de outros
equipamentos, pois eles precisam observar as condições de estocagem e minimizar a
interferência do clima na qualidade do material. Se o papelão molha, por exemplo, seu valor
de comercialização cai muito ou o material muitas vezes precisa ser descartado.

Os catadores estão sujeitos à alternância da oferta de materiais gerados nos órgãos e


entidades do Setor Público como também da iniciativa privada. Outro fator que interfere
diretamente no trabalho e renda desses atores é a sazonalidade da procura de materiais
pela indústria recicladora e do valor de venda do material, quando a oferta é alta, por
exemplo, no carnaval que o consumo de bebidas enlatadas aumenta, o preço de venda do
alumínio tende a baixar muito, então o trabalho dos catadores é pouco valorizado.

Além desses fatores, os catadores de materiais recicláveis lidam também com a


periculosidade e a insalubridade no manejo dos materiais descartáveis; recebem
baixíssimos salários, que estão relacionados à produtividade e ao rateio da venda dos
materiais para a indústria recicladora.

Em conjunto esses fatores tornam essa atividade muitas vezes desinteressante para os
catadores que migram para outras áreas do mercado de trabalho, enfraquecendo assim a
organização das associações e cooperativas de catadores. Portanto, a reciclagem somente
se viabiliza economicamente quando o Estado se incube, direta ou indiretamente, da pré-
seleção do lixo encaminhando às associações e cooperativas um material de mais qualidade
e quando incentiva financeiramente os atores, como em Minas Gerais é feito pela Bolsa
Reciclagem, regulamentada pela Lei Estadual 19.823/2011.

Que é o pagamento pelo serviço ambiental prestado, um incentivo financeiro trimestral para
as cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis para estimular a
segregação, o enfardamento e a comercialização de materiais como papel, papelão e
cartonados; plásticos; metais; vidros; e outros resíduos.

As catadoras e catadores são, atualmente, os atores principais na cadeia da reciclagem no


Brasil e têm papel fundamental neste ciclo da sustentabilidade. Como educadores
ambientais reconhecemos o seu trabalho e defendemos o pagamento por serviços
ambientais prestados à sociedade.

3. Gerenciamento de resíduos e impactos socioambientais

Gerenciamento de resíduos sólidos refere-se aos aspectos práticos e operacionais,


buscando as soluções mais adequadas de acordo com as condições de cada realidade.
Quando os resíduos orgânicos não são segregados na origem e são recolhidos juntamente
com a fração de recicláveis e/ou de rejeitos, visando uma triagem posterior, acabam por
contaminar os recicláveis, prejudicando a obtenção de materiais limpos a serem
comercializados com recicladores e, por sua vez, são contaminados pelos rejeitos,
produzindo compostos orgânicos de má qualidade.

Alguns estudos apontam também que os orgânicos coletados misturados com recicláveis,
além de prejudicarem a qualidade do reciclável a ser vendido, também podem ser
contaminados por alguns tipos de metais pesados, presentes, por exemplo, nas tintas de
alguns recicláveis. Daí a importância da segregação na origem, dentro das casas ou
restaurantes.

3.1 Coleta Seletiva Ternária

A coleta seletiva ternária é um formato de separação de resíduos que consiste em segregá-


los na origem, ou seja, nos espaços onde são gerados, em 3 frações distintas: recicláveis –
orgânicos – rejeitos.

Esse formato está de acordo com os preceitos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei
12.305/2010) que preconiza que apenas rejeitos devem ser dispostos em aterros. A referida
lei define rejeitos como aqueles resíduos que sobram, após esgotadas as possibilidades
viáveis de aproveitamento, incluindo a reciclagem dos recicláveis e dos orgânicos.
Entretanto, mesmo após tantos anos de regulamentação, a grande maioria dos municípios
ainda não adotou esse formato de coleta seletiva, seja por não priorizarem, ou simplesmente
por não conseguirem de fato viabilizar econômica e tecnicamente rotas alternativas de
tratamento para os orgânicos.

Quando o município implanta a coleta seletiva ternária, além da subtração de resíduos


recicláveis, favorecendo a criação de trabalho e renda para catadores e permitindo a volta
dos recicláveis para a cadeia produtiva, possibilita também o aproveitamento de resíduos
orgânicos.
Vários são os formatos que os municípios vêm praticando para a coleta dos resíduos
municipais:

• porta-a-porta, com o veículo da Prefeitura ou empresa terceirizada, destinando os


recicláveis ao local de beneficiamento de uma associação ou cooperativa de catadores ou
da própria Prefeitura (Unidade de Triagem e Compostagem – UTC);

• porta-a-porta, com carrinhos ou veículos dos catadores, destinando ao local de


beneficiamento de uma associação ou cooperativa de catadores de recicláveis;

• pontos ou locais de entrega voluntária – PEVs ou LEVs, onde a população deposita


os materiais recicláveis, para posterior encaminhamento ao local de beneficiamento
(triagem, enfardamento etc.);

• porta-a-porta, com veículo da Prefeitura ou empresa terceirizada, destinando os


resíduos ou rejeitos para locais de disposição adequados como os aterros ou inadequados
como os lixões;

• coleta de resíduos orgânicos, com destino a uma rota de aproveitamento/tratamento.


Há algumas experiências municipais e também privadas que fazem a coleta em separado
desses resíduos com a coleta de orgânicos, porta-a-porta, por meio de baldes e bombonas,
para serem levados a pátios de compostagem instalados na cidade. Vale a pena conferir se
há essa iniciativa no seu município ou se há possibilidade de implantá-la! Os impactos
ambientais são excelentes.

3.2 Impactos socioambientais da disposição inadequada dos resíduos

Já é sabido que os resíduos dispostos inadequadamente atraem vetores, como os


mosquitos, baratas e ratos, e podem causar doenças. A disposição inadequada também
causa contaminação do solo e de corpos d'água, tanto os lençóis freáticos quanto os rios,
riachos e nascentes, pelo líquido resultante da decomposição dos materiais, o chorume, que
contém elevadas quantidades de materiais contaminantes e altera a qualidade da água e do
solo. Também geram poluição atmosférica quando são queimados, tanto por ação humana
quanto por combustão espontânea.

Veja na ilustração a seguir as consequências da disposição inadequada no que conhecemos


como lixão a céu aberto:
Fonte: Acervo pessoal.

Para evitar todos esses impactos negativos e consequências à saúde humana, os resíduos
e rejeitos devem ser destinados e dispostos corretamente para que não atinjam
negativamente o meio ambiente e, por consequência, a humanidade.

Ainda é grande o número de aterros controlados no Brasil, que se diferenciam dos lixões a
céu aberto porque os rejeitos ali dispostos são cobertos com uma camada de terra e
compactados.

A forma de disposição desenvolvida que melhor atende aos requisitos socioambientais


atualmente é o aterro sanitário em que o solo é impermeabilizado com mantas protetoras,
são feitos drenos para coletar o chorume que é levado para os centros de tratamento de
esgoto. Além disso, os rejeitos são compactados e cobertos por camadas de terra para que
o mau cheiro diminua e também não atraiam insetos.

Por fim, no aterro sanitário, o gás metano, resultante da decomposição dos materiais, é
coletado e queimado, com o tratamento dos poluentes antes de ser lançado à atmosfera.
Em algumas soluções mais modernas esse gás é coletado e explorado como fonte de
combustível.

Veja abaixo uma ilustração de um aterro sanitário:


Fonte: Acervo pessoal.

Sabemos que a realidade de muitos municípios é não dispor de toda a tecnologia e recursos
necessários para gerenciar os seus resíduos. Em Minas Gerais muitos municípios têm se
organizado na forma de consórcios para viabilizar a logística demandada e unir esforços
financeiros em busca de uma melhor qualidade de vida para os seus contribuintes.

Ainda há um longo caminho para se percorrer, isso é fato, mas, o que não é possível é ficar
parados.

4. Como praticar?

Como abordamos na unidade anterior, cada consumidor é responsável pelos resíduos que
gera e deve buscar as soluções adequadas para fazer esse gerenciamento da forma que
mais correta ambientalmente falando. A seguir, apresentamos algumas formas, e indicamos
que você busque conhecer a realidade e as soluções possíveis no seu município, uma vez
que reconhecemos que Minas são muitas.

4.1 Atitudes sustentáveis aplicadas à vida pessoal – LEV


O LEV é o Local de Entrega Voluntária. Em alguns lugares é chamado de PEV, Ponto de
Entrega Voluntária. Consiste em um local legalmente estabelecido e divulgado como local
para entrega de materiais recicláveis. Em alguns casos a Prefeitura é a responsável por
encaminhar esses materiais para as associações ou cooperativas de catadores de materiais
recicláveis, em outros as próprias associações ou cooperativas são as encarregadas por
buscarem o material e levarem para a triagem e o beneficiamento.

Se não há coleta seletiva no seu bairro, busque se informar sobre o LEV ou PEV mais
próximo que normalmente adotam o formato tradicional de segregação: plástico – metal –
vidro – papel/papelão. De qualquer forma, separe adequadamente na sua casa os materiais
recicláveis dos resíduos orgânicos, para que não haja contaminação, se possível passando
uma água para enxágue de restos de alimentos, de forma que elimine o mau cheiro e não
atraia vetores. Acondicione em um espaço ao abrigo da luz e chuva. Recomendamos
especial atenção ao papel e ao papelão, pelos motivos já explicitados aqui, de forma que
garanta a sua qualidade e o seu valor comercial seja mantido.

Caso não haja essa iniciativa no seu município, procure conhecer os catadores e catadoras
de materiais recicláveis que estão mais próximos. Pode ser que alguns que são
independentes passem semanalmente na sua porta, você pode entregar os seus recicláveis
para eles. Se houver alguma associação ou cooperativa na sua região, fortaleça o trabalho
deles entregando os seus recicláveis pessoalmente na sede, para serem triados,
beneficiados e encaminhados para a indústria da reciclagem.

4.2 Compostagem doméstica

A compostagem doméstica ou minhocário é uma solução que pode ser pensada para
domicílios individuais como também para grandes geradores.

A Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM elaborou a Cartilha de Orientações:


Compostagem Doméstica para implantação de compostagem doméstica por residências uni
ou multifamiliares e grandes geradores tais como escolas, etc. A cartilha aborda desde
informações gerais sobre resíduos municipais até a compostagem doméstica que é
conceituada e mostrada como solução de vários problemas que os resíduos orgânicos
podem causar; por isso pode-se dizer que além de informação, tem cunho sensibilizador.

A cartilha aborda detalhadamente as etapas para operar a compostagem doméstica, de


forma prática e didática, incluindo os possíveis problemas que podem surgir durante a
operação, com prováveis causas e soluções e está disponível pelo link:
<http://www.feam.br/images/stories/2019/MINAS_SEM_LIXOES/Bolsa_reciclagem/maio/C
artilha_Compostagem_Dom%C3%A9stica.pdf>.

4.3 Destinação de móveis e entulho


Um dos desafios dos municípios é a disposição inadequada de entulho que por vezes são
jogados nas vias públicas, em terrenos baldios ou cursos d’água trazendo muitos problemas
relacionados à saúde pública. Na capital Belo Horizonte foram criadas Unidades de
Recebimento de Pequenos Volumes – URPVs:
são locais apropriados para a população entregar gratuitamente materiais
que não são recolhidos pela coleta convencional, como entulho de
construção e demolição (sobras de tijolos, telhas, argamassa, pedra, terra
etc.), madeira, podas de árvores e jardins, pneus, entre outros. A URPV
recebe até o limite diário de 1m³ por viagem, assim como pneus, colchões
e móveis velhos. As URPVs não recebem lixo doméstico e de sacolão,
resíduos industriais ou de serviços de saúde nem animais mortos.
O material recebido nas URPVs é separado em caçambas e recolhido
regularmente pela Prefeitura. Após a triagem de recicláveis, rejeitos e
inertes, parte dos resíduos vai para uma das duas Estações de Reciclagem
de Entulho da Prefeitura, onde é transformada em agregado reciclado,
podendo novamente ser reintroduzido na cadeia da construção civil. (PBH,
2021).

Busque conhecer iniciativas semelhantes no seu município para dispor corretamente os


entulhos e móveis velhos. Quando for executar uma obra ou reforma, informe-se sobre os
locais adequados para dispor esse resíduo, como também verifique se o carroceiro ou o
serviço de caçamba contratado está dispondo adequadamente esses materiais, não basta
apenas tirar da sua porta, é preciso garantir que tenham o destino correto.

Atenção! Não se esqueça de observar também as normas e legislações referentes ao


descarte dos outros resíduos especiais de que tratamos nesta unidade. Afinal, a não
contaminação do solo, do ar e dos cursos d’água são resultantes de um gerenciamento
adequado dos resíduos sólidos.
5. Atividade avaliativa: questionário

Saiba mais

BELO HORIZONTE. URPVs. Disponível em:


<https://prefeitura.pbh.gov.br/slu/informacoes/servicos/urpvs>. Acesso em: 20 de março de
2021.

BRASIL. Lei nº 16.689, de 11 de janeiro de 2007. Disponível em:


<http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=6619>. Acesso em: 29 mar. 2021.

BRASIL. Lei nº 13.766, de 30 de novembro de 2000. Disponível em:


<http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=755>. Acesso em: 29 mar. 2021.

BRASIL. Decreto nº 45.181, de 25 de setembro de 2009. Disponível em:


<http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=11011>. Acesso em: 29 mar. 2021.

BRASIL. Lei nº 18.031, de 12 de janeiro de 2009. Disponível em:


<http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=9272>. Acesso em: 29 mar. 2021.

BRASIL. Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm>. Acesso em: 29
mar. 2021.

BRASIL. Lei nº 19823, de 22 de novembro de 2011. Disponível em:


<https://www.almg.gov.br/consulte/legislacao/completa/completa.html?tipo=LEI&num=1982
3&comp=&ano=2011>. Acesso em: 29 mar. 2021.

BRASIL. Legislações referentes a logística reversa: Disponível em:


<https://sinir.gov.br/logistica-reversa/legislacao-logistica-reversa-mma>. Acesso em: 29
mar. 2021.

BRASIL. Decreto nº 10.388, de 5 de junho de 2020. Disponível em: <


https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/decreto-n-10.388-de-5-de-junho-de-2020-
260391756>.Acesso em: 29 mar. 2021.

BRASIL. Decreto nº 10.240, de 12 de fevereiro de 2020. Disponível em:


<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10240.htm>. Acesso
em: 29 mar. 2021.
BRASIL. Decreto nº 9.177, de 23 de outubro de 2017. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/decreto/d9177.htm>. Acesso em:
29 mar. 2021.

BRASIL. Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Disponível em: <


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/decreto/d7404.htm>. Acesso em:
29 mar. 2021.
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE MUNICÍPIOS. Disponível em:
<https://www.cnm.org.br/comunicacao/noticias/logistica-reversa-tera-participacao-
dos-municipios-garante-ministro-de-meio-ambiente>. Acesso em: 06 fev. 2021.

FEAM. Cartilha de Orientações: Compostagem Doméstica. Disponível em:


<http://www.feam.br/images/stories/2019/MINAS_SEM_LIXOES/Bolsa_reciclagem/maio/C
artilha_Compostagem_Dom%C3%A9stica.pdf>. Acesso em: 15 fev. 2021.

SOU RESÍDUO ZERO. Qual a diferença entre gestão e gerenciamento de resíduos sólidos?
Disponível em: <https://souresiduozero.com.br/2020/07/qual-a-diferenca-entre-gestao-e-
gerenciamento-de-residuos-solidos/>. Acesso em: 29 jan. 2021.

Conclusão

O objetivo geral deste curso foi dar um panorama sobre a relação do consumo com a
geração de resíduos sólidos. Abordamos as principais legislações que regulamentam a
questão dos resíduos sólidos e apontamos alguns caminhos que você, como consumidor,
pode buscar para fazer opções de consumo mais sustentáveis como também destinar
corretamente os seus resíduos, de acordo com a realidade apresentada no seu município.

Para isso, não deixe que esse curso seja apenas uma teoria na sua vida, mais um certificado
adquirido. Pelo contrário, coloque em prática o que foi sugerido aqui, busque mais
informações e conhecimentos sobre as temáticas, indique esse material para outras pessoas
e fortaleça as redes que buscam soluções para essa questão aí onde você está, uma das
iniciativas, por exemplo, é conhecer, apoiar e fortalecer o trabalho dos catadores de
materiais recicláveis da sua região, como importantes atores dessa rede.

Por fim, cabe destacar que não é suficiente apenas buscar soluções pontuais ou individuais,
nosso papel, como cidadãos, é apoiar a construção de políticas públicas consolidadas e
viáveis a longo prazo e contribuir para a sua execução, sempre cobrando dos nossos
representantes nas esferas de governo a atenção necessária para a questão, uma vez que
influencia diretamente na nossa qualidade de vida.
Estamos juntos pela busca de um meio ambiente mais saudável!

Um abraço,

Equipe da Diretoria de Educação Ambiental e Relações Institucionais

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