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1.

INTRODUÇÃO/CONTEXTUALIZAÇÃO

Partindo das propagandas e do hiperconsumismo que levam ao consumo exagerado


dos produtos, as pessoas se tornaram alvo do consumismo mesmo sem necessidade. Hoje
em dia, ocorre em suprema velocidade o surgimento de metais, aparelhos eletrônicos ou
tecnologias e ao mesmo tempo, bilhões de eletrônicos como também alguns resíduos são
antecipadamente substituídos, pois acabam perdendo seu valor aos olhos humanos.
A geração de Resíduos inicia-se com a mineração resultando a matéria bruta, e em
todo o processo de transformação da matéria prima até se transformar no bem de consumo,
são produzidos vários resíduos. Com isso, existe uma relação direta entre a saúde pública, a
economia e o meio ambiente quando se trata do manuseamento de resíduos, estes que com
o crescente aumento no consumo de equipamentos é um dever de todo o proprietário o
descarte adequado pós-consumo se não também, de suma importância fazer com que as
pessoas sejam educadas sobre a correta separação e destinação dos materiais, descartando-
os corretamente.

2.OBJETIVO
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos
Especiais (Abrelpe), o Brasil, em 2010, saiu de 66,7 milhões de toneladas para 79,1 milhões
em 2019. Essa é uma diferença de 12,4 milhões de toneladas. O mesmo estudo, afirma que
cada brasileiro produz, em média, 379,2 kg de lixo por ano. Com isso, é possível perceber a
necessidade de diminuir as contaminações e garantir um processo de reciclagem eficiente,
como também diminuir os riscos que esses resíduos podem causar à saúde da sociedade e
ao meio ambiente.

3.DESENVOLVIMENTO
Dentre os resíduos que devem ser prioritariamente reciclados ou descartados
adequadamente são os Resíduos Perigosos, classificados como classe I de acordo com a
norma NBR 10004:2004, tal classe que são caracterizadas como resíduos inflamáveis,
corrosivos e patogênicos. Por exemplo, as pilhas e baterias que são compostas por Mercúrio,
Chumbo, Cobre, Zinco, Cádmio, Manganês, Níquel e Lítio. Sendo esses, metais pesados e
tóxicos ao meio ambiente.
Em seguida, existem também os Lixos Eletrônicos que são todos os equipamentos
eletroeletrônicos com suas partes e acessórios que foram descartados por seus
proprietários, sem a intenção de reutilizá-los. Estes equipamentos possuem diversos
componentes tóxicos em suas estruturas como; Mercúrio, Arsênio, Cloreto de Amônia,
Bismuto, Cobalto, Estanho, Selênio e muitos outros metais pesados que, de acordo com o
Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), aproximadamente 70% dos metais pesados
encontrados em lixões e aterros sanitários são provenientes de equipamentos eletrônicos
descartados incorretamente.
Ademais, nós admitimos os metais nos quais são contidos por vários tipos de minério
e são retirados de rochas e solos com alta porcentagem de extrair estes resíduos. Existem
também, duas composições de metais como: metais ferrosos (compostos que formam
ligações com o ferro), como por exemplo o Ferro, Manganês e alguns outros. Existem
também os metais não ferrosos (compostos sem ligação com o ferro), como por exemplo o
Alumínio, Titânio e muitos outros.
Diante da evolução tecnológica, acaba-se gerando muitos resíduos e com isso traz
diversos danos à saúde e ao meio ambiente. Um dos problemas é com relação ao solo, que
possui uma grande capacidade de retenção de metais pesados, porém, se essa capacidade
for ultrapassada, os metais em disponibilidade no meio penetram na cadeia alimentar dos
organismos vivos ou são lixiviados, colocando em risco a qualidade do sistema de água
subterrânea (MATOS etal., CARVALHO apud Duarte e PASQUAL,2000).
Com isso, de acordo com a implementação da PNRS (Política Nacional de Resíduos
Sólidos), estabelecida pela Lei 12.305 de 2 de agosto de 2010, tem como objetivo
conscientizar as empresas sob sua responsabilidade compartilhada na gestão dos resíduos
sólidos. Isso engloba a indústria, distribuidores, varejistas e prefeituras, que são responsáveis
pela destinação adequada dos resíduos (MMA, 2010). No entanto, o avanço na
implementação desta lei tem ocorrido de forma lenta, especialmente no que se refere à
eliminação dos lixões. A PNRS estabeleceu metas para a extinção desses locais de disposição
inadequada de resíduos, visando melhorar a situação atual.
Desde 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) procura organizar a forma
como o setor público e privado devem descartar os resíduos. A lei trata de todos os materiais
que podem ser reciclados ou reaproveitados, sejam eles domésticos ou industriais. Sendo
assim, uma das possíveis soluções é a logística reversa dos metais, eletroeletrônicos, pilhas e
baterias, que com isso resultam na diminuição dos riscos econômicos e despesas
socioambientais. Porém, só é possível começar esse processo com a participação efetiva dos
consumidores, que precisam se comprometer a descartar seus produtos fora de uso em
locais adequados, que permitam sua coleta e reciclagem de forma correta.
A logística reversa é um instrumento de desenvolvimento econômico e social que por
um conjunto de ações e procedimentos deve viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos
sólidos ao setor empresarial, que para reaproveitamento em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Um perfeito exemplo de
logística reversa é com os resíduos metálicos que, inicialmente, os materiais metálicos são
coletados pelos catadores, que os vendem para empresas recicladoras após compactação e
limpeza. Com isso, nas empresas, ocorre a remoção de impurezas, como poeira, terra e
metais ferrosos. Após serem retirados às tintas e vernizes dos metais eles são fundidos para
serem transformados em lingotes ou blocos, que podem ser posteriormente laminados e
transformados em chapas que podem ser usadas para fabricação de novos produtos.
4.METODOLOGIA

Nesse resumo será abordado uma pesquisa, desenvolvida no município de


Engenheiro Coelho em São Paulo e para os estudantes do Centro Universitário Adventista de
São Paulo – Campus Engenheiro Coelho, (UNASP – EC), que elaborada de forma qualitativa
mediante a um questionário eletrônico (Google Forms), na qual, se iniciou com a intenção de
identificar o conhecimento da população sobre a coleta de lixo doméstico e sua destinação
correta. Será pontuado também como prioridade os resíduos classificados como metais
(Lixeira Amarela), os resíduos perigosos (Lixeira Laranja) e os eletroeletrônicos.

Na sua cidade há coleta seletiva?

Na sua cidade existe cooperativa


de catadores de lixo ou
simplesmente catadores de lixo?
Você está preocupado com a
destinação do lixo doméstico?

Você pensa em diminuir a


quantidade de lixo que produz?

Na sua casa ocorre alguma


separação de lixo?
Você sabe como destinar
adequadamente o Metal?

Você sabe como destinar


adequadamente os Resíduos
Perigosos?

Você sabe como destinar


adequadamente os Lixos Eletrônicos?
Você tem interesse em receber um
material informativo sobre a
destinação dos lixos domésticos?

5.RESULTADOS E DISCUSSÃO
De acordo com os dados apresentados percebe-se que é preciso partir da educação e
conscientização das pessoas pois partindo das empresas e usuários resultará na diminuição
dos riscos para o meio ambiente e a saúde de todos. Tal conscientização é essencial para o
sucesso do processo de reciclagem. Ao separar os materiais de forma adequada, é possível
facilitar o processo de reciclagem e garantir que os materiais sejam encaminhados para os
locais corretos, onde poderão ser reciclados de maneira eficiente. Com o descarte em aterros
inadequados, rios e no lixo comum, pode haver degradação e poluição do meio ambiente, se
esses elementos entrarem na cadeia alimentar podem causar maiores riscos.

6.CONCLUSÃO
Por fim, o processo de reciclagem destes resíduos contribui para a conservação de
recursos naturais e redução da necessidade de extração de minérios. A partir disso, a melhor
decisão quanto a solução é fornecer orientações às pessoas sobre como separar
corretamente os materiais destinados à reciclagem e onde descartá-los adequadamente.
Dessa forma, a conscientização contribuirá para a preservação do meio ambiente, melhorias
na economia reutilizando matérias primas e a redução de resíduos em locais inadequados.

7.REFERÊNCIAS
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico
(Relatório de Pesquisa/2011). Recuperado em 20 agosto, 2013. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos/instrumentos-da-politic ade-
residuos/plano-nacional-de-saneamento-basico. Acesso em: 18 maio. 2023.
Cavinato, V. M. & Rodrigues, F. C. P. (2003). Lixo- de onde vem? Para onde vai? São Paulo: Moderna.
Dias, G. F. (2004). Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo: Gaia
NETO, E. J. S. Gestão ambiental começa no lixo e educação ambiental, uma disciplina. UNIVERSIDADE
CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE, Rio de Janeiro,
2009. Disponível em: . Acesso em: 18 maio. 2023.
MARIA, O. et al. Autores: EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA ANÁLISE SOBRE A PRÁTICA PARA O DESCARTE
DE LIXO RECICLÁVEL E A CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL DOS ESTUDANTES DA REGIÃO
METROPOLITANA DE SÃO PAULO. [s.l: s.n.]. Disponível em: . Acesso em: 18 maio. 2023.
GULARTE, L. F. Desenvolvimento de material orientativo para o descarte correto do lixo. 2019.
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BRUM, R. Z. Educação ambiental no uso e descarte de pilhas e baterias. 2010. 41 f. Monografia de
especialização (Conclusão de Curso) - Universidade Federal de Santa Maria e Centro de Ciências
Rurais, Rio Grande do Sul, 2010. Disponível em:
https://periodicos.ufsm.br/reget/article/view/2779/1617.

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