Você está na página 1de 18

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

ANTONIO CARLOS MORAIS

JULIA HOBLOS

KAMILLE FERREIRA NUNES

PEDRO AUGUSTO SOUZA CUNHA

AMBIENTAR – SE

Resíduos Sólidos e o Reator Termoquímico

UBERLÂNDIA – MG
2023
ANTONIO CARLOS MORAIS

JULIA HOBLOS

KAMILLE FERREIRA NUNES

PEDRO AUGUSTO SOUZA CUNHA

Trabalho apresentado para a disciplina

Introdução à Engenharia Ambiental e Sanitária,

pelo curso de Engenharia Ambiental e Sanitária

da Universidade Federal de Uberlândia (UFU),

ministrada pela Prof. Sueli Moura Bertolino.

UBERLÂNDIA – MG
2023

2
SUMÁRIO

1.0 INTRODUÇÃO—---------------------------------------------------------------------------------- 4

1.1 Resíduos sólidos—----------------------------------------------------------------------------------5

1.2 Destinação dos RSU--------------------------------------------------------------------------------6

1.3 Problemática dos RSU—--------------------------------------------------------------------------8

1.4 Reator Termoquímico —-------------------------------------------------------------------------10

2.0 OBJETIVO—--------------------------------------------------------------------------------------11

2.1 Construção—---------------------------------------------------------------------------------------11

2.2 Execução—------------------------------------------------------------------------------------------11

3.0 METODOLOGIA—------------------------------------------------------------------------------11

3.1 Como será feito esse projeto—-----------------------------------------------------------------11

3.2 Ações—----------------------------------------------------------------------------------------------12

3.2.1 Planejamento—----------------------------------------------------------------------------------12

3.2.2 Execução—---------------------------------------------------------------------------------------13

3.2.3 Feira Ambiental no SENAI - Fechamento-—----------------------------------------------14

3.4 Partes interessadas—-----------------------------------------------------------------------------14

4.0 CRONOGRAMA-—------------------------------------------------------------------------------15

5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS —----------------------------------------------------17

3
1.0 INTRODUÇÃO

Os resíduos sólidos são materiais originados das atividades e do uso antrópico, sendo
um subproduto gerado após determinado uso, que é descartado, também são capazes de serem
utilizados em outros processos industriais ou servirem de matéria prima para determinado meio
produtivo de acordo com o site do Ministério do Meio Ambiente. Dado ao uso a qual são
empregados, eles são classificados de formas diferentes, pela origem e periculosidade, segundo
a lei nº 12.305 de agosto de 2010, auxiliando no descarte e manejo mais adequado destes
elementos. São chamados de RSU todos os Resíduos Sólidos Urbanos, ou seja, proveniente de
atividades domésticas, da limpeza urbana, de comércios, entre outros. Também, em relação aos
resíduos, pode ser observado um grande aumento em seu descarte, e segundo a CNN Brasil, até
o ano de 2050 a quantidade de resíduos descartados vai aumentar 70% em relação a 2016.

Ademais, os principais destinos dos resíduos são os lixões, os aterros controlados e os


aterros sanitários. Segundo o IPEA (Instituto de Ciências Econômicas Aplicadas), são
destinados a lixões e aterros controlados 40,5% do lixo coletado em 2018. Os lixões são
considerados um problema no Brasil, principalmente pelo seu alto índice de contaminação e,
ainda hoje, eles estão muito presentes no país. Uberlândia possui um aterro sanitário que recebe
cerca de 700 toneladas por dia. Também conta com a coleta seletiva em vários bairros, algo
muito importante para reciclagem de tais materiais. Por conta da enorme quantidade de resíduos
descartados, é importante o entendimento sobre o destino dos resíduos, sendo necessário a
criação de novas tecnologias e maneiras de ressignificação de tais matérias.

Os Resíduos Sólidos, quando dispostos inadequadamente, degradam o ambiente, pois a


contaminação dos recursos hídricos, do solo e do ar é dificilmente revertida. Essa contaminação
afeta a sociedade diretamente e indiretamente, podendo agravar os quadros de contaminação
pelas Doenças Relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI). Além do fato da
saúde populacional ser afetada, a infraestrutura das cidades também sofre com a inadequação
dos serviços que tratam os resíduos, como por exemplo, o acúmulo de lixo nos dispositivos de
drenagem pluvial que, se não tiverem um plano de manutenção previsto, acabam sendo
obstruídos e causando enchentes e alagamentos.

Devido a todos os problemas ambientais que a destinação errada e em grande escala que
os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) causam, torna-se necessário a criação de métodos que

4
possam diminuir ou reverter tais impactos. Já existem estudos que analisam os resíduos sólidos
a partir do setor energético, que visam a possibilidade de produção de biogás. Desta forma,
professores da Universidade Federal de Uberlândia vem desenvolvendo um projeto inovador
com base nesses estudos que está previsto para iniciar seu funcionamento até o ano de 2025
com aplicação em escala industrial, onde será possível reverter os impactos ambientais
causados pelos RSU e obter energia sustentável.

1.1 Resíduos sólidos

A definição de resíduos sólidos segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS)


é:

“Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja
destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido,
bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na
rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis
em face da melhor tecnologia disponível (BRASIL nº 12.305/2010, 3º Art. XVI)”

Também é importante a diferenciação entre resíduos e rejeitos, pois esses devem possuir
destinações diferentes. De acordo com a lei nº 12.305, rejeitos são:

“Resíduos que não tem mais possibilidade de tratamento e não tem mais finalidade a sociedade, estes devem
ser depositados de maneira adequada no ambiente.”

Sendo assim, os resíduos são materiais que ainda podem ser reutilizados pela sociedade,
na forma de reciclagem, compostagem, reuso entre outros, já os rejeitos não têm mais
finalidade.

Segundo a PNRS de 2010, pode-se classificar os resíduos por conta da origem e da


periculosidade. Em relação à sua origem, são exemplos:

- Resíduos Sólidos e Urbanos: este engloba os RD (resíduos domiciliares), os resíduos


de limpeza urbana e os resíduos comerciais. Segundo o SINIR (Sistema Nacional de
Informação sobre a Gestão de Resíduos Sólidos), destes materiais 45.3% são compostos por
matéria orgânica, 33.6% de materiais recicláveis e os demais 15,5% são rejeitos.

5
- Resíduos de serviços de saúde: estes são resíduos produzidos em serviços de saúde,
eles não podem estar junto nos descartes comuns pois possuem alto risco de contaminação,
por isso necessitam de processos específicos.

- Resíduos industriais: materiais descartados pela indústria, estes também podem conter
níveis de contaminação como por metais pesados, e são poluentes ao meio ambiente.

Segundo a periculosidade;

Resíduos perigosos: aqueles que, por conta de fatores físico-químicos e de origem,


apresentam significativo risco à saúde pública e à qualidade ambiental. Estes podem ser tóxicos
tanto ao ser humano, quanto à fauna e flora. Exemplos são resíduos hospitalares, resíduos de
mineração e resíduos químicos.

Resíduos não perigosos: não representam ameaça direta à saúde social e ambiental. São
os resíduos que não estão representados nos resíduos perigosos.

Os resíduos têm diferentes classificações pela PNRS para terem manejos específicos ao
serem descartados, visando minimizar ao máximo a poluição e evitar a contaminação de um
modo geral.

A produção industrial em massa e a cultura do descarte cresceram muito nas últimas


décadas. Por conta disso, juntamente ao aumento populacional, as taxas de descarte de lixo
crescem absurdamente e, de acordo com a CNN Brasil, até 2050 prevê-se que a quantidade de
lixo produzida chegará 3,4 bilhões de toneladas por ano no mundo.

1.2 Destinação dos RSU

Segundo o DMAE (Departamento Municipal de Água e Esgoto), em 2020 foram


dispostos no aterro sanitário cerca de 700 toneladas de RDO (Resíduos Sólidos Domiciliares e
Comerciais) por dia, sendo assim a média é de 0,829 kg de resíduos descartados por habitante
por dia em Uberlândia, MG.

Uberlândia conta com coleta de lixo residencial e doméstico e com coleta seletiva (CS)
em diversas regiões da cidade. A coleta seletiva é a coleta dos resíduos que ainda podem ser
reciclados, de acordo com o site da prefeitura de Uberlândia:

6
“Os materiais recicláveis coletados são encaminhados para Associações e Cooperativas
conveniadas à Prefeitura que oferecem o espaço físico e infraestrutura, como balança e prensas, carrinhos
e elevadores. Todo material encaminhado para os galpões é triado e posteriormente comercializado pelos
próprios Catadores.”

Também, tem-se que 61 dos 74 bairros de Uberlândia são contemplados pela coleta
seletiva, e em 2021 foram coletados 3.515.108 quilos de materiais recicláveis, representando
um aumento de 20% em relação a 2020.

Observa-se, no entanto, que a quantidade de resíduos que não são reciclados é muito
maior, por conta disso, há uma problemática quando se trata do seu descarte, onde as principais
formas são os lixões e os aterros sanitários.

Lixão: geralmente é uma área abandonada onde a população passa a depositar lixo a céu
aberto. Por uma pesquisa do IBGE constata-se que até 2008 cerca de 50% do lixo produzido
era destinado a lixões. No entanto, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) tem uma
lei que estabelece o fim dos lixões por todo o Brasil, por conta de seu grande índice de poluentes.
Qualquer resíduo pode ser jogado neste ambiente, que não tem preparo para recebê-los, por
conta disso, tanto o ar, por conta dos gases liberados pela decomposição do lixo, o solo pelo
chorume, e os lençóis freáticos ou rios próximos por substâncias contidas nos resíduos são
gravemente contaminados. Auxiliando também na proliferação de diversas doenças. Portanto,
pessoas que vivem perto desses locais ficam expostas a situações de risco à saúde. Uberlândia
não tem lixão localizado, porém conta com diversos pontos de descarte inadequado de resíduos
que podem ter as mesmas problemáticas de contaminação.

Aterro Sanitário: este sistema consiste em enterrar o lixo em camadas. Primeiramente


coloca-se um plástico espesso impermeável, a fim de conter o chorume liberado pela
degradação dos resíduos, depois coloca-se continuamente uma camada de terra acima da
camada de lixo, para não deixar os materiais em contato com o ar livre. Por conta disso, o aterro
sanitário é visto como a forma mais adequada de descarte dos rejeitos, por ser ambientalmente
menos prejudicial. Porém, a demanda é enorme e muitas vezes o aterro tem que ser desativado
por não possuir mais espaço para depositar o lixo, logo, novas tecnologias e formas de descartar
o lixo de maneira sustentável são fundamentais.

7
Em Uberlândia, a prefeitura conta com um aterro sanitário operado pela Limpebras
Engenharia Ambiental, de acordo com o Diário de Uberlândia o aterro recebe cerca de 700
toneladas de resíduos por dia. Este é licenciado a funcionar até 2028. A cidade já contou com
outro aterro, este foi desativado em 2011 após atingir sua capacidade.

1.3 Problemática dos RSU

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) prevê um aumento
para 2,2 bilhões de toneladas de resíduos sólidos gerados por ano até 2025. Devido ao aumento
da aquisição de produtos e o crescimento populacional é possível observar esse aumento da
geração de lixo na sociedade, contudo, existem diversas políticas públicas que trabalham no
tratamento desses resíduos para diminuir as consequências que surgem do acúmulo de lixos em
lugares impróprios, como a coleta, transporte, tratamento e encaminhamento ao destino
adequado para tais resíduos, os aterros sanitários. Todo esse trabalho visa reduzir os impactos
ambientais e a propagação de doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado
(DRSAI).

Um estudo sobre a disposição ambientalmente adequada de resíduos sólidos urbanos e


desenvolvimento humano e sustentável publicado pela Giovanna Giulia de Padua em 2023,
mostrou que a sociedade é diretamente afetada pelos impactos ambientais causados pela
disposição inadequada dos RSU, que resultam na contaminação dos recursos hídricos, solo e
ar, que indiretamente afetam a proliferação de diversas doenças. A contaminação dos recursos
hídricos se dá através do solo que é contaminado pelo chorume – líquido poluente, de cor escura
que resulta da decomposição da matéria orgânica do lixo – e a queima e acúmulo dos RSU a
céu aberto (nos chamados “lixões”) emitem gases que contribuem para a contaminação do ar.
A qualidade dos serviços de manejo dos resíduos sólidos afeta diretamente os indicadores de
saúde pública, principalmente, a disposição final de tais resíduos, pois, a inadequação desses
serviços contribui para existência de ambientes onde a proliferação de agentes patogênicos de
várias doenças é propícia. A coleta de lixo urbano, juntamente com a coleta seletiva desses
resíduos, garante, que tais materiais não serão dispostos a céu aberto, porém, mesmo com a
definição da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o acúmulo de lixo em aterros
sanitários pode ser um problema futuro, tendo em vista que não existe um tratamento previsto
para esse material após serem colocados nos aterros, onde os materiais têm sua vida útil
reduzida.

8
Dados do Panorama da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e
Resíduos Especiais (ABRELPE) mostram que, durante o ano de 2022, foram gerados
aproximadamente 81,8 milhões de toneladas de RSU, correspondendo a cerca de 224 mil
toneladas por dia. Em comparação com a cobertura de coleta, o país registrou o total de 76,1
milhões de toneladas coletadas, o que representa 93% de tudo que foi gerado. O Panorama de
2022 traz também a informação sobre a nova regulamentação para a Lei no 12.305/2010
(PNRS) e o Decreto no 11.043/2022, onde institui-se o Plano Nacional de Resíduos Sólidos
(PLANARES), que se torna o instrumento principal previsto na Lei que estabelece as metas,
estratégias e diretrizes para o setor num horizonte de 20 anos.

O Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE), responsável pela rede de esgoto


na cidade de Uberlândia, pontua que o acúmulo de RSU nos dispositivos de drenagem pluvial
é uma das principais causas de alagamentos, já que a disposição inadequada desses resíduos por
parte da população, impede o escoamento devido da água. Em 2020, a Prefeitura de Uberlândia
disponibilizou dados mostrando que cerca de 150 toneladas de lixo são retiradas por mês das
chamadas “bocas de lobo” na cidade. Isso mostra que um dos grandes desafios para reduzir os
impactos ambientais causados pela disposição inadequada dos RSU é a conscientização da
população sobre como tratar os resíduos que por ela são produzidos, já que tais materiais
acabam indo para os dispositivos de escoamento de água da cidade, quando deveriam ser
dispostos em aterros sanitários.

O bem-estar das gerações futuras é afetado diretamente pelo saneamento básico


ambiental, especificamente quanto ao manejo e gerenciamento dos RSU que impactam os
efeitos ambientais. A destinação inapropriada dos resíduos é altamente nociva à atmosfera, pois
os resíduos são dispostos a céu aberto e resultam na produção do gás metano, CH₄, sendo um
poderoso gás de efeito estufa. Também contamina o solo e os lençóis freáticos por conta do
chorume produzido pelo lixo e disseminado sem proteção ao ambiente. Com isso, torna-se
necessário o incentivo ao desenvolvimento de tecnologias sustentáveis que tenham como
objetivo reduzir ou reverter os impactos ambientais e sanitários causados pelo acúmulo de tais
resíduos, mesmo que em destinos adequados por Lei para o descarte.

9
1.4 Reator Termoquímico

No 9 artigo da Lei Federal n 12.305, de 2 de agosto de 2010, é definido que o


o o

gerenciamento dos RSU deve seguir uma ordem de prioridade, sendo elas: a não geração,
redução, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final ambientalmente adequada dos
rejeitos. Visando a reutilização e reciclagem, o inciso 1 do Art.9 garante que poderão ser
o o

utilizadas tecnologias que recuperem a energia presentes nos RSU, desde que seja comprovado
sua viabilidade técnica e ambiental.

A partir disso, professores da Universidade Federal de Uberlândia vêm desenvolvendo


um projeto inovador de um reator termoquímico que tem como função tratar e manipular os
resíduos sólidos urbanos a fim de obter biocombustíveis. Dentre os resíduos urbanos
produzidos, há diferentes tipos de biomassas que são avaliadas como fonte de energias
renováveis e que podem ser comparadas com o poder calorífico do carvão vegetal,
caracterizando esses materiais como fonte potencial de combustível derivado do lixo.

Com a execução e sucesso desse projeto inovador, será possível não somente existir um
novo fim aos RSU, como também o processo de reverter os resíduos que já existem nos aterros
sanitários em energia renovável, que poderá, no futuro, abastecer a cidade de Uberlândia.

Como os aterros sanitários são comumente compostos por RSU, é possível realizar o
processo de mineração para obtenção dos resíduos que serão utilizados no reator, revertendo
assim, os impactos ambientais causados por todo esse lixo e, como consequência, obter energia
sustentável. O projeto está previsto para ser colocado em funcionamento até o ano de 2025,
sendo construído dentro das dependências da UFU no Campus Glória. A primeira parte do
projeto deve ser executada apenas com resíduos secos, porém, existe um planejamento para que
no futuro, possam ser utilizados resíduos úmidos, que necessitam de um pré-tratamento
diferente do citado anteriormente.

Esse projeto coloca em pauta a necessidade de acabar com os lixões e controlar os aterros
sanitários, estimulando a produção de energias renováveis através das biomassas presentes nos
RSU, onde o reator termoquímico poderá, no futuro, ser uma alternativa sustentável para a
substituição dos aterros sanitários no Brasil, já que o país tem uma enorme capacidade de
produção de energia proveniente de fontes renováveis.

10
2.0 OBJETIVO

2.1 Objetivo Geral

Esse projeto tem como propósito esquematizar uma miniatura de Reator Termoquímico,
que será apresentada em conjunto aos alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(SENAI), exposta juntamente com a explicação de sua função na Feira Ambiental.

2.2 Objetivo Específico

• Conscientizar os participantes do projeto sobre a problemática dos resíduos


sólidos e seus impactos ambientais;
• Apresentar o projeto do Reator Termoquímico em uma feira científica nas
dependências do SENAI Uberlândia;
• Envolver os alunos do SENAI nas discussões do Reator Termoquímico;
• Identificar formas e estudar soluções sustentáveis para Resíduos Sólidos
Urbanos;

• Analisar e discutir formas de produção eficiente e reaproveitamento energético


na Universidade Federal de Uberlândia;

3.0 METODOLOGIA

3.1 Como será feito o projeto

O projeto tem proposta na modalidade de extensão e será executado pelos alunos do


primeiro período do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da Universidade Federal de
Uberlândia.

As etapas presentes no projeto são: planejamento, realização, comprovação, e a


finalização com uma feira elaborada pelos alunos da graduação em Engenharia Ambiental e
Sanitária, responsáveis pelo projeto.

O projeto do Reator Termoquímico, como exemplificado na imagem 1, será embasado


em um trabalho já existente do Professor Dr. Valério Borges. E seu aluno de Engenharia
Mecânica, Samuel Lopes, que irá desenhar o Reator em escala micro para impressão de uma
maquete 3D. Essa maquete irá mostrar as funções do Reator, para que a apresentação seja bem
dinâmica e didática aos alunos. A maquete 3D, contará com textos de apoio, para exemplificar

11
melhor o que são resíduos sólidos e o que é o Reator Termoquímico, mostrando a importância
do assunto na sociedade.

Figura 1 - Overview do reator termoquímico

Fonte: Prof. Dr. Valério Borges

A apresentação na feira será dividida da seguinte forma: introdução sobre os resíduos


sólidos e seus problemas; apresentação do reator termoquímico, desde a entrada dos resíduos
sólidos até a saída dos gases; apresentação da maquete, e exemplificação de toda a etapa
anterior, e uma explicação mais detalhada das composições e reações químicas geradas durante
todo o processo. Por fim, vamos fazer um breve resumo de toda a apresentação, destacando
como o reator será uma solução para o fim dos resíduos sólidos e mostrar também o tijolo
sustentável que é gerado a partir do material restante do processo, que futuramente pode ser
usado no campo da construção civil-sustentável.

3.2 Ações

3.2.1 Planejamento

O planejamento do projeto foi separado na parte de definição do que será feito e a


apresentação do projeto, juntamente com a aprovação.

12
Fase 1 – Definir o Projeto

Para definir o projeto, foi realizado um encontro com os tutores e em meio a discussão
e ideias apresentadas (de como solucionar a problemática dos resíduos sólidos de uma forma
sustentável) e chegou-se a uma ideia que levou ao projeto do Professor Valério.

Fase 2 – Apresentar/validar o Projeto Executivo

Apresentar o projeto em sala para que ocorra a aprovação e validação da professora e


engajar os alunos da disciplina de Introdução Engenharia Ambiental e Sanitária.

3.2.2 Execução

As fases presentes no projeto são:

Fase 1 - Reunião com o prof. Valério para discussão sobre as particularidades do


reator.

• Reunião com o professor Valério para discutir sobre o projeto do Reator


Termoquímico, analisando se seria possível utilizá-lo no trabalho;
• Entrar em contato com o Samuel Lopes, aluno da Engenharia Mecânica, que foi
indicado pelo Professor Valério, para a execução do desenho da maquete em 3D.

Fase 2: Impressão em 3D da maquete.

• A maquete será feita com uma impressora 3D de dimensão 22x22x22.

Figura 2: Exemplo de impressora 3d

Fonte: https://www.slim3d.com.br/produtos/impressora-3d-two-trees-sapphire-pro-montada-
e-calibrada/

13
Fase 3: Criar textos/cartazes para a apresentação na feira ambiental

• Produzir um cartaz didático sobre os resíduos sólidos e suas problemáticas;


• Produzir um cartaz didático sobre o projeto do Professor Valério;
• Interligar os resíduos e o Reator Termoquímico como a solução.

Fase 4: Validar o projeto final para a feira.

• Apresentar os cartazes e a maquete na Feira Ambiental para os alunos do


SENAI.

3.2.3 Feira Ambiental no SENAI - Fechamento

Esse encerramento será realizado na Feira Ambiental do Senai no dia 16 de junho


de 2023. Para isso, será montado um stand com os cartazes e a maquete.

3.4 Partes interessadas

As partes interessadas do projeto são:

• UFU – Universidade Federal de Uberlândia;

• Diretoria de Engenharia Ambiental e Sanitária;

• SENAI;

• Alunos do curso de Engenharia Ambiental e Sanitária da UFU;

• Sociedade;

• Prefeitura Municipal de Uberlândia, Departamento de Meio Ambiente;

• Aterros sanitários municipais e privados;

• Empresas privadas e públicas de coleta de resíduos sólidos.

14
4. CRONOGRAMA

15
16
5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABRELPE. Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2022.


NASCIMENTO, F..; PINTO FILHO, J. L. OS IMPACTOS AMBIENTAIS DOS RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS. ENCICLOPEDIA BIOSFERA, [S. l.], v. 18, n. 38, 2021. Disponível
em: https://conhecer.org.br/ojs/index.php/biosfera/article/view/5393. Acesso em: 13 abr. 2023.

FERREIRA, H. G. R.; PEDROSO, G. M.; ALVES, R. G.; CAHLI, G. M.; MELLO, S. C. R. P.


RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU): UMA ANÁLISE DO SETOR ENERGÉTICO EM
ASCENSÃO COM BASE NO IMPACTO AMBIENTAL E NA QUALIDADE DE VIDA.
Formação (Online), [S. l.], v. 27, n. 51, 2020. DOI: 10.33081/formação. v27i51.6794.
Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/formacao/article/view/6794. Acesso em:
13 abr. 2023

VIEIRA, Giovanna Giulia de Padua. Disposição ambientalmente adequada de resíduos sólidos


urbanos e desenvolvimento humano e sustentável: novas evidências de efeitos na saúde em
municípios brasileiros selecionados. 2023. 37 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação
em Ciências Econômicas) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2023.

SINIR. Resíduos Sólidos e Urbanos. sinir. Disponível em:


https://sinir.gov.br/informacoes/tipos-de-residuos/residuos-solidos-urbanos/. Acesso em 14 de
abril de 2023

CGIRS-VJ. o que são, legislação a respeito e como destinar e tratar corretamente. cgirs-vj.
Disponível em https://cgirsvj.ce.gov.br/informa/124/residuos-solidos-o-que-sao-legislacao-a-
respeito-e-como-destinar-e-tratar-corretamente. Acesso em 15 abril.2023

PLANALTO. Lei N° 12.305. planalto, 02 de agosto de 2010. Disponível em:


https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm. Acesso em: 20 de
abril de 2023

AGÊNCIA SENADO. Aumento da produção de lixo no Brasil requer ação coordenada entre
governos e cooperativas de catadores. agência senado, 2021. Disponível em:
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2021/06/aumento-da-producao-de-lixo-no-
brasil-requer-acao-coordenada-entre-governos-e-cooperativas-de-
catadores#:~:text=Segundo%20dados%20do%20Panorama%20dos,de%201%20kg%20por%
20dia. Acesso em: 20 de abril 2023.

CNN BRASIL. Geração de resíduos no mundo deve chegar a 3,4 bilhões de toneladas por ano
até 2050. CNN Brasil, 2022. Disponível em:
https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/geracao-de-residuos-no-mundo-deve-chegar-a-
34-bilhoes-de-toneladas-por-ano-ate-2050/. Acesso em: 20 de abril de 2023.

Szigethy Leonardo, Anteno Samuel Resíduos sólidos urbanos no Brasil: desafios tecnológicos,
políticos e econômicos. IPEA, Centro de Pesquisa em Ciência, Tecnologia e Sociedade. Julho,

17
2020. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/cts/pt/central-de-conteudo/artigos/artigos/217-
residuos-solidos-urbanos-no-brasil-desafios-tecnologicos-politicos-e-economicos.

18

Você também pode gostar