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Sumário
Logística Reversa e Sustentabilidade......................................................................................1
............................................................................................................................................3
01
Política nacional dos resíduos sólidos (PNRS)...........................................................................3
A logística reversa na PNRS......................................................................................................4
Sistema de Logística Reversa (SLR)...........................................................................................5
Motivação para implantação da logística reversa....................................................................5
As questões ambientais ligadas às operações logísticas..........................................................6
Processo logístico.....................................................................................................................6
Logística reversa no mundo corporativo..................................................................................6
Dificuldades na disseminação da LR.........................................................................................6
Canais de distribuição reversos................................................................................................7
Canais de distribuição reversos................................................................................................8
Sistema de coleta de bens........................................................................................................9
...........................................................................................................................................10
02
Histórico dos debates a respeito da ética e responsabilidade social no Brasil e no mundo...10
Origem...................................................................................................................................10
Movimentos mundiais............................................................................................................10
O nascimento do mundo globalizado e a questão socioambiental........................................12
Princípios da RS......................................................................................................................12
Tipos de RS.............................................................................................................................13
Responsabilidade Social na Prática........................................................................................13
Ferramentas de avaliação de desenvolvimento sustentável..................................................15
Sistemas indicadores de sustentabilidade..............................................................................15
Ferramentas para mensurar o desempenho sustentável.......................................................15
Certificações ambientais........................................................................................................17
..........................................................................................................................................21
03
Logística Reversa como estratégia competitiva....................................................................21
Indicadores na Área Financeira..............................................................................................21
Indicadores na Área Terciária e Marketing.............................................................................22
Indicadores na Área de Operações.........................................................................................22
Indicadores na Área de Desenvolvimento..............................................................................22
Área de RH.............................................................................................................................22
Vantagens na utilização da LR................................................................................................22
Logística Reversa: conceitos básicos e práticas operacionais.................................................22
Logística e cadeia de suprimentos..........................................................................................22
Práticas operacionais.............................................................................................................23
Sistemas de Logística Reversa (SLR).......................................................................................23
Fatores que influenciam a eficiência da LR.............................................................................24
Modelos de gerenciamento de Logística Reversa..................................................................25
Coprocessamento..................................................................................................................30
...........................................................................................................................................32
04
Economia circular...................................................................................................................32
Diferença entre logística verde, ecológica e reversa, e ecologia industrial, simbiose industrial
e parques eco eficientes.........................................................................................................33
01Política nacional dos resíduos sólidos (PNRS)
O resíduo sólido é exemplificado como: material, substancia, objeto ou bem
descartado, o qual é resultante de atividades humanas em sociedade. Podendo ser sólido,
semissólido ou até gases contidos em recipientes e líquidos que não possam ser lançados em
redes de esgoto ou corpos d’águas.
1. Quanto à origem:
1. Resíduos domiciliares – os originários de atividades domésticas em residências
urbanas.
2. Resíduos de limpeza urbana – os originários da varrição, limpeza de
logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana.
3. Resíduos sólidos urbanos.
4. Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços – os
gerados nessas atividades.
5. Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico.
6. Resíduos industriais – os gerados nos processos produtivos e instalações
industriais.
7. Resíduos de serviços de saúde – os gerados nos serviços de saúde, conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sistema
Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária.
8. Resíduos da construção civil – os gerados em construções, reformas, reparos e
demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e
escavação de terrenos para obras civis.
9. Resíduos agrossilvopastoris – os gerados nas atividades agropecuárias e
silviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades.
10. Resíduos de serviços de transportes – os originários de portos, aeroportos,
terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira.
11. Resíduos de mineração – os gerados na atividade de pesquisa, extração ou
beneficiamento de minérios.
1. Quanto à periculosidade:
1. Perigosos – inflamáveis, corrosivos, reativos, tóxicos, patogênicos,
carcinogênicos, teratogênicos e mutagênicos (apresentam significativo risco à saúde
pública ou à qualidade ambiental).
2. Não perigosos – não se enquadram na descrição acima.
A PNRS estabeleceu que a responsabilidade pela destinação dos resíduos cai diretamente
aos participantes da cadeia produtiva, logo, o produtor e o consumidor. Esta lei possui diversos
princípios no seu Art.6º, segue-se abaixo a transcrição:
Artigo VI. São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos:
I - a prevenção e a precaução;
II – O poluidor-pagador e o protetor-recebedor;
III - a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social,
cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública;
IV - o desenvolvimento sustentável;
VI - a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais segmentos
da sociedade;
VIII - o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de valor
social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania;
XI - a razoabilidade e a proporcionalidade.
Sobre a prioridade no gerenciamento e gestão dos resíduos sólidos, tem-se: não geração,
redução, reutilização, reciclagem, tratamento e destinação final. Entretanto, mesmo com tanta logística,
a quantidade de resíduos sólidos coletados em aterros sanitários está registrada em 43 milhões ao ano e
nos locais inadequados, um pouco mais de 29 milhões de toneladas ao ano.
Ante 2010, não existia instrumentos normativos que gerenciassem os produtos pós-
consumo, entretanto em 2021, esta lei estabeleceu até aos produtos que são comercializados
em todos tipos de embalagens, do vidro ao metal. Alguns principais setores são implantados
no brasil, que são:
Ministério da saúde
As questões ambientais ligadas às operações logísticas
Processo logístico
O processo logístico é a forma sistêmica de otimização do fluxo de informações,
materiais ou recursos de uma organização, integrando duas ou mais atividades operacionais
ou gerenciais, desde a partida até o destino. O objetivo da logística é a adequação às
necessidades dos consumidores e fornecedores, por meio do planejamento, implementação e
controle, tornando eficiente o fluxo direto e inverso dos bens de consumo e informações.
Dificuldades na disseminação da LR
Em meio a um mar de dificuldades, podemos ver as duas mais significativas: 1)
impossibilidade de algumas organizações em atingir escala, isto é, de alcançar um volume que
torne economicamente viável a implementação do fluxo reverso; 2) desconhecimento, quanto
à importância da adoção de práticas de Logística Reversa para a sustentabilidade ambiental do
planeta, tanto por parte de alguns gestores quanto de uma parcela da sociedade..
1. Governamental:
a. Possui capacidade de subsidiar, estimular e implementar alguns programas de
LR, além de realizar campanhas de alcance nacional para evidenciar os
benefícios ambientais, financeiros e sociais. O estado pode, como deve,
implementar instrumentos econômicos, ou, no pior dos casos, instrumentos
normativos. Estas só terão resultado, quando trouxerem tantos benefícios
ambientais, como privados, ampliando o bem-estar social e melhoria na
competitividade das organizações.
2. Societária:
a. Vindo diretamente dos consumidores, a condenação de práticas e abolição das
compras de produtos de empresas irresponsáveis ambientalmente, gerando
um déficit financeiro nas empresas.
3. organizacional.
a. É de suma importância que as empresas possuam responsabilidade ambiental
e social, assumindo tarefa de concentrar esforços para a formação e
estruturação das cadeias setoriais de LR. Entretanto, não é apenas adicionar a
LR nos setores ambientais, devem se observar alguns critérios, como:
i. Mercado para produtos:
1. as partes quantitativas e qualitativas do mercado reverso
precisam ser analisadas e, somente depois, a operacionalidade
e o retorno financeiro do novo produto podem ser medidos.
ii. Qualidade dos materiais reciclados:
1. a qualidade do produto advindo da LR está diretamente
relacionada às matérias-primas originais, que dependem das
condições, do tipo de coleta e da forma de reprocessamento
do fluxo reverso.
iii. Remuneração em todas as etapas revê:
1. o retorno financeiro obtido em cada fase reversa deverá
satisfazer aos interesses econômicos dos inúmeros agentes
envolvidos no processo.
iv. Escala econômica de atividade:
1. o retorno gerado deve estar em um nível suficiente e ser
constante para garantir o alcance de uma escala econômica e
empresarial. As cadeias reversas apresentam como
dificuldades gerais a obtenção de regularidade de
fornecimento e de quantidades satisfatórias.
1. LR de pós-venda:
a. é aquela que controla o fluxo logístico correspondente aos bens de pós-venda.
Produtos sem uso ou com pouco uso quando são devolvidos entram nesta
categoria. Podem-se incluir: produtos com falhas no funcionamento, erros nos
pedidos, defeitos, fora de validade, liquidação de vendas, entre outros. Assim,
são produtos que podem ter valor comercial agregado e podem ser enviados à
reciclagem ou reaproveitados.
2. LR de pós-consumo:
a. é aquela que controla o fluxo físico correspondente aos bens de pós-consumo,
ou seja, produtos que são descartados pelo consumidor. Ainda possuem vida
útil e possibilidades de reutilização. Quando um produto é desmontado e seus
componentes ainda podem ser aproveitados ou remanufaturados, são
enquadrados nesta categoria. Por exemplo: resíduos industriais que voltam ao
ciclo produtivo. No caso de não haver reaproveitamento, esses produtos serão
destinados para lixões ou serão incinerados.
3. LR de embalagem:
a. este tipo de logística pode estar incluído em pós-venda e pós-consumo. Assim,
podemos notar que existe uma tendência mundial de reaproveitamento das
embalagens retornáveis ou de múltiplas viagens devido à grande quantidade
de resíduos gerados despejados no meio ambiente.
Canais de distribuição reversos
Pode ser dividida em cinco canais de distribuição de pós-venda/consumo: disposição
final, retornos comerciais e de garantia, sucatas de produção e/ou rejeitados, embalagens.
Existem dois tipos de distribuição reversa, a de pós-consumo e a de pós-venda
Além de todas as classificações ditas, temos também a classificação dos ciclos, que são:
1. coleta domiciliar: é a coleta porta a porta que ocorre sob a administração municipal;
2. aterros sanitários: ambiente adequado para acomodação de rejeitos onde são
utilizadas técnicas de engenharia sanitária para acomodação e recobrimento do
material descartado que fica disposto em camadas sob um piso impermeabilizado, que
visa a não contaminação do solo e o tratamento de líquidos decorrentes da
decomposição de materiais
3. coleta seletiva domiciliar: tipo de coleta que contém prévia seleção do material
descartado ou realizada para o respectivo material descartado;
4. coleta informal: constitui na coleta manual realizada por catadores, carroceiros e/ou
garrafeiros.
A obsolência planejada se trata da redução do ciclo de vida útil dos produtos que, por sua vez,
está intimamente associada ao aumento do número de bens e serviços fornecidos à sociedade.
O que, como consequência, amplia a quantidade de resíduos gerados e nos encaminha para o
esgotamento da capacidade dos sistemas tradicionais de disposição de resíduos.
02
Origem
Histórico dos debates a respeito da ética e responsabilidade social no
Brasil e no mundo
Tem seu marco na revolução industrial no século XVIII, devido a precária condição de
trabalho e a exploração dos trabalhadores, onde Karl Marx elaborou as primeiras formulações
sobre o capitalismo, contra a exploração exacerbada subindo inerente aos lucros e
concentração monetária, além de contemplar questões ambientais dos níveis de poluição pela
Europa. A modernização e automatização, com as máquinas, levaram os trabalhadores a
criação dos sindicatos, que acabou, por ventura, o surgimento de movimentos grevistas.
Outro ponto importante é a importância que o setor público se dá, afim de solucionar
mitigações com reuniões que atendam preocupações com o meio ambiente. O movimento
hippie não pode ser deixado de lado, ocorrido em meados da década de 60, gerou debates
contra o uso das armas nucleares, respeito à natureza, homossexualidade, contra o
preconceito racial, e o consumo consciente.
Movimentos mundiais
1. Conferência de Estocolmo:
a. Causa: em 1972, a percepção de um problema de crescimento demográfico
não congruente aos recursos naturais, gerou grandes embatas no clube de
Roma, onde, no mesmo ano, a ONU realizou sua primeira reunião com os
chefes de estado, que se preocupavam com os problemas ambientais,
chamada de Conferência de Estocolmo;
b. Resultado: Declaração das nações Unidas sobre o Meio Ambiente, ou
Declaração de Estocolmo, promovendo ações ambientais;
2. A criação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC):
a. Intergovernmental Painel on Climate Change, em 1988;
b. Causa: mudanças climáticas;
c. Método: Juntar e difundir os dados relacionados a mudanças climáticas, afim
de formular aspectos fundamentais, formas de solução e efeitos na sociedade;
3. Protocolo de Quioto:
a. Finalidade: manutenção da vida no planeta, objetivando o controle da emissão
de gases do efeito estufa pelas atividades industriais;
b. Resultado: assinatura do compromisso para diminuição das emissões de CO2,
além da margem para o surgimento do termo créditos de carbono, onde uma
tonelada de dióxido de carbono geraria um crédito certificado, onde seriam
negociadas internacionalmente;
4. Eco 92 e Rio+20:
a. Causa: tratar dos temas ambientais com todos os países (176);
b. Resultado da Eco 92: RJ, 1992, produção do plano de ação para o
desenvolvimento sustentável, buscando alternativas de solução;
c. Resultado da Rio+20: reafirmação dos compromissos da Eco 92, além da
discussão e observação de problemas ainda existentes, intensificando os
debates para implementação da economia verde;
5. Cúpula das nações unidas para o desenvolvimento sustentável:
a. Causa: Direcionamento para o plano de desenvolvimento sustentável até
2030, ocorrida em NY nos EUA;
b. Traçados 17 objetivos pelos Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável
(ODS);
Conceito de responsabilidade socioambiental
A responsabilidade socioambiental se divide em:
1. Interno:
a. Partes afetadas dentro da empresa, os funcionários:
2. Externo:
a. Consequências das ações da empresa sobre a sociedade e o meio ambiente;
Princípios da RS
o valor incorporado tem que ser voluntário e genuíno, com o único interesse de causar
impacto positivo na sociedade como um todo e lembrando sempre que uma empresa é uma
comunidade constituída por pessoas, aquelas que trabalham, que fornecem outros insumos e
as que consomem.
Tipos de RS
1. Responsabilidade Social Individual (RSI):
a. a responsabilidade que todos, enquanto indivíduos, devem assumir, agindo de
forma a preservar o bem-estar da comunidade na qual estão inseridos;
b. exemplos: Não consumir mais sacolas plásticas, deixar o carro na garagem
alguns dias na semana, pesquisar melhor os candidatos das próximas eleições
ou doar um pouco do seu tempo para atividades voluntárias;
2. Responsabilidade Socioambiental (RSA):
a. São as práticas de preservação ambiental;
3. Responsabilidade Social Corporativa (RSC):
a. É o conjunto de ações internas realizadas pelas empresas com o objetivo de
beneficiar a educação, a economia, a saúde, a moradia e o transporte dos seus
funcionários.
b. Exemplos: a garantia dos direitos trabalhistas, manutenção do bem-estar no
ambiente de trabalho, oportunidade de crescimento e aprimoramento
profissional e programas de treinamento.
4. Responsabilidade Social Empresarial (RSE):
a. ligação com a gestão transparente, que valoriza a ética na relação com os
funcionários e demais colaboradores e ainda tenta minimizar os impactos
ambientais negativos gerados pelas suas atividades;
1. retomar o crescimento;
2. alterar a qualidade do desenvolvimento;
3. atender às necessidades essenciais do emprego, educação, alimentação, saúde,
energia, água e saneamento;
4. manter um nível populacional sustentável;
5. conservar e melhorar, por meio da tecnologia, as bases dos recursos;
6. incluir o meio ambiente e a economia nas decisões que afetam a sociedade;
1. Diretos: estão relacionados com aspectos internos, como proteção ao meio ambiente,
aumento de produtividade, aproveitamento adequado de recursos naturais, melhor
organização do trabalho, entre outros.
2. Indiretos: dizem respeito ao aumento de investimentos e possibilidades de
financiamento e à grande atenção dos consumidores na marca, aumentando a
possibilidade de mercado.
Indicadores na Área Terciária e Marketing
1. Fidelização da clientela;
2. Valor da marca e reputação;
Área de RH
1. participação nos lucros e no capital da empresa;
2. possibilidade de crescimento profissional;
3. oferecimento de cursos e capacitações;
4. respeito à empregabilidade;
Vantagens na utilização da LR
1. Diferenciação da imagem corporativa: isto se mostra no posicionamento da empresa
como empresa cidadã, de modo a agregar valor à sua marca e aos seus produtos;
2. Razões competitivas: vê-se aqui o uso de estratégias que diminuam as barreiras no
momento da troca dos produtos e no retorno dos resíduos, desenvolvendo um
atendimento diferenciado e fidelizando seus clientes;
3. Restrições ambientais: um bom exemplo de restrição é o avanço das legislações
ambientais, no sentido de responsabilizar as empresas por todo o ciclo de vida dos
seus produtos de modo a colaborarem com o desenvolvimento sustentável;
4. Redução de custos: as empresas têm obtido ganhos consideráveis com a produção de
matérias-primas, a partir de produtos reciclados e com o retorno de embalagens
retornáveis, isso gera, por efeito, uma melhoria dos processos da LR e uma redução
custos;
Tabela da LR 1
1. Planejamento do processo:
a. a definição do escopo do processo com a definição dos produtos e materiais
pós-consumo a serem processados.
2. Planejamento da cadeia:
a. na Logística Reversa, os consumidores e fornecedores ainda não se encontram
estabelecidos ou atuando de forma colaborativa. Com isso, a identificação,
contratação e capacitação de parceiros passam a ser etapas preliminares do
processo.
3. Projeto da Logística Reversa
a. esta etapa requer algumas atividades, como as que listamos a seguir.
i. Identificação ou estimativa da frequência de descarte e dos volumes
gerados por tipo de produto.
ii. Definição de rotas e meios de transporte para o recolhimento do
produto ou do material pós-consumo.
iii. Definição dos volumes mínimos a serem coletados e da frequência de
coleta.
iv. Definição de etapas de pré-processamento como triagem ou
desmontagem (total ou parcial).
v. Definição da necessidade de pontos de transbordo.
vi. Estabelecimento de parcerias para redução dos custos ou da redução
do tempo de processamento.
vii. Definição dos procedimentos de destinação.
4. Coleta:
a. inicialmente, pressupõe-se que uma das atividades realizadas aqui seja a
identificação das fontes geradoras, dos tipos de materiais e volumes gerados.
Em seguida, vem a assistência técnica e a devolução feita diretamente pelo
consumidor ou por meio de cooperativas, associações e catadores
independentes.
b.
c. De acordo com a cadeia produtiva, a coleta pode ser realizada a partir de
Postos de Entrega Voluntária (PEV) ou em parcerias com empresas que já
possuem grande conhecimento em operações de Logística Reversa, como os
Correios.
5. Triagem:
a. aqui, há a seleção manual ou a mecânica de materiais, componentes e
produtos, para que seja identificada sua aptidão ao reuso ou à revenda
imediata.
6. Teste:
a. em caso de componentes e produtos aptos ao reuso e à revenda após o
recondicionamento, há os testes, mas para dar continuidade ao processo, é
preciso que o produto tenha as condições mínimas de funcionalidade e
verificação dos critérios de segurança.
7. Armazenagem:
a. às vezes, é preciso que haja a armazenagem para se atingirem os volumes
mínimos viáveis economicamente para os processos de transporte e
reciclagem. Para os demais processos, esta atividade pode ser suprimida.
8. Remanufatura:
a. neste momento, há o processo de limpeza e reparo com o objetivo de
restaurar as funcionalidades de componentes ou produtos danificados.
Componentes recondicionados atuam como componentes no
recondicionamento de outros produtos pós-consumo. Em alguns casos, esta
etapa já faz parte da de remanufatura.
9. Manufatura reversa:
a. consiste no conjunto de processos constituídos, algumas ou todas das
seguintes etapas: recebimento de produtos e materiais pós-consumo,
armazenagem, pré-processamento, processamento, desmontagem,
descaracterização, rastreabilidade, balanço de massa, gestão de estoque e
venda.
10. Revenda:
Algumas avaliações de desempenho são utilizadas nos processos logísticos, como uma
das mais casuais, temos:
1. nível de emissões, quantidade de efluentes e volume de resíduos sólidos gerados pelos
processos logísticos;
2. custos logísticos;
3. nível de utilização e eficiência dos recursos logísticos;
4. disponibilidade e demanda sobre os recursos logísticos;
5. nível de serviço logístico, com o objetivo de avaliar o desempenho logístico como
disponibilidade de materiais nos pontos de uso, tempo de resposta a solicitações dos
clientes, capacidade de customização de serviços, serviços agregados etc.
1. McDonald’s:
a. Óleo de soja é reutilizado para produção de biocombustível para os próprios
abastecimentos dos caminhões da empresa, conversão feita pela Martin-
Brower;
2. Pão de Açúcar:
a. Estações de recebimento de materiais recicláveis;
b. Programa Caixa Verde;
c. Alô Recicle;
i. Parceria com a NOKIA
3. NOKIA:
a. Programa ‘’We:recycle’’, coleta de aparelhos;
4. HP:
a. Programa ‘’HP Planet Partners Brasil’’, coleta de cartuchos e toners usados;
5. Boticário:
a. Programa de Reciclagem de Embalagens;
6. Natura:
a. Programa EKOS, coleta de embalagens, além de apontar alguns temas:
i. Biodiversidade:
1. o uso sustentável da biodiversidade é a principal plataforma
tecnológica da Natura e esse objetivo tornou-se mais evidente
a partir do ano de 2000, com o lançamento da linha EKOS. O
aprendizado e os resultados associados à gestão da linha EKOS
têm consolidado na empresa uma especial atenção à região
amazônica. Embora ativos da biodiversidade encontrados em
outras regiões do país sejam utilizados nessa e em outras
linhas de produtos, a região amazônica desempenha um papel
relevante no portfólio de ativos.
ii. Amazônia:
1. o Programa Amazônia visa fomentar cadeias sustentáveis, o
que inclui novos negócios, a partir de uma perspectiva
científica, inovadora e empreendedora, considerando o
patrimônio natural e cultural da própria região.
iii. Gases do Efeito Estufa (GEE):
1. em 2007, a empresa criou o Programa Carbono Neutro, por
meio do qual concentra seus compromissos em relação à
gestão das emissões de GEE que decorrem do negócio. A
compensação/neutralização de emissões de GEE se dá
mediante o apoio a projetos socioambientais, cuja
implantação resulta em redução de emissões em atividades
não relacionadas à operação da empresa.
2. Em 2008, o resultado do inventário aponta para pouco mais de
188 mil toneladas de CO2 e de emissões absolutas (ou 3,57 kg
de CO2 e/kg produto), considerando-se não apenas as
operações da empresa em suas unidades (17% das emissões),
mas também etapas à montante e à jusante de sua posição na
cadeia, como exemplo:
3. extração e transporte de matérias-primas e embalagens
(38%);
4. processos internos de beneficiamento e manufatura que se
dão nos fornecedores e de transporte até a Natura (9%);
5. transporte de mercadorias desde a Natura até as CN e, então,
até os consumidores (16%);
6. descarte final de produtos e embalagens (20%).
iv. Impacto dos produtos:
1. quanto ao impacto dos seus produtos, a abordagem da Natura
considera todo o ciclo de vida do produto: busca a redução de
impactos causados ao longo da produção, da distribuição e do
consumo das mercadorias da empresa, sendo prioridades a
gestão de resíduos sólidos e o consumo de água.
7. Unilever:
a. Coleta de embalagens;
8. Bridgestone Pneus:
a. Coleta de pneus;
9. Suzano Papel e Celulose:
a. Programa Investimento Reciclável;
i. Parceria com a Tetra Pak;
10. Philips:
a. Postos de coletas para descarte de lâmpadas, aparelhos e pilhas;
11. Coca-Cola:
a. Estabeleceu três tipos de embalagens:
i. PET:
1. são vantajosas, porque acarretam economia de combustível e
emissões reduzidas pelo transporte mais “leve” de um mesmo
volume da bebida transportada em garrafas de vidro. Em
2007, a ANVISA, autorizou a produção de novas embalagens
PET a partir de resina de PET reciclada, o que significou em um
aumento de 15% na reciclagem de garrafas no país,
disseminando a atuação de catadores.
ii. De vidro:
1. apresentam desvantagens e vantagens em relação à garrafa
PET, pois representam alto custo logístico em função do peso,
alto consumo de combustível e maior ocorrência de quebras,
com perdas de embalagem. Elas ainda tendem a ser banidas
de grande parte dos eventos e áreas públicas por conta do
risco de quebra e acidentes com o vidro. Como vantagem,
tem-se a preservação do gás da bebida e a possibilidade de
reuso.
2. No ano de 2000, a Coca-Cola lançou uma garrafa de vidro com
especificações melhoradas (40% mais resistente e 20% mais
leve) com o objetivo de atender a critérios de sustentabilidade
e, com isso, conquistar um público diferenciado.
iii. De alumínio:
1. possuem baixo peso (um pouco superior ao da embalagem em
PET), são facilmente compactadas e apresentam maior
potencial de reciclabilidade que a embalagem PET,
considerando-se aspectos técnicos e mercadológicos.
Coprocessamento
É a integração dos processos de queimas de resíduos sólidos industriais, e a fabricação
de itens que precisam de altas temperaturas em seus processos produtivos. Segundo a Res. do
CONAMA no 264/1999 estabelece duas classes de resíduos sólidos que podem ser
coprocessados: os que podem substituir matérias-primas, e os altamente energéticos
utilizados como combustíveis alternativos. No último caso, vemos alguns tipos de substitutos
comburentes, como:
1 Combustíveis:
a. Solventes, resíduos oleosos e resíduos têxteis.
b. óleos usados (de carro e fábricas).
c. Pneus usados e resíduos de picagem de veículos.
d. Graxas, lamas de processos químicos e de destilação.
e. Resíduos de empacotamento e de borracha.
f. Resíduos plásticos de serragem e de papel.
g. Lama de esgoto, ossos de animais e grãos vencidos.
h. Resíduos do agronegócio.
i. Combustíveis derivados de resíduos urbanos.
E no primeiro caso, temos alguns exemplos de matéria-prima como:
2 Matérias-primas
a. Lama com alumina (alumínio).
b. Lamas siderúrgicas (ferro).
c. Areia de fundição (sílica).
d. Terras de filtragem (sílica).
e. Refratários usados (alumínio).
f. Resíduos da fabricação de vidros (flúor).
g. Gesso, cinzas e escórias.
h. Resíduos da perfuração de poços de petróleo.
i. Solos contaminados dos postos de combustíveis.
Neste procedimento, algumas vantagens podem ser destacadas, como uma atividade
mais segura para o trabalhador e até para a comunidade, e como exemplos, temos:
atendimento à legislação ambiental existente;
procedimento de aceitação e controle de resíduos;
garantia da qualidade do clínquer coprocessado;
garantia do processo produtivo;
controle e proteção da saúde do trabalhador;
sistemas de proteção ambiental como filtros de alta eficiência que controlam a
emissão de material particulado na atmosfera, além do monitoramento das emissões
de outros poluentes que garantem proteção à comunidade e aos trabalhadores das
áreas de processamento.
Já para o meio ambiente, têm-se:
Preservação dos recursos naturais.
Redução das emissões dos gases que causam efeito estufa.
Diminuição do passivo ambiental.
Possibilidade de crescimento de outras tecnologias adequadas de destinação.
Para o meio social:
Geração de empregos diretos e indiretos.
Contribuição para a erradicação dos lixões e melhoria da saúde.
Para o meio econômico:
Aumento da vida útil de aterros sanitários.
Diminuição dos custos de energia térmica.
O coprocessamento de pneus é um assunto muito recorrente na logística reversa, e que
trazem benefícios imensuráveis à comunidade, reduzindo problemas de saúde pública e
ambiental, Desde sua inauguração, no ano de 1999, até o ano de 2019, foram coletados e
destinados, aproximadamente, 5,23 milhões de toneladas de pneus inservíveis, equivalente a
1,04 bilhão de pneus de carros de passeio. Os pontos de coleta desde 2010, passaram de 576
para 1053, além do aumento em 50,96% na quantidade de pneus recuperados, saindo de 312
mil toneladas, para 471 mil.
04 Economia circular
Originada na Revolução Industrial do século XVIII, a obsolescência era planejada afim
de incentivar a substituição de bens, gerando maior lucro as empresas. Esta estratégia se
mostra em constante desuso, devido a sua pouco importância com o meio ambiente e com
resoluções de problemas sociais. Entretanto, esse modal é modificado inerente a
contemporaneidade e estando adequada a fins societários, levando o descarte ao meio
ambiente, mas de forma ecológica, sendo um ciclo de desenvolvimento positivo e contínuo,
preservando e valorizando o capital natural, otimizando a produção de recursos e diminuindo
os riscos do processo. O modelo abrange algumas propostas de modelo econômico,
integrando: ecologia industrial, engenharia do ciclo de vida, gestão do ciclo de vida, economia
de performance, entre outros.
Além disto, algumas áreas de atuação podem ser previstas pela ecologia industrial, como: