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Resíduos sólidos:

Lei 11.445, Lei 12.305, Decreto 7217, Dec. 7404, PNRS, PDGIRS, Guia de
Gerenciamento de RD em Eventos
3.3. LIMPEZA URBANA E
CLASSIFICAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
3.3.1. Caracterização
material, substância, objeto ou bem descartado resultante de
atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se
procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder,
nos estados sólido ou semissólido, (...)
(...) bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede
pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso
soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da
melhor tecnologia disponível.
Rejeitos
RS que, depois de esgotadas todas as possibilidades de
tratamento e recuperação por processos tecnológicos
disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra
possibilidade que não a disposição final ambientalmente
adequada.
CLASSIFICAÇÃO – Lei 11.445, art. 13
I - quanto à origem:
a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas
em residências urbanas;
b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição,
limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de
limpeza urbana;
c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”;
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de
serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os
referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”;
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os
gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alínea
“c”;
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e
instalações industriais;
g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de
saúde, conforme definido em regulamento ou em normas
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;
h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções,
reformas, reparos e demolições de obras de construção civil,
incluídos os resultantes da preparação e escavação de
terrenos para obras civis;
i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades
agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a
insumos utilizados nessas atividades;
j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos,
aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários
e passagens de fronteira;
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de
pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios;
II - quanto à periculosidade:
a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade,
carcinogenicidade, teratogenicidade e mutagenicidade, apresentam
significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo
com lei, regulamento ou norma técnica;
b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”.
Respeitado o disposto no art. 20, os resíduos de estabelecimentos
comerciais e prestadores de serviços, se caracterizados como não
perigosos, podem, em razão de sua natureza, composição ou volume,
ser equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal.
Dos Serviços Públicos de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos
Dec 7217, art. 12 e 13

Consideram-se serviços públicos de manejo de resíduos sólidos as


atividades de coleta e transbordo, transporte, triagem para fins de
reutilização ou reciclagem, tratamento, inclusive por compostagem, e
disposição final dos:
I - resíduos domésticos;
II - resíduos originários de atividades comerciais, industriais e de
serviços, em quantidade e qualidade similares às dos resíduos
domésticos, que, por decisão do titular, sejam considerados resíduos
sólidos urbanos, desde que tais resíduos não sejam de responsabilidade
de seu gerador nos termos da norma legal ou administrativa, de decisão
judicial ou de termo de ajustamento de conduta; e
III - resíduos originários dos serviços públicos de limpeza pública
urbana, tais como:
a) serviços de varrição, capina, roçada, poda e atividades correlatas
em vias e logradouros públicos;
b) asseio de túneis, escadarias, monumentos, abrigos e sanitários
públicos;
c) raspagem e remoção de terra, areia e quaisquer materiais
depositados pelas águas pluviais em logradouros públicos;
d) desobstrução e limpeza de bueiros, bocas de lobo e correlatos; e
e) limpeza de logradouros públicos onde se realizem feiras públicas e
outros eventos de acesso aberto ao público.
Os planos de saneamento básico deverão conter prescrições para
manejo dos resíduos sólidos urbanos, em especial dos originários de
construção e demolição e dos serviços de saúde, além desses citados
anteriormente.
A remuneração pela prestação de serviço público de manejo de
resíduos sólidos urbanos deverá levar em conta a adequada destinação
dos resíduos coletados, bem como poderá considerar:
I - nível de renda da população da área atendida;
II - características dos lotes urbanos e áreas neles edificadas;
III - peso ou volume médio coletado por habitante ou por domicílio; ou
IV - mecanismos econômicos de incentivo à minimização da geração de
resíduos e à recuperação dos resíduos gerados.
gestão e gerenciamento de resíduos sólidos.
A gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos no Brasil é um
compromisso de todos:
poderes públicos,
classe empresarial e
sociedade em geral.
A responsabilidade é compartilhada pelo ciclo de vida dos
produtos, segundo a qual cada setor (fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes, consumidores e titulares dos
serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos
sólidos) tem um papel específico nas várias etapas que
envolvem a existência do produto, da produção ao descarte
final.
Esses setores deverão empreender esforços integrados no
planejamento e execução dos mandamentos do PNRS, sob pena
de sanções cíveis, administrativas e criminais.
PNRS
na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a
seguinte ordem de prioridade:
não geração,
redução,
reutilização,
reciclagem,
tratamento dos resíduos sólidos e
*disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
*última das medidas a ser tomada.
3.3.2. Gerenciamento dos resíduos sólidos
urbanos
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) define que o
gerenciamento dos resíduos sólidos é um conjunto de ações exercidas,
direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo,
tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos
sólidos, e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de
acordo com o Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de
Resíduos Sólidos – PMGIRS, exigido na forma da lei.
Conhecer e planejar os processos e tecnologias para o
gerenciamento de RSU é fundamental para a adequada
implantação dos sistemas, bem como para a melhoria de
unidades de gerenciamento já existentes.
Coleta/Transporte:
Ação sanitária que visa o afastamento dos resíduos do meio
onde é gerado. A escolha das rotas de coleta, frequências e
tipos de veículos influenciam diretamente as etapas
posteriores de gerenciamento;
Destinação Final:
é o tratamento dos resíduos que inclui a reutilização, a
reciclagem, a compostagem, a recuperação e o
reaproveitamento energético, dentre outras formas admitidas
pelos órgãos ambientais.
Esse tratamento tem como objetivo reduzir a quantidade e o
potencial poluidor dos resíduos sólidos dispostos em aterros
sanitários;
Disposição Final:
conceitualmente, é a distribuição ordenada de rejeitos em
aterros sanitários de pequeno porte ou aterros sanitários
convencionais, observando normas operacionais específicas,
de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à
segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos.
Geração dos resíduos
A quantidade de resíduos produzida por uma população é bastante
variável e depende de uma série de fatores, como renda, época do ano,
modo de vida, movimento da população nos períodos de férias e fins
de semana e novos métodos de acondicionamento de mercadorias,
com a tendência mais recente de utilização de embalagens não
retornáveis.
A organização do gerenciamento do processo de coleta deve estar
preocupada em coletar a maior quantidade gerada possível.
Acondicionamento
A primeira etapa do processo de remoção dos resíduos sólidos
corresponde à atividade de acondicionamento do lixo. Podem ser
utilizados diversos tipos de vasilhames, como:
vasilhas domiciliares, tambores, sacos plásticos, sacos de papel,
contêineres comuns, contêineres basculantes, entre outros.
No Brasil, percebe-se grande utilização de sacos plásticos.
2.3 Coleta
A operação de coleta engloba desde a partida do veículo de sua
garagem, compreendendo todo o percurso gasto na viagem
para remoção dos resíduos dos locais onde foram
acondicionados aos locais de descarga, até o retorno ao ponto
de partida
A coleta normalmente pode ser classificada em dois tipos de sistemas:
a) sistema especial de coleta (resíduos contaminados) e
b) sistema de coleta de resíduos não contaminados.
Nesse último, a coleta pode ser realizada de maneira convencional
(resíduos são encaminhados para o destino final) ou seletiva (resíduos
recicláveis que são encaminhados para locais de tratamento e/ou
recuperação). Os tipos de veículos coletores são os mais diversos. Uma
primeira grande classificação seria dividi-los em motorizados e não-
motorizados (os que utilizam a tração animal como força motriz).
Os motorizados podem ser divididos em compactadores, que,
segundo Roth et al. (1999), podem reduzir a 1/3 o volume
inicial dos resíduos, e comuns (tratores, coletor de caçamba
aberta e coletor com carrocerias tipo prefeitura ou baú).
Há também os caminhões multicaçamba utilizados na coleta
seletiva de recicláveis, em que os materiais coletados são
alocados separadamente dentro da carroceria do caminhão.
Os resíduos coletados poderão ser transportados para estações
de transferência ou transbordo, para locais de processamento
e recuperação (incineração ou usinas de triagem e
compostagem) ou para seu destino final (aterros e lixões).
Estação de transferência ou de transbordo
Segundo Mansur & Monteiro (2001), as estações de transferência ou
transbordo são locais onde os caminhões coletores descarregam sua
carga em veículos com carrocerias de maior capacidade para que,
posteriormente, sejam enviadas até o destino final.
O objetivo dessas estações é reduzir o tempo gasto no transporte e,
conseqüentemente, os custos com o deslocamento do caminhão
coletor desde o ponto final do roteiro até o local de disposição final do
lixo.
Processamento e recuperação
Um dos métodos de processamento dos resíduos sólidos
urbanos é a incineração. Roth et al. (1999) cita como vantagens
do método a redução significativa do volume dos dejetos
municipais, a diminuição do potencial tóxico dos dejetos e a
possibilidade de utilização da energia liberada com a queima.
Destacam que os principais limitantes ou problemas derivados
da incineração são os custos de instalação e operação do
sistema (cerca de US$ 20/t de lixo incinerado), a poluição
atmosférica e a necessidade de mão-de-obra qualificada.
Recuperação
Métodos de recuperação dos resíduos: reciclagem e a compostagem.
A reciclagem é um processo pelo qual materiais que se tornariam lixo são
desviados para ser utilizados como matéria-prima na manufatura de bens
normalmente elaborados com matéria-prima virgem.
Segundo Brasil (2000), dentre alguns benefícios da reciclagem pode-se
citar a preservação dos recursos naturais, a redução da poluição do ar e
das águas, a diminuição da quantidade de resíduos a ser aterrada e a
geração de emprego com a criação de usinas de reciclagem.
Por outro lado, a reciclagem de resíduos sólidos enfrenta obstáculos como
diminuição da qualidade técnica do material, contaminação dos resíduos
e custo comparativamente menor de utilizar matéria-prima virgem na
fabricação de determinados produtos
A compostagem, ou seja, a fabricação de compostos orgânicos a partir
do lixo, é um método de decomposição do material orgânico
putrescível (restos de alimentos, aparas e podas de jardins, folhas etc.)
existente no lixo, sob condições adequadas, de forma a obter um
composto orgânico (húmus) para uso na agricultura.
Apesar de ser considerado um método de tratamento, a compostagem
também pode ser entendida como um processo de reciclagem do
material orgânico presente no lixo.
Disposição final
Em se tratando das alternativas de disposição final do lixo,
Consoni et al. (2000) afirmam que o aterro sanitário é o que reúne
as maiores vantagens, considerando a redução dos impactos
ocasionados pelo descarte dos resíduos sólidos urbanos.
Outro método de disposição final dos resíduos é o aterro
controlado. Segundo Roth et al. (1999), é menos prejudicial que os
lixões pelo fato de os resíduos dispostos no solo serem
posteriormente recobertos com terra, o que acaba por reduzir a
poluição local. (...)
Porém, trata-se de solução com eficácia bem inferior à possibilitada
pelos aterros sanitários, pois, ao contrário destes, não ocorre
inertização da massa de lixo em processo de decomposição.
De acordo com Consoni et al. (2000), os lixões constituem uma forma
inadequada de descarte final dos resíduos sólidos urbanos.
3.3.3. RESÍDUOS DE GRANDES
GERADORES
Diagnóstico Situacional
O manejo diferenciado dos resíduos de grandes geradores é
uma novidade no DF, decorrente dos recentes dispositivos legais
e regulamentares aprovados.
Não há dados sistematizados disponíveis de geração por
grandes geradores, haja vista que até pouco tempo, os resíduos
vinham sendo coletados pelos serviços regulares de coleta
domiciliar pelo SLU ou por empresas privadas contratadas, sem
que houvesse um controle diferenciado de pesagem.
Programa de gerenciamento de Resíduos de Grandes
Geradores
Inclusão e valorização de organização de catadores
O gerenciamento dos resíduos de grandes geradores pode incentivar a
inserção de organização de catadores na triagem dos resíduos, através
da contratação de cooperativas ou associações pelos grandes
geradores.
Pontos de
Entrega
Pequenos
Volumes
Programa de gerenciamento de Resíduos de Construção Civil

Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC)


A legislação vigente destaca quanto às classes de resíduos e sua
necessidade de segregação na origem da geração. O PGRCC estabelece
procedimentos que garantem a correta segregação e
acondicionamento do material. Desta forma, o PGRCC deve ser
apresentado durante o procedimento de licenciamento da obra e/ou
atividade.
Instrução Normativa SLU Nº 3 DE 10/03/2020

Poderão ser dispostos na URE os resíduos da construção civil,


segregados e não segregados, definidos pela Resolução
CONAMA nº 307/2002 e suas atualizações, e os resíduos de
podas e galhadas.
O SLU/DF manterá áreas distintas na URE para recepção dos
resíduos classificados de forma diferenciada.
Somente será permitido, na unidade, o acesso de veículos que
estiverem devidamente cadastrados no Sistema Eletrônico de
Resíduos da Construção Civil, disponível no sítio do SLU/DF, e
devidamente acompanhados do Controle de Transporte de
Resíduos (CTR).
Os veículos devem estar cadastrados no sistema de pesagem,
contendo o registro de sua tara.
O transportador deverá informar em cada CTR se a carga em
movimentação é composta por resíduos segregados, não
segregados ou podas e galhadas.
É dever do transportador inserir no Sistema Eletrônico de Resíduos da
Construção Civil a documentação exigida pelo Decreto 37.782/2016,
para emissão do Certificado de Licenciamento de Transporte de
Resíduos da Construção Civil (CLTRCC) e liberação de acesso à URE.
Cabe à Diretoria de Modernização de Gestão Tecnológica - DIGET/SLU
analisar, deferir ou indeferir o cadastro dos transportadores de resíduos
da construção civil, após a inserção no sistema, de toda a
documentação exigida pelo Decreto nº 37.782/2016 .
Os veículos transportadores de RCC deverão estar devidamente
cobertos com lona com a finalidade de evitar que os resíduos caiam em
vias públicas.

A cobertura das cargas de que trata este artigo só poderá ser retirada
dentro da URE, após conferência pelo SLU/DF se a carga transportada
condiz com a declaração realizada no CTR.
As caçambas e veículos deverão estar identificados com a
numeração correspondente à gerada no Sistema Eletrônico de
Resíduos da Construção Civil, nos termos da Resolução nº
01/2017, do CORC/DF.
Somente serão recepcionadas caçambas e veículos
identificados. A não identificação das caçambas e veículos
implicará no seu bloqueio de acesso.
Após a pesagem, a equipe operacional da URE indicará ao
transportador o local adequado para descarga dos resíduos
segregados, não segregados ou podas e galhadas, conforme
informado no CTR.
A carga transportada passará por inspeção visual no local de
descarga para certificação da diferenciação dos resíduos da
construção civil, segregado ou não segregado, ou de podas e
galhadas.
As cargas de resíduos que não atenderem às condições de
recepção não poderão ser recebidas na URE e o transportador
receberá uma comunicação por escrito com assinatura do
responsável operacional, na qual irão constar os motivos pelos
quais os resíduos não foram recebidos e orientação sobre a
sua destinação adequada.
O acesso à área de disposição de RCC é restrito ao motorista
do veículo e, quando necessário, aos ajudantes de descarga
devidamente autorizados por servidores do SLU/DF.
O tráfego de pessoas somente é permitido dentro da boleia do
caminhão.
DAS CONDUTAS A SEREM SEGUIDAS NO ÂMBITO DA
UNIDADE DE RECEBIMENTO DE ENTULHOS
As caçambas devem ser recolhidas pelo transportador responsável
imediatamente após o descarte dos resíduos, sendo vedada a
permanência dessas nas dependências da Unidade de Recebimento de
Entulho.
As caçambas abandonadas nas dependências da URE serão retiradas
pela Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito
Federal - DF Legal.
A circulação do veículo somente é permitida com a tampa da caçamba
fechada ou coberta.
resíduos de podas e galhadas
Resíduos constituídos por folhagens e por material lenhoso gerados em
atividades como capina, jardinagem, poda e supressão de árvores,
classificados como resíduos Classe II - não perigosos;
A carga de RCC não segregados ou de podas e galhadas que, após
inspeção visual, possuir percentual de resíduos domiciliares que
ultrapasse a 20% deverá ser retirada da URE pelo transportador
responsável.
As cargas recepcionadas devem ser obrigatoriamente descarregadas
nas áreas indicadas pela equipe operacional da URE.
Após o descarregamento, caso se verifique que o tipo de carga não
condiz com o que foi declarado no CTR, a equipe operacional da URE
informará ao técnico responsável do SLU, de forma que este realizará
a alteração do tipo de carga para fins de registro e emissão de um
novo tíquete de pesagem a ser entregue ao transportador, com o
devido ajuste do valor a ser cobrado.
Eventos - Lei Distrital nº 5.610/16.

De acordo com o seu artigo 11, os promotores de eventos passam a ser


responsáveis pelo gerenciamento dos resíduos sólidos gerados no
evento realizado em vias, logradouros ou espaços públicos.
Complementam esta Lei o Decreto nº 37.568/2016 e a Instrução
Normativa nº 89/2016 do SLU.
A depender do tamanho do público, pode ser classificado da seguinte
forma:
I – pequeno: até mil pessoas;
II – médio: de mil e uma a dez mil pessoas;
III – grande: de dez mil e uma a trinta mil pessoas;
IV – especial: acima de trinta mil pessoas.
Eventos em áreas públicas acima de 200 pessoas, o promotor deve
cadastrar o evento no site do SLU.
De acordo com a Lei Distrital nº 5.610/16 o promotor de
evento é responsável pelo gerenciamento dos resíduos e pelo
ônus recorrente.
Para obter a licença de realização do evento em espaço
público o promotor do evento deve realizar o cadastro de
evento no site do SLU, no qual é necessário anexar o contrato
de prestação de serviços para limpeza e gerenciamento dos
resíduos sólidos com qualquer prestador de serviço autorizado
pelo SLU.
Assim, os eventos que se encaixam nesse perfil (área pública e
acima de 200 pessoas) devem promover o gerenciamento
ambientalmente adequado, a separação dos resíduos, o
transporte e a destinação correta.
O promotor de evento deve contratar um prestador de serviço
autorizado pelo SLU para realizar a coleta, o transporte e
destinação ambientalmente adequado dos resíduos
recicláveis, preferencialmente encaminhados para
Associações/Cooperativas de materiais recicláveis e a
disposição final dos rejeitos somente em aterro sanitário
licenciado.
Há a opção de contratar uma empresa especializada no
tratamento dos resíduos orgânicos por meio da compostagem.
Os transportadores destes resíduos também devem ser
autorizados pelo SLU.
O promotor do evento deve fazer a separação dos resíduos
recicláveis secos e dos resíduos orgânicos e indiferenciados
(rejeitos) na fonte, ou seja, as lixeiras e contêineres devem estar
separados por tipos e identificados para que o público perceba a
possibilidade de descartar no local adequado. (...)
Classificação dos Resíduos:
1 - Recicláveis secos: papéis e papelões limpos, plásticos em geral,
metais em geral, embalagens longa vida e isopor
2 - Orgânicos: vegetais, frutas, restos de comida em geral, borra de
café, palitos de madeira, papéis sujos e/ou engordurados e folhas.
3 - Rejeitos ou indiferenciados: vidros, espelhos, porcelanas, papéis
higiênicos, fraldas descartáveis e absorventes
Os resíduos orgânicos e os rejeitos, devem ser acondicionados em
sacos plásticos resistentes e fechados, respectivamente na cor preta e
cinza.
Os resíduos recicláveis secos devem ser acondicionados em sacos
plásticos resistentes e fechados, na cor verde ou azul.
Caso o evento opte a destinação dos resíduos orgânicos para a
compostagem, utilizar lixeiras e contêineres identificados para facilitar
segregação, armazenamento e transporte.
•Toda a limpeza da área é de responsabilidade dos promotores do
evento.
• Os resíduos indiferenciados e orgânicos gerados em eventos não
podem ser dispostos em áreas, vias e logradouros públicos, nem
ser encaminhados para a coleta pública dos resíduos domiciliares
(caminhão do SLU).
• Os materiais cortantes, pontiagudos, contundentes e
perfurantes devem ser devidamente embalados, antes do seu
acondicionamento, a fim de evitar lesões e acidentes aos
coletores.
• Antes do acondicionamento dos resíduos sólidos, devem-se
eliminar os líquidos que possam ser lançados na rede de
esgotamento sanitário. • A disposição dos resíduos para a
coleta não pode, a qualquer tempo e circunstância,
comprometer a segurança, a mobilidade ou a acessibilidade
dos cidadãos, especialmente das pessoas com deficiência.
• A disposição de resíduos para coleta em desacordo com
essas orientações podem ser multas sujeitas a multa pela
Agefis.
Os resíduos gerados nos eventos devem ser encaminhados,
pelos responsáveis pela promoção do evento, para a
disposição final quando não passíveis de reciclagem e à
triagem quando passíveis de reciclagem.
Os resíduos sólidos indiferenciados e orgânicos separados e
acondicionados durante o evento devem ser mantidos sob sua
responsabilidade até a coleta pela prestadora de serviço
contratada.
É importante observar que as empresas contratadas somente
poderão destinar os resíduos sólidos a aterros licenciados.
Cooperativas podem ser contratadas para separação,
transporte e destinação dos recicláveis secos. Contudo,
somente as associações e cooperativas devidamente
registradas no SLU podem transportar os resíduos
indiferenciáveis.
Para o transporte dos recicláveis secos que vão para a triagem,
qualquer associação ou cooperativa pode coletar. Bastar
entrar em contato e formalizar com o empreendimento a
parceria.
3.3.4 Aterros Sanitários – Definições e
Recomendações
Aterro sanitário:
Técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo,
sem causar danos à saúde pública e à sua segurança,
minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza
os princípios de engenharia (impermeabilização do solo,
cercamento, ausência de catadores, sistema de drenagem de
gases, águas pluviais e lixiviado) para confinar os resíduos e
rejeitos à menor área possível (...)
e reduzi-los ao menor volume permissível, cobrindo-o com
uma camada de terra na conclusão de cada jornada de
trabalho, ou a intervalos menores, se necessário.
Aterro controlado: Forma inadequada de disposição final de
resíduos e rejeitos, no qual o único cuidado realizado é o
recobrimento da massa de resíduos e rejeitos com terra.

Lixão: Forma inadequada de disposição final de resíduos e


rejeitos, que consiste na descarga do material no solo sem
qualquer técnica ou medida de controle.
A partir do diagnóstico realizado, são elencadas algumas
considerações.
Quanto à coleta regular e coleta seletiva recomenda-se:
•Desenvolver programas para estimular a coleta regular em
áreas rurais;
•Consolidar programas de coleta seletiva em grandes
municípios e expansão dos mesmos em municípios de médio
porte.
Quanto aos sistemas de coleta de dados, sugere-se:
•Avaliar de forma cuidadosa o questionário e o sistema de coleta de
informações da PNSB, uma vez que diferentes inconsistências foram
identificadas, o que dificultou consideravelmente as análises realizadas;
•Detalhar as informações sobre produção de materiais e geração de
resíduos de forma a se superar as inconsistências dos sistemas de
informação;
•Aprimorar as informações sobre reciclagem pré-consumo e material
recuperado pela coleta informal de materiais recicláveis;
•Promover estudos específicos sobre custo de gestão de RSU, de forma
a comparar sistemas públicos e sistemas privados em municípios de
diferentes tamanhos.
Quanto ao processo de tratamento via compostagem, propõe-se
que a implantação de novas unidades de compostagem deve vir
acompanhada:
•da adequação dos critérios técnicos para obtenção do
licenciamento ambiental do empreendimento, como por
exemplo, estabelecendo diferentes níveis de exigências em
função da quantidade de resíduo orgânico ser tratado por meio
da compostagem;
(...)
•de campanhas de educação ambiental para conscientizar e
sensibilizar a população na separação da fração orgânica dos
resíduos gerados e, principalmente
•da coleta seletiva dos resíduos orgânicos uma vez que a
qualidade final do composto é diretamente proporcional a
eficiência na separação.
Quanto à disposição final dos resíduos e rejeitos recomenda-
se:
•que sejam concentrados esforços na erradicação dos lixões
focando os municípios de pequeno porte, sendo uma das
alternativas o incentivo à formação de consórcios públicos
para a destinação final ambientalmente adequada dos
resíduos gerados. (...)
• paralelamente à erradicação dos lixões, deve-se também
instituir mecanismos que incentivem os municípios que
dispõem seus resíduos em aterros controlados a construírem
aterros sanitários ou, então, também partir para a opção dos
consórcios públicos, via implantação de aterros sanitários,
para solucionar a questão, via implantação de aterros
sanitários ou formas ambientalmente adequadas de
destinação final.
O encerramento de lixões e aterros controlados compreende no mínimo:
• ações de cercamento da área;
• drenagem pluvial;
• cobertura com solo e cobertura vegetal;
• sistema de vigilância;
• realocação das pessoas e edificações que porventura se localizem
dentro da área do lixão e aterro controlado.
O remanejamento deve ser de forma participativa, utilizando como
referência o programa pró-catador (Decreto 7.405/10) e os programas de
habitação de interesse social.
Diretrizes e Estratégias
Diretriz 01: Eliminar os lixões e aterros controlados e promover a
Disposição Final Ambientalmente Adequada de Rejeitos, conforme
estabelecido na lei 12.305/2010 que instituiu a Política Nacional de
Resíduos Sólidos e seu decreto regulamentador – Decreto no.
7.404/2010.
Estratégia 1: Aportar recursos visando contribuir para o
encerramento90 dos lixões e aterros controlados em todos os
municípios do território nacional.
Estratégia 2: Aportar recursos visando à elaboração de
projetos (básico e executivo) e a implantação de unidades de
disposição final de rejeitos (aterros sanitários), atendendo os
critérios de prioridade da política nacional de resíduos sólidos
e dos seus programas. Salvo quando se referir à elaboração de
planos estaduais ou de PGIRS intermunicipal ou municipal, o
apoio com recursos do OGU exigirá a prévia edição de plano
estadual (no caso de apoio a Estados) ou de PGIRS (no caso de
apoio a Municípios ou agrupamento de Municípios).(...)
Estratégia 3: Aportar recursos destinados à capacitação
técnica de gestores das três esferas de governo, de forma
continuada, e assistência técnica, principalmente no que se
refere a elaboração de projetos de engenharia, processo
licitatório, acompanhamento da execução das obras e gestão
técnica, orçamentária e financeira dos empreendimentos
construídos
Estratégia 4: Aportar recursos voltados para o
desenvolvimento institucional, principalmente no que se
refere à elaboração de planos de resíduos sólidos por parte
dos demais entes federados e consórcios públicos, e
implementação de sistemas de informação integrados ao
SINIR e no fortalecimento dos Consórcios Públicos
constituídos.
Estratégia 5: Fomentar, junto aos órgãos integrantes do
SISNAMA, a informatização de dados e a padronização de
procedimentos que permitam maior transparência e agilidade,
quando couber, nos processos de licenciamento ambiental.
Estratégia 6: Aportar recursos, com dignidade e remuneração
do trabalho, dos catadores, em especial os oriundos de lixões
e aterros controlados, dotando-os de infraestrutura,
capacitação e assistência técnica.
Estratégia 7: Definir normas técnicas para encerramento de
lixões e aterros controlados
Diretriz 2: Recuperar os lixões e aterros controlados,
compreendendo a avaliação das suas condições ambientais
(estabilidade, contaminação do solo, águas superficiais e
subterrâneas, migração de gases para áreas externas à massa
de resíduos, etc.).
Estratégia 1: Realizar estudos, pelo poder
Estratégia 2: Realizar levantamento dos lixões passíveis de
recuperação, inclusive a necessidade de investimentos.
Estratégia 3: Aportar recursos do OGU e de financiamento em
condições diferenciadas e as respectivas contrapartidas dos
Estados, Distrito Federal e Municípios, visando a elaboração de
projetos específicos e a implantação das medidas voltadas à
reabilitação das áreas dos lixões e aterros controlados (ref:
Resolução CONAMA n° 420/09) .
Estratégia 4: Estabelecer programa de monitoramento do
processo de reabilitação, em curso, das áreas dos lixões e
aterros controlados.
Estratégia 5: Elaborar material técnico e realizar ações de
capacitação gerencial e técnica, com parcerias
interinstitucionais (público, privado), dos gestores envolvidos
com o tema, levando em consideração as especificidades das
comunidades locais.
Estratégia 6: Realizar estudos de viabilidade técnica e
econômica visando, quando possível, a captação de gases para
geração de energia.
Estratégia 7: Definir normas técnicas para recuperação de
lixões e aterros controlados
Diretriz 3: Criar índice nacional de avaliação da qualidade dos
aterros sanitários (IQAS).
Estratégia 1: Inventariar os aterros sanitários devidamente
licenciados nos municípios da federação e suas características.
Estratégia 2: Avaliar e classificar, pelos critérios do IQAS, para
acesso aos recursos do OGU e linhas de financiamento
envolvendo ampliação, aquisição de equipamentos,
treinamento e qualificação profissional da operação de aterros
sanitários.
Diretriz 4: Desenvolver tecnologias para reduzir a disposição
final em aterros sanitários.
Estratégia 1: Fomentar Pesquisa & Desenvolvimento, Inovação
com envolvimento de Instituições de Ensino Superior (IES).
Estratégia 2: Promover mecanismos de intercâmbio e
disseminação de conhecimentos e tecnologias, voltados para o
aprimoramento da formação profissional dos agentes
envolvidos.
Estratégia 3: Criar instrumentos fiscais e orçamentários a fim de
constituir os recursos necessários para implementação de
programas e chamadas de pesquisas em âmbito, nacional,
regional e local.
Importante!
Considera-se como recuperação de lixões e aterros
controlados, além das consideradas no encerramento, as
ações de queima pontual de gases, coleta e tratamento de
chorume, recuperação da área degradada e compactação da
massa, com gerenciamento e monitoramento das áreas
contaminadas, plano de encerramento e uso futuro da área
3.4.5. DA LOGÍSTICA REVERSA Art. 13 - 34

A logística reversa é o instrumento de desenvolvimento


econômico e social caracterizado pelo conjunto de ações,
procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos,
ou outra destinação final ambientalmente adequada.

O sistema de logística reversa de agrotóxicos, seus resíduos e


embalagens, seguirá o disposto na Lei no 7.802/1989, e no
Decreto no 4.074/2002.
Dos Instrumentos e da Forma de Implantação da Logística Reversa
– Art. 15 - 18
Os sistemas de logística reversa serão implementados e operacionalizados por
meio dos seguintes instrumentos:
I - acordos setoriais;
II - regulamentos expedidos pelo Poder Público; ou
III - termos de compromisso.
Os acordos setoriais firmados com menor abrangência geográfica podem
ampliar, mas não abrandar, as medidas de proteção ambiental constantes dos
acordos setoriais e termos de compromisso firmados com maior abrangência
geográfica.
Os acordos setoriais, os regulamentos e os termos de compromisso que
disciplinam a logística reversa no âmbito federal deverão ser avaliados pelo
Comitê Orientador em até 5 anos contados da sua entrada em vigor.
Os sistemas de logística reversa dos produtos e embalagens previstos
no art. 33, incisos I a IV, da Lei nº 12.305, de 2010, cujas medidas de
proteção ambiental podem ser ampliadas mas não abrandadas,
deverão observar as exigências específicas previstas em:
I - lei ou regulamento;
II - normas estabelecidas pelos órgãos do Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, do Sistema Nacional de Vigilância
Sanitária - SNVS, do Sistema Único de Atenção à Sanidade
Agropecuária - SUASA e em outras normas aplicáveis; ou
III - acordos setoriais e termos de compromisso.
Revisão da Lei
Art. 33. São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa,
mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do
serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes de: (Regulamento)
I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja
embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de
gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas;
II - pilhas e baterias;
III - pneus;
IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes
Os sistemas de logística reversa serão estendidos a produtos
comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro, e aos
demais produtos e embalagens, considerando prioritariamente o grau e
a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos
resíduos gerados.

A definição dos produtos e embalagens deverá considerar a viabilidade


técnica e econômica da logística reversa, a ser aferida pelo Comitê
Orientador.
Os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos *,
bem como dos produtos e embalagens**, deverão estruturar e implementar
sistemas de logística reversa, mediante o retorno dos produtos e
embalagens após o uso pelo consumidor.
*II - pilhas e baterias;
III - pneus;
IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes
** produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de
vidro, demais produtos e embalagens, considerando prioritariamente o grau
e a extensão do impacto à saúde pública e ao meio ambiente dos resíduos
gerados
Poderão ser adotados procedimentos de compra de produtos ou
embalagens usadas e instituídos postos de entrega de resíduos
reutilizáveis e recicláveis, devendo ser priorizada, especialmente no
caso de embalagens pós-consumo, a participação de cooperativas ou
outras formas de associações de catadores de materiais recicláveis ou
reutilizáveis.
Os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes ficam
responsáveis pela realização da logística reversa no limite da proporção
dos produtos que colocarem no mercado interno, conforme metas
progressivas, intermediárias e finais, estabelecidas no instrumento que
determinar a implementação da logística reversa.
Dos Acordos Setoriais Art. 19 - 26
Os acordos setoriais são atos de natureza contratual, firmados entre o
Poder Público e os fabricantes, importadores, distribuidores ou
comerciantes, visando a implantação da responsabilidade compartilhada
pelo ciclo de vida do produto.
O procedimento para implantação da logística reversa por meio de
acordo setorial poderá ser iniciado pelo Poder Público ou pelos
fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes dos produtos
e embalagens . (...)
Os iniciados pelo Publico serão precedidos de editais de chamamento,
e os iniciados pelos fabricantes, importadores, distribuidores ou
comerciantes serão precedidos da apresentação de proposta formal ao
Ministério de Meio Ambiente.
Poderão também participar da elaboração dos acordos as cooperativas
ou outras formas de associações de catadores de materiais recicláveis
ou reutilizáveis, das indústrias e entidades dedicadas à reutilização, ao
tratamento e à reciclagem de resíduos sólidos, bem como das
entidades de representação dos consumidores, entre outros.
Conteúdos mínimos dos acordos
I - indicação dos produtos e embalagens objeto do acordo setorial;
II - descrição das etapas do ciclo de vida em que o sistema de logística
reversa se insere;
III - descrição da forma de operacionalização da logística reversa;
IV - possibilidade de contratação de entidades, cooperativas ou outras
formas de associação de catadores de materiais recicláveis ou
reutilizáveis, para execução das ações propostas no sistema a ser
implantado; (...)
V - participação de órgãos públicos nas ações propostas, quando estes
se encarregarem de alguma etapa da logística a ser implantada;
VI - definição das formas de participação do consumidor;
VII - mecanismos para a divulgação de informações relativas aos
métodos existentes para evitar, reciclar e eliminar os resíduos sólidos
associados a seus respectivos produtos e embalagens;
VIII - metas a serem alcançadas no âmbito do sistema de logística
reversa a ser implantado;
(...)
IX - cronograma para a implantação da logística reversa, contendo a previsão
de evolução até o cumprimento da meta final estabelecida;
X - informações sobre a possibilidade ou a viabilidade de aproveitamento dos
resíduos gerados, alertando para os riscos decorrentes do seu manuseio;
XI - identificação dos resíduos perigosos presentes nas várias ações propostas
e os cuidados e procedimentos previstos para minimizar ou eliminar seus
riscos e impactos à saúde humana e ao meio ambiente;
XII - avaliação dos impactos sociais e econômicos da implantação da logística
reversa;
Além disso, os procedimentos técnicos para coletas, manuseios, penalidades
etc.
Consulta Pública
As propostas de acordo setorial serão objeto de consulta pública, na
forma definida pelo Comitê Orientador.
O MMA recebe e analisa as contribuições e documentos, publicizá-as,
avalia as propostas e as encaminha ao Comitê Orientador que poderá
aceitar a proposta, solicitar complementação ou determinar o
arquivamento do processo.
Comitê Orientador Art. 33
Fica instituído o Comitê Orientador para Implantação de Sistemas de
Logística Reversa - Comitê Orientador, com a seguinte composição:
I - Ministro de Estado do Meio Ambiente; (presidente)
II - Ministro de Estado da Saúde;
III - Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior;
IV - Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; e
V - Ministro de Estado da Fazenda.
Outros podem ser convidados para grupos técnicos no caso de
atividade no seu setor interessar.
Economia Circular
Sustentabilidade
Reaproveitamento
Retorno à natureza
Economia verde
Novas matérias-primas
DOS INSTRUMENTOS ECONÔMICOS LEI 11445, Art. 42-47

O poder público poderá instituir medidas indutoras e linhas de


financiamento para atender, prioritariamente, às iniciativas de:
I - prevenção e redução da geração de resíduos sólidos no processo
produtivo;
II - desenvolvimento de produtos com menores impactos à saúde
humana e à qualidade ambiental em seu ciclo de vida;
III - implantação de infraestrutura física e aquisição de equipamentos
para cooperativas ou outras formas de associação de catadores de
materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de
baixa renda;
IV - desenvolvimento de projetos de gestão dos resíduos sólidos de
caráter intermunicipal;
V - estruturação de sistemas de coleta seletiva e de logística reversa;
VI - descontaminação de áreas contaminadas, incluindo as áreas órfãs;
VII - desenvolvimento de pesquisas voltadas para tecnologias limpas
aplicáveis aos resíduos sólidos;
VIII - desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial
voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao
reaproveitamento dos resíduos.
Dec. 7404 art. 43-46
No fomento ou na concessão de incentivos creditícios destinados a
atender diretrizes desta Lei, as instituições oficiais de crédito podem
estabelecer critérios diferenciados de acesso dos beneficiários aos
créditos do SFN para investimentos produtivos.
A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no âmbito de
suas competências, poderão instituir normas com o objetivo de
conceder incentivos fiscais, financeiros ou creditícios a:
I - indústrias e entidades dedicadas à reutilização, ao tratamento e à
reciclagem de resíduos sólidos produzidos no território nacional;
II - projetos relacionados à responsabilidade pelo ciclo de vida dos
produtos, prioritariamente em parceria com cooperativas ou outras
formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e
recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda;
III - empresas dedicadas à limpeza urbana e a atividades a ela
relacionadas.
Os consórcios públicos constituídos, nos termos da Lei no 11.107/2005,
com o objetivo de viabilizar a descentralização e a prestação de
serviços públicos que envolvam resíduos sólidos, têm prioridade na
obtenção dos incentivos instituídos pelo Governo Federal.
O atendimento ao disposto será efetivado em consonância com a
LC nº 101, de 2000 , bem como com as diretrizes e objetivos do
respectivo plano plurianual, as metas e as prioridades fixadas pelas leis
de diretrizes orçamentárias e no limite das disponibilidades propiciadas
pelas leis orçamentárias anuais.
DOS INSTRUMENTOS ECONÔMICOS Decreto - Art. 80 - 81
As iniciativas serão fomentadas por meio das seguintes
medidas indutoras:
I - incentivos fiscais, financeiros e creditícios;
II - cessão de terrenos públicos;
III - destinação dos resíduos recicláveis descartados pelos
órgãos e entidades da administração pública federal às
associações e cooperativas dos catadores de materiais
recicláveis;
IV - subvenções econômicas; (...)
V - fixação de critérios, metas, e outros dispositivos complementares de
sustentabilidade ambiental para as aquisições e contratações públicas;
VI - pagamento por serviços ambientais, nos termos definidos na
legislação; e
VII - apoio à elaboração de projetos no âmbito do Mecanismo de
Desenvolvimento Limpo - MDL ou quaisquer outros mecanismos
decorrentes da Convenção Quadro de Mudança do Clima das Nações
Unidas.
As instituições financeiras federais poderão também criar linhas
especiais de financiamento para:
I - cooperativas ou outras formas de associação de catadores de
materiais reutilizáveis e recicláveis, com o objetivo de aquisição de
máquinas e equipamentos utilizados na gestão de resíduos sólidos;
II - atividades destinadas à reciclagem e ao reaproveitamento de
resíduos sólidos, bem como atividades de inovação e desenvolvimento
relativas ao gerenciamento de resíduos sólidos; e
III - atendimento a projetos de investimentos em gerenciamento de
resíduos sólidos.//

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