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GESTÃO DE RESÍDUOS E MEIO AMBIENTE

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Sumário

Sumário .................................................................................................................... 1

1. NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................... 2

2. Introdução ........................................................................................................... 3

3. Os resíduos sólidos............................................................................................ 6

1. Definição ..................................................................................................................... 6

2. Classificação dos resíduos dos serviços de saúde ......................................................... 7

3. Riscos potenciais dos resíduos para o ser humano e meio ambiente ......................... 10

4. Vantagens da gestão dos resíduos sólidos ................................................................. 11

4. Gestão dos resíduos sólidos ........................................................................... 13

1. Lei n. 12.305/2010..................................................................................................... 13

2. Gerenciamentos dos resíduos dos serviços de saúde ................................................. 16

3. Etapas do gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde (RSS) ........................... 17

 Geração e segregação ............................................................................................ 17

 Coleta .................................................................................................................... 18

 Separação e acondicionamento dos resíduos sólidos ............................................. 18

 Coleta, armazenagem e transporte ........................................................................ 20

 Tratamento dos resíduos sólidos ........................................................................... 21

 Disposição final ...................................................................................................... 23

5. Referências ....................................................................................................... 27

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1. NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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2. Introdução

Meio ambiente e ecossistema saturados e desgastados pela atividade humana é fato!


Igualmente o consumismo e o desperdício, são características que o ser humano vem
desenvolvendo de maneira acentuada já faz algumas décadas.

O descarte acentuado e irregular de resíduos sólidos contribui para a poluição do meio


ambiente, também é um fato.

Figura 1 – Resíduos sólidos x meio ambiente

Pois bem, o tema Resíduos Sólidos (RS) tem sido atualmente objeto de preocupação
na sociedade moderna, sendo amplamente discutido, sobretudo nos últimos anos,
com o aumento da população mundial aliado às formas de vida caracterizadas pelo
consumo de produtos industrializados e descartáveis, levando a um preocupante
aumento na geração de resíduos (HADDAD, 2006; REZENDE, 2006).

A geração de resíduos pelas diversas atividades humanas constitui-se atualmente em


um grande desafio a ser enfrentado pelas administrações municipais, sobretudo nos
grandes centros urbanos.

A partir da segunda metade do século XX, com os novos padrões de consumo da


sociedade industrial, a produção de resíduos vem crescendo continuamente em ritmo
superior à capacidade de absorção da natureza. Nos últimos 10 anos, a população
brasileira cresceu 16,8%, enquanto que a geração de resíduos cresceu 48% (Fonte:

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IBGE, 1989/2000). Isso pode ser visto no aumento da produção (velocidade de
geração) e concepção dos produtos (alto grau de descartabilidade dos bens
consumidos), como também nas características "não degradáveis" dos resíduos
gerados. Além disso, aumenta a cada dia a diversidade de produtos com
componentes e materiais de difícil degradação e maior toxicidade.

O descarte inadequado de resíduos tem produzido passivos ambientais capazes de


colocar em risco e comprometer os recursos naturais e a qualidade de vida das atuais
e futuras gerações.

Os resíduos dos serviços de saúde - RSS se inserem dentro desta problemática e


vêm assumindo grande importância nos últimos anos.

Figura 2 – Resíduos dos serviços de saúde

Tais desafios têm gerado políticas públicas e legislações tendo como eixo de
orientação a sustentabilidade do meio ambiente e a preservação da saúde. Grandes
investimentos são realizados em sistemas e tecnologias de tratamento e minimização
(BRASIL, 2006).

A problemática dos resíduos sólidos é uma das mais graves da sociedade moderna,
considerada como sendo a civilização dos resíduos. Isso se deve ao aumento da
população mundial, implicando no crescimento do uso de reservas do planeta, na
produção de bens e, consequentemente, na geração de resíduos.

Vale frisar de imediato o que consta na Constituição Federal, Art. 225, do Meio
Ambiente:

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“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações
(BRASIL, 2000). Porém, como observa Costa et al (2004) percebe-se que os recursos
naturais vêm sendo explorados de forma errônea e a consequência disso, é o
desequilíbrio ambiental, onde um dos grandes problemas é a produção crescente de
resíduos sólidos, nestes compreendidos os resíduos sólidos de serviços de saúde.

As breves assertivas serão discutidas ao longo desse caderno. Veremos conceitos,


classificação dos resíduos sólidos e sua gestão que passa pela Lei n. 12.305/2010 e
as etapas do gerenciamento de resíduos sólidos.

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3. Os resíduos sólidos

1. Definição

Os resíduos sólidos, que normalmente são conhecidos como lixo, podem ser
conceituados como tudo que é descartado e considerado sem utilidade pelo homem,
podendo ser classificados como resíduos urbanos, domiciliar, comercial, público,
especial, industrial, atômico, espacial e radioativo e de serviços de saúde.

Para os resíduos, a definição legal encontra-se na Resolução Conama 5, de 05/08/93,


que se aplica aos resíduos sólidos gerados nos portos, aeroportos, terminais
ferroviários e rodoviários e estabelecimentos prestadores de serviço de saúde. Esta
resolução serve de parâmetro ao definir resíduo sólido como sendo: “Resíduo em
estado sólido e semissólido, que resultam de atividades da comunidade de origem:
industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviço e de varrição”.

Com relação aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública a NBR
10.004/2004 classifica os resíduos sólidos em duas classes: classe I e classe II.

Os resíduos classe I, denominados como perigosos, são aqueles que, em função de


suas propriedades físicas, químicas ou biológicas, podem apresentar riscos à saúde
e ao meio ambiente. São caracterizados por possuírem uma ou mais das seguintes
propriedades: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade.

Os resíduos classe II denominados não perigosos são subdivididos em duas classes:


classe II-A e classe II-B.

Os resíduos classe II-A - não inertes podem ter as seguintes propriedades:


biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.

Os resíduos classe II-B - inertes não apresentam nenhum de seus constituintes


solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, com
exceção dos aspectos cor, turbidez, dureza e sabor.

Com relação a origem e natureza, os resíduos sólidos são classificados em: domiciliar,
comercial, varrição e feiras livres, serviços de saúde, portos, aeroportos e terminais
rodoviários e ferroviários, industriais, agrícolas e resíduos de construção civil.

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Com relação à responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos sólidos pode-se
agrupá-los em dois grandes grupos.

O primeiro grupo refere-se aos resíduos sólidos urbanos, compreendido por:

a) resíduos domésticos ou residenciais;

b) resíduos comerciais;

c) resíduos públicos.

O segundo grupo, dos resíduos de fontes especiais, abrange:

a) resíduos industriais;

b) resíduos da construção civil;

c) rejeitos radioativos;

d) resíduos de portos, aeroportos e terminais rodoferroviários;

e) resíduos agrícolas;

f) resíduos de serviços de saúde (BRASIL, 2006).

2. Classificação dos resíduos dos serviços de saúde

A sociedade dotada de uma consciência comprometida e voltada a garantir a


manutenção da qualidade de vida das futuras gerações, tem buscado mecanismos
capazes de estimularem a criação de normas e diretrizes comprometidas com a
implementação de uma política nacional séria, atrelada às tendências internacionais
e fundamentada no avanço do conhecimento técnico-científico da humanidade.

Objetivando minimizar a produção de resíduos e garantindo aos resíduos


obrigatoriamente formados, destino seguro e adequado, permitindo proteção dos
recursos naturais e meio ambiente, iniciativas voltadas a atender estas expectativas
têm sido constantemente publicadas.

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Especificamente, uma legislação voltada à área de saúde publicada, foi a Resolução
RDC n. 33/ 2003, sendo esta voltada à necessidade de prevenir e reduzir os riscos à
saúde e o meio ambiente, propondo gerenciando do destino correto dos resíduos dos
serviços de saúde.

Esta norma, em seu Capítulo IV, prevê a responsabilidade dos profissionais que,
devidamente habilitados, deverão executar as atribuições concernentes. Abaixo,
estão citados alguns conceitos básicos mencionados nesta Resolução, especial
atenção dos profissionais farmacêuticos deverá recair sobre manejo dos resíduos
concernentes ao Grupo B (Químicos) B1 – resíduos de medicamentos ou insumos
farmacêuticos (produtos hormonais, antibacterianos, citostáticos, antineoplásicos,
imunossupressores, anti-retrovirais...):

Figura 3 – Classificação dos resíduos dos serviços de saúde

De acordo com a RDC ANVISA n. 306/04 e Resolução CONAMA n. 358/05, os RSS


são classificados em cinco grupos: A, B, C, D e E.

 Grupo A - engloba os componentes com possível presença de agentes


biológicos que, por suas características de maior virulência ou concentração,
podem apresentar risco de infecção. Exemplos: placas e lâminas de laboratório,

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carcaças, peças anatômicas (membros), tecidos, bolsas transfusionais
contendo sangue, dentre outras.

Os resíduos do Grupo A não podem ser reciclados, reutilizados ou


reaproveitados, inclusive para alimentação animal (CONAMA, 2005).

 Grupo B - contém substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde


pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Ex: medicamentos
apreendidos, reagentes de laboratório, resíduos contendo metais pesados,
dentre outros.

Os resíduos do Grupo B com características de periculosidade quando não


forem submetidos a processo de reutilização, recuperação ou reciclagem,
devem ser submetidos a tratamento e disposição final específicos (CONAMA,
2005).

 Grupo C - quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que


contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de
eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia
Nuclear - CNEN, como, por exemplo, serviços de medicina nuclear e
radioterapia etc.

 Grupo D - não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou


ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Ex:
sobras de alimentos e do preparo de alimentos, resíduos das áreas
administrativas etc.

 Grupo E - materiais perfuro-cortantes ou escarificantes, tais como lâminas de


barbear, agulhas, ampolas de vidro, pontas diamantadas, lâminas de bisturi,
lancetas, espátulas e outros similares.

Os resíduos também são classificados de acordo com o estado físico em: resíduos
sólidos, efluentes líquidos e emissões gasosas.

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3. Riscos potenciais dos resíduos para o ser humano e meio
ambiente

Existem muitos componentes ou resíduos perigosos gerados em processos


produtivos sejam industriais ou de fontes inespecíficas e o contato dos agentes
existentes nos resíduos sólidos ocorre principalmente através de vias respiratórias,
digestivas e pela absorção cutânea e mucosa. Pelas vias respiratórias ocorre
mediante a inalação de partículas em suspensão durante a manipulação dos resíduos.
Pela via digestiva, pela ingestão de água poluída, vegetais, peixes, frutos do mar e
outros alimentos contaminados. As atividades capazes de proporcionar dano, doença
ou morte para os seres vivos são caracterizadas como atividades de risco.

Os resíduos do serviço de saúde ocupam um lugar de destaque pois merecem


atenção especial em todas as suas fases de manejo (segregação, condicionamento,
armazenamento, coleta, transporte, tratamento e disposição final) em decorrência dos
imediatos e graves riscos que podem oferecer, por apresentarem componentes
químicos, biológicos e radioativos.

Dentre os componentes químicos destacam-se as substâncias ou preparados


químicos: tóxicos, corrosivos, inflamáveis, reativos, genotóxicos, mutagênicos;
produtos mantidos sob pressão - gases, quimioterápicos, pesticidas, solventes, ácido
crômico; limpeza de vidros de laboratórios, mercúrio de termômetros, substâncias
para revelação de radiografias, baterias usadas, óleos, lubrificantes usados etc.

Dentre os componentes biológicos destacam-se os que contêm agentes patogênicos


que possam causar doença e dentre os componentes radioativos utilizados em
procedimentos de diagnóstico e terapia, os que contêm materiais emissores de
radiação ionizante (BRASIL, 2013).

O risco ambiental, de acordo com Schneider (2004), é aquele que ocorre no meio
ambiente e pode ser classificado de acordo com o tipo de atividade; exposição
instantânea, crônica; probabilidade de ocorrência; severidade; reversibilidade;
visibilidade; duração e ubiquidade de seus defeitos.

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Anote aí:

Risco à Saúde é a probabilidade da ocorrência de efeitos adversos à saúde


relacionados com a exposição humana a agentes físicos, químicos ou biológicos, em
que um indivíduo exposto a um determinado agente apresente doença, agravo ou até
mesmo morte, dentro de um período determinado de tempo ou idade.

Risco para o Meio Ambiente é a probabilidade da ocorrência de efeitos adversos ao


meio ambiente, decorrentes da ação de agentes físicos, químicos ou biológicos,
causadores de condições ambientais potencialmente perigosas que favoreçam a
persistência, disseminação e modificação desses agentes no ambiente.

Especificamente sobre os RSS estes tem o potencial de contaminação do solo, das


águas superficiais e subterrâneas pelo lançamento em lixões ou aterros controlados
que também proporciona riscos aos catadores, principalmente por meio de lesões
provocadas por materiais cortantes e/ou perfurantes, e por ingestão de alimentos
contaminados, ou aspiração de material particulado contaminado em suspensão.

4. Vantagens da gestão dos resíduos sólidos

De maneira geral, a gestão de resíduos é uma oportunidade de as empresas


ganharem dinheiro com a compra e venda de resíduos. Através de uma das
ferramentas da gestão, a coleta seletiva eficiente, permite a separação dos materiais
recicláveis de qualidade que podem ser comercializados.

Além disso, identifica deficiências do processo produtivo, reduzindo desperdícios e


custos, aumentando a lucratividade dos negócios e contribuindo para
o desenvolvimento sustentável.

Contribui para uma imagem positiva diante de seus clientes, parceiros e a comunidade
local, além da garantia do cumprimento dos requisitos legais, minimizando os riscos
de multas e punições.

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Atualmente, existem algumas plataformas que conectam as empresas que têm o
interesse de vender e comprar resíduos. Como por exemplo, a plataforma Mercado
de Resíduos. Ela cria oportunidades e otimiza a gestão de resíduos sólidos das
organizações para melhor aproveitamento e destinação.

Em se tratando dos RSS, evitar contaminação do meio ambiente e não expor a vida
das pessoas a perigos já é a grande vantagem!

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4. Gestão dos resíduos sólidos
A gestão de resíduos significa adotar um conjunto de ações adequadas nas etapas
de coleta, armazenamento, transporte, tratamento, destinação final e disposição final
ambientalmente aceita, objetivando a minimização da produção de resíduos, visando
à preservação da saúde pública e a qualidade do meio ambiente.

De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) do


Ministério do Meio Ambiente, a gestão de resíduos deve garantir o máximo de
reaproveitamento e reciclagem e a minimização dos rejeitos.

A lei determina que cada gerador é responsável pelos resíduos gerados e, que devem
ser segregados na fonte geradora.

1. Lei n. 12.305/2010

A Lei n. 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é


bastante atual e contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário
ao País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos
decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos.

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Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a
prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para
propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que
tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação
ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou
reutilizado).

Institui a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduos: dos fabricantes,


importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de
manejo dos resíduos sólidos urbanos na Logística Reversa dos resíduos e
embalagens pós-consumo e pós-consumo.

Cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui
instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, microrregional,
intermunicipal e metropolitano e municipal; além de impor que os particulares
elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Também coloca o Brasil em patamar de igualdade aos principais países


desenvolvidos no que concerne ao marco legal e inova com a inclusão de catadoras
e catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, tanto na Logística Reversa quando
na Coleta Seletiva.

Além disso, os instrumentos da PNRS ajudarão o Brasil a atingir uma das metas do
Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que é de alcançar o índice de reciclagem
de resíduos de 20% em 2015.

A Lei sancionada incorpora conceitos modernos de gestão de resíduos sólidos e se


dispõe a trazer novas ferramentas à legislação ambiental brasileira. Ressaltam-se
alguns desses aspectos quais sejam:

1) Acordo Setorial: ato de natureza contratual firmado entre o poder público e


fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a
implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto.

2) Responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de


atribuições dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos
consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo
dos resíduos sólidos pela minimização do volume de resíduos sólidos e rejeitos

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gerados, bem como pela redução dos impactos causados à saúde humana e à
qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos
desta Lei.

3) Logística Reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social,


caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a
viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra
destinação final ambientalmente adequada.

4) Coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme


sua constituição ou composição.

5) Ciclo de Vida do Produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento do


produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o
consumo e a disposição final.

6) Sistema de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos - SINIR: tem


como objetivo armazenar, tratar e fornecer informações que apoiem as funções
ou processos de uma organização. Essencialmente é composto de um
subsistema formado por pessoas, processos, informações e documentos, e um
outro composto por equipamentos e seus meios de comunicação.

7) Catadores de materiais recicláveis: diversos artigos abordam o tema, com o


incentivo a mecanismos que fortaleçam a atuação de associações ou
cooperativas, o que é fundamental na gestão dos resíduos sólidos.

8) Planos de Resíduos Sólidos: O Plano Nacional de Resíduos Sólidos a ser


elaborado com ampla participação social, contendo metas e estratégias
nacionais sobre o tema. Também estão previstos planos estaduais,
microrregionais, de regiões metropolitanas, planos intermunicipais, municipais
de gestão integrada de resíduos sólidos e os planos de gerenciamento de
resíduos sólidos (BRASIL, 2010).

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2. Gerenciamentos dos resíduos dos serviços de saúde
O gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão,
planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e
legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos
resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção
dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio
ambiente.

De acordo com a ANVISA (2006), o Plano de Gerenciamento dos resíduos dos


Serviços de Saúde - PGRSS é o documento que aponta e descreve as ações relativas
ao manejo de resíduos sólidos, que corresponde às etapas de: segregação,
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final.
Deve considerar as características e riscos dos resíduos, as ações de proteção à
saúde e ao meio ambiente e os princípios da biossegurança de empregar medidas
técnicas administrativas e normativas para prevenir acidentes.

O gerenciamento deve abranger todas as etapas de planejamento dos recursos físicos,


dos recursos materiais e da capacitação dos recursos humanos envolvidos no manejo
dos RSS.

Todo gerador deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de


Saúde - PGRSS, baseado nas características dos resíduos gerados e na classificação
estabelecendo as diretrizes de manejo dos RSS.

O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com as normas locais relativas à coleta,
transporte e disposição final dos resíduos gerados nos serviços de saúde,
estabelecidas pelos órgãos locais responsáveis por estas etapas que veremos a
seguir (BRASIL, 2006).

Abaixo temos um modelo de fluxograma de PGRSS, ou seja, as etapas de manejo de


resíduos.

Para chegar a ele, é realizado um diagnóstico em todas as etapas, analisando a


situação de cada setor (in loco) e em seguida, levantadas propostas medidas de
adequação, que serão monitoradas no decorrer dos anos seguintes, contemplando
assim, as atualizações contínuas do PGRSS.

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Figura 4 – Modelo de etapa de manejo de resíduos

3. Etapas do gerenciamento de resíduos dos serviços de


saúde (RSS)

 Geração e segregação
Em cada local onde realiza uma determinada atividade, seja nas residências, seja nas
ruas ou em estabelecimentos comerciais, a população gera resíduos. A composição
desses resíduos é influenciada por fatores como hábitos alimentares, cultura,
tradições, estilo de vida, clima e local.

Todo resíduo gerado deve ser acondicionado de forma apropriada para ser recolhido
pelo serviço de limpeza urbana. A qualidade da operação de coleta de resíduos
depende do acondicionamento, armazenamento e disposição adequados dos
recipientes no local, dia e horários estabelecidos para a coleta.

Para os RSS, a separação correta e criteriosa permite o tratamento diferenciado, a


racionalização de recursos despendidos, além de facilitar a reciclagem. Caso haja
mistura de resíduos de classes diferentes, um resíduo não perigoso pode ser

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contaminado e tornar-se perigoso, dificultando seu gerenciamento, bem como um
aumento dos custos a ele associados (EBSERH, 2018).

 Coleta
A coleta é a operação de recolhimento dos resíduos onde eles são gerados
(residências, estabelecimentos comerciais e vias públicas) e seu transporte até uma
estação de transferência ou triagem, ou diretamente até a etapa de tratamento.

A coleta pode ser feita de forma convencional (também chamada de indiferenciada),


quando os resíduos não são separados previamente), ou diferenciada, quando a
comunidade faz essa separação. A coleta diferenciada é, portanto, uma coleta seletiva
de materiais segregados nas fontes geradoras, conforme sua constituição ou
composição. Esse tipo de coleta é o mais recomendado e adequado para o tratamento
de resíduos que seguirão para reciclagem.

Figura 5 – Síntese das etapas de gerenciamento dos RSS

 Separação e acondicionamento dos resíduos sólidos

A empresa geradora dos resíduos deve ser responsável pela separação entre
resíduos perigosos e resíduos comuns. Após a identificação e a sua separação, os
resíduos devem ser colocados em recipientes adequados, para que se possa ter a
sua coleta, tratamento e destinação final, de acordo com suas características
(SIQUEIRA, 2001).

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Acondicionar consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou
recipientes. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível
com a geração diária de cada tipo de resíduo.

Um acondicionamento inadequado compromete a segurança do processo e o


encarece. Recipientes inadequados ou improvisados (pouco resistentes, mal
fechados ou muito pesados), construídos com materiais sem a devida proteção,
aumentam o risco de acidentes de trabalho. Os resíduos não devem ultrapassar 2/3
do volume dos recipientes (BRASIL, 2006).

Figura 6 – Acondicionamento de resíduos perfurocortantes

Por exemplo, os resíduos perfurocortantes ou escarificantes - grupo E - devem ser


acondicionados separadamente, no local de sua geração, imediatamente após o uso,
em recipiente rígido, estanque, resistente a punctura, ruptura e vazamento,
impermeável, com tampa, contendo a simbologia.

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 Coleta, armazenagem e transporte
Coleta interna é aquela realizada, dentro do local gerador do resíduo, que consiste no
recolhimento do lixo da lixeira, no fechamento dos recipientes e no transporte até o
local determinado para armazenagem, até que se faça a coleta externa (SIQUEIRA,
2001).

É nesta fase que o processo se torna visível para o usuário e o público em geral, pois
os resíduos são transportados nos equipamentos de coleta (carros de coleta) em
áreas comuns.

O termo armazenagem refere-se à guarda temporária dos resíduos, até que seja feita
a coleta externa, que por sua vez, consiste no recolhimento do resíduo armazenado,
até o veículo transportador, trabalho este realizado pelo profissional da empresa de
coleta de lixo (SIQUEIRA, 2001).

Os veículos utilizados para o transporte também dispõem de certas especificações e


autorizações dos órgãos competentes, inclusive com vistorias regulares, para que não
haja problemas até a destinação final dos resíduos (SIQUEIRA, 2001).

A coleta e o transporte devem atender ao roteiro previamente definido e devem ser


feitos em horários, sempre que factível, não coincidentes com a distribuição de roupas,
alimentos e medicamentos, períodos de visita ou de maior fluxo de pessoas ou de
atividades. A coleta deve ser feita separadamente, de acordo com o grupo de resíduos
e em recipientes específicos a cada grupo de resíduos.

A coleta interna de RSS deve ser planejada com base no tipo de RSS, volume gerado,
roteiros (itinerários), dimensionamento dos abrigos, regularidade, frequência de
horários de coleta externa. Deve ser dimensionada considerando o número de
funcionários disponíveis, número de carros de coletas, EPIs e demais ferramentas e
utensílios necessários.

O transporte interno dos recipientes deve ser realizado sem esforço excessivo ou risco
de acidente para o funcionário. Após as coletas, o funcionário deve lavar as mãos
ainda enluvadas, retirar as luvas e colocá-las em local próprio. Ressalte-se que o
funcionário também deve lavar as mãos antes de calçar as luvas e depois de retirá-
las.

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Os equipamentos para transporte interno (carros de coleta) devem ser constituídos de
material rígido, lavável, impermeável e providos de tampa articulada ao próprio corpo
do equipamento, cantos e bordas arredondados, rodas revestidas de material que
reduza o ruído. Também devem ser identificados com o símbolo correspondente ao
risco do resíduo nele contido. Os recipientes com mais de 400litros de capacidade
devem possuir válvula de dreno no fundo (BRASIL, 2006).

Para que o gerenciamento dentro e fora do estabelecimento possa ser eficaz é


necessário que o poder público se envolva e estabeleça leis e regulamentos sobre a
gestão de resíduos de serviços de saúde, assumindo o seu papel de gestor local.

O pessoal envolvido na coleta e transporte dos RSS deve observar rigorosamente a


utilização dos EPIs e EPCs adequados.

Em caso de acidente de pequenas proporções, a própria equipe encarregada da


coleta externa deve retirar os resíduos do local atingido, efetuando a limpeza e
desinfecção simultânea, mediante o uso dos EPIs e EPCs adequados.

Em caso de acidente de grandes proporções, a empresa e/ou administração


responsável pela execução da coleta externa deve notificar imediatamente os órgãos
municipais e estaduais de controle ambiental e de saúde pública. Ao final de cada
turno de trabalho, o veículo coletor deve sofrer limpeza e desinfecção simultânea,
mediante o uso de jato de água, preferencialmente quente e sob pressão. Esses
veículos não podem ser lavados em postos de abastecimento comuns. O método de
desinfecção do veículo deve ser alvo de avaliação por parte do órgão que licencia o
veículo coletor (BRASIL, 2006).

 Tratamento dos resíduos sólidos


O tratamento de resíduos sólidos urbanos, de maneira geral, compreende uma série
de procedimentos físicos, químicos e biológicos antes de sua disposição final sobre o
solo. Seu objetivo é reduzir a poluição do meio ambiente e promover o beneficiamento
econômico.

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Quando um determinado tipo de tratamento tem o objetivo de produzir energia para
alimentar um sistema, ou quando um sistema de tratamento é energeticamente
autossustentável, ele é denominado waste-to-energy.

O conceito de tratamento é dado pela ANVISA (2006) como quaisquer processos


manuais, mecânicos, físicos, químicos ou biológicos que alterem as características
dos resíduos, visando a minimização do risco à saúde, a preservação da qualidade
do meio ambiente, a segurança e a saúde do trabalhador.

Para promover a seleção do sistema ou conjunto de sistemas mais adequado é


necessário conhecer a composição, a caracterização e o volume dos resíduos que se
deseja tratar, bem como a capacidade de operação a viabilizar: instalação física,
equipamentos a serem instalados, mão-de-obra capacitada para lidar com os tipos de
resíduos e equipamentos correspondentes e sua licença ambiental devidamente
registrada em órgão competente (DANIEL; DANIEL; DANIEL, 2015).

Os processos de tratamento podem ser subdivididos em dois grupos: processos


térmicos e processos químicos.

Os processos térmicos se utilizam da elevação da temperatura para a destruição ou


desativação dos elementos patogênicos.

Os processos químicos se utilizam de oxidantes químicos reagentes com os resíduos,


que necessitam ser previamente triturados para obter os resultados esperados. Os
processos mais utilizados sãos os térmicos e dentre estes sobressaem a
autoclavagem e a incineração.

a) Autoclavagem: Tratamento que consiste em manter o material contaminado com o


vapor de água, a uma temperatura elevada, durante um período de tempo suficiente
para destruir potenciais agentes patogênicos ou reduzi-los a um nível que não
constituam risco (ANVISA, 2006).

Sua aplicação é apropriada para a descontaminação de resíduos de laboratórios de


microbiologia, resíduos de sangue, líquidos orgânicos humanos, objetos
perfurocortantes, que não podem ser triturados.

A autoclavagem possui um alto grau de eficiência da descontaminação, trata-se de


tecnologia limpa por não gerar muitos efluentes, os equipamentos são, em sua maioria,
de fácil manuseio e apresenta similaridade com os demais já utilizados em

22
estabelecimentos de saúde. Entretanto, não apresenta uma redução efetiva do
volume dos RSS.

É necessária a utilização de recipientes específicos, que podem elevar o custo da


operacionalização. Esse processo não é conveniente para peças anatômicas
humanas e animais, por não descaracterizar o resíduo. Pode vir a ser considerado
para um tratamento inicial pós-segregação, associado a um tratamento para
destinação final ou reciclagem dos resíduos descontaminados.

b)Incineração: é considerado o processo mais eficiente para a descontaminação


patogênica e descaracterização dos RSS. Apresenta vantagem de reduzir o volume e
peso dos resíduos diminuindo os custos de gerenciamento dos mesmos. Tratamento
mais recomendado para os RSS do Grupo A.

Matiolli e Silva (2002) descrevem o processo de incineração como “um processo de


combustão controlada que transforma os resíduos em materiais inertes (cinzas e
escórias) e gases. Não é um sistema de eliminação total, mas se obtém uma
importante redução de massa e volume da matéria original”.

Por agregar um alto custo composto da aquisição do equipamento, manutenção


periódica, mão-de-obra especializada para a operação, combustível e, por operar de
maneira funcional constante com um volume maior de resíduos a fim de evitar o
desgaste do equipamento pela variação de temperatura com constantes paradas,
recomenda-se a incineração centralizada (DANIEL; DANIEL; DANIEL, 2015).

 Disposição final
Quando se esgotam as possibilidades de tratamento, ou seja, quando podem ser
considerados rejeitos, os RSU devem receber um destino final.

Embora ambos visem evitar riscos ou danos à saúde pública e à segurança e


minimizar os impactos ambientais adversos, é importante diferenciar os conceitos de
destinação final e disposição final. Destinação é a reutilização, a reciclagem, a
compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético de resíduos. Disposição,
por sua vez, é a distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas
operacionais específicas.

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Consiste na disposição definitiva de resíduos no solo ou em locais previamente
preparados para recebê-los. Pela legislação brasileira a disposição deve obedecer a
critérios técnicos de construção e operação, para as quais é exigido licenciamento
ambiental de acordo com a Resolução CONAMA nº 237/97. O projeto deve seguir as
normas da ABNT.

As formas de disposição final dos RSS atualmente utilizadas são: aterro sanitário,
aterro de resíduos perigosos classe I (para resíduos industriais), aterro controlado,
lixão ou vazadouro e valas.

a) Aterro sanitário - É um processo utilizado para a disposição de resíduos sólidos


no solo de forma segura e controlada, garantindo a preservação ambiental e a
saúde pública. O sistema está fundamentado em critérios de engenharia e
normas operacionais específicas.

Figura 7 – Aterro sanitário

b) Aterro de resíduos perigosos - classe I - aterro industrial - Técnica de disposição


final de resíduos químicos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública,
minimizando os impactos ambientais e utilizando procedimentos específicos de
engenharia para o confinamento destes.

c) Aterro controlado - Trata-se de um lixão melhorado. Neste sistema os resíduos


são descarregados no solo, com recobrimento de camada de material inerte,

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diariamente. Esta forma não evita os problemas de poluição, pois é carente de
sistemas de drenagem, tratamento de líquidos, gases, impermeabilização etc.

d) Lixão ou vazadouro - Este é considerado um método inadequado de disposição


de resíduos sólidos e se caracteriza pela simples descarga de resíduos sobre
o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente e à saúde. É altamente
prejudicial à saúde e ao meio ambiente, devido a aparecimento de vetores
indesejáveis, mau cheiro, contaminação das águas superficiais e subterrâneas,
presença de catadores, risco de explosões, devido à geração de gases (CH4)
oriundos da degradação do lixo.

e) Valas sépticas - Esta técnica, com a impermeabilização do solo de acordo com


a norma da ABNT, é chamada de Célula Especial de RSS e é empregada em
pequenos municípios. Consiste no preenchimento de valas escavadas
impermeabilizadas, com largura e profundidade proporcionais à quantidade de
lixo a ser aterrada.

A terra é retirada com retroescavadeira ou trator que deve ficar próxima às


valas e, posteriormente, ser usada na cobertura diária dos resíduos. Os
veículos de coleta depositam os resíduos sem compactação diretamente no
interior da vala e, no final do dia, é efetuada sua cobertura com terra, podendo
ser feita manualmente ou por meio de máquina (BRASIL, 2006).

Anote aí:

A Gestão de Resíduos Sólidos demonstra ser uma aliada das organizações para
eliminar os impactos negativos que os resíduos causam principalmente os associados
à destinação final.

A falta de gestão de resíduos sólidos dentro de um empreendimento pode conduzir


aos seguintes problemas, entre vários outros:

Para a empresa:

 Multas elevadas e sanções ambientais;

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 Escândalos por casos de poluição ao meio ambiente;

 Imagem negativa da empresa;

 Impedimento de novas parcerias comerciais devido à falta de responsabilidade


ambiental;

 Impedimento das operações relativa a falta de gestão de resíduos segundo as


leis e normas propostas pelo Governo e pelas entidades responsáveis.

Para o meio ambiente:

 Contaminação do solo com fungos e bactérias;

 Contaminação das águas de chuva e do lençol freático;

 Aumento da população de ratos, baratas e moscas, disseminadores de


doenças diversas; aumento dos custos de produtos e serviços;

 Entupimento das redes de drenagem das águas de chuva;

 Assoreamento dos córregos e dos cursos d’água;

 Incêndios de largas proporções e difícil combate; destruição da camada de


ozônio, etc. (VGRESÍDUOS, 2018).

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5. Referências
ANVISA. RDC N. 306, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2004 Dispõe sobre o Regulamento
Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA E NORMAS TÉCNICAS. NBR 10.004 de setembro de


1987 - Classifica os Resíduos Sólidos quanto aos riscos potenciais ao meio ambiente
e à saúde pública.

BRASIL. CONAMA. Resolução nº 5. Define procedimentos mínimos para o


gerenciamento dos resíduos oriundos de serviços de saúde, 1993.

BRASIL. Constituição Federal da República do BRASIL (1998). Ed. Atual em 2000.


– Brasília: Senado Federal. Secretaria de Edições Técnicas, 2000.

BRASIL. Contextos e principais aspectos da problemática resíduos sólidos


(2010). Disponível em: https://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-
solidos/politica-nacional-de-residuos-solidos/contextos-e-principais-aspectos.html

BRASIL. Lei nº 12.305/2010. Política Nacional de Resíduos Sólidos Disponível em:


https://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos/instrumentos-da-
politica-de-residuos.html

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Manual de


gerenciamento de resíduos de serviços de saúde / Ministério da Saúde, Agência
Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Resolução nº 33.
Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços
de saúde. Diário Oficial da União 25.02.2003

COSTA, F. X.; et al. Estudo qualitativo e quantitativo dos resíduos sólidos do


campus I da Universidade Estadual da Paraíba. Revista de Biologia e Ciências da
Terra. V. 4, n. 2, 2º semestre. 2004.

DANIEL, L. L.; DANIEL, A. L.; DANIEL, K. M. G. Gerenciamento dos resíduos de


serviços de saúde (RSS): coleta, transporte, tratamento e destinação final dos RSS
produzidos em uma organização militar de saúde (OMS) (2015). Disponível em:
http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STP_214_268_27218.pdf

EBSERH. Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-


UFTM), administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) –
Ministério da Educação Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde.
Gerência de Resíduos/Setor de Hotelaria Hospitalar do HC-UFTM, Uberaba, 2018.

HADDAD, C. M. Resíduos de Serviços de Saúde de um Hospital de Médio porte


no Município de Araraquara: Subsídios para elaboração de um Plano de
Gerenciamento. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento
Regional e Meio Ambiente do Centro Universitário de Araraquara). 2006.

MATTIOLI, C. E.; SILVA, C. L Avaliação de parâmetros na implantação de


processos para tratamento de resíduos sólidos de serviços de saúde. Artigo
Técnico. In: IV Simpósio Ítalo Brasileiro de Engenharia Sanitária Ambiental.
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental. 2002.

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MAZZER, C.; CAVALCANTI, O. A. Introdução à gestão ambiental de resíduos
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MOTA, T. S.; NASCIMENTO, R. S. T. V. CAMPOS, G. B. Meio ambiente e


gerenciamento de resíduos (2010). Disponível em:
https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-ambiental/meio-ambiente-e-
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ProteGEEr. Etapas do gerenciamento (2018). Disponível em:


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REZENDE, L. R. Vulnerabilidade dos geradores de resíduos de serviços de


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em: https://www.vgresiduos.com.br/blog/guia-completo-da-gestao-de-residuos-
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