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Sumário
Sumário .................................................................................................................... 1
2. Introdução ........................................................................................................... 3
3. Os resíduos sólidos............................................................................................ 6
1. Definição ..................................................................................................................... 6
3. Riscos potenciais dos resíduos para o ser humano e meio ambiente ......................... 10
1. Lei n. 12.305/2010..................................................................................................... 13
Coleta .................................................................................................................... 18
5. Referências ....................................................................................................... 27
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1. NOSSA HISTÓRIA
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2. Introdução
Pois bem, o tema Resíduos Sólidos (RS) tem sido atualmente objeto de preocupação
na sociedade moderna, sendo amplamente discutido, sobretudo nos últimos anos,
com o aumento da população mundial aliado às formas de vida caracterizadas pelo
consumo de produtos industrializados e descartáveis, levando a um preocupante
aumento na geração de resíduos (HADDAD, 2006; REZENDE, 2006).
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IBGE, 1989/2000). Isso pode ser visto no aumento da produção (velocidade de
geração) e concepção dos produtos (alto grau de descartabilidade dos bens
consumidos), como também nas características "não degradáveis" dos resíduos
gerados. Além disso, aumenta a cada dia a diversidade de produtos com
componentes e materiais de difícil degradação e maior toxicidade.
Tais desafios têm gerado políticas públicas e legislações tendo como eixo de
orientação a sustentabilidade do meio ambiente e a preservação da saúde. Grandes
investimentos são realizados em sistemas e tecnologias de tratamento e minimização
(BRASIL, 2006).
A problemática dos resíduos sólidos é uma das mais graves da sociedade moderna,
considerada como sendo a civilização dos resíduos. Isso se deve ao aumento da
população mundial, implicando no crescimento do uso de reservas do planeta, na
produção de bens e, consequentemente, na geração de resíduos.
Vale frisar de imediato o que consta na Constituição Federal, Art. 225, do Meio
Ambiente:
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“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações
(BRASIL, 2000). Porém, como observa Costa et al (2004) percebe-se que os recursos
naturais vêm sendo explorados de forma errônea e a consequência disso, é o
desequilíbrio ambiental, onde um dos grandes problemas é a produção crescente de
resíduos sólidos, nestes compreendidos os resíduos sólidos de serviços de saúde.
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3. Os resíduos sólidos
1. Definição
Os resíduos sólidos, que normalmente são conhecidos como lixo, podem ser
conceituados como tudo que é descartado e considerado sem utilidade pelo homem,
podendo ser classificados como resíduos urbanos, domiciliar, comercial, público,
especial, industrial, atômico, espacial e radioativo e de serviços de saúde.
Com relação aos riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública a NBR
10.004/2004 classifica os resíduos sólidos em duas classes: classe I e classe II.
Com relação a origem e natureza, os resíduos sólidos são classificados em: domiciliar,
comercial, varrição e feiras livres, serviços de saúde, portos, aeroportos e terminais
rodoviários e ferroviários, industriais, agrícolas e resíduos de construção civil.
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Com relação à responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos sólidos pode-se
agrupá-los em dois grandes grupos.
b) resíduos comerciais;
c) resíduos públicos.
a) resíduos industriais;
c) rejeitos radioativos;
e) resíduos agrícolas;
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Especificamente, uma legislação voltada à área de saúde publicada, foi a Resolução
RDC n. 33/ 2003, sendo esta voltada à necessidade de prevenir e reduzir os riscos à
saúde e o meio ambiente, propondo gerenciando do destino correto dos resíduos dos
serviços de saúde.
Esta norma, em seu Capítulo IV, prevê a responsabilidade dos profissionais que,
devidamente habilitados, deverão executar as atribuições concernentes. Abaixo,
estão citados alguns conceitos básicos mencionados nesta Resolução, especial
atenção dos profissionais farmacêuticos deverá recair sobre manejo dos resíduos
concernentes ao Grupo B (Químicos) B1 – resíduos de medicamentos ou insumos
farmacêuticos (produtos hormonais, antibacterianos, citostáticos, antineoplásicos,
imunossupressores, anti-retrovirais...):
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carcaças, peças anatômicas (membros), tecidos, bolsas transfusionais
contendo sangue, dentre outras.
Os resíduos também são classificados de acordo com o estado físico em: resíduos
sólidos, efluentes líquidos e emissões gasosas.
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3. Riscos potenciais dos resíduos para o ser humano e meio
ambiente
O risco ambiental, de acordo com Schneider (2004), é aquele que ocorre no meio
ambiente e pode ser classificado de acordo com o tipo de atividade; exposição
instantânea, crônica; probabilidade de ocorrência; severidade; reversibilidade;
visibilidade; duração e ubiquidade de seus defeitos.
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Anote aí:
Contribui para uma imagem positiva diante de seus clientes, parceiros e a comunidade
local, além da garantia do cumprimento dos requisitos legais, minimizando os riscos
de multas e punições.
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Atualmente, existem algumas plataformas que conectam as empresas que têm o
interesse de vender e comprar resíduos. Como por exemplo, a plataforma Mercado
de Resíduos. Ela cria oportunidades e otimiza a gestão de resíduos sólidos das
organizações para melhor aproveitamento e destinação.
Em se tratando dos RSS, evitar contaminação do meio ambiente e não expor a vida
das pessoas a perigos já é a grande vantagem!
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4. Gestão dos resíduos sólidos
A gestão de resíduos significa adotar um conjunto de ações adequadas nas etapas
de coleta, armazenamento, transporte, tratamento, destinação final e disposição final
ambientalmente aceita, objetivando a minimização da produção de resíduos, visando
à preservação da saúde pública e a qualidade do meio ambiente.
A lei determina que cada gerador é responsável pelos resíduos gerados e, que devem
ser segregados na fonte geradora.
1. Lei n. 12.305/2010
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Prevê a prevenção e a redução na geração de resíduos, tendo como proposta a
prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para
propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que
tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação
ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou
reutilizado).
Cria metas importantes que irão contribuir para a eliminação dos lixões e institui
instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, microrregional,
intermunicipal e metropolitano e municipal; além de impor que os particulares
elaborem seus Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
Além disso, os instrumentos da PNRS ajudarão o Brasil a atingir uma das metas do
Plano Nacional sobre Mudança do Clima, que é de alcançar o índice de reciclagem
de resíduos de 20% em 2015.
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gerados, bem como pela redução dos impactos causados à saúde humana e à
qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos
desta Lei.
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2. Gerenciamentos dos resíduos dos serviços de saúde
O gerenciamento dos RSS constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão,
planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e
legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos
resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção
dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio
ambiente.
O PGRSS a ser elaborado deve ser compatível com as normas locais relativas à coleta,
transporte e disposição final dos resíduos gerados nos serviços de saúde,
estabelecidas pelos órgãos locais responsáveis por estas etapas que veremos a
seguir (BRASIL, 2006).
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Figura 4 – Modelo de etapa de manejo de resíduos
Geração e segregação
Em cada local onde realiza uma determinada atividade, seja nas residências, seja nas
ruas ou em estabelecimentos comerciais, a população gera resíduos. A composição
desses resíduos é influenciada por fatores como hábitos alimentares, cultura,
tradições, estilo de vida, clima e local.
Todo resíduo gerado deve ser acondicionado de forma apropriada para ser recolhido
pelo serviço de limpeza urbana. A qualidade da operação de coleta de resíduos
depende do acondicionamento, armazenamento e disposição adequados dos
recipientes no local, dia e horários estabelecidos para a coleta.
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contaminado e tornar-se perigoso, dificultando seu gerenciamento, bem como um
aumento dos custos a ele associados (EBSERH, 2018).
Coleta
A coleta é a operação de recolhimento dos resíduos onde eles são gerados
(residências, estabelecimentos comerciais e vias públicas) e seu transporte até uma
estação de transferência ou triagem, ou diretamente até a etapa de tratamento.
A empresa geradora dos resíduos deve ser responsável pela separação entre
resíduos perigosos e resíduos comuns. Após a identificação e a sua separação, os
resíduos devem ser colocados em recipientes adequados, para que se possa ter a
sua coleta, tratamento e destinação final, de acordo com suas características
(SIQUEIRA, 2001).
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Acondicionar consiste no ato de embalar os resíduos segregados, em sacos ou
recipientes. A capacidade dos recipientes de acondicionamento deve ser compatível
com a geração diária de cada tipo de resíduo.
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Coleta, armazenagem e transporte
Coleta interna é aquela realizada, dentro do local gerador do resíduo, que consiste no
recolhimento do lixo da lixeira, no fechamento dos recipientes e no transporte até o
local determinado para armazenagem, até que se faça a coleta externa (SIQUEIRA,
2001).
É nesta fase que o processo se torna visível para o usuário e o público em geral, pois
os resíduos são transportados nos equipamentos de coleta (carros de coleta) em
áreas comuns.
O termo armazenagem refere-se à guarda temporária dos resíduos, até que seja feita
a coleta externa, que por sua vez, consiste no recolhimento do resíduo armazenado,
até o veículo transportador, trabalho este realizado pelo profissional da empresa de
coleta de lixo (SIQUEIRA, 2001).
A coleta interna de RSS deve ser planejada com base no tipo de RSS, volume gerado,
roteiros (itinerários), dimensionamento dos abrigos, regularidade, frequência de
horários de coleta externa. Deve ser dimensionada considerando o número de
funcionários disponíveis, número de carros de coletas, EPIs e demais ferramentas e
utensílios necessários.
O transporte interno dos recipientes deve ser realizado sem esforço excessivo ou risco
de acidente para o funcionário. Após as coletas, o funcionário deve lavar as mãos
ainda enluvadas, retirar as luvas e colocá-las em local próprio. Ressalte-se que o
funcionário também deve lavar as mãos antes de calçar as luvas e depois de retirá-
las.
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Os equipamentos para transporte interno (carros de coleta) devem ser constituídos de
material rígido, lavável, impermeável e providos de tampa articulada ao próprio corpo
do equipamento, cantos e bordas arredondados, rodas revestidas de material que
reduza o ruído. Também devem ser identificados com o símbolo correspondente ao
risco do resíduo nele contido. Os recipientes com mais de 400litros de capacidade
devem possuir válvula de dreno no fundo (BRASIL, 2006).
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Quando um determinado tipo de tratamento tem o objetivo de produzir energia para
alimentar um sistema, ou quando um sistema de tratamento é energeticamente
autossustentável, ele é denominado waste-to-energy.
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estabelecimentos de saúde. Entretanto, não apresenta uma redução efetiva do
volume dos RSS.
Disposição final
Quando se esgotam as possibilidades de tratamento, ou seja, quando podem ser
considerados rejeitos, os RSU devem receber um destino final.
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Consiste na disposição definitiva de resíduos no solo ou em locais previamente
preparados para recebê-los. Pela legislação brasileira a disposição deve obedecer a
critérios técnicos de construção e operação, para as quais é exigido licenciamento
ambiental de acordo com a Resolução CONAMA nº 237/97. O projeto deve seguir as
normas da ABNT.
As formas de disposição final dos RSS atualmente utilizadas são: aterro sanitário,
aterro de resíduos perigosos classe I (para resíduos industriais), aterro controlado,
lixão ou vazadouro e valas.
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diariamente. Esta forma não evita os problemas de poluição, pois é carente de
sistemas de drenagem, tratamento de líquidos, gases, impermeabilização etc.
Anote aí:
A Gestão de Resíduos Sólidos demonstra ser uma aliada das organizações para
eliminar os impactos negativos que os resíduos causam principalmente os associados
à destinação final.
Para a empresa:
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Escândalos por casos de poluição ao meio ambiente;
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5. Referências
ANVISA. RDC N. 306, DE 7 DE DEZEMBRO DE 2004 Dispõe sobre o Regulamento
Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Resolução nº 33.
Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços
de saúde. Diário Oficial da União 25.02.2003
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MAZZER, C.; CAVALCANTI, O. A. Introdução à gestão ambiental de resíduos
(2004). Disponível em: http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/77/i04-
aintroducao.pdf
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