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Controle Operacional de ETEs

Aspectos Físico-químicos e Microbiológicos

São Paulo, 28 e 29 de Novembro de 2007.

Bióloga Ana Luiza Fávaro


1
Fatos e Feitos

• A cada ano cerca de 1000 novos compostos são lançados


no mercado.

• A população mundial cresce 6x mais do que a reserva de


água.

• Cada pessoa gera em torno de 1 kg de lixo por dia.

• Faltará peixes em 46 anos.

• A causa da poluição: lixos, esgotos, dejetos químicos


industriais e mineração sem controle.
2
Água

• Planeta Terra:
– Oceanos – 97%
– Água doce – 3%
• 1,7% congelado
• 1,2% água subterrânea
• 0,007% água boa para consumo

3
Água

• Á água é o sangue do planeta, ela é fundamental para a


bioquímica de todos os organismos vivos.

• Os ecossistemas da Terra são sustentados e interligados


pela água.

• Indústrias que contribuem para a poluição da água vêem


aumentando cada vez mais suas práticas de proteção a
esse importante elemento, buscando mecanismos cada
vez mais especializados para o controle ambiental dos
seus processos e também do tratamento de seus
efluentes.

4
ACQUA CONSULTING

• A ACQUA CONSULTING busca estender aos colaboradores e


clientes que o processo produtivo deve estar em equilíbrio
com a responsabilidade ambiental;

• Trabalhamos para que as indústrias fiquem em sintonia


com a legislação ambiental e com o meio ambiente;

• Trabalhos com o conceito de prevenção e nossa filosofia é


conciliar o interesse empresarial com a conscientização
ambiental.

5
ACQUA CONSULTING

• Estudos para avaliar impactos ambientais.

• Soluções apropriadas e direcionadas para


cada realidade empresarial.

• Metodologias atuais e de alta tecnologia.

– Responsável Técnica: Biól. Ana Luiza Fávaro


– Gerente Operacional: Biól. Kátia Regina Chagas
6
Serviços

1. TOXICIDADE DOS
EFLUENTES SETORIAIS

• Por área;

• Por unidade de vazão;

• Por unidade de
produção.

7
Serviços

2. ETE (Estação de
Tratamento de Efluentes)

• Dimensionamento

• Start up

• Consultoria e Assessoria

• Terceirização da Operação.

8
Serviços

3. BIOMONITORAMENTOS

• Gerenciamento de
projetos ambientais

• Bioacumulação (moluscos
bivalves)

• Levantamento de bentos

• Avaliação de Microalgas
9
Serviços

4. IDENTIFICAÇÃO DA CAUSA
DA TOXICIDADE (TIE)

• Análise Química

5. AVALIAÇÃO TRÍADE DA
QUALIDADE DO SEDIMENTO

• Teste de • Levantamento
toxicidade – da
água intersticial
biodiversidade

10
Serviços

6. TREINAMENTOS

• Operação de ETEs e ETAs


– Prático e teórico

• Educação Ambiental
– Para indústria e para a
comunidade

• Certificação ISO 14.000

11
Serviços

7. Licenciamento Ambiental

– Auditoria Ambiental

– EIA/RIMA (Estudo de Impacto


Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental)

– PCA (Plano de Controle Ambiental) ...

12
Metodologia utilizada
no curso

• Aula teórica participativas apoiado pelo emprego


de recursos audiovisuais e estudos de caso

• Estimulamos a participação do aluno, de maneira


a permitir a troca de experiências, bem como a
exteriorização de dúvidas por meio de perguntas
formuladas ao longo da exposição.

13
CRONOGRAMA

14
Primeiro dia

• Conhecer os principais sistemas de tratamento de


efluentes;

• Entender os principais parâmetros físico-químicos


monitorados na ETE e o seu impacto no corpo receptor
caso esteja em elevada concentração;

• Conhecer os parâmetros básicos de controle operacional e


da performance de processo (idade do lodo, DQO, DBO,
SSV, OD, ensaios toxicológicos e outros);

• Estudos de Caso.
15
Segundo dia

• Caracterizar o floco biológico;

• Reconhecer o que é um floco biológico bom e o que é um ruim;

• Diagnosticar a patologia do floco biológico;

• Identificar os principais problemas operacionais devido a distúrbios, tais como


"bulking“;
• Conhecer os principais grupos de protozoários e metazoários: amebóides,
flagelados, ciliados, suctórias, Rotíferos;

• Entender a importância dos microrganismos na performance da ETE em


relação aos parâmetros: sólidos decantáveis, índice volumétrico do lodo,
turbidez, DBO, DQO, sulfeto, etc.;

• Relacionar fatos que ocorrem em ETE com a presença e/ou ausência de


determinadas espécies de protozoários;

• Estudo de caso.
16
Conceitos básicos

• Carga

• Contaminação

• Poluição

• Limites federais e estaduais

• Toxicidade

17
CONAMA RES. 357
de 17/03/2005

• pH entre 5 e 9.

• Temperatura inferior a 40 °C, sendo que a variação da temperatura


do corpo receptor não deverá exceder a 3°C na zona de mistura.

• Materiais sedimentáveis até 1 ml/l, em teste de 1 hora em cone de


Imhoff. Para lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja
praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar
virtualmente ausentes.

• Regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vezes a vazão


média do período de atividades diária do agente poluidor, exceto nos
casos permitidos pela autoridade competente.

18
CONAMA RES. 357
de 17/03/2005

• Óleos e graxas:
– óleos minerais até 20 mg/l
– óleos vegetais e gorduras animais até 50 mg/l

• Ausência de materiais flutuantes.

19
CONAMA RES. 357
de 17/03/2005

PARÂMETROS INORGÂNICOS

Parâmetro Limite Parâmetro Limite

bário total 0,5 mg/l fluoreto total 10,5 mg/l


boro total 5,0 mg/l manganês dissol 1,0 mg/l
arsênio total 0,5 mg/l mercúrio total 0,01 mg/l
cádmio total 0,2 mg/l niquel total 2,0 mg/l
chumbo total 0,5 mg/l nitrogênio total 20,0 mg/l

cianeto total 0,2 mg/l prata total 0,1 mg/l


cobre dissolvido 1,0 mg/l selênio total 0,30 mg/l
cromo total 0,5 mg/l sulfetos 1,0 mg/l
estanho total 4,0 mg/l zinco total 5,0 mg/l
ferro dissolvido 15,0 mg/l
20
CONAMA RES. 357
de 17/03/2005
Valores máximos admissíveis das seguintes substâncias:

PARÂMETROS ORGÂNICOS

Parâmetro Limite
clorofórmio 1,0 mg/l
cicloroeteno 1,0 mg/l
fenóis totais 0,5 mg/l
Tetracloreto de Carbono 1,0 mg/l
tricloroeteno 1,0 mg/l

21
Indústrias e Efluentes

• A tendência atual é de crescente implantação de


sistemas de tratamento. Nos países da CEE e da
América do Norte tem havido uma notável
redução das cargas poluentes emitidas pelas
indústrias.

22
Indústrias e Efluentes –
Evolução do tema

• Até os anos 70 poucas indústrias tratavam seus


efluentes;

• Desde então é crescente o número de indústrias


que tratam adequadamente seus efluentes;

• Em oposição ao conceito de tratamento end of


pipe surgiu o conceito in-plant design. Essa
evolução conceitual ainda não recebeu a devida
acolhida por parte da maioria das empresas.
23
Exigências Ambientais –
Tratamento de Efluentes

O que remover?
Do grosso ao fino

• Sólidos grosseiros em suspensão


• Sólidos em suspensão sedimentáveis ou não
• Óleos e graxas
• Metais pesados
• DBO
• Nitrogênio amoniacal
• Nitrato e nitrito
• Fósforo
• DQO
• Toxicidade

24
Tratamento de efluentes –
Técnicas em uso

Remoção de sólidos grosseiros (SG) e suspensos (SS).


• As técnicas disponíveis:
– Gradeamento (SG);
– Sedimentação (SG e SS);
– Peneiramento (SG e SS);
– Coagulação/Floculação (SS);
– Flotação (SS).

25
Gradeamento

26
Decantação

27
Flotação

28
Tratamento preliminar e
primário

29
Tratamento de efluentes –
Técnicas em uso

Remoção de metais

• Técnicas disponíveis
– Preciptação química
– Adsorção em carvão ativo
– Evaporação
– Processos com membranas

30
Tratamento de efluentes –
Técnicas em uso

Remoção de Matéria Orgânica Biodegradável

Processos biológicos aeróbios


– Lodos Ativados
– Filtros biológicos
– Sistemas rotativos
– Lagoas Aeradas

Processos biológicos anaeróbios


– UASBs
– Filtros anaeróbios
– Lagoas anaeróbias

31
Tratamento Terciário

• Remoção de compostos dissolvidos e não


biodegradáveis

• Processos físico-químicos:
– Oxidação química
– Adsorção
– Troca iônica
– Processos com membranas

32
Membranas

• Membrana é uma barreira seletiva que separa


duas fases e restringe, total ou parcialmente, o
transporte de uma ou várias substâncias entre as
fases.

• Diferença de pressão:
– Microfiltração;
– Ultrafiltração;
– Nanofiltração;
– Osmose Inversa.
33
Evolução dos Processos para
Tratamento de Efluentes

1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010


BACIAS E LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO
COAGULAÇÃO QUÍMICA
TRICKLING FILTERS (Suportes Plásticos)
LAGOAS AERADAS
LODOS ATIVADOS
REATORES BIOL ROTATIVOS
REUSO
LODOS ATIVADOS COM POLUENTES
02 PURO EMERGENTES

TRATAMENTO
ANAERÓBICO

CARVÃO
ATIVADO

MEMBRANAS
OXIDAÇÃO
QUÍMICA

34
Lagoas Aeradas

35
Lodos Ativados

36
Lodos Ativados -
Classificação

• Alta Carga Orgânica (Alta Taxa):


– Il baixa (menor que 5 dias) e F/M (até 5 KgDBO/Kg SSV.d),
qualidade do efluente inferior aos das outras duas e lodo necessita
de estabilização antes de ser desidratado.

• Carga Orgânica Moderada (Convencional):


– IL entre 3 e 15 dias, F/M entre 0,2 e 0,5 KgDBO/Kg SSV.d, taxa de
retorno de lodo de 25 a 50% da vazão do afluente. Lodo tem que
ser estabilizado.

• Baixa Carga Orgânica (Aeração Prolongada):


– IL maior que 20 dias, F/M entre 0,05 e 0,1 KgDBO/Kg SSV.d, taxa
de retorno de lodo de 75 a 150% da vazão média do afluente. Lodo
não precisa de estabilização.

37
Desidratação do lodo

38
Lagoas Aeradas X
Lodo Ativado
LAGOAS AERADAS
Vantagens Desvantagens
Operação Simples Requer área grande
Gera pouco lodo Requer limpeza a cada 10 anos
Elevada eficiência de remoção de DBO, DQO e alto potencial Reversão de odor
para suportar choques de carga Reversão de cor

LODOS ATIVADOS
Requer área pequena Operação complexa
Elevada eficiência de remoção de DBO, DQO e Remoção Gera muito lodo
biológica de N e P Elevado consumo de N e P

Baixa possibilidade de geração de odor Alto consumo de energia com aeração


Suporta pouco choque de carga

Microrganismos mais sensíveis a choque e drenagens tóxicas

Formação de Bulking filamentoso

Alto custo de implementação e operação


Necessidade de aeração sofisticada 39
MBBR

40
AVALIAÇÃO DO RISCO AQUÁTICO
Controle de efluentes - Rio
Grande do Sul
T ip o V a zã o 2 anos 4 anos 6 anos 8 anos 10 anos 12 anos 14 anos

1 E flu e n te d e fo n te s Q m áx < 1 0 0 m ³/d


p o lu id o ra s A guda : F D = 4 para 3 sp Ag u d a : F D = 1 p ara 3

T o xicid ad e crô n ica:


E flu e n te s Q m áx = 1 0 0 0 0 a F D = 1 p ara 2 sp tró fico s
d o m é stico s 3 0 0 0 0 m ³/d
5 0 .0 0 0 e 1 5 0 .0 0 0 G en o to x
h a b ita n te s (Am es)

2 E flu e n te d e fo n te s Q m áx = 1 0 0 a 5 0 0 m ³/d
p o lu id o ra s A guda : F D = 4 para 3 sp Ag u d a : F D = 1 p ara 3 sp

T o xicid ad e crô n ica: F D = 1 p ara 2 sp


E flu e n te s Q m áx = 3 0 0 0 0 a
d o m é stico s 5 0 0 0 0 m ³/d G en o to xicid ad e (Am es)
1 5 0 .0 0 0 e 2 5 0 .0 0 0
h a b ita n te s

3 E flu e n te d e fo n te s Q m áx = 5 0 0 a 1 0 0 0 A guda : Ag u d a : F D = 1 p ara 3 sp


p o lu id o ra s m ³/d F D = 4 para
3 sp T o xicid ad e crô n ica : F D = 1 p ara 2 sp

E flu e n te s Q m áx > 5 0 0 0 0 m ³/d


G en o to xicid ad e (Am es)
d o m é stico s > 2 5 0 .0 0 0 h a b ita n te s

T . ag u d a : F D = 1 3 sp
4 E flu e n te d e fo n te s Q m áx < 1 0 0 0 a 1 0 0 0 0
p o lu id o ra s m ³/d
T o xicid ad e crô n ica : F D = 1 p ara 2 sp

G en o to xicid ad e (Am es)

5 E flu e n te d e fo n te s Q m áx > 1 0 0 0 0 m ³/d T o xicid ad e crô n ica : F D = 1 p ara sp


p o lu id o ra s
G en o to xicid ad e (Am es)

41
Tratamento de efluentes –
Avanços Tecnológicos

Remoção de matéria orgânica e de toxicidade

– Novas membranas, novos módulos e expansão dos


processos de separação por membranas, técnicas
praticamente essenciais para os sistemas de re-uso de
água;

– Difusão dos processos oxidativos (peróxido, ozônio,


UV), em geral combinados com processos biológicos;

– Avanços nas pesquisas, ainda em escala de laboratório,


com enzimas aplicadas como coadjuvantes para
remoção de cor, de compostos fenólicos e de
toxicidade de efluentes industriais.
42
Princípio
Tanque de
Lagoa de
Equalização
Emergência

43
Start up

Adaptação da microfauna
Nutrientes

Lodo Biológico

OD

44
Tratamento Biológico
Secundário

• É um processo biológico - bactérias e protozoários


oxidam a matéria orgânica;

• A eficiência é diretamente dependente destes


organismos;

• Riqueza e a densidade varia em função do ambiente


(parâmetros físico-químicos);

• A natureza da microfauna é característica da


operação da ETE e do nível de qualidade do efluente;
45
Tipo de efluente e
a microbiologia

• Os compostos tóxicos podem reduzir a população de


bactérias da ETE, alterar eficiência de biodegradação de
substâncias e da qualidade final do efluente tratado;

• Outros compostos, como por exemplo, os facilmente


biodegradáveis ou os à base de enxofre, incentivam a
proliferação de bactérias filamentosas causando o
bulking, acarretando problemas na sedimentação do lodo
biológico e gerando um efluente final com alta turbidez e
concentração de sólidos (Jenkins et al., 1993);

46
Tratamento Biológico

• Problemas na performance do Sistema Biológico


podem ser causados por:

– Mudanças nas características do afluente;


– Aumento da carga hidráulica;
– Falha dos equipamentos mecânicos;
– Treinamento insuficiente dos operadores.

47
A importância da
Análise Microbiológica

• Para assegurar e melhorar a estabilidade e a


eficiência dos processos biológicos na ETE, é
necessário se ter um melhor conhecimento da
condições físico-químicas e MICROBIOLÓGICAS do
processo de tratamento secundário, bem como
identificar as principais causas do seu
desequilíbrio.

48
Metodologia

• Parâmetros Físico-químicos • Parâmetros microbiológicos


– pH – Flocos biológicos
– Temperatura
– OD – Bactérias filamentosas
– Nutrientes
– DBO e DQO
– Sólidos – Protozoários e
– IVL Metazoários
– IL
– Cor do lodo – Outros microrganismos
– Turbidez
– Toxicidade
49
PRINCIPAIS PARÂMETROS FÍSICO-
QUÍMICOS A SEREM MONITORADOS
NO EFLUENTE
E
PARÂMETROS DE CONTROLE
OPERACIONAL

50
Temperatura

• Ideal: entre 25 e 35ºC

• Importância : elevada temperatura pode ser letal a alguns


microrganismos, aumenta taxa das reações químicas e
biológicas até certo limite, diminui a solubilidade de
gases como o oxigênio, aumenta a taxa de transferência
de gases o que pode gerar mau cheiro.

• A adaptação dos microrganismos a mudanças súbitas de


temperatura é bem lenta (vários meses).

• Freqüência de Medição: diária


51
Oxigênio Dissolvido (OD)

• Ideal: normalmente entre 1 e 3 mg/L.

• Importância
– O OD é de essencial para os organismos aeróbicos.
Durante a estabilização da matéria orgânica, as
bactérias e protozários fazem uso do oxigênio nos seus
processos respiratórios.
– O OD é vital para os seres aquáticos aeróbicos; a falta
ou o excesso podem causar problemas.

• Freqüência de Medição: diária

52
Requisitos de oxigênio

• No tratamento biológico aeróbico, o oxigênio


deve ser fornecido para satisfazer as seguintes
demandas:

• Oxidação da matéria orgânica carbonácea


– Oxidação do C orgânico para fornecer energia
para a síntese bacteriana
– Respiração endógena das células bacterianas

• Nitrificação
53
ORP (potencial de
oxiredução):

• + 150 mV – condição normal do tanque de aeração

• + 350 mV – ocorre a nitrificação

• + 50 a – 50 mV – faixa em que ocorre a denitrificação;


indicativo de OD = zero

• - 50 mV – inicia-se a redução dos sulfatos

• - 300 mV – inicia-se a fase metanogênica

54
pH

• Ideal: perto da neutralidade (7,0)

• Importância
– Valores afastados da neutralidade podem afetar a vida
aquática (ex.: peixes) e os microrganismos
responsáveis pelo tratamento biológico do efluente;
– pH baixo favorece o aparecimento de fungos.
– pH alto: desnatura as enzimas das bactérias.

• Freqüência de Medição: diária

55
Fungos

ACQUA CONSULTING, 2007

pH baixo

56
Sólidos Suspensos
Totais (SST)

• Importância: em grande quantidade podem


ocasionar turbidez no efluente;

• Freqüência de Medição: diária.

57
Sólidos Suspensos
Voláteis (SSV)

• Conceito: estes sólidos representam a fração


orgânica da biomassa, já que a matéria orgânica
pode ser volatilizada, ou seja, convertida a gás
por oxidação.

• Importância: representa de forma indireta a


quantidade de bactérias presentes no efluente;

• Freqüência de Medição: diária


58
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
5500
6000
6500
7000
1-jul
2-jul
3-jul
4-jul
5-jul
6-jul
7-jul
8-jul
volatilizada
9-jul
10-ju
l
11-ju
l
12-ju
l
13-ju
l
14-ju
l
15-ju
l
16-ju
l
• Fração ativa e não ativa
SSV (m g/l)

17-ju
l
18-ju
l
19-ju
l
20-ju
l
21-ju
l
Exemplo prático

22-ju
l
23-ju
l
24-ju
l
25-ju
l
26-ju
l
Reator 1

27-ju
l
• Fração orgânica da biomassa que pode ser

28-ju
l
29-ju
l
30-ju
l
31-ju
Reator 2

l
59
Sólidos Suspensos
Fixos (SSF)

• Conceito: componentes minerais, não


incineráveis, inertes, dos sólidos em suspensão.

• Importância: é a parte inorgânica dos SST. As


fibras são consideradas SSF.

• Freqüência de Medição: diária

60
Sólidos Sedimentáveis

• Conceito: é a fração dos sólidos orgânicos e


inorgânicos que sedimenta em 1 hora no cone
Imhoff. Indicação aproximada da sedimentação
em um tanque de decantação.

• Importância: Excesso de sólidos sedimentáveis


pode deixar o efluente mais turvo; indícios de
arraste de lodo biológico;

• Freqüência de Medição: diária


61
Cone IMHOFF

62
0
5
10
15
20
25
30
35
7/3/2007

9/3/2007

11/3/2007

13/3/2007

15/3/2007

17/3/2007

19/3/2007

21/3/2007

23/3/2007

25/3/2007

27/3/2007

29/3/2007

31/3/2007
Exemplo Prático

2/4/2007

4/4/2007
Sólidos Sedim entáveis - Saída Decantador Secundário

6/4/2007

8/4/2007

10/4/2007
SS

12/4/2007

14/4/2007
Limite

63
Cor

• Conceito: responsável pela coloração na água.

• Importância: pode ou não apresentar toxicidade;

• Freqüência de Medição: diária

64
Impacto das drenagens na cor
(Kg/tsa)

140,0

120,0
BLACK OUT
100,0
ECC: 100m3/h
80,0

60,0 ECC: 50m3/h


40,0

20,0

0,0
6

5
11

16

21

26

10

15

20

25

10

15

20

25

30
0

1
/1

/1

/1
01

31

30

65
Cor do lodo

• Ideal: Marron

• Séptico: Cinza a preto

• Freqüência de Medição: diariamente

66
Turbidez

• Conceito: grau de interferência à passagem de luz através da


água
• Forma do constituinte responsável: sólidos em suspensão
• Origem natural e antropogênica
• Importância : reduz a penetração de luz, prejudicando a
fotossíntese
• Normalmente associada a problemas na microbiologia
• Ótimo indicador
• Freqüência de Medição: diariamente

67
Turbidez

68
7-

0
10
20
30
40
50
60
70
80
m
8- ar
m
9- ar
10 ma
- r
11 ma
- r
12 ma
- r
13 ma
- r
14 ma
- r
15 ma
- r
16 ma
- r
17 ma
- r
18 ma
- r
19 ma
- r
20 ma
- r
21 ma
- r
22 ma
- r
23 ma
- r
24 ma
- r
25 ma
- r
26 ma
- r
27 ma
- r
28 ma
Turbidez - Saída Opitdaf

- r
29 ma
- r
30 ma
- r
31 ma
-m r
1- ar
a
2- br
ab
Exemplo Prático

3- r
a
4- br
a
5- br
a
6- br
a
Turbidez real

7- br
a
8- br
a
9- br
10 abr
-
11 abr
-
12 abr
-a
13 br
-
14 abr
-a
br
Turbidez esperada

69
Vazão

• Importância: influencia no desenvolvimento do


lodo biológico no tanque de aeração;

• Ideal: manter sempre próximo do valor de


projeto.

70
0
50
100
150
200
250
300
7/3/2007
Vazão

8/3/2007
9/3/2007

10/3/2007
11/3/2007

12/3/2007
13/3/2007
14/3/2007

15/3/2007
16/3/2007
17/3/2007

18/3/2007
19/3/2007

20/3/2007
Vazão (m 3/h)

21/3/2007
22/3/2007

23/3/2007
Exemplo Prático

24/3/2007
25/3/2007

26/3/2007
27/3/2007
Entrada do Reator

28/3/2007

29/3/2007
30/3/2007

31/3/2007
1/4/2007
Limite desejado

2/4/2007
71
Índice Volumétrico
do Lodo (IVL)

• Conceito: é o volume ocupado por 1 g de lodo após


uma decantação de 30 min.

• Importância:
– IVL muito alto indica que o floco biológico não está
bem formado e pode ser arrastado no decantador;
– IVL muito alto indica excesso de bactérias
filamentosas que podem prejudicar a boa
formação do floco biológico e arrastá-lo no
decantador ou flotador.

• Freqüência de Medição: diária


72
IVL

IVL = SD30min *1000


SSTA

SD = sólidos decantáveis em 30 min numa


proveta de 1000 ml
SSTA = sólidos suspensos no tanque de aeração

73
100
140
180
220
260
300
340
380
420
1- fev
2- fev
3- fev
4- fev
5- fev
6- fev
7- fev
8- fev
9- fev
10-fe
v
11-fe
v
12-fe
v
13-fe
v
14-fe
v
15-fe
v
IVL (m l/g)

16-fe
v
17-fe
v
18-fe
v
19-fe
v
Exemplo Prático

20-fe
v
21-fe
v
22-fe
v
23-fe
v
24-fe
v
Reator 1

25-fe
v
26-fe
v
27-fe
v
28-fe
v
Reator 2

74
IVL
teoria x realidade
SEDIMENTABILIDADE IVL (ml/l)

Ótima 0-50

Boa 50-100

Média 100-200

Ruim 200-300

Péssima >300

75
Relação
alimento/microrganismo (A/M)

• Conceito: a quantidade de alimento ou substrato disponível por


unidade de massa dos microrganismos é relacionada com a
eficiência do sistema.

• Importância: algumas bactérias filamentosas se proliferam em


quantidade excessiva em efluentes com baixo A/M e outras com
alto A/M;

• Unidade: kg DBO/ Kg SSV.d

• A/M ideal = 0,3 a 0,8kg DBO/ Kg SSV.d (convencional) e 0,08 a 0,15 kg


DBO/ Kg SSV.d (aeração prolongada).

• Freqüência de Medição: Semanal

76
Cálculo de A/M

• A = Q.S0
M V.Xv

• Q = vazão afluente (m3/d)


• S0 = concentração de DBO5 afluente (mg/L)
• V = volume do reator (m3)
• Xv = concentração de SSV (mg/L)

77
Idade do Lodo (IL)

• Conceito: Tempo médio que uma partícula em suspensão


permanece sob aeração. É definida como a relação entre
a quantidade de SSV no tanque de aeração e a vazão de
SSV descartada por dia.
• Importância:
– IL < 4 dias forma flocos que ainda não são densos
suficientes para uma boa decantação;
– IL > 10 dias causa a proliferação excessiva de
determinadas bactérias filamentosas que prejudicam a
boa formação do floco biológico.
• Unidade: dias.
• Freqüência de Medição: semanal
78
Cálculo da IL

Xv1 . V
θ=
Xv2 . Q

•Xv1 = SSV no tanque de aeração


•Xv2 = SSV no lodo de retorno
•Q = vazão de descarte (m3/dia)
•V = Volume do reator (m3)

79
Descarte de Lodo

• Cálculo da Vazão de Descarte de Lodo em Excesso para


Obtenção de uma determinada I.L:

• Conhecidos:
– V = 4374 m3
– SSTA = 3500 mg/l
– SSRL = 6000 mg/l
– IL = 8 dias (desejada)

• QDLE = V x SSTA/ IL x SSRL = 4374 x 3500/ 8 x 6000 = 318 m3/d

80
Nitrogênio Total (NTK)

• Conceito: o nitrogênio total inclui o nitrogênio


orgânico, amônia, nitrito e nitrato. É um nutriente
indispensável para o desenvolvimento dos
microrganismos no tratamento biológico. O nitrogênio
orgânico e a amônia compreendem o denominado
Nitrogênio Total Kjeldahl (NTK).

• Importância:
– Excesso de nitrogênio pode causar um crescimento
excessivo de algas (eutrofização);
– O nitrogênio na forma de amônia é toxico aos
peixes.
• Freqüência de Medição: semanal

81
Fósforo (P)

• Conceito: Nutriente essencial para o crescimento dos


microrganismos responsáveis pela estabilização da
matéria orgânica;

• Importância:
– Excesso de fósforo pode causar um crescimento
excessivo de algas;
– É necessário manter um balanço C: N: P no esgoto
para o desenvolvimento dos microrganismos.
– Desequilíbrio de nutrientes pode ocasionar o
desenvolvimento de algumas filamentosas e zoogléia.
• Freqüência de Medição: semanal.
82
Zoogléia

RELAÇÃO C:N:P

100:5:1 (Lodo Ativado Convencional) 100:3,5:0,7


200:5:1 (Aeração Prolongada)

83
Tétrades

84
Rosetas

85
Nutrientes

• Para corrigir a deficiência de nutrientes é


necessário:

– Calcular a quantidade de nutrientes disponível


no sistema;
– Estabelecer qual nutriente está deficiente;
– Determinar quanto do nutriente deficiente
deve ser adicionado para balancear o sistema.

86
Matéria Orgânica

• Método direto de medição : COT

• Métodos indiretos de medição: DBO (matéria


carbonácea biodegradável) e DQO (biodegradável
e não biodegradável)

• Relação DQO/DBO (alta - maior que 3) – dá uma


boa indicação da força orgânica do efluente

87
DBO

• Indica a quantidade de material orgânico biodegradável no efluente,


através da medição da quantidade de oxigênio necessária para oxidar
a matéria orgânica dissolvida numa amostra pela ação de
microrganismos. O método baseia-se na medição do nível de oxigênio
dissolvido antes e após um período de incubação (5 dias) a uma
temperatura de 20ºC.

• A DBO é expressa por mg de O2 por litro, ou simplesmente mg/L.

• O impacto é moderado dependendo da capacidade do corpo receptor


e pelo tratamento secundário.

• Freqüência de Medição: semanal.

88
DQO

• Indica a quantidade de oxigênio consumido durante a oxidação


química do material orgânico no efluente. Quantifica a quantidade
de um oxidante químico (permanganato de potássio ou dicromato de
potássio) consumido por uma amostra de efluente, sendo expressa
por mg/L.

• Oxida tanto a fração biodegradável quanto a fração inerte do


efluente. DQO>DBO. Superestima a quantidade de oxigênio a ser
consumido no tratamento biológico.

• Certos compostos inorgânicos podem ser oxidados e interferir nos


testes.

• Medida rápida.

• Freqüência de Medição: diariamente


89
Eficiência de Remoção
de DBO e DQO
• Conceito: é o percentual de remoção de DBO. Ex. A DBO de
entrada foi 400 mg/L e a DBO de saída foi 100 mg/L, a
eficiência de remoção do sistema foi de 75%.

• Importância:
– O cálculo deve ser realizado usando os valores de DBO da
entrada do tanque de aeração e da saída do decantador
secundário;
– avaliar se o tratamento biológico esta sendo eficiente na
remoção de matéria orgânica;

• Unidade:%

90
Eficiência de Remoção
de DBO e DQO

Ef (%) = (DBO afluente – DBO efluente) *100


DBO afluente

91
7/
3/

60
65
70
75
80
85
90
95
100
20
07
9/
3/
20
07
11
/3
/2
00
7
13
/3
/2
00
7
15
/3
/2
00
7
17
/3
/2
00
7
19
/3
/2
00
7
21
/3
/2
00
7
23
/3
/2
00
7
Eficiência de rem oção de DBO

25
/3
/2
Exemplo Prático

00
7
27
/3
/2
00
7
29
/3
/2
00
7
31
/3
/2
00
7
2/
4/
20
07
92
Micropoluentes Orgânicos e
Inorgânicos:

• Origem natural e antropogênica: METAIS PESADOS, FENOL,


HIDROCARBONETOS, DETERGENTES, METANOL, etc.

• Forma do constituinte responsável: sólidos em suspensão e


dissolvidos

• Importância : grande parte destes compostos são tóxicos

• Freqüência de Medição: mensal.

93
Resultados típicos de lodo
ativado

AFLUENTE EFLUENTE

DBO5 100 – 300 mg/L 5 – 20 mg/L

SST 100 – 300 mg/L 5 – 30 mg/L

AMÔNIA 10 – 30 mg/L < 2,0 mg/L

pH 6,5 – 8,5 ≃ 7,0

94
Teste de toxicidade

– Microcrustáceos;
– Microalgas;
– Microtox;

95
Toxicidade

96
Toxicidade

• Compostos potencialmente tóxicos:

– Metais
– Orgânicos
– Inorgânicos (não metais)

97
0
20
40
60
80
100
29-se
t

5-ou
t

11-o
ut

17-o
ut

23-o
ut

29-o
ut
TOXICIDADE MICROTOX EC50

4-no
v

10-n
ov

16-n
ov

22-n
ov
Exemplo Prático

28-n
ov
Entrada da Estação

4-de
z

10-d
ez

16-d
ez
Saída Estação

22-d
ez
98
Perguntas:

• Uma ETE pode operar com um OD de 1 mg/L?

• O que fazer quando o IVL está elevado?

• Como controlar a dosagem de nutrientes?

• Uma eficiência de 90% de remocão de DBO é boa?

99
Problemas Operacionais da
ETE

100
EFEITO CAUSA MEDIDA CORRETIVA

1. Baixa Sedimentabilidade do ¾ Dosagem insuficiente de ¾ Rever cálculos de dosagem de


lodo no TA nutrientes NeP
¾ Alta carga hidráulica ¾ Diminuir vazão do afluente ao
TA
¾ Bulking filamentoso ¾ Identificar espécie de
filamento

2. Flotação de lodo biológico no ¾ Índice de óleos e graxas ¾ Remover óleos e graxas antes
decantador secundário muito elevado do TA
¾ Bulking filamentoso ¾ Identificar espécie de
filamento
¾ Excesso de OD no TA ¾ Diminuir OD no TA
¾ Desnitrificação ¾ Aumentar descarte de lodo

3. Lodo biológico no TA com cor ¾ Condição anaeróbica ¾ Aumentar aeração


escura e mau cheiro ¾ Descartar lodo

4. Não há formação de lodo ¾ Falta de nutrientes ¾ Aumentar dosagem de


biológico nutrientes
¾ Substâncias tóxicas no ¾ Aumentar vazão de
despejo bruto recirculação
¾ Determinar e remover
substâncias tóxicas antes do
¾ IL alta TA
¾ Diminuir IL – aumentar o
¾ Baixa carga orgânica afluente descarte
¾ Aumentar carga

101
5. Efluente final com cor escura e ¾ IL alta ¾ Diminuir IL – aumentar o
alto teor de sólidos em ¾ Toxicidade descarte
suspensão ¾ Determinar e remover
¾ Carga hidráulica alta substâncias tóxicas antes do
TA
¾ Diminuir vazão afluente ao TA

6. Lodo de retorno com mau ¾ Elevado tempo de retenção ¾ Aumentar vazão de


cheiro no decantador secundário recirculação
¾ Baixo OD no TA ¾ Aumentar descarte de lodo
¾ Aumentar aeração

7. Sólidos sedimentáveis no ¾ Carga hidráulica alta no TA ¾ Diminuir vazão afluente ao TA


efluente final 1,0 ml/l ¾ Bulking filamentoso ¾ Identificar a espécie de
¾ Toxicidade filamento
¾ Determinar e remover
substâncias tóxicas

8. Consumo elevado de OD no TA ¾ Atividade biológica intensa ¾ Aumentar aeração


¾ Presença de substâncias ¾ Identificar e eliminar as
redutoras no despejo substâncias

9. Alto teor de OD no TA ¾ Baixa atividade biológica ¾ Identificar e eliminar


¾ Elevada vazão de ar presença de substâncias
inibidoras
¾ Diminuir a aeração
102
Espuma

SURFACTANTES;
START UP;
TOXICIDADE.

103
Espuma

PRESENÇA DA
FILAMENTOSA Nocardia sp.

104
Deficiência de
Nutrientes

• Detecção:
– Analisar afluente e determinar relação DBO:N:P
– Lodo ativado convencional: 100:5:1
– Aeração prolongada: 200:5:1

• Causas:
– Presença de despejos industriais pobres em N/P

• Controle:
– Adicionar N ou P em formas imediatamente disponíveis

105
Lodo Séptico

• Detecção:
– odor
– análise de sulfetos e ácidos orgânicos voláteis
• Causas:
– baixa vazão de recirculação
– problemas com raspadores mecânicos
– presença de despejos industriais altamente concentrados
• Controle:
– reduzir o tempo de detenção do lodo no decantador
– Aumentar a eficiência de remoção dos despejos industriais
altamente concentrados

106
Carboidratos rapidamente
biodegradáveis

• Causas:
– Presença de compostos de fácil
biodegradabilidade vindos dos despejos
industriais, como amido, por exemplo.

• Controle:
– Introduzir pré-tratamento biológico a montante
dos lodos ativados, caso o problema seja
permanente

107
Elevada concentração
de Amônia

•Inibição do crescimento das bactérias nitrificantes:


– Baixas concentrações de OD no reator
– Baixas temperaturas no reator
– Baixos valores de pH no reator
– Presença de substâncias tóxicas inibidoras

•Detecção:
– Medição da concentração de NTK e da vazão afluentes

•Controle:
– Reduzir a vazão de descarte de lodo excedente para aumentar a IL e a
biomassa
– Aumentar a vazão de recirculação de lodo durante períodos de pico para
aumentar a concentração de sólidos
– Introduzir ou utilizar tanques de equalização
108
PRATICANDO ....

109
Exercícios – Operação ETE

1. Têm-se os dados abaixo.

Volume do Tanque de Aeração: 627 m3


SSVTA= 1.300 mg/L
SSV des = 3.000 mg/L
Vazão des = 70 m3/h
Vazão afluente = 72 m3/h
DBO afluente = 150 mg/L

Calcule:

1. Relação F/M
2. IL
Exercícios – Operação ETE

2. Têm-se os dados abaixo.

Volume do Tanque de Aeração: 78.208 m3


SSVTA= 1.300 mg/L
SSV des = 3.000 mg/L
Vazão des = 386 m3/h
Vazão afluente = 4 m3/seg
DBO afluente = 320 mg/L

Calcule:

1. Relação F/M
2. IL
Exercícios – Operação ETE

3. Têm-se os dados abaixo.

Volume do Tanque de Aeração: 535 m3


SSVTA= 2.500 mg/L
SSV des = 4.000 mg/L
Vazão afluente = 1.500 m3/d
DBO afluente = 300 mg/L
IL desejada = 7 dias

Calcule:

1. Relação F/M
2. Vazão de descarte
Exercícios – Operação ETE

4. Se o sistema do exemplo anterior fosse um tratamento do tipo


aeração prolongada com IL igual a 21 dias e F/M igual a 0,007 Kg
DBO/Kg SSV.d. Calcule:

1. Volume do Tanque de Aeração


2. Vazão de descarte
Controle microbiológico
da ETE

110
Objetivos

• Conhecer e identificar os principais grupos de


microrganismos

• Importância dos microrganismos na ETE

• Caracterização do floco biológico

• Patologia do floco biológico

• Relacionar fatos que ocorrem na ETE com a presença


e/ou ausência de determinadas espécies
111
Importância da Análise
Microbiológica

Observações feitas pelos operadores:

• Baixa eficiência da ETE


• Decantabilidade precária do lodo
• Espuma
• Fuga de DBO associada aos sólidos em
suspensão ou devido à degradabilidade lenta de
alguns efluentes industriais

112
O Princípio

ANÁLISE MICROBIOLÓGICA

CLASSIFICAÇÃO

PESQUISA DAS CAUSAS

AÇÕES CORRETIVAS

113
Local de Coleta

Saída do Reator

Entrada, Meio e
Saída da Lagoa

114
Amostragem

• Quantidade (100 ml em
frasco de 200 ml)

• Freqüência – semanal

• Cuidados na amostragem
(EPIs – luvas, vacina,
protetor facial, botas),
não fumar

115
Metodologia

• Análise Qualitativa

– Presença de microrganismos (bactérias., protozoários


e metazoários) no reator biológico;
– Vivos ou mortos;
– Comportamento habitual ou não;
– Grau de diversidade;
– Predomínio;
– Se ocorreu alguma mudança (drástica ou não) na
população de microrganismos;

116
Metodologia – Análise
Microbiológica

Metodologia estabelecida por


Jenkins, Richard e Daigger (2003).

117
Metodologia

• Análise Quantitativa

– Forma do flocos;
– Resistência dos flocos;
– Dimensão dos flocos;
– Estrutura dos flocos;
– Quantidade de protozoários e metazoários.

118
O microscópio

Oculares

Objetivas – 10x e 40x

Charriot

119
ETE

• O que são os microrganismos?

• Microrganismos que aparecem com maior freqüência em ETEs

• Unicelulares
– Procariotas: Bactérias
– Eucariotas: Protozoários

• Pluricelulares
– Rotíferos
– Tartígrados
– Nematóides
– Crustáceos

120
Bactérias

Neotex, 1997

• São organismos unicelulares

• Compreendem a forma mais


simples de estrutura celular

• Cada célula é um organismo independente, capaz de


levar a efeito todas as funções vitais

121
Bactérias

• Não filamentosas: Pseudomonas, Achromobacter,


Flavobacterium, Alcaligenes, Arthrobacter,
Citormonas e Zooglea (Bulking viscoso).

• Bactérias Filamentosas – estão presentes no


interior dos flocos formando macroestruturas.
Sua presença contribui para uma boa eficiência
do processo, mas em excesso prejudicam a
formação do floco. Ex: Thiothrix sp., Nostocoida
limicola, Sphaerotilus natans, Beggiatoa sp., etc.

122
Bactérias

• Quanto a oxidação: podem ser autotróficas (oxidam compostos


inorgânicos e utilizam gás carbônico e luz solar) ou
heterotróficas (oxidam a matéria orgânica, obtendo o carbono
para ser usado como energia)

• Quanto ao consumo de oxigênio: aeróbicas, anaeróbicas,


facultativas

• Mecanismo de defesa – esporos

• Quanto a tolerância a temperatura:


– Mesofílicas: 20-40ºC
– Psicofílicas: aproximadamente 10ºC
– Termofílicas: 50-60ºC
123
Fases do crescimento
bacteriano

• Fase de Aclimatação (lag): não ocorre crescimento do número


de microrganismos. As células começam a se adaptar as
condições físico-químicas e nutrientes disponíveis.

• Fase Exponencial (log): os microrganismos crescem com


velocidade específica máxima.

• Fase Estacionária: a velocidade aparente do crescimento dos


microrganismos volta a ser nula, devido ao esgotamento do
substrato. Há equilíbrio entre as velocidades do crescimento e
morte celular.

• Fase de Declínio: ocorre redução no número de


microrganismos, causada pela morte e lise celular.
124
Fases do crescimento
bacteriano
Log do número de bactérias

4
2

125
Bactérias

• Microrganismo mais importante em engenharia sanitária

• Representam 95% da massa ativa em um sistema biológico

• Em condições controladas (pH, OD, temperatura)


degradam a matéria orgânica solúvel contida nos
efluentes

• Requerem compostos orgânicos para a formação: C, N, P


(mistura de efluentes). Monitorar o efluente final para N
e P solúvel

126
O floco biológico

• Componentes biológicos: bactérias heterotróficas,


protozoários e outros microrganismos

• Componentes não-biológicos: partículas orgânicas e


inorgânicas, provenientes do despejo industrial, e
polímeros extracelulares

• Níveis estruturais: microestruturas (bactérias e polímeros


extracelulares) e macroestruturas (filamentos)

127
Formação do
floco biológico

Bactéria
Bactéria Formadora Filamentosa
de Floco
++

++

++
++

Polisacarídeo

Proteína
++ Metal Divalente
128
O Floco Biológico

• A base do processo das ETEs consiste na


evolução de bactérias formadoras de flocos, que
decantarão nas últimas lagoas (L. aerada) ou no
decantador (L. ativado) produzindo um efluente
final límpido.

129
Evolução dos Flocos

Flocos dispersos > 150 μm 150 - 500 μm > 500 μm

• Nutrientes balanceados,
• Temperatura, OD e pH nos valores adequados,
• Vazão adequada,
• Sem choque de carga orgânica e de toxicidade.

130
Teste de bioatividade
das bactérias

Consumo de O2 pelas bactérias antes,


durante e depois de um stress

10,0 18/jan
19/jan
8,0
22/jan
6,0 25/jan
[O2]

26/jan
4,0 29/jan
2,0 31/jan
2/fev
0,0 7/fev
0 50 100 150 200 250
tempo em minutos

131
Flocos Biológicos

ACQUA CONSULTING, 2007

132
Flocos

• O que observar?
– Tamanho
– Compactabilidade
– Forma
– Patologia

133
Tamanho

• pequenos - < 150 μm


• Médios – 150 e 500 μm
• Grandes - > 500 μm

Pequeno Médio Grande


134
Tamanho

ACQUA CONSULTING, 2007

Pequenos

ACQUA CONSULTING, 2007

Grande

135
Compactabilidade e
Firmeza

ACQUA CONSULTING, 2007

Compactos
ACQUA CONSULTING, 2007

Difusos

136
Forma

ACQUA CONSULTING, 2007 ACQUA CONSULTING, 2007

Redondo Irregular
137
Floco Ideal

ACQUA CONSULTING, 2007

40 a 150 ml/g

Jenkins et al, 1993


138
Pin Floc (disperso)

ACQUA CONSULTING, 2007

70 ml/g

Jenkins et al, 1993


139
Bulking Filamentoso
ACQUA CONSULTING, 2007

IVL > 150 ml/g

Jenkins et al, 1993


140
Bulking filamentoso

Amostra Fresca

Coloração Gram
141
Bulking filamentoso –
Ponte

142
Bulking filamentoso –
Ponte

143
Bulking filamentoso –
Open Floc

144
Bulking filamentoso –
Open Floc

145
Cianobactérias

146
Densidade de
Filamentos

Filamentos presentes Filamentos presentes, mas não 1 a 5 filamentos por floco


ocasionalmente em todos os flocos

5 a 20 filamentos por floco Mais de 20 filamentos por floco Observa-se mais


filamentos do que floco

Fonte: Jenkins et al. (2003)


147
Filamentosas

Causas:
• Balanço de nutrientes;
• Baixa concentração de
OD;
• Presença de óleo;
• Substratos particulados,
como amido;
• Baixa relação A/M;
• Compostos ricos em
enxofre;
• IL alta, etc...

Fonte: Jenkins et al. (2003)


148
Estabilidade do floco

• Floco fraco: de baixa estabilidade mecânica é


cisalhado pela turbulência dos aeradores,
gerando dispersão e decantabilidade precária;
desagregam-se mediante uma pressão mínima.

• Floco firme: boa decantabilidade; suportam


ligeira pressão exercida na lamínula

149
Estabilidade do floco

• Adição de polímero: ACQUA CONSULTING, 2007

ACQUA CONSULTING, 2007

150
Uso de Produtos
Químicos

• Polieletrólitos (polímeros):
– Pó ou emulsão
– Tipos: catiônico, aniônico e não iônico
– Função: dar mais peso aos flocos
– Aplicação: na saída do tanque de aeração e entrada do
decantador secundário.

• Coagulantes:
– Aglutina partículas
– Tipos mais usados: sais de Ferro e Alumínio
– Não acabam com o bulking, mas ajudam na
sedimentação dos flocos.
151
Lodo de boa
qualidade

• Apresenta um floco coeso, firme e de


contornos arredondados

• A densidade de filamentos (melhor situação:


densidade d da escala de Jenkins, para uma
decantação em velocidade moderada, que
proporcione uma limpeza do sobrenadante)

152
Patologia do floco

• Lodo sub-oxidado (jovem) apresenta uma evolução


dispersa, é expansivo (elevada energia) e, por isso,
não decanta. Idade do lodo baixa.

• Lodo super-oxidado decanta rapidamente. Tão veloz


que não proporciona o tempo necessário à absorção
e adsorção de pequenos flocos, que permanecem
dispersos, em suspensão, gerando um efluente final
túrbido, de má qualidade (pin-point) - síndrome da
segunda-feira / muita agitação mecânica dos
aeradores/ idade do lodo alta

153
Patologia do floco

• Material extracelular em quantidade excessiva


dificulta a decantação do lodo (situação tóxica,
excesso de açúcar, falta de nutrientes)

154
Patologia do floco

• Teste do Nanquim

155
Patologia do floco

• Espuma:

– Geralmente associados a três espécies de bactérias


filamentosas hidrofóbicas que se aderem as bolhas de
ar, flotando e formando a espuma. São elas: Nocardia
sp., Microtrix parvicella e Tipo 1863.

– As bolhas em geral são grandes e ocorrem no tanque


de aeração, enquanto que a denitrificação ocorre no
decantador e as bolhas são pequenas.

156
Fibras e óleo

ACQUA CONSULTING, 2007 ACQUA CONSULTING, 2007


ACQUA CONSULTING, 2007

157
Células Livres

ACQUA CONSULTING, 2007


• Flocos quebrados;

• Falta de protozoários;

• Presença de compostos
tóxicos;

• Vazão elevada;

158
Espiroqueta

ACQUA CONSULTING, 2007

Baixo teor de OD

159
Partículas
Inorgânicas

ACQUA CONSULTING, 2007

160
Principais problemas de
separação dos sólidos
Nome do Problema Significado Causas Efeito
Alta concentração
Microrganismos não
de substratos
formam flocos e ficam
rapidamente Efluente túrbido,
dispersos, formando
Crescimento disperso biodegradáveis ou ausência de zona de
somente pequenos
síntese bloqueada decantação
aglomerados ou células
por alguma
sozinhas
substância tóxica

Redução da taxa de
decantação e
Em função da
Microrganismos compactação, não
reação de algumas
Bulking viscoso (não presentes em grande ocorre a separação
bactérias à falta ou
filamentoso) quantidade de muco dos sólidos,
ao excesso de
extracelular transbordamento do
nutrientes
lodo no decantador
secundário

161
Principais problemas de
separação dos sólidos
Nome do Problema Significado Causas Efeito

Floco pequeno,
compacto, fraco,
Baixo índice de
esférico e que Muita turbulência
Floco pinpoint volume do lodo (SVI)
sedimenta lentamente, dos aeradores
e efluente turvo
problemas na formação
da macroestrutura

Proliferação de Alto SVI (um


organismos que supernatante muito
estendem filamentos a nítido), baixas
partir dos flocos para a concentrações de
Bulking filamentoso solução adjacente e Várias causas sólidos no retorno do
interfere na compac- lodo,
tação, decantação e transbordamento de
concentração do lodo lodo no decantador
ativado secundário

162
Principais problemas de
separação dos sólidos

Nome do Problema Significado Causas Efeito


Grande quantidade
de espuma se acu-
Pela presença de mula na superfície da
surfactantes não unidade de
Formação de espuma
biodegradáveis ou tratamento podendo
de certas bactérias apodrecer e, os
sólidos podem
transbordar

163
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
28/3/2007

29/3/2007 - manhã

29/3/2007 - tarde

30/3/2007 - manhã

30/3/2007 - tarde

31/3/2007 - manhã

1/4/2007 - manhã

2/4/2007 - manhã

2/4/2007 - tarde

3/4/2007 - manhã

4/4/2007 - manhã

4/4/2007 - tarde

5/4/2007 - manhã
Tam anho dos Flocos - Reator Biológico

10/4/2007 - manhã

10/4/2007 - tarde

11/4/2007 - manhã

11/4/2007 - tarde
Pequenos

12/4/2007 - manhã
Interpretação dos Dados

12/4/2007 - tarde
Médios

13/3/2007

14/4/2007
Grandes

164
Estudo de caso 1

ACQUA CONSULTING, 2007

165
Estudo de caso 2

ACQUA CONSULTING, 2007

166
Estudo de caso 3

ACQUA CONSULTING, 2007

167
Estudo de caso 4

ACQUA CONSULTING, 2007

168
Estudo de caso 5

ACQUA CONSULTING, 2007

169
PRATICANDO ...

170
BACTÉRIAS NITRIFICANTES

171
Reação Química

↑ N2

DENITRIFICAÇÃO
NH3 NO2 NO3
Nitrossomonas sp. Nitrobacter sp.

NITRIFICAÇÃO

172
Bactérias Nitrificantes

• São bactérias autótrofas que usam CO2 como


fonte de C e compostos inorgânicos oxidados
como fonte de energia;

• Amônia presente no efluente pode afetar o corpo


receptor e a vida aquática;

• Algumas ETEs de lodo ativado são designadas para


remover amônia.

173
Bactérias Nitrificantes

Amostra fresca:

174
Bactérias Nitrificantes

Amostra Corada:

175
Ambiente ideal para o
desenvolvimento

• Temperatura:
35 graus C para Nitrossomonas sp.
35 a 42 graus C para Nitrobacter sp.

176
Ambiente ideal para o
desenvolvimento

• pH – 7.0 a 8.5:
• Abaixo de 7.0, o ácido nitroso inibe Nitrobacter sp.
• Acima de 8.5, amônia livre (acima 10mg/L) inibe
Nitrossomonas sp.

177
Ambiente ideal para o
desenvolvimento

• Oxigênio Dissolvido:

• Nitrossomonas sp. – acima de 1,0 mg/L

• Nitrobacter sp. – acima de 2,0 mg/L

178
Ambiente ideal para o
desenvolvimento

• Idade do Lodo – acima de 25 dias

179
Ambiente ideal para o
desenvolvimento

• OD e Temperatura:

– Altas temperaturas são prejudiciais à microbiologia, pois o


Oxigênio fica menos solúvel em água, ficando menos
disponível às bactérias nitrificantes.

• OD e Idade do Lodo:

– O tempo de retenção do Lodo influencia a nitrificação em


diferentes concentrações de Oxigênio. Em plantas com
baixa IL, o OD deve ser mantido entre 1.0 e 2.0 mg/L, ao
passo que em plantas com alto IL, o OD deve pode ser
mantido entre 0.5 e 1.0 mg/L.

180
0
0,3
0,6
0,9
1,2
0,6
0,7
0,8
0,9
1
1,1
1,2
1-fev 1-fev
2-fev 2-fev
3-fev 3-fev
4-fev 4-fev
5-fev 5-fev
6-fev 6-fev
7-fev 7-fev
8-fev 8-fev
9-fev 9-fev
10-fev 10-fev
11-fev 11-fev
12-fev 12-fev
13-fev 13-fev
14-fev 14-fev
O2

NO2
15-fev 15-fev
16-fev 16-fev
17-fev 17-fev
18-fev 18-fev
19-fev 19-fev
20-fev 20-fev
21-fev 21-fev
22-fev 22-fev
23-fev 23-fev
24-fev 24-fev
25-fev 25-fev
26-fev 26-fev
27-fev 27-fev
28-fev 28-fev
0
10
20
30
40
50

0
20
40
60
80
100

1-de 30- d
z ez
31- d
2-de
z
ez
Nitrificação

1- jan
3-de
z 2- jan
4-de
z 3- jan
5-de
z 4- jan
6-de 5- jan
z
6- jan
7-de
z
7- jan
8-de
z 8- jan
9-de
z 9- jan
10-d 10- ja
ez n
11- ja
11-d
ez n
12- ja
12-d n
ez 13- ja
13-d n
ez 14- ja
n
14-d 15- ja
ez n
NO3
AMÔNIAl)

15-d 16- ja
ez n
17- ja
16-d
ez n
18- ja
17-d n
ez 19- ja
n
18-d
ez 20- ja
Importância do OD na

n
19-d 21- ja
ez n
22- ja
20-d
ez n
23- ja
21-d n
ez 24- ja
22-d n
ez 25- ja
n
23-d 26- ja
ez n
24-d 27- ja
ez n
28- ja
25-d
ez n
29- ja
26-d n
ez 30- ja
n
27-d
ez 31- ja
n
181
Inibidores da Nitrificação

• Compostos inorgânicos:

• cianetos, percloratos, tiocianatos, azida de


sódio, arsênico trivalente, fluoretos, Co, Zn,
Hg, Cr, Ni, Ag, Cb, Cd, Pb.

182
Inibidores da Nitrificação

• Compostos orgânicos:
Composto Concentração que gera 50% de inibição, mg/L
Acetona 2.000
Dissulfeto de Carbono 38

Clorofórmio 18
Etanol 2.400
Fenol 5,6
Etileno diamina 17
Hexametileno diamina 85
Anilina <1
Monoetalnolamina < 200
183
Protozoários e
Metazoários

ACQUA CONSULTING, 2007

184
Protozoários

• São organismos eucariontes

• Constituídos por uma única célula

• Existem cerca de 230 espécies

• Tamanho varia de 10 a 100 μm

• Reproduzem-se assexuadamente por fissão binária

• Todos tem motilidade

185
Protozoários

• Capacidade de se alimentar de partículas sólidas,


entretanto podem absorver matéria orgânica
solúvel quando a concentração no meio é
elevada.

• A maioria tem capacidade de metabolizar


alimentos sólidos e, assim, o sistema digestivo é
mais complexo que o das bactérias.

186
Protozoários

• Tão importantes quanto as bactérias, os


protozoários são predadores que “limpam” o
efluente final, removendo o excesso de bactérias
que se encontra em suspensão (5% da biomassa).

187
Protozoários X
Escherichia coli

• Removem bactérias patogênicas

50
Ausente

Presente 95

0 20 40 60 80 100

188
Fatores que afetam a
população de protozoários:

• OD – exigem uma concentração entre 1,0 a 2 mg/L;


podem sobreviver na ausência de OD por poucas
horas (dentro do decantador, por exemplo)

• Temperatura – entre 25 até 35°C

• pH – entre 6 e 8

• Luz- é a principal fonte de energia para os


protozoários fotossintéticos

189
Fatores que afetam a
população de protozoários:

• Toxicidade – efluentes com altas cargas


tóxica inibem o desenvolvimento dos
protozoários e podem até ser letais aos
mesmos.

• Nutrientes – Nitrogênio: máx. 4 ppm e mín


0,2 ppm; Fósforo: máx. 2 ppm e mín. 0,1
ppm no efluente final tratado.

190
Protozoários

• Competição – muitos protozoários competem entre eles


por alimentos e também com algumas bactérias.

• Predação – efluentes possuem protozoários ciliados


predadores. Ex.: carnívoros.

• Fontes externas atmosféricas e cistos.

• Condições de operação da ETE.

191
Protozoários

• São também capazes de flocular o material


particulado em suspensão e bactérias, ajudando
na clarificação do efluente e formação do lodo.

• O contínuo pastoreio de bactérias pelos


protozoários não somente remove o excesso de
bactérias velhas, mas também estimula o
crescimento de bactérias mais saudáveis,
produzindo um floco mais ativo.

192
Protozoários e
Metazoários

• O que observar ?
– Densidade
– Riqueza

193
Ameba

ACQUA CONSULTING, 2007 • Locomoção: pseudópodes;

• Indica:
– Baixo teor de OD
– Toxicidade
– Elevado teor de carga
orgânica

194
Tecameba

ACQUA CONSULTING, 2007

• Locomoção: pseudópodes;

• Indica:
– Planta estável

195
Flagelados

• Locomoção: flagelos

Quaglia et al., 1996


• Indica:
– Efluente com baixo
OD;
– Toxicidade;
– Elevada carga
orgânica. Gray, 1990

196
Ciliados livre-
natantes

ACQUA CONSULTING, 2007

• Locomoção: cílios
• Indicam:
– Pequenos: baixo OD,
toxicidade, alta carga
orgânica;
– Grandes: planta com
boa eficiência.

197
Ciliados Fixos

ACQUA CONSULTING, 2007

• Locomoção: Fixos ao
pedúnculo no floco;

• Indica:
– Planta com boa
eficiência;
– Bom teor de OD.

198
Ciliados Fixos

• Um único pedúnculo

• Colonial

199
Protozoários Fixos

ACQUA CONSULTING, 2007

ACQUA CONSULTING, 2007

200
Toxicidade

ACQUA CONSULTING, 2007

201
Ciliados Andarilhos

• Locomoção: cilios,
andam em cima do
floco

• Indica:
– Boa operação da
planta

202
Ciliados Andarilhos

ACQUA CONSULTING, 2007

203
Ciliados Andarilhos

ACQUA CONSULTING, 2007

204
Porcentagem de protozoários
por grupo
1/

0
20
40
60
80
100
120
5/
07
3/
5/
07
5/
5/
07
Flagelados
7/
5/
07
9/
5/
0
Ciliados "andarilhos"

11 7
/5
/0
13 7
/5
/0
15 7
/5
/0
17 7
/5
/0
19 7
/5
/0
21 7
/5
/0

Data
23 7
/5
Protozoários

/0
Sucessão dos

25 7
/5
/0
27 7
/5
/0
29 7
/5
/0
31 7
/5
/0
7
2/
6/
Ciliados livres natantes

07
4/
6/
07
Ciliados Fixos (pedunculados)

6/
6/
07
205
Ciliados Carnívoros

• Surgem quando o meio se


encontra estabilizado,
indicando que a eficiência
está boa
ACQUA CONSULTING, 2007

• Alimenta-se basicamente
de protozoários

• O “pescoço” flexível é
uma característica
facilmente identificável.
Permite que ele busque
sua presa nos interstícios
dos flocos
206
Suctórios

• Locomoção: fixos
ACQUA CONSULTING, 2007

• Indica:
– Planta muito
estável;
– Com elevado teor
de OD

• Sensível a mudanças.

207
Suctórios

ACQUA CONSULTING, 2007

208
Metazoário –
Rotífero
• Locomoção: espinho caudais
ACQUA CONSULTING, 2007

• Tamanho entre 100 μm e 2 mm

• Reprodução sexuada e
assexuada (machos são
menores)

• Espinhos caudais para fixar ao


floco e proteger contra
predadores

• Indica:
– OD alto;
– IL alta;
– Planta estável;
209
Rotíferos

• Parece exercer vários papéis importantes, por exemplo


eles quebram os flocos em partículas menores que
servem de base para a formação de novos flocos
contribuindo diretamente; liberam pellets fecais de
material não digerido composto por flocos contendo
muco que servem de base para novos flocos;

• São organismos que se alimentam principalmente de


bactérias fixas nos flocos ou livres

• São aspiradores, produzem fortes correntes ciliares e


limpam o efluente abaixando a turbidez

210
Rotíferos

• Algumas espécies podem assumir formas


irreconhecíveis quando expostos a toxicidade ou
falta de água, iniciando a formação de cisto e
levado pelo vento para regiões mais favoráveis

• O número de rotíferos por amostra indica


tendência a equilíbrio do tratamento e baixa
turbidez ou super-oxidação (aeração prolongada)
indicando lodo velho

211
Metazoário –Nematóide

ACQUA CONSULTING, 2007

• São vermes alongados,


circulares, com
extremidades
pontiagudas e sem
segmentação

• Indica:
– IL alta

212
Nematóide

• Reprodução sexuada

• Se alimentam de bactérias dispersas ou na periferia do floco;


tem função semelhante ao rotífero só que não ajuda na
formação de flocos; permite que partes mais internas do floco
sejam oxigenadas; facilita a reciclagem de nutrientes

• Não se alimentam de protozoários

• Causam problemas por serem reservatórios de bactérias


patogênicas, e são resistentes a cloração

• Produzem ovos parasitas ao homem

• Indicam estado de tendência à super-oxidação (IL alta)

213
Aelossoma sp.

Indica:
– OD alto

ACQUA CONSULTING, 2007

214
Gastrotrichio sp.

ACQUA CONSULTING, 2007

IL alta

215
Densidade

Quantidade de organismos Símbolo

1a3 +

4 a 10 ++

11 a 40 +++

> 40 ++++

Classificação Somatório de +
Raro 1a3

Pouco 4 a 10

Médio 11 a 20

Muito > 20

216
Interpretação dos dados

Outros Ciliados Grandes Ciliados Fixos


Andarilhos Carnívoros Suctórios
Rotífero Nematóides Densidade mínima desejada

20

15

10

0
28/3/07 29/3/2007 30/3/2007 01/4/2007 02/4/2007 04/04/07 - 05/04/07 - 10/04/07 - 11/04/07 - 12/04/07 - 14/4/07
- tarde - tarde - manhã - tarde manhã manhã tarde tarde tarde

217
Estudo de caso 1

Grupo Densidade Atividade


ACQUA CONSULTING, 2007
Protozoários

Amebas ++++ Ativos


Flagelados ++++ Ativos
Ciliados livres pequenos +++ Ativos
Ciliados livres grandes - -
Ciliados Fixos ++ Soltos do pedúnculo
Ciliados Andarilhos - -
Ciliados Carnívoros - -
Tecamebas - -
Suctórias - -
Metazoários
Rotíferos - -
Nematóides - -
Total 13 -

218
Estudo de Caso 2

ACQUA CONSULTING, 2007 Grupo Densidade Atividade


Protozoários
Amebas ++ Ativos
Flagelados ++ Ativos
Ciliados livres pequenos + Ativos
Ciliados livres grandes +++ Ativos
Ciliados Fixos ++++ Ativos
Ciliados Andarilhos +++ Ativos
Ciliados Carnívoros ++++ Ativos
Tecamebas - -
Suctórias - -

Metazoários
Rotíferos +++ Ativos
Nematóides - -
Total 22 -

219
PRATICANDO ...

220
ANEXOS

221
Amebas

Ciliados Fixos
Flagelados
Ciliados-livres
Tecamebas
Amebas
Suctórios
Planilha de Laboratório

Dados da Amostra:

Local de Coleta ____________ Nº da amostra _____ Data da Coleta ___/___/___

Data da Observação ___/___/___ OD ______ mg/L Temp. _____ºC pH____

Abundância de Filamentos:
0 0
a b c d e f
Ausente Poucos Alguns Comum Muito Abundante Excessivo
Ausente Comum

Efeito dos Filamentos na Estrutura do Floco: Pouco ou Nenhum Ponte Open-Floc

Morfologia do Floco:
Firme Fraco Redondo Irregular Compacto Difuso

Tamanho dos Flocos:

Pequeno Médio Grande

Células livres em suspensão _________________________________


Zoogléia _________________________________
Espiroqueta _________________________________
Partículas Inorgânicas _________________________________
Fibras __________________________________
Óleo __________________________________

Protozoários Abundância Espécie Atividade


Amebas
Flagelados
Ciliados livres pequenos
Ciliados livres grandes
Ciliados Fixos
Ciliados Andarilhos
Ciliados Carnívoros
Suctórias
Tecamebas
Metazoários Abundância Espécie Atividade
Rotíferos
Nematóides
Gastrotrichio
Aelosoma
Total
Contato:
Ana Luiza Fávaro Piedade
ana@acquaconsulting.com.br
(13) 3877 -4530

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