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Evaporadores

segunda-feira, 30 de agosto de 2021 14:18

Vácuo em um último efeito na evaporação.



O vácuo no ultimo efeito na evaporação deverá ser na ordem de 25 a 27 in HG. É muito importante entender os princípios básico s da
evaporação em um múltiplo efeito e as funções do vácuo nesta operação.
Vamos identificar a necessidade do vácuo em um último efeito:
• Redução do ponto de ebulição, o ponto de ebulição diminui com o aumento do vácuo, e isto permite evaporar água do caldo em
ambientes de baixa temperatura
• Degradação de açúcar, prevenir a inversão e destruição do açúcar evitando a exposição do caldo a altas temperaturas por um longo
intervalo de tempo.
• Economia de vapor, de acordo com o principio de Rillieux, “em uma evaporação com múltiplo efeito, para cada kg de vapor usado, tantos
kg de água serão evaporados quanto for o numero de efeitos no conjunto.
• Diferencial de temperatura, para obter uma eficiente evaporação em um múltiplo efeito é necessário um alto vácuo e consequentemente o
máximo diferencial de temperatura obtendo altas taxas de evaporação.
• Múltiplo uso do calor latente, evaporação em um múltiplo efeito consiste no múltiplo uso do calor latente em sucessivas operações. Com
isso, se economiza o vapor.
Vamos comentar agora sobre a condensação no ultimo efeito, em relação aos evaporadores conjuntamente com a produção de vácuo, ocorre a
condensação de vapores provenientes do ultimo efeito. Está operação é realizada em equipamentos denominados condensadores. Es ses
equipamentos utilizados nas industrias sucroalcooleiras são do tipo contato direto (entre vapor e água), sendo chamados conde nsadores
barométricos. Onde existem 3 tipos:
• Contracorrentes (ar seco), o vapor entra pela parte inferior do condensador e sobe através de uma cortina de água. A água mais o
condensado são retirados pela coluna de gases, localizada no topo do equipamento.
• Co- correntes (ar seco), o vapor entra pela parte superior do condensador juntamente com água. O condensado mais água são retirados
pela coluna e os gases incondensáveis por uma saída localizada na parte inferior do equipamento.
• Multijato (ar úmido), esse tipo é caracterizado pela existência de bicos especiais que formam jatos de água. O vapor entra no corpo ,
abaixo do espelho dos bicos é condensado e arrastado juntamente com os incondensáveis pela água e eliminado através da coluna
barométrica.
Vantagens e desvantagens dos tipos de condensadores:
• A temperatura de saída da água em condensadores de contracorrente é maior que em paralelo, portanto para uma mesma quantidade de
água fria a sua capacidade de condensação de vapor é maior (com isso, consumo de água 30% menor).
• A temperatura de saída do ar é igual a temperatura da água fria em condensadores de contracorrentes, no caso de condensadores em
paralelo a temperatura é igual a água de saída. Quanto maior a temperatura do ar maior o seu volume especifico, portanto, maior volume
de ar na saída do condensador em paralelo, consumindo maior potencia da bomba de vácuo.
• O multijato tem a vantagem de climinar o sistema de retirada de ar. A eficiência de um condensador é geralmente expressa pela diferença
de temperatura entre o vapor entrando no equipamento e água deixando o condensador. Em pratica essa diferença tem que estar na
ordem de 3 a 12ºc, e obviamente quanto menor a diferença mais eficiente está o equipamento.
• Os vazamentos em tubulações, válvulas , visores , equipamentos , inclusive no próprio condensador podem propiciar a entrada de ar
causando uma redução do vácuo. Portanto esse item deve ser verificado em todos os tipos de condensadores.
• A distribuição de água nas bandejas, no interior do condensador , as vezes pode ser afetada devido a quebra, normalmente devido a
ferrugem, prejudicando a cortina de aspersão de água, permitindo a passagem de vapor sem ser condensado afetando diretamente o
vácuo. Isso nos tipos de multijato.
• Para a utilização de multijatos é de suma importância que seja seguido rigorosamente as recomendações do fabricante com relação a
pressão da alimentação e a manutenção dos bicos ejetores. Normalmente um multijato requer uma pressão na “cabeça” de 1,0 a 1,5

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pressão da alimentação e a manutenção dos bicos ejetores. Normalmente um multijato requer uma pressão na “cabeça” de 1,0 a 1,5
kgf/cm2, pressão está controlada através de um manômetro instalado na entrada do condensador, isso é necessário para garantir a
quantidade de água para condensar o vapor e arrastar os incondensáveis.
• Falta de água no condensador, para manter o vácuo em um condensador barométrico é necessário condensar todo o vapor produzido no
ultimo efeito da evaporação além de garantir a retirada continua dos incondensáveis liberados durante a evaporação do caldo (de 6 a
8g/kg de vapor).

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