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ESCOLA SUPERIOR DE DESENVOLVIMENTO RURAL

Departamento de Produção Agrária

Curso de Licenciatura em Agro-processamento

3º Ano II Semestre

Cadeira: TecnologiaAlimentar II

Trabalho de pesquisa nr 1

Tema: Principais Tipos De Evaporadores

Discente: Docente:

Elga Novela dr. Boanerges Paulino

Vilankulos, Agosto de 2023


1. Principais Tipos de Evaporadores

1.1. Evaporadores de Tubo Curto e Longo

a. Evaporador de tupo curto

Esses evaporadores são também conhecidos como calandria. Nesse tipo, a solução circula no
interior dos tubos e retorna ao fundo do evaporador pela parte central. A circulação e a
transferência de calor são fortemente afectadas pelo nível de líquido no interior do evaporador.
São empregados no caso de soluções não corrosivas (por exemplo, concentração de sacarose),
límpidas e não cristalizastes, ou em soluções cristalizastes com agitação forçada (Tadin et all,
2012).
Vantagens: Fácil remoção mecânica de incrustação; equipamento mais barato; pé direito baixo
(Tadin et all, 2012).
Desvantagens: Grande área ocupada e peso; alto tempo de residência; coeficiente de
transferência de calor baixo para soluções com altas viscosidades (Tadin et all, 2012).

Fig1:evaporador de tubo curto


b. Evaporador de tubo longo

Trata-se do tipo mais comum, por ser o mais barato por unidade de capacidade de evaporação.
Constitui-se de um trocador de calor casco-tubos com a solução descarregando em um espaço
vapor relativamente pequeno (Tadin et all, 2012).

Vantagens: Reduz a quantidade de tratamento ou exposição do produto ao calor; Operam com


filme delgado de solução, permitindo rápida evaporação com pequeno tempo de residência e com
baixo superaquecimento da solução.

Desvantagens: Difícil garantir a boa distribuição do líquido ao longo de todo o perímetro dos
tubos; apresentam maior volume e dificuldade de manutenção e limpeza.
Fig2:evaporador de tubo longo

1.2.Evaporadores com circulação forçada

Neste tipo de evaporador, o líquido é circulado através da calandria por meio de uma bomba de
circulação, onde ele é superaquecido a uma pressão acima da sua pressão normal de ebulição. Ao
entrar no separador, a pressão do líquido é rapidamente reduzida, resultando em uma quantidade
de líquido flasheada ou rapidamente evaporada para fora. São utilizados para líquidos com alta
tendência a formar incrustações, altamente viscosos ou como estágio final no sistema de
múltiplos estágios (Geankoplis, 1978).

O coeficiente de transferência de calor do filme líquido pode ser aumentado por bombeamento
para causar a circulação forçada do líquido dentro dos tubos. Adicionando uma conexão de tubo
com uma bomba entre a linha de concentrado de saída e a linha de alimentação. No entanto,
geralmente no tipo de circulação forçada, os tubos verticais são mais curtos do que no tipo de
tubo longo (Geankoplis, 1978).

Vantagens: Um evaporador mais compacto; maior coeficiente de transmissão de calor; melhor


uniformidade da temperatura interna da câmara; e maior rapidez no resfriamento do ar.

Desvantagens: Aumento da carga térmica devida aos motores que accionam os ventiladores,
provoca a desidratação dos produtos e a construção compacta; aquisição e manutenção mais
caras.

Fig3:evaporador com circulação forçada


1.3.Evaporadores com Calandria Externa
Um evaporador com calandria é um tipo de equipamento utilizado para realizar a evaporação de
líquidos em processos industriais. Ele consiste em um recipiente fechado, conhecido como
calandria, que é aquecido externamente para promover a evaporação do líquido contido em seu
interior. No processo de evaporação, o líquido é alimentado no evaporador através de um sistema
de entrada. A calandria externa é aquecida por uma fonte de calor externa. O calor transferido da
fonte para a calandria é conduzido até o líquido no interior do evaporador, fazendo com que ele
evapore.
Vantagens: Capacidade de utilizar fluidos térmicos de altas temperaturas para evaporação;
Flexibilidade na escolha da fonte de calor e permite a utilização de diferentes fontes de energia e
a calandra é mais fácil de desmontar para limpeza.
Desvantagens: Maior complexidade das instalações; maior peso; custo elevado e menos
flexíveis em termos de desempenho.

Fig4:evaporador com calandria externa

1.4. Evaporador com fluxo ascendente e descendente


a. Fluxo ascendente
Neste tipo de evaporador, o líquido a ser concentrado é alimentado na base do evaporador e o
produto em vapor é esgotado na parte superior para um separador. Esse tipo de trocador de
calor é utilizado para líquidos que tem bastante impurezas e para líquidos viscosos. O fluxo
dentro dos tubos desse evaporador é mais turbulento do que no de filme descendente devido
a este ser operado contra a força da gravidade. A parte superior do evaporador de filme
ascendente possui um separador que circula o fluxo de vapor para fora e separa o líquido
concentrado. Também pode-se encontrar câmaras de recirculação do líquido de topo para a
base e também o separador sendo montado na lateral da coluna de evaporação (Geankoplis,
1978).
Vantagens: Prato deflector está no topo do feixe de tubos para evitar o arraste de líquido e
reduzir perdas.
Desvantagens: pouco tempo de resistência (3-4 segundos)

Fig5:evaporador de fluxo ascendente


b. Fluxo descendente
O funcionamento do evaporador de filme descendente consiste na alimentação do produto na
parte superior do sistema. Nessa fase, existe um distribuidor que funciona utilizando um
controlador de nível e um controlador centrífugo. O fluxo de entrada do produto é igual ao
fluxo descendente dos tubos somados, assim, quando a câmara de cima atinge um certo nível,
o produto é liberado para as tubulações de troca de calor e festival. O fluido escoa pelas
paredes internas dos tubos e em aproximadamente um terço superior da altura do tubo do
trocador, se tem a entrada do vapor quente, que evapora o líquido dentro dos tubos. Esses
vapores descem até a base da calandria. O vapor segue até o separado (Geankoplis, 1978).

Vantagens: Controle e automação simples; simples dimensionamento da concentração final;


facilidade de limpeza, alta eficiência energética; tempo de residência baixo; passe único no
evaporador e possibilidade do uso de vácuo.
Desvantagens: Difícil regulação do fluxo de calor para os tubos; podem surgir incrustações;

Fig6:evaporador de fluxo descendente


II. Referências Bibliográficas
- Filho, P.A.P., Meirelles, A.J.A., Tadine, C.C., & Telis, V.R.N. (2012). Operações unitárias na
indústria de alimentos. Rio de Janeiro: LTG.
-Geankoplis, J.C. (1978). Trasport processes and United operations. England:prantice-hall.
- Https://jlsintl.com/pg/products/evaporation-distillation/rising-falling-film-evaporation.html
- https://docs.ufpr.br/~rudmar/refri/material/8_EVAPORADORES.pdf
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4311208/mod_resource/content/0/Aula11.Evaporadores
.pdf

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