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RESENHA

COSTA A. Condicionamento e Compressão Offshore de Gás. 2021.125 Slides.


Material apresentado para a disciplina de sistemas de produção e processamento de
petróleo e gás, IPETEC.

Sistema de Tratamento de Gás

Por Priscila Ingrid Andrade

Em todos sistemas de produção de petróleo é necessário efetuar a separação


do gás por meio das etapas de separação, depuração, dessulfurizarão, compressão e
desidratação explicados a seguir.

Inicialmente o gás é separado em um separador trifásico onde o gás por ser mais leve
tende a subir saindo pela parte superior. Os principais problemas causados nesta fase
é a formação de espuma causada por impurezas e que pode causar danos no
equipamento. Isso pode ser evitado com uso de sensores no separador e o uso de
antiespumante antes da válvula choke.

Depurador: O gás ainda se encontra úmido e possui óleo sob a forma de névoa ou
gotículas, o depurador possui uma placa onde as partículas mais pesadas que
possuem dificuldade de subir se chocam e descem (utiliza-se altas temperaturas para
reduzir a viscosidade facilitando a separação). Na parte superior há um coletor de
névoa, o gás passa por ele e sai pela parte superior. A decantação de gotas tem a ver
com a lei de stokes (quanto maior o diâmetro da gota mais fácil é a sua separação).

Dessulfurização: gases ácidos que estão presentes no gás como o Co2 e o H2S que
são tóxicos e causam corrosão nos equipamentos precisam ser retirados para que o
gás seja comercializado. São quatro métodos explicados a seguir e em alguns casos
há combinação deles, o que chamamos de métodos híbridos.

1. Remoção com uso de Aminas: processo químico que absorve os gases ácidos
com o uso de solventes (MEA) de maneira controlada que promovem uma reação
reversível no qual transforma esses gases em sais estáveis. É o processo mais
utilizado e aplicado quando o teor de Co2 é mais baixo. A amina entra por cima e sai
por baixo da torre regeneradora sendo resfriada e regenerada e entrando novamente
para o processo e o co2 e o H2s sobem após ter entrado em contato com a amina.
Altos teores de H2S podem diminuir sua eficiência e por tanto precisa ser monitorado,
assim como o uso de MEA de boa qualidade e uso de filtros para retirar impurezas
para minimizar a formação de espuma que atrapalham os controles de nível desses
vasos.

2. Peneiras Moleculares: não faz uso de produtos químicos, os equipamentos


trabalham em ciclo de temperaturas, um vazo adsorve, retirando o líquido do gás e
outro regenera onde uma parte sai passa por um filtro para reter mais partículas que
ainda existam e sai tratado e outra volta para o processo. É mais adequada para
gases com menos teor de contaminantes pois evita constantes regenerações que
podem ser desvantajosas financeiramente.

3. Membranas: são dispostas em serie no vaso por onde o gás entra e uma parte
sai em uma corrente rica em co2 (o permeado), esse gás portando é rejeitado e volta
para o processo e outra parcela sai tratado , ou seja uma corrente com menos co2 em
torno de 3%, (o concentrado). A grande desvantagem desse processo é a alta perda
de carga (o que implica ter uma bateria/um modulo de compressão de co2) o que gera
custo elevado para o uso desse equipamento. A pressão deve estar alta na entr ada e
o gás não pode ter condensados. A vantagem é consumo energético baixo e a
capacidade de tratar altos teores de contaminantes.

4. Sulfatreat: Vasos que contém óxido de ferro impregnado em um material sólido


granulado , o gás a ser tratado (que precisa estar saturado em água ), percorre esse
solido pela parte superior que reage com o H2S para gerar sulfeto férrico e água
retirando o H2S do gás, essa reação química é irreversível ou seja o uma vez
transformado o leito que fica em compartimentos na parte inferior do vazo precisa ser
trocado. O processo é usado para complementar o processo de membrana já que a
mesma não é capaz de remover H2S, se realizado de Offshore , o que é menos
comum, torna o processo mais complicado especialmente na troca de leito e por
ocupar uma grande área , uma das vantagens desse processo é não precisar de uso
de sequestrantes , o que gera menos custo de opex.

Compressão: para exportar o gás é necessário ter pressão tanto para transferi-lo e
para injetar no reservatório caso não possua um gasoduto disponível para vencer a
energia presente nos reservatórios. Os compressores aparecem na fase inicial onde
há separação de óleo e água (compressor principal - centrifugo) e nas fazes f inais no
sistema de tratamento de gás (compressores auxiliares - alternativo) podendo ter 2 ou
3 estágios. Os compressores aumentam a pressão das correntes de gás que estão em
baixa pressão através de um sistema rotativo. O compressor auxiliar tem um booster
para equalizar as diferentes pressões diferentes de que recebe de outros sistemas.
Antes de cada compressor há Vasos de retenção de líquido evitando arrastá-los para
o compressor e após o compressor há resfriadores que condensam o líquido ainda
presente para seguir para os vasos depuradores.

Desidratação: busca reduzir o teor de água do gás para valores adequados para o
escoamento (sem presença de hidratos, presença de gases etc.).

1. Agente desidratante: ocorre a absorção da humidade por absorventes sendo o


mais usado o TEG por ser estável, higroscópico e se regenerar facilmente. O gás
entra na parte inferior do vazo e sobe encontrando-se com o TEG inserido pela
parte superior que tende a descer absorvendo a água contida no gás que sai seco
(com baixo teor de água). O TEG com alto teor de água vai para um vaso
regenerador, vaporizando a água para voltar ao para o absorvedor. Na absorção
há alta pressão e baixa temperatura e na regeneração alta temperatura e baixa
pressão para facilitar a retirar a água do TEG recebido. Aquecedores e
resfriadores são posicionados entre as passagens de processo para manter a
temperatura desejada e após os regeneradores, vasos Stripping, para aumentar a
concentração de TEG pobre que vai para absorvedora para melhorar a eficiência.

2. Peneiras moleculares: mais utilizado em gás com alto teor de água, na fase de
adsorção a peneira do vazo de estrutura cristalina absorve a água do gás que sai
seco e uma parte já sai tratado e outra parte vai para uma regeneradora com outra
peneira que irá introduzir água para que o gás volte ao processo. Possui como
uma vantagem a de remover ao mesmo tempo co2 e H2s e dentre as
desvantagens da robustez.

Ao final dos processos o gás é exportado, usado para injeção de gás que aumenta a
vida útil do poço , injeção de gás lift que dá mais energia ao petróleo facilitando a sua
subida) ou gás combustível: onde retira-se condensado afim de evitar danos aos
equipamentos onde será aplicado reduzindo a pressão por válvulas e controle de
aquecimento e resfriamento. O gás é separado seguindo para destinos diversos dentro
da plataforma como uso em fornos, turbinas, compressores dentre outros.

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