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ESTRUTURAS DE

CONCRETO ARMADO III


Prof. Esp. Italo Negreiros
prof.italonegreiros@gmail.com
Carga Horária Carga Horária Carga Horária Ensino
Semestre -
Teórica Prática Continuado

Carga Horária Total 60 h 60 h - -


EMENTA

Estudo de tópicos especiais de dimensionamento de peças em concreto armado. Aplicações de cálculo de


concreto armado em estruturas de fundações, muros de arrimo, escadas, etc. Punção em placas. Vigas - Parede.
Consolos curtos. Sapatas de fundação. Blocos sobre estacas e tubulões. Reservatórios em concreto armado.
Escadas especiais, Noções sobre muros de arrimos e paredes de contenção.
Critério de Avaliação
• D1 - 13/04/2023 (Prova escrita + trabalho);
• D2 - 15/06/2023 (Prova escrita + trabalho);
• PROVA DE 2º CHAMADA – 26/06/2023;
• PROVA FINAL – 03/07/2023.
• Será considerado aprovado o aluno que alcançar média final igual ou superior a 6,0
e frequência mínima de 75%.

• Obs. Datas podem sofre alterações ao longo do período letivo, caso aconteça será
informado com antecedência.
BIBLIOGRAFIA
• BORGES, A. N. Curso Prático de Cálculo em Concreto Armado. 1ª edição. Editora Imperial Novomilênio, 2004.

• CLIMACO, J. C. T. S. Estruturas de Concreto Armado. 2ª edição. Editora UNB, 2008.

• SOUZA, V. C. M. Patologia, Recuperação e Reforço de Estruturas de Concreto. 1ª edição. Editora PINI, 2001.

• BOTELHO, M. H. C.; MARCHETTI, O. Concreto Armado Eu Te Amo. Volumes 1 e 2. Editora Edgard Blucher, 2008.

• FUSCO, P. B. Tecnologia do Concreto Estrutural. 2ª edição. Editora PINI, 2008.

• GUERRIN, A.; LAVAUR, R. C.; LAUAND, C. A. Tratado de Concreto Armado. Volumes 1 a 6. 1ª edição. Editora Hemus, 2003.

• LEONHARDT, F. Construções de Concreto. 1ª edição. Editora Interciência, 2007.

• COELHO, R. S. A. Concreto Armado na Prática. 1ª edição. Editora Ronaldo Coelho, 2008.

• ARAÚJO, J.M., Curso de Concreto Armado, Vol.4, Editora Dunas, Rio Grande, 2003.
Introdução

Item 22 da NBR 6118/2017 - Elementos especiais


Introdução
SONDAGEM
O QUE É SONDAGEM?

• A sondagem de solo consiste em um


processo de reconhecimento e
caracterização do terreno, sendo a maneira
de como conhecer as características do
terreno, extraindo informações importantes
que auxiliam no desenvolvimento da obra,
sendo elas: identificação das diferentes
camadas do solo, classificação de cada
camada, o nível do lençol freático e a
capacidade de carga ou resistência do solo
em várias profundidades.
TIPOS DE SONDAGEM
• Sondagem à Trado: podendo ser manuais ou mecanizados, os tipos de trado mais comuns são a concha (ou
cavadeira) e helicoidal, e menos utilizadas estão os dos tipos trados torcidos e espiral. Basicamente este tipo
de sondagem é uma escavação com pequeno diâmetro e profundidade reduzida com objetivo de coletar
amostras deformadas para poder realizar ensaios laboratoriais, sendo possível determinar o perfil do solo
investigado.
• Sondagem à percussão SPT: usualmente chamada de sondagem SPT ou ensaio SPT, é o processo mais
utilizado para determinar o tipo de solo, a resistência e o nível de água. Consiste em um tubo vertical a ser
golpeado e as informações são obtidas a partir da quantidade de golpes e a profundidade de que cada golpe
avança no solo.
• Ensaio de penetração de cone CPT: é um método menos usual, fato explicado pelo pequeno número de
empresas que o executam e pelo custo elevado. Os resultados destes ensaios permitem a identificação dos
perfis de solos e a determinação de suas propriedades mecânicas dos solos, sendo importante
particularmente na previsão da capacidade de carga e de recalques de fundações.
• Sondagem Rotativa: apesar de configurar o maior custo entre os tipos de sondagem, é a sondagem com
mais vantagens, uma vez que possibilita a análise de maiores profundidades e diversos outros tipos de solos
a serem perfurados, além de ser de fácil transporte.
TIPOS DE SONDAGEM
SPT

• Mede-se a resistência de uma camada de


solo de um metro medindo o número de
golpes com um martelo que são
necessários para penetrar trinta
centímetros, o que chamamos de N SPT.
• NBR 6484/2020 - Solo - Sondagens de
simples reconhecimento com SPT - Método
de ensaio
LOCAÇÃO DOS FUROS
E QUANTIDADES

• No mínimo 2 para área de projeção da


construção de até 200 m²;
• No mínimo 3 para área de projeção da
construção entre 200 m² e 400 m²;
• No mínimo 1 para cada 200 m² de área de
projeção, até 1200 m²;
• Entre 1200 m² e 2400 m², 1 sondagem a
cada 400 m² que excedem de 1200 m².
PROCEDIMENTOS DA SPT
Amostrador Padrão
Deve ser coletada, para exame posterior, uma parte representativa do solo
colhido pelo trado-concha durante a perfuração, até 1 m de profundidade. 2.
Marcação
Realiza-se a marcação de um segmento de 45 cm com o uso de um giz, este
segmento é dividido em três partes iguais de 15 cm cada. A marcação funciona
como uma referência para a contagem de golpes do martelo em cada
segmento.
Posicionamento do Martelo
Para iniciar a cravação, é necessário posicionar o martelo a 75 cm de altura
como já mencionado anteriormente. O procedimento segue com golpes até
que sejam cravados os primeiros 45 cm. Para o registro do número de golpes
necessários para cravar o amostrador a cada 15 cm, é preciso a presença de um
técnico que elabora o boletim.
Coleta das amostras
Após realizar a cravação dos 45 cm, é retirado o amostrador padrão e inicia-se a
coleta de amostras do solo, até que se encontre o nível do freático.
CRITÉRIOS DE PARALISAÇÃO
DO SPT
• Em 3 camadas consecutivas, 30 golpes para cravação dos
15cm iniciais.
• Em 4 camadas consecutivas, 50 golpes para cravação dos
30cm iniciais;
• Em 5 camadas consecutivas, 50 golpes para cravação dos
45cm.
TENSÃO ADMISSÍVEL DO
SOLO
• De forma simplificada podemos aplicar a formulação de
TEXEIRA (1996, 2016):
FUNDAÇÃO
O QUE É?

• Fundações são elementos estruturais cuja a


função é transmitir as cargas da edificação
ao solo.
• O solo necessita de resistência e rigidez
apropriada para não sofrer ruptura e não
apresentar deformações exageradas ou
diferenciais.
• Portando a fundação o tipo e dimensões da
fundação depende do tipo e resistência do
solo.
Importância
Importância
CLASSIFICAÇÃO
TRANSMIÇÃO DE CARGA
• DIRETAS
Transmitem a carga para o solo predominantemente
pela base
• INDIRETAS
Transmitem a carga para o solo predominantemente
pelo atrito lateral, podendo ou não ser considerado
a resistência de ponta.
CLASSIFICAÇÃO
PROFUNDIDADE
• RASAS
A cota de apoio esta em até 2 metros de
profundidade: Sapatas, radier, blocos.
• PROFUNDAS
Aquelas em que a cota de fundação está abaixo de
2m: estacas e tubulões.
Caso de Santos
SAPATAS
SAPATA
• A sapata é uma estrutura de concreto armado, podendo ter formato
piramidal ou retangular, na qual fica na base de colunas, pilares ou mesmo
paredes. Sendo o elemento responsável por transmitir as cargas da estrutura
para o solo firme.
CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO
• Sapata isolada: Transmite ação de um único pilar, que pode estar centrado ou
excêntrico
• Sapata associada: Sapata comum a mais de um pilar. É utilizada como
alternativa quando a distância entre duas ou mais sapatas é pequena.
• Sapata corrida: Sapata sujeita á carga distribuída linearmente, geralmente
oriunda de paredes ou pilares paredes nascendo sobre a sapata.
• Viga alavanca ou viga de equilíbrio: Elemento estrutural que recebe as cargas
de um ou dois pilares e é dimensionado de modo a transmiti-las centradas às
fundações. Da utilização de viga de equilíbrio resultam cargas nas fundações
diferentes das cargas dos pilares nela atuantes.
CLASSIFICAÇÃO
BULBO DE TENSÕES
• Bulbo de tensões ou bulbo de pressões: É o conjunto de várias curvas de
isovalores de tensões verticais no solo induzidas por um carregamento
externo. Podemos representar a magnitude das tensões induzidas por uma
fundação, bem como seus pontos de alcance, através do bulbo de tensões,
como ilustrado na figura abaixo.
BULBO DE TENSÕES
BULBO DE TENSÕES
• A profundidade do bulbo de tensões é Z=α B, onde B é a menor dimensão da
fundação considerada, conforme ilustrado na figura abaixo.
BULBO DE TENSÕES
• Simplificadamente o método considera as tensões verticais uniformemente
distribuídas com a profundidade se espraiando com um ângulo de 30° para
solos predominantemente argilosos e pouco rígidos, e 45° para solos
predominantemente granulares e compactos.
BULBO DE TENSÕES
• Quando são construídas edificações de grande carga, ou seja, com grande
área de influência do bulbo de tensões, próximas a outras construções de
fundações diretas superficiais é comum ocorrer uma sobreposição dos bulbos
das edificações. Caso ocorra essa superposição, podem ocorrer recalques nas
edificações.
DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS
• Em planta, as sapatas ou os blocos não devem ter dimensão inferior a 60 cm
(Item 6.4.1 da NBR 6122/96).
• A base de uma fundação deve ser assente a uma profundidade tal que
garanta que o solo de apoio não seja influenciado pelos agentes atmosféricos
e fluxos d’água. Nas divisas com terrenos vizinhos, salvo quando a fundação
for assente sobre rocha, tal profundidade não deve ser inferior a 1,5 m (Item
6.4.2 da NBR 6122/96).
DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS
Item 6.4.5.1 da NBR 6122/96 No caso de fundações próximas, porém situadas
em cotas diferentes, a reta de maior declive que passa
pelos seus bordos deve fazer, com a vertical, um ângulo α como mostrado na
Figura 5, com os seguintes valores:
• a) solos pouco resistentes: α ≥ 60°;
• b) solos resistentes: α = 45°;
• c) rochas: α = 30°.
DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS
• Detalhes construtivos.
DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS
• Sapata rígidas e sapata flexível.
Comportamento Estrutural das Sapatas Rígidas
• Há flexão nas duas direções (A e B), com a tração na flexão sendo
uniformemente distribuída na largura da sapata. As armaduras de flexão AsA
e AsB são distribuídas uniformemente nas larguras A e B da sapata.
• Há atuação de força cortante nas duas direções (A e B) , não apresentando
ruptura por tração diagonal, e sim por compressão diagonal. Não há
possibilidade de punção, porque a sapata fica inteiramente dentro do cone de
punção.
Comportamento Estrutural das Sapatas Flexíveis
• São aquelas com alturas “pequenas”. “Embora de uso mais raro, as sapatas
flexíveis são utilizadas para fundação com cargas pequenas e solos
relativamente fracos.
• Há flexão nas duas direções, mas a tração na flexão não é uniforme na
largura.
• Há a necessidade da verificação à punção.
Comportamento Estrutural das Sapatas
Distribuição de Tensões no Solo
• Sapatas rígidas

• Sapatas flexíveis
Distribuição de Tensões no Solo
• Para a sapata rígida pode-se admitir plana a distribuição de tensões normais
no contato sapata-terreno, caso não se disponha de informações mais
detalhadas a respeito (Item 22.6.1 da NBR 6118/2014)
• Para sapatas flexíveis ou em casos extremos de fundação em rocha, mesmo
com sapata rígida, essa hipótese deve ser revista.
Dimensionamento de sapatas rígidas
1. Pré-dimensionamento;
2. Verificar o núcleo central de inércia;
3. Verificação das tensões máximas;
4. Verificação ao tombamento;
5. Verificação ao deslizamento;
6. Verificar o esmagamento do concreto junto ao pilar;
7. Verificar a ruptura por compressão diagonal;
8. Verificar o momento na base;
9. Calcular área de aço;
10. Detalhamento
Pré-dimensionamento
• A área de apoio da sapata:

• Sapata com Balanços (abas) Iguais nas Duas Direções


1 - Pré-dimensionamento - Geometria das Sapatas
1 - Pré-dimensionamento - Geometria das Sapatas
• A altura H também deve ser suficiente para ancorar as armaduras
do pilar, portanto H > Lb.
2 - Verificar o núcleo central de inércia
• Núcleo central de inercia é a região na qual se for aplicado uma
carga a sapata estará totalmente comprimida desta forma e < A/6.
3 - Verificação das tensões máximas

• Obs. As tensões máximas e mínimas devem


ser inferiores a tensão admissível do solo
3 - Verificação das tensões máximas

• Obs. As tensões máximas e mínimas devem


ser inferiores a tensão admissível do solo
4 – Verificação ao tombamento
5 – verificação do deslizamento

• onde:
• φ = ângulo de atrito interno do solo;
• c = coesão do solo;
• A = dimensão da base em contato com o solo.
6 - Verificação o esmagamento do concreto junto ao
pilar
Para esta verificação basta satisfazer a seguinte expressão:
7 - Verificar a ruptura por compressão diagonal
Para esta verificação basta satisfazer a seguinte expressão:
8 - Momentos na base
• Os momentos fletores são calculados, para cada direção, em relação a uma
seção de referência (S1A e S1B ), que dista 0,15 vezes a dimensão do pilar
normal à seção de referência, e se encontra internamente ao pilar:

• Obs. Para encontrar o momento equivalente deve-


se multiplicar a tensão pela dimensão da sapata.
9 – Área de aço
10 – Detalhamento
Dimensionamento da Armadura Principal

• EX. 01 - Dimensionar uma sapata para um pilar com seção de


25 cm x 40 cm com uma carga característica de 920 KN,
momento em X de 74 KNm. Apoiada em um terreno de tensão
admissível do solo igual a 2,0 Kgf/cm² (0,2Mpa).

• Fck:30 Mpa
• AÇO CA50
• As do pilar Φ 10mm
• c:=4,5cm
Dimensionamento da Armadura Principal
• EX. 02 - Dimensionar uma sapata para um pilar com seção de
40 cm x 60 cm com uma carga característica de 1040 KN,
momento em A de 280 KNm e 190KNm em B. Apoiada em um
terreno de tensão admissível do solo igual a 5,0 Kgf/cm² (0,5
Mpa ou 500 KN/m2).

• Fck:30 Mpa
• AÇO CA50
• As do pilar Φ 20mm
• c:=4,0 cm
BLOCOS SOBRE ESTACAS
BLOCOS SOBRE ESTACAS
• O bloco de coroamento ou bloco sobre estacas é um
elemento complementar de fundações profundas. As
fundações profundas são adotadas quando as camadas
superficiais de solo não são capazes de suportar as
solicitações oriundas da superestrutura. Essas fundações
exigem a execução de um elemento capaz de transferir
adequadamente os esforços do pilar à elas: os blocos de
coroamento.
BLOCOS SOBRE ESTACAS
• Os blocos de coroamento são elementos de concreto que
exercem a função de transferir os esforços dos pilares,
provenientes da superestrutura para as fundações
profundas (estacas e tubulões). No item 22.7 a ABNT NBR
6118:2014 define os blocos como sendo estruturas de
volume que são utilizadas para transferir as estacas e aos
tubulões as solicitações da fundação. A definição de
estruturas de volume significa que este elemento possui
suas 3 dimensões de mesma ordem de grandeza, assim, a
distribuição de tensões no interior do bloco é um caso à
parte, diferindo do comportamento de estruturas planas
(lajes) ou lineares (vigas e pilares).
BLOCOS SOBRE ESTACAS
• Ainda segundo a NBR 6118:2014 os blocos
podem ser considerados rígidos ou flexíveis,
através de critérios similares aos definidos para
sapatas.
BLOCOS SOBRE ESTACAS
Comportamento estrutural – bloco rígido
• Forças transmitidas do pilar para as estacas essencialmente por bielas de
compressão;
Comportamento estrutural – bloco flexível
• Deve ser realizada uma análise mais completa, desde a distribuição dos
esforços nas estacas, da força de tração nos tirantes até a verificação da
punção.
• Não apresenta ruína por tração diagonal e sim por compressão das bielas;
• Forças de tração essencialmente concentrado nas linhas sobre as estacas.
Modelo de cálculo
• São aceitos modelos de bielas e tirantes tridimensionais;
• Sempre que houver forças horizontais significativas ou forte assimetria, o
modelo deve contemplar a interação solo-estrutura.
BLOCOS SOBRE ESTACAS
Detalhamento
• A armadura principal de tração deve ser disposta alinhada aos eixos das
estacas, conforme a posição do tirante no modelo de cálculo, podendo essa
armadura ser distribuída numa faixa de 1,2 vezes o diâmetro da estaca,
contanto que ao menos 85% dessa armadura esteja contida acima da estaca;
• As barras devem se estender de face a face do bloco e terminar com ganchos
nas duas extremidades;
• O comprimento de ancoragem pode ser medido a partir da face interna da
estaca;
• Para controlar a fissuração, deve ser prevista armadura inferior adicional,
independente da armadura principal, em malha uniformemente distribuída
nas duas direções, para 20% da força de tração no tirante principal.
BLOCOS SOBRE ESTACAS
Detalhamento
• Se for previsto espaçamento entre estacas superior a 3 vezes seu
diâmetro, deve ser previsto estribos de suspensão para equilibrar uma
parcela da carga;
• O bloco deve ter altura suficiente para permitir a ancoragem da
armadura de arranque dos pilares;
• Em blocos com duas ou mais estacas em uma única linha, é obrigatório a
colocação de armaduras laterais e superiores;
• Em blocos de grandes volumes, é conveniente a análise da necessidade
de armaduras complementares;
• Blocos flexíveis devem atender aos mesmos requisitos de lajes à punção.
BLOCOS SOBRE ESTACAS
Geometrias típicas de blocos em
BLOCOS SOBRE ESTACAS
• Método de bielas e tirantes
É permitida a análise da segurança no Estado Limite Último de um elemento
estrutural, ou de uma região D contida neste elemento, através de uma
treliça idealizada, composta por bielas, tirantes e nós.
Nessa treliça, as bielas representam a resultante das tensões de compressão
em uma região; os tirantes representam uma armadura ou um conjunto de
armaduras que recebem a resultante das tensões de tração concentradas
em um único eixo. Os nós ligam as bielas e tirantes e recebem as forças
aplicadas ao modelo. Em torno dos nós existirá um volume de concreto,
designado como zona nodal, onde é verificada a resistência necessária para a
transmissão das forças entre as bielas e os tirantes.
BLOCOS SOBRE ESTACAS
• Método de bielas e tirantes
A treliça idealizada é isostática e nos nós são concentradas as forças
externas aplicadas ao elemento estrutural e as reações de apoio,
formando um sistema auto equilibrado. As reações de apoio devem ser
previamente obtidas através de uma análise linear ou não linear. Os
eixos das bielas devem ser escolhidos de maneira a se aproximar o
máximo possível das tensões principais de compressão e dos tirantes,
dos eixos das armaduras a serem efetivamente detalhadas. As bielas
inclinadas devem ter ângulo de inclinação cuja tangente esteja entre
0,57 (29,7º) e 2 (63,4º) em relação ao eixo da armadura longitudinal do
elemento estrutural.
BLOCOS SOBRE ESTACAS
• Método de bielas e tirantes
.
BLOCOS SOBRE ESTACAS
• Método de bielas e tirantes
.
BLOCOS SOBRE ESTACAS
• As verificações das tensões de compressão serão realizadas de acordo
com os critérios definidos nos itens 22.1, 22.3.2 e 22.3.3 da NBR 6118
(2014). Máxima tensão resistente de compressão no concreto é dada
por:
BLOCOS SOBRE ESTACAS
• fcd1 – tensão resistente máxima no concreto, em verificações pelo
método de bielas e tirantes, em regiões com tensões de compressão
transversal ou sem tensões de tração transversal e em nós onde
confluem somente bielas de compressão (nós CCC);
• fcd2 – tensão resistente máxima no concreto, em verificações pelos
método de bielas e tirantes, em regiões com tensões de tração
transversal e em nós onde confluem dois ou mais tirantes tracionados
(nós CTT ou TTT);
• fcd3 – tensão resistente máxima no concreto, em verificações pelos
método de bielas e tirantes, em nós onde conflui um tirante
tracionado (nós CCT)
BLOCOS SOBRE ESTACAS
• Blévot & Frémy (1967) :
Formularam os primeiros modelos de bielas e tirantes (na época chamados somente de
método das bielas) para o cálculo de blocos sobre 2, 3 e 4 estacas.
Modelos em escala reduzida: Modelos em escala real:
51 blocos sobre 4 estacas; 8 blocos sobre 4 estacas;
37 blocos sobre 3 estacas. 8 blocos sobre 3 estacas;
6 blocos sobre 2 estacas
Testes Objetivos.
1° Determinar um coeficiente de segurança aplicado ao método das bielas relacionado à
ruptura por insuficiência de armadura inferior;
2° Investigar a eficiência das diversas disposições de armadura possíveis, do ponto de vista
da segurança contra a ruína e do controle de abertura de fissuras;
3° Verificar em quais condições poderia ocorrer punção nos blocos.
BLOCOS SOBRE ESTACAS
• Limites das tensões nas bielas de compressão por Blévot & Frémy
(1967) :
1. Para blocos sobre duas estacas ---> σc,lim = 1,40. kr . fcd
2. Para blocos sobre três estacas ---> σc,lim = 1,75. kr . fcd
3. Para blocos sobre quatro estacas ---> σc,lim = 2,10. kr . fcd
Com variando entre 0,90 e 0,95 -> consideração do Efeito Rusch!
• As bielas inclinadas devem ter ângulo de inclinação esteja entre 0,57
45º e 55º.
BLOCOS SOBRE ESTACAS
BLOCOS SOBRE ESTACAS
1 -Recomendações geométricas

OBS. A estaca deve


adentrar pelo menos 5 cm
no bloco
BLOCOS SOBRE ESTACAS
1 - Recomendações geométricas
BLOCOS SOBRE ESTACAS
2 - Altura do bloco e ângulo das bielas de compressão: • 45º ≤ α ≤ 55º
BLOCOS SOBRE ESTACAS
2 - Altura do bloco e ângulo das bielas de compressão: • 45º ≤ α ≤ 55º
BLOCOS SOBRE ESTACAS
2 - Altura do bloco e ângulo das bielas de compressão: • 45º ≤ α ≤ 55º
BLOCOS SOBRE ESTACAS
2 – VERIFICAÇÃO DAS BIELAS
BLOCOS SOBRE ESTACAS
2 – VERIFICAÇÃO DAS BIELAS
BLOCOS SOBRE ESTACAS
2 – VERIFICAÇÃO DAS BIELAS
BLOCOS SOBRE ESTACAS
4 – FORÇA NO TIRANTE y em 20% da altura útil d.
BLOCOS SOBRE ESTACAS
4 – FORÇA NO TIRANTE y em 20% da altura útil d.
BLOCOS SOBRE ESTACAS
Os blocos apresentam dimensões
significativas nas 3 direções (largura,
comprimento e altura), no instante da cura,
devido ao grande volume de concreto, o
calor de hidratação do cimento atinge altas
temperaturas no interior do bloco, enquanto
na superfície do bloco a temperatura é bem
menor, o que provoca tensões de tração na
superfície do concreto, resultando em
fissuração.
BLOCOS SOBRE ESTACAS
5 – ARMADURAS SECUNDÁRIAS
BLOCOS SOBRE ESTACAS
BLOCOS SOBRE ESTACAS
• Esse tipo de bloco requer travamento nas duas
direções por vigas baldrame, de modo a absorver as
possíveis cargas verticais excêntricas e as cargas
horizontais .
• No caso de bloco sobre uma só estaca o modelo de
bielas e tirantes pode ser simplificado a um modelo
em “garrafa” para tensões de fendilhamento como
exposto em LEONHARDT e MÖNNING vol 2. (1978).
BLOCOS SOBRE ESTACAS
BLOCOS SOBRE ESTACAS
BLOCOS SOBRE ESTACAS
• BLOCO SOBRE 3 ESTACAS
BLOCOS SOBRE ESTACAS
• BLOCO SOBRE 4 ESTACAS
BLOCOS SOBRE ESTACAS
• Esse modelo de bielas e tirantes permite o cálculo de um bloco sobre
N disposições de estacas e de dimensão qualquer do pilar, porém só
se torna válido para estacas solicitadas à compressão, blocos sobre
estacas tracionadas devem-se elaborar modelos de bielas e tirantes
específicos.
BLOCOS SOBRE ESTACAS
BLOCOS SOBRE ESTACAS
BLOCOS SOBRE ESTACAS
• A solução 5 de detalhamento ofereceu uma carga de ruptura menor
do que as demais soluções, ficando essa eficiência 20% reduzida em
blocos sobre 4 estacas e 50% reduzida em blocos sobre 3 estacas,
devendo esse tipo de detalhamento ser rejeitado;
• Para combater possíveis esforços de torção em blocos sobre 2
estacas, recomenda-se colocar uma armação superior e a meia altura
de 1/5 da armadura inferior e estribos com Ø10 c/10;
• A solução 3 de detalhamento se mostrou ser a menos eficiente;
• Para melhor controlar a abertura de fissuras na face inferior do bloco,
recomendase utilizar a solução 1 ou 2 combinada com 20% da
solução 5
Blocos Sobre Estaca Metálica
Blocos Sobre Estaca Metálica
Blocos Sobre Estaca Metálica
Blocos Sobre Estaca Metálica
Blocos Sobre Estaca Metálica
Blocos Sobre Estaca Metálica
BLOCOS SOBRE ESTACAS
BLOCOS SOBRE ESTACAS
BLOCOS SOBRE ESTACAS
Trabalho 01 – parte 01 (2 Pontos)
• Dimensionar uma sapata para um pilar com seção de 40 cm x 60
cm com uma carga característica dada pela soma da data de
aniversário (ano+mês+dia) KN, momento em A de 280 KNm e
190KNm em B. Apoiada em um terreno de tensão admissível do
solo igual a 5,0 Kgf/cm² (0,5 Mpa ou 500 KN/m2).

• Fck:30 Mpa
• AÇO CA50
• As do pilar Φ 20mm
• c=4,0 cm
Trabalho 01 – parte 02 (2 Pontos)
• Dimensionar um bloco sobre 3 estacas para um pilar com
seção de 40 cm x 60 cm com uma carga característica dada
pela soma da data de aniversário (ano+mês+dia) KN. Apoiada
em um terreno de tensão admissível do solo igual a 5,0
Kgf/cm² (0,5 Mpa ou 500 KN/m2).

• Fck:30 Mpa
• AÇO CA50
• As do pilar Φ 20mm
• c=4,0 cm
Trabalho 01 – parte 03 - (2 Pontos EXTRA)

• Fazer uma pesquisa sobre os tipos de estacas, destacando


modo de execução e onde são mais utilizadas.
Trabalho 01 – ORIENTAÇÕES
• TODOS OS TRABALHOS DEVEM SER ENTREGUES IMPRESSOS NO DIA DA PROVA, E
UMA VERSÃO EM WORD DA PESQUISA DEVE SER ENVIADA PARA O E-MAIL
PROF.ITALONEGREIROS@GMAIL.COM.
• OS DIMENSIONAMENTOS DEVEM TER:
1. MEMÓRIA DE CÁLCULO DETALHADA;
2. DESENHOS EXPLICATIVOS;
3. DETALHAMENTO DAS ARMADURAS;
4. TABELA DE AÇO.
MUROS DE ARRIMOS
MURO DE ARRIMO

• Muros são estruturas corridas de


contenção de parede vertical ou quase
vertical, apoiadas em uma fundação rasa
ou profunda. Podem ser construídos em
alvenaria (tijolos ou pedras) ou em
concreto (simples ou armado), ou ainda, de
elementos especiais.
• Os muros de arrimo podem ser de vários
tipos: gravidade (construídos de alvenaria,
concreto, gabiões ou pneus), de flexão
(com ou sem contraforte) e com ou sem
tirantes.
MURO DE ARRIMO

• Muros de Gravidade:
• Muros de Gravidade são estruturas corridas
que se opõem aos empuxos horizontais
pelo peso próprio. Geralmente, são
utilizadas para conter desníveis pequenos
ou médios, inferiores a cerca de 5m. Os
muros de gravidade podem ser construídos
de pedra ou concreto (simples ou armado),
gabiões ou ainda, pneus usados.
MURO DE ARRIMO

• Muros de Gravidade - Alvenaria de pedra:


Muro de pedras arrumadas manualmente, a
resistência do muro resulta unicamente do
embricamento dos blocos de pedras. Este muro
apresenta como vantagens a simplicidade de
construção e a dispensa de dispositivos de
drenagem, pois o material do muro é drenante.
Outra vantagem é o custo reduzido,
especialmente quando os blocos de pedras são
disponíveis no local. No entanto, a estabilidade
interna do muro requer que os blocos tenham
dimensões aproximadamente regulares, o que
causa um valor menor do atrito entre as pedras.
MURO DE ARRIMO

• Muros de Gravidade - Alvenaria de pedra


argamassada:
Quanto a taludes de maior altura (cerca de uns
3m), deve-se empregar argamassa de cimento e
areia para preencher os vazios dos blocos de
pedras. Neste caso, podem ser utilizados blocos
de dimensões variadas. A argamassa provoca
uma maior rigidez no muro, porém elimina a sua
capacidade drenante. É necessário então
implementar os dispositivos usuais de drenagem
de muros impermeáveis, tais como dreno de
areia ou geossintético no tardoz e tubos
barbacãs para alívio de poro pressões na
estrutura de contenção.
MURO DE ARRIMO

• Muros de Gravidade - Concreto ciclópico:


Estes muros são em geral economicamente
viáveis apenas quando a altura não é
superior a cerca de 4 metros. O muro de
concreto ciclópico é uma estrutura
construída mediante o preenchimento de
uma fôrma com concreto e blocos de rocha
de dimensões variadas. Devido à
impermeabilidade deste muro, é
imprescindível a execução de um sistema
adequado de drenagem.
MURO DE ARRIMO

• Muros de Gravidade - Concreto ciclópico:


A sessão transversal é usualmente trapezoidal,
com largura da base da ordem de 50% da altura
do muro. A especificação do muro com faces
inclinadas ou em degraus pode causar uma
economia significativa de material. Para muros
com face frontal plana e vertical, devese
recomendar uma inclinação para trás (em
direção ao retroaterro) de pelo menos 1:30
(cerca de 2 graus com a vertical), de modo a
evitar a sensação ótica de uma inclinação do
muro na direção do tombamento para a frente.
MURO DE ARRIMO

• Muros de Gravidade - Concreto ciclópico:


Os furos de drenagem devem ser
posicionados de modo a minimizar o impacto
visual devido às manchas que o fluxo de água
causa na face frontal do muro.
Alternativamente, pode-se realizar a
drenagem na face posterior (tardoz) do muro
através de uma manta de material
geossintético (tipo geotêxtil). Neste caso, a
água é recolhida através de tubos de
drenagem adequadamente posicionados.
MURO DE ARRIMO

• Muros de Gravidade - Gabião:


Os muros de gabiões são constituídos por gaiolas
metálicas preenchidas com pedras arrumadas
manualmente e construídas com fios de aço
galvanizado em malha hexagonal com dupla torção.
As dimensões usuais dos gabiões são: comprimento
de 2m e seção transversal quadrada com 1m de
aresta. No caso de muros de grande altura, gabiões
mais baixos (altura = 0,5m), que apresentam maior
rigidez e resistência, devem ser posicionados nas
camadas inferiores, onde as tensões de compressão
são mais significativas. gabiões com comprimento de
até 4m podem ser utilizados para agilizar a
construção.
MURO DE ARRIMO

• Muros de Gravidade - solo-cimento:


Os muros são constituídos por camadas formadas
por sacos de poliéster ou similares, preenchidos por
uma mistura cimento-solo da ordem de 1:10 a 1:15
(em volume). O solo utilizado é inicialmente
submetido a um peneiramento em uma malha de
9mm, para a retirada dos pedregulhos. Em seguida,
o cimento é espalhado e misturado, adicionando-se
água em quantidade 1% acima da correspondente à
umidade ótima de compactação proctor normal.
Após a homogeneização, a mistura é colocada em
sacos, com preenchimento até cerca de dois terços
do volume útil do saco. Procede-se então o
fechamento mediante costura manual.
MURO DE ARRIMO

• Muros de Gravidade - solo-cimento:


No local de construção, os sacos de solo-cimento são
arrumados em camadas posicionadas
horizontalmente e, a seguir, cada camada do
material é compactada de modo a reduzir o volume
de vazios. O posicionamento dos sacos de uma
camada é propositalmente desencontrado em
relação à camada imediatamente inferior, de modo a
garantir um maior intertravamento e, em
consequência, uma maior densidade do muro. A
compactação é em geral realizada manualmente
com soquetes. As faces externas do muro podem
receber uma proteção superficial de argamassa de
concreto magro, para prevenir contra a ação erosiva
de ventos e águas superficiais.
MURO DE ARRIMO

• Muros de flexão:
Muros de Flexão são estruturas mais esbeltas
com seção transversal em forma de “L” que
resistem aos empuxos por flexão, utilizando
parte do peso próprio do maciço, que se apóia
sobre a base do “L”, para manter-se em
equilíbrio. Em geral, são construídos em
concreto armado, tornando-se anti-econômicos
para alturas acima de 5 a 7m. A laje de base em
geral apresenta largura entre 50 e 70% da altura
do muro. A face trabalha à flexão e se necessário
pode empregar vigas de enrijecimento, no caso
alturas maiores.
MURO DE ARRIMO

• Muros de flexão com contrafortes:


Para muros com alturas superiores a cerca de 5
m, é conveniente a utilização de contrafortes (ou
nervuras), para aumentar a estabilidade contra o
tombamento (Figura 10). Tratando-se de laje de
base interna, ou seja, sob o retroaterro, os
contrafortes devem ser adequadamente
armados para resistir a esforços de tração. No
caso de laje externa ao retroaterro, os
contrafortes trabalham à compressão. Esta
configuração é menos usual, pois acarreta perda
de espaço útil a jusante da estrutura de
contenção. Os contrafortes são em geral
espaçados de cerca de 70% da altura do muro.
MURO DE ARRIMO

• Muros de flexão em alvenaria estrutural:


Consiste em um muro de alvenaria estrutural
armada para resistir aos esforços de flexão
devido as cargas provenientes do empuxo de
terra. As barras são posicionadas nos furos
dos blocos que devem ser grauteados.
Conseguindo vencer alturas de 3 a 5 metros,
não necessitam de forma, mas precisam de
um sistema de drengem.
MURO DE ARRIMO

• Muros de terra armada:


Também conhecida como solo reforçado a
técnica de reforço de solo é composta por um
maciço contido por placas pré moldadas de
concreto, chamadas também de escamas, que
funcionam como face da contenção. A pressão
do sistema é distribuída em tiras ou fitas
metálicas, as quais podem ou não ser
nervuradas, presas nas placas. Essas tiras,
colocadas dentro do solo na medida em que este
é compactado durante a execução, resistem aos
esforços por conta do atrito desenvolvido no
maciço.
MURO DE ARRIMO

• Muros de terra armada:


Em decorrência do sistema de terra armada
ter alta capacidade de suportar
carregamentos, ela é ideal para muros de
grande altura e/ou que estejam suscetíveis a
elevadas sobrecargas. Como exemplos de sua
aplicação tem-se obras rodoviárias,
ferroviárias, industriais, muros marítimos,
barragens, encontro de pontes e viadutos e
outras aplicações de engenharia civil
EMPUXO
EMPUXO DE TERRA

• Empuxo de terra é a força horizontal


resultante da pressão exercida pelo solo
contra uma estrutura, como um muro de
contenção ou uma fundação de edifício.
Esse empuxo é gerado pela diferença de
pressão hidrostática entre o solo em
repouso e o solo em movimento, devido à
escavação ou ao aterramento realizado ao
redor da estrutura.
EMPUXO DE TERRA

• O empuxo de terra pode ser dividido em duas


categorias principais: empuxo ativo e empuxo passivo.
• O empuxo ativo é gerado quando o solo pressiona a
estrutura, como um muro de contenção, em direção
oposta ao solo. Esse tipo de empuxo ocorre quando a
terra está sendo empurrada para cima ou para fora, ou
seja, quando a superfície do solo está inclinada em
direção à estrutura. O empuxo ativo é mais comum em
paredes de contenção ou escavações em taludes.
• Por outro lado, o empuxo passivo é gerado quando a
estrutura exerce pressão no solo, empurrando-o para
baixo ou para dentro. Esse tipo de empuxo ocorre
quando a superfície do solo está inclinada para longe da
estrutura, fazendo com que o solo exerça uma força
para resistir ao movimento. O empuxo passivo é mais
comum em fundações de edifícios ou em estruturas
enterradas.
EMPUXO DE TERRA

Teoria de Rankine
• O maciço de solo deve ser considerado
plano, horizontal e sem coesão (areia pura
seca);
• O solo é formado por uma camada única e
contínua (homogêneo);
• É desconsiderado o atrito entre o solo e o
paramento no plano de contenção;
EMPUXO DE TERRA

Teoria de Rankine
• as formulações para os coeficientes de
empuxos ativo e passivo, que são:

• φ: ângulo de atrito interno do solo.


EMPUXO DE TERRA

Teoria de Rankine
• Método geral
EMPUXO DE TERRA

• O empuxo de terra pode ser calculado


utilizando as teorias de mecânica dos solos
e a geometria da estrutura. Ele é um fator
importante a ser considerado no projeto de
fundações, muros de contenção, barragens
e outras estruturas que lidam com a
pressão do solo. É importante dimensionar
adequadamente essas estruturas para que
elas possam suportar as cargas geradas
pelo empuxo de terra e evitar o colapso ou
o deslocamento da estrutura.
EMPUXO DE TERRA

• É comum, na prática, termos situações em


que o solo a ser contido terá algum tipo de
sobrecarga de utilização, seja por alguma
edificação ou até mesmo como a
construção de rodovias. Nesse caso, para
considerar a influência nos empuxos de
terra ocasionados pelo carregamento
distribuído da sobrecarga de utilização,
devemos “transformar” tal sobrecarga (q)
em uma altura equivalente de solo da
camada, que chamaremos de h0.
EMPUXO DE TERRA

• a tensão vertical no solo ocasionada por q,


é equivalente a uma altura de solo h0:

• Tensão horizontal ocasionada por uma


sobrecarga, teremos então:
DIMENSIONAMENTO DE MURO DE ARRIMO
EMPUXO DE TERRA

• Pré-dimensionamento
• Os muros de seção trapezoidal são os mais
utilizados dos muros de gravidade. O pré-
dimensionamento desse tipo de estrutura
pode ser feito de acordo com as equações
ilustradas nas figuras ao lado.
EMPUXO DE TERRA

• Pré-dimensionamento
• Os muros de seção trapezoidal são os mais
utilizados dos muros de gravidade. O pré-
dimensionamento desse tipo de estrutura
pode ser feito de acordo com as equações
ilustradas nas figuras ao lado.
EMPUXO DE TERRA

• Na verificação de estabilidade de muros de


arrimo de gravidade, deve-se verificar
primeiramente o equilíbrio estático do
conjunto.
• Ou seja deve ser verificado se as forças
atuantes serão suficientes para deslocar ou
tombar o muro, assim como deve ser
verificado a capacidade de suporte do solo.
EMPUXO DE TERRA

• Na verificação de estabilidade de muros de


arrimo de gravidade, deve-se verificar
primeiramente o equilíbrio estático do
conjunto.
• Ou seja deve ser verificado se as forças
atuantes serão suficientes para deslocar ou
tombar o muro, assim como deve ser
verificado a capacidade de suporte do solo.
EMPUXO DE TERRA

• Verificação ao deslizamento
EMPUXO DE TERRA

• Verificação ao tombamento
EMPUXO DE TERRA

• Capacidade de carga da fundação

• P: somatório das cargas verticais;


• A: área da base da fundação;
• M: somatório dos momentos na base;
• b: dimensão transversal da base do muro;
• Obs. Cosidera 1,0 m de comprimento do muro
ESCADAS
ESCADA

• Escadas podem ser definidas como


elementos que servem para unir, através de
degraus sucessivos, os diferentes níveis de
uma construção.
• Podemos ainda dizer que elas tem como
objetivo comunicar dois espaços verticais
diferentes, progredindo diagonalmente.
ESCADA

• Note o destaque para a expressão


“diagonalmente”. É necessário perceber
que essa característica das escadas não se
encontra usualmente nos três principais
elementos estruturais presentes numa
edificação: as lajes, vigas e pilares. Esses
elementos têm sua natureza geométrica
essencialmente vertical ou horizontal, o
que torna intuitiva a sua representação
gráfica através de desenhos técnicos em
duas dimensões (2D).
ESCADA

• Apresentando um dificuldade inicial na


compreensão do seu detalhamento por
representar um elemento diagonal em um
plano. Contudo, o entendimento dos
desenhos vai se tornando mais claro com a
prática.
ESCADA

• NOMENCLATURA:
• Degrau: Cada um dos pontos de apoio que
permitem a locomoção ascendente ou
descendente em uma escada.
• Espelho: É a parte vertical do degrau.
• Piso: É a parte horizontal do degrau.
• Patamar: É uma zona horizontalmente reta
que existe para mudança de direção como
para descanso do usuário.
• Ângulo α: Ângulo de inclinação da escada.
ESCADA

• NOMENCLATURA:
• Armadura Principal: É a armadura que
resiste aos esforços de flexão de uma
escada. Normalmente está situada no
sentido longitudinal mais próxima a face
externa da escada uma vez que assim
garante uma altura útil de cálculo maior, o
que otimiza o dimensionamento à flexão.
ESCADA

• NOMENCLATURA:
• Armadura Secundária: É a armadura
perpendicular a armadura principal. Em
escadas simplesmente apoiadas não trabalham
à flexão e são calculadas em função de
requisitos normativos para controlar a
fissuração do concreto.
• Vão Livre: Representa a distância entre as faces
internas dos apoios.
• Altura livre: Altura de topo de piso a fundo do
teto, em cada ponto da escada. Vale ressaltar
que a altura livre mínima indicada é de 210 cm.
ESCADA

• Normatização:
• A norma NBR 9050:2020 é quem governa as
dimensões de escadas no que se refere a
acessibilidade e conforto do usuário. Esta NBR
define escada em seu item 6.8.1 como “qualquer
sucessão de três ou mais degraus”.
• Ela ainda fornece, ao longo do item 6.8 uma série
de critérios geométricos a serem seguidos. O
primeiro deles, descrito no item 6.8.2, diz que as
dimensões dos espelhos e pisos em toda a escada
devem ser constantes e que essas dimensões
devem se enquadrar em três parâmetros. O
primeiro deles é conhecido também como
“fórmula de Blondel,
ESCADA

• Normatização:
• Geometricamente, a implicação direta da
inequação (1.1) é que o ângulo α de nossas
escadas estará sempre entre 26° e 32°.
Podemos dizer ainda, a partir disso, que o
ângulo α médio de nossas escadas será 29°.
ESCADA

• Normatização:
• A NBR 9050:2020 ainda determina, no item 6.8.3,
que a largura mínima de escadas seja 120 cm. E em
seu item 6.8.6 foi incluída uma recomendação de
largura mínima de 15 cm na menor largura do piso
de lances curvos.
• A norma segue dizendo no item 6.8.7 que “as
escadas devem ter no mínimo um patamar a cada
3,20 m de desnível e sempre que houver mudança
de direção”.
• O item 6.8.8 complementa dizendo que entre os
lances de escadas, deve haver um patamar de no
mínimo 120 cm e com dimensões iguais a largura
da escada.
ESCADA
ESCADA

• Tipos De Escadas:
1-Escadas Longitudinais
As escadas longitudinais são definidas, a priori, pelo
aspecto estrutural, ou seja, o termo “longitudinal”
indica a direção onde serão armadas. Em outras
palavras, essa categoria de escada é calculada e
armada ao longo do seu comprimento.
Essa característica também é compartilhada por
outros tipos de escada. Veremos em breve que as
escadas em “L”, “U” e “O” são geralmente compostas
por trechos armados longitudinalmente. A diferença
é que nestes casos lances se apoiam em lances.
ESCADA

• Tipos De Escadas:
1-Escadas Longitudinais
ESCADA

• Tipos De Escadas:
1-Escadas Longitudinais em U
ESCADA

• Tipos De Escadas:
1-Escadas Longitudinais em O
ESCADA

• Tipos De Escadas:
2-Escadas Transversais
As escadas transversais também são definidas pela
condição de apoio. Portanto, essa classe de escada é
modelada e armada transversalmente. Neste caso, apoios
laterais serão necessários. Normalmente estes apoios são
feitos por vigasEssa configuração, do ponto de vista
estrutural é vantajosa para o dimensionamento do lance,
porque diminui o comprimento do vão de cálculo. Na
maioria das escadas a largura ou o comprimento
transversal do lance é de 2 a 4 vezes menor que o
comprimento longitudinal. Na prática, isso quer dizer que
o momento fletor de uma escada transversal pode ser de
4 a 16 vezes menor que o momento da escada
longitudinal.
ESCADA

• Tipos De Escadas:
3-Escadas Plissadas
As escadas plissadas ou em cascata são
caracterizadas pelo formato de seus lances, ou seja,
seus degraus têm a espessura horizontal e vertical
constante, o que promove o efeito visual
característico dessa classe de escadas.
Em termos práticos, as escadas plissadas podem
existir em todas as configurações já citadas.
Portanto, as considerações sobre apoio já abordadas
também são válidas para esta classe de escadas. A
diferença principal, além do formato dos degraus é
no detalhamento da armadura desse tipo de escada.
Esse aspecto será abordado com mais detalhes no
capítulo de detalhamento.
ESCADA

• Tipos De Escadas:
4-Escadas Helicoidais
Essa escada tem o seu lance em forma de hélice, do
ponto de vista arquitetônico pode valorizar e muito um
imóvel e por isso é bastante usada em residências de alto
padrão, porém do ponto de vista do conforto, esse tipo
de escada tem a sua seção mais interna em planta
reduzida, o que dificulta a pisada, sendo mais indicada
para ambientes de utilização restrita.
Quanto a condição de contorno, normalmente ela precisa
ser engastada na viga de topo e na viga de fundo,
necessitando de vigas de apoio com dimensões mais
generosas para suportar essa torção. Outros tipos de
vinculações mais flexíveis também são possíveis através
de uma análise computacional, contanto que os
deslocamentos fiquem sobre controle.
ESCADA

• Tipos De Escadas:
4-Escadas Helicoidais
Esse tipo de escada exige não só um cálculo
estrutural mais complexo, como um
detalhamento mais trabalhoso, um corte e
dobra das armaduras mais complicado, além
de uma carpintaria de maior grau de
dificuldade, o que pode inviabilizar seu uso
em residências de padrão econômico apesar
da bela estética, tornando-se uma estrutura
de certa forma exclusiva para poucos.
ESCADA

• Tipos De Escadas:
4-Escadas com degraus em balanço
Esse tipo de escada consiste em degraus que
vão trabalhar como vigas em engastadas,
geralmente em uma viga lateral.
Uma vez que trata de uma escada em balanço, o
momento é negativo e traciona a face superior
da escada. Assim sendo, a armadura principal,
que iremos dimensionar a seguir, é localizada na
face superior, conforme ilustra a figura abaixo.
No detalhamento de escadas em balanço, nós
iremos distribuir a armação apenas da região
superior dos degraus.
ESCADA

• Pré-dimensionamento :
• Um dos primeiros passos ao projetar uma
escada é definir sua espessura. E sua
espessura não leva em conta os degraus.
Pois do ponto de vista estrutural, apenas
são apenas carga, peso próprio. Tratam-se,
portanto, de enchimentos não tendo
armadura ou mesmo função estrutural.
ESCADA

• Pré-dimensionamento :
• o critério sugerido para um bom pré-
dimensionamento de escadas longitudinais
é que a espessura da escada seja
aproximadamente 3% do vão de cálculo.
Em termos práticos, você pode se guiar
pela Tabela a seguir:
ESCADA

• Pré-dimensionamento :
• o critério sugerido para um bom pré-
dimensionamento de escadas longitudinais
é que a espessura da escada seja
aproximadamente 3% do vão de cálculo.
Em termos práticos, você pode se guiar
pela Tabela a seguir:
ESCADA

• Carregamento nas Escadas :


• 1- Peso Próprio
O tratamento de carga para escadas é
idêntico ao utilizado em lajes. Para o peso
próprio, as considerações serão similares a
uma laje maciça. Usaremos o peso específico
do concreto armado, disponível na NBR
6120:2019 juntamente com alguns cálculos
geométricos.
ESCADA

• Carregamento nas Escadas :


• 1- Peso Próprio
Dessa maneira, queremos estimar uma carga em
unidade de força por unidade de área, logo, é fácil
ver que se multiplicarmos a espessura da laje, em
metros, pelo peso específico do concreto armado.
Nas escadas, usaremos o mesmo raciocínio, contudo,
é necessário um certo tratamento com a espessura
devido aos degraus que compõe os lances. Assim,
calculamos uma altura média que nos permita
computar o peso próprio da “parte plana” da escada
juntamente com seus degraus com uma única
multiplicação. Nos patamares, basta utilizar a
espessura da escada definida no pré-
dimensionamento
ESCADA

• Carregamento nas Escadas :


• 1- Peso Próprio
Dessa maneira, queremos estimar uma carga em
unidade de força por unidade de área, logo, é fácil
ver que se multiplicarmos a espessura da laje, em
metros, pelo peso específico do concreto armado.
Nas escadas, usaremos o mesmo raciocínio, contudo,
é necessário um certo tratamento com a espessura
devido aos degraus que compõe os lances. Assim,
calculamos uma altura média que nos permita
computar o peso próprio da “parte plana” da escada
juntamente com seus degraus com uma única
multiplicação. Nos patamares, basta utilizar a
espessura da escada definida no pré-
dimensionamento
ESCADA

• Carregamento nas Escadas :


• 2- Sobrecarga
A sobrecarga, como nas lajes, é estimada
com base na norma NBR 6120, apresentado
no Quadro 2.1– Sobrecarga em escadas.
ESCADA

• Carregamento nas Escadas :


• 2- Sobrecarga
ESCADA

• Carregamento nas Escadas :


• 3- Pavimentação e Revestimento
Para a estimativa da carga gerada pela
pavimentação e pelo revestimento a regra é
avaliar cada caso com base no revestimento que
será usado na obra. A rigor, o processo segue o
mesmo raciocínio do Item 2.1. A NBR 6120
disponibiliza o peso específico de cinco grupos
de materiais, são eles as rochas naturais, blocos
artificiais e pisos, argamassas e concretos,
metais e madeiras. Dessa maneira, a maioria dos
materiais utilizados com essa finalidade são
contemplados pela norma.
ESCADA

• Carregamento nas Escadas :


• 3- Pavimentação e Revestimento
No entanto, pode-se dizer que esse tipo de carga
sempre tende a estar no intervalo entre 50 e 100
kgf/m². Para efeitos práticos, uma estimativa nesse
intervalo é razoável. Perceba que esses valores
dependem do peso específico e da espessura do
revestimento. Dessa maneira, a recomendação
deixada é que sempre se considere os 100 kgf/m²,
mesmo nas escadas que tem o tipo de revestimento
indicado no projeto arquitetônico ou ainda naquelas
onde não há revestimento planejado, não podemos
garantir que não haverá mudanças que incrementem
essa categoria de carga no futuro
ESCADA

• Análise Estrutural de Escadas :


O procedimento de análise estrutural se inicia
depois da definição da geometria do elemento,
das suas cargas e das condições de contorno,
principalmente as condições de apoio. Neste
texto trataremos nossas escadas sempre como
elementos simplesmente apoiados. Sendo
sempre um modelo estrutural isostático. Isso
não só facilita os procedimentos de cálculos,
como deixa a escada independente do restante
da estrutura, no sentido de que a escada não irá
gerar momento adicionais na estrutura da
edificação.
ESCADA

• Análise Estrutural de Escadas :


Após definida as vinculações basta utilizar
um software de analise ou dependendo do
tipo escada utilizar as equações de equilíbrio
e encontrar os esforços atuantes (Momento,
cortante, normal, torsão).
É razoável dizer que o esforço cortante e o
esforço normal, quase sempre, são resistidos
de maneira satisfatória pelo concreto simples
e que, por isso, podemos dimensionar
escadas baseados no momento fletor.
ESCADA

• Dimensionamento das Áreas de Aço para


Escadas:
• Determina-se a área de aço referente a
armadura principal (longitudinal);
• Estima-se a área de aço da armadura
secundária com base em critérios
normativos;
• Estima-se a área de aço da armadura
negativa com base em critérios normativos.
ESCADA

1-Cálculo da Área de Aço Principal (Asx)

• Perceba que o cálculo da altura útil


demanda que conheçamos qual o diâmetro
da barra que usaremos. Precisamos então
estimar esse valor. A experiência mostra
que considerar barras de 10 mm ou 12,5
mm é razoável, pois, as armaduras de
escadas convencionais conseguem ser
perfeitamente detalhadas com esses
diâmetros.
ESCADA

1-Cálculo da Área de Aço Principal (Asx)

• É importante ressaltar que a NBR 6118:2014 define uma taxa


de armadura mínima, ou seja, por mais que seja
extremamente incomum, é necessário verificar se a área de
aço calculada é maior ou igual do que a mínima exigida para
aquela peça. Observe a Tabela Nela é informada a taxa de
armadura mínima (ρmin), em porcentagem da área da seção
de concreto para cada resistência característica (fck) até 50
MPa. Portanto, para definirmos a área de aço mínima basta
multiplica a área da seção transversal da peça pelo fator
encontrado na tabela.

• Para escadas, como consideraremos a base da seção (bw)


sempre como 100 cm, podemos calcular a área de aço
mínima como:
ESCADA

2-Cálculo da Área de Aço Secundária (Asy)


A sua área de aço secundária é definida em função
do valor calculado para a área de aço principal. Em
outras palavras, a área de aço secundária é uma
fração da principal como mostrada na Tabela 5.3
adaptada do Item 19.3.3.2 da NBR6118. Devemos
lembrar aqui que armadura secundária mesmo não
combatendo nenhum momento fletor ela tem uma
função de ajudar a peça a resistir ao processo de
fissuração. Via de regra em comum definirmos
armaduras mínimas como uma proporção do
momento de fissuração. Nas armaduras secundárias,
mesmo não existe momento em seu sentido a regra
ainda vale. Em outras palavras, é importante que o
concreto tenha armadura mínima secundária mesmo
para o caso de não existir momento fletor lá.
ESCADA

3-Cálculo da Área de Aço Negativa (Asneg)


Como já convencionamos, todas as nossas
escadas serão consideradas simplesmente
apoiadas. Sendo assim, do ponto de vista da
análise estrutural, não consideraremos
momentos negativos no dimensionamento.
Por esse motivo, a armadura considerada
será a mínima, calculada como indica o
destaque azul na Tabela
ESCADA PLISSADA
ESCADA PLISSADA

Escada cascata, também conhecida como


escada plissada, é um modelo de escada com
estrutura diferenciada, com seus degraus
engastados entre si, faz com que sua parte
inferior apresente forma igual ao da sua
parte superior.
ESCADA PLISSADA

Peso Próprio para Escadas Plissadas

Nas escadas plissadas, também calcularemos


uma espessura média, contudo,
devido a sua geometria própria, utilizaremos
outra expressão. Lembre-se que, tanto nas
escadas convencionais quanto nas plissadas, o
cálculo da espessura média é apenas uma
ferramenta para facilitar a estimativa da carga de
peso próprio referente à região dos
degraus.
Portanto, teremos a expressão ao lado:
ESCADA PLISSADA

Momento Fletor Para Escadas Plissadas


Apesar de sua geometria diferente, nas
escadas plissadas (ou em cascata) também
podemos utilizar o software Ftool, que
baseia seus cálculos no método dos
deslocamentos, para mostrar os resultados.
ESCADA PLISSADA

É preciso pontuar que nas escadas plissadas


simplesmente apoiadas, apesar de não haver
momentos negativos, ocorre uma transferência de
esforços dos pisos para os espelhos e vice versa. Nas
escadas plissadas os nós dos degraus e os próprios
degraus são elementos “vivos”, ou seja, eles têm
função estrutural. Desta forma, devemos combater
mecanismos de fissuração tanto no piso quanto no
espelho. Deve haver aço suficiente nessas regiões
para garantir que os esforços sejam devidamente
resistidos e o concreto fissure o mínimo possível.
Lembra-se que na escada longitudinal os degraus são
meramente elementos de enchimento e sem função
de resistir aos esforços, por isso não há necessidade
de armadura.
ESCADA PLISSADA

O detalhamento de escadas plissadas pode


ser feito com armaduras formando nós que
acompanham o formato dos degraus.

Não se recomenda realizar mais do que 4 nós


afim de não prejudicar a montagem, ou seja,
se a barra dobrada ficar muito longa isso
pode tornar lento o processo de montagem
ESCADA PLISSADA

O detalhamento de escadas plissadas pode


ser feito com armaduras formando nós que
acompanham o formato dos degraus.

Não se recomenda realizar mais do que 4 nós


afim de não prejudicar a montagem, ou seja,
se a barra dobrada ficar muito longa isso
pode tornar lento o processo de montagem
ESCADA PLISSADA

É critério normativo alocar uma barra em


cada vértice da dobra da armadura* . Essa
função, nas escadas plissadas, é desenvolvida
pela armadura secundária. Além disso, é
recomendável colocar-se uma barra no meio
de cada piso dependendo do tamanho do
piso. Perceba também que a indicação da
armadura secundária é feita de maneira
similar as escadas longitudinais comuns.
ESCADA PLISSADA

Uma outra alternativa é detalhar a escada


plissada com um conjunto de estribos na
horizontal (na região do piso) e na vertical
(na região do espelho) esse tipo de
detalhamento apresenta um consumo de aço
quase que dobrado em relação a solução
anterior com diversos nós, porém
confeccionar um estribo é comum e prático
para qualquer obra, sendo uma solução de
armadura mais simples de se dobrar.
CISALHAMENTO
CISALHAMENTO
AS escadas são um tipo especial de laje, portanto, elas herdam
praticamente todas as características pertinentes desses elementos
estruturais, mais especificamente as das lajes maciças. Nas lajes, a NBR
6118:2014 permite que seu dimensionamento seja feito sem armadura
transversal caso a Inequação a baixo seja satisfeita.
CISALHAMENTO
AS escadas são um tipo especial de laje, portanto, elas herdam
praticamente todas as características pertinentes desses elementos
estruturais, mais especificamente as das lajes maciças. Nas lajes, a NBR
6118:2014 permite que seu dimensionamento seja feito sem armadura
transversal caso a Inequação a baixo seja satisfeita.
• ρ1 = 0 - Não
consideraremos a
influência positiva da
armadura longitudinal.
• σcp = 0 - Quando não há
protensão.
CISALHAMENTO
DETALHEMENTO
ESCADA PLISSADA

Quando houver tendência à retificação de


barra tracionada em regiões em que a
resistência a esses deslocamentos seja
proporcionada por cobrimento insuficiente
de concreto, a permanência da barra em sua
posição deve ser garantida por meio de
estribos ou grampos convenientemente
distribuídos. Deve ser dada preferência à
substituição da barra por outras duas,
prolongadas além do seu cruzamento e
ancoradas.
ESCADA PLISSADA

Nas escadas, ocorre a mudança de direção


de barras tracionadas na interface entre
lances e patamares. Isso pode acontecer de
duas maneiras possíveis. Na situação
Situação I, não é necessário substituir a
barra, pois a resultante Rt aponta para uma
região maciça de concreto suficiente parar
resistir aos esforços gerados. Por outro lado,
na Situação II, tem-se o caso descrito pela
norma, portanto, é necessário substituir a
barras por duas e realizar uma emenda por
traspasse como mostrado.
ESCADA
DETALHAMENTO

Emenda por traspasse:

OBS. Já que para escadas 100 % das barras podem ter emendas
por traspasse, o valor do coeficiente α0t será sempre de α0t =
2,0.
CONSOLO CURTO
CONSOLO CURTO

O consolo é um pequeno elemento


estrutural em balanço fixado em um
elemento estrutural principal, como pilares
ou paredes, que tem como finalidade servir
de apoio a outra estrutura, como vigas,
placas ou equipamentos, muito comuns em
sistemas de estruturas pré-moldadas.
Esse elemento é abordado na NBR 6118
(2014) em seu item 22.5 e na NBR 9062
(2017) no seu item 7.3.
CONSOLO CURTO
• O método de cálculo mais adequado varia conforme a relação a/d
CONSOLO CURTO
• De acordo com o modelo inicial mais completo, pode-se calcular o
equilíbrio de forças nos três nós principais, avaliando-se as forças de
tração no tirante e verificando-se a região sujeita à maior
compressão.
CONSOLO CURTO
CONSOLO CURTO
CONSOLO CURTO
CONSOLO CURTO
CONSOLO CURTO
CONSOLO CURTO
CONSOLO CURTO
CONSOLO CURTO
CONSOLO CURTO
CONSOLO CURTO
CONSOLO CURTO
CONSOLO CURTO
CONSOLO CURTO
CONSOLO CURTO
CONSOLO CURTO
CONSOLO CURTO
VIGA PAREDE
VIGA PAREDE
VIGA PAREDE
VIGA PAREDE
VIGA PAREDE
VIGA PAREDE
VIGA PAREDE
VIGA PAREDE
VIGA PAREDE
VIGA PAREDE
VIGA PAREDE
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VIGA PAREDE
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