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PROJETO DE FUNDAÇÕES E SOLOS

Prof. Me. Allan Miranda Pereira

Aluno: Ivan Melim

São José do Rio Preto- SP, 30 de outubro de 2023

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PROJETO DE FUNDAÇÕES E SOLOS

Melim, Ivan

RESUMO

Trabalho de projeto integrador tema Fundações, onde se trará a escolha de


um tipo de fundação como bloco para determinado tipo de estrutura.
Uma breve descrição sobre fundações em geral, e depois a escolha da
fundação adotada, procedimentos gerais do projeto e técnicas de distância entre
eixos de estacas.
A presente pesquisa tem como visão o estudo de um tipo de fundação e as
aplicações parciais em várias áreas da construção civil. As características
implementadas em os tipos de sapatas mais casuais e utilizadas fazem ter uma noção
dos tipos que são empregados e como são caracterizados cada tipo, pelo ponto de
vista de alguns autores e por normas que regem este tipo de fundação e seus
respectivos modelos.
Palavras-Chave: Fundações. Blocos, sapatas.

Introdução:
Existem diversos tipos de fundações como blocos, sapatas. Primeiramente
serão debatidos os blocos, que podem ser em concreto e de pedras. Posteriormente,
serão estudadas sapatas com os procedimentos necessários para a avaliação do solo
e da dimensão da sapata. Quando se estudam sapatas, pode-se ter sapatas isoladas,
associadas e de divisas. Além dessas fundações, também iremos apresentar radiers
e o modo como funciona seu mecanismo e o análise e dimensionamento de blocos,
sapatas (isoladas, associadas, contínuas e em divisas), vigas de equilíbrio, radier.

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Blocos de fundações

Em um edifício, tem- se o trajeto que as cargas irão percorrer até se dissipar


no solo e a laje que descarrega suas cargas nas vigas, as quais descarregam suas
cargas nos pilares. Em um prédio alto, tem -se uma grande quantidade de carga;
muitas vezes, uma estaca pode não suportar a carga, que deve ser dividida entre
várias estacas. Esses blocos de fundação também ser vem para absorver as reações
provindas das estacas, GUIMARAES, 20218.
Existem diversos tipos de blocos de fundação, com vários formatos, de acordo
com o tipo de fundação a ser executada. Geralmente, blocos têm dimensões
retangulares, mas existem blocos triangulares, pentagonais e hexagonais. Na Figura
1, pode- se visualizar os diversos tipos de blocos de fundações. Contudo, também
podemos pensar em fundações do tipo bloco, que são utiliza das quando se tem
cargas quase como se fosse m pontuais; essa carga do pilar descarrega direto em
cima do bloco, GUIMARAES, 20218.

Figura: 01- GUIMARAES, 20218

Esses blocos podem ser executa dos em vários materiais, como pedra, tijolo
e concreto simples ou ciclópico. Quando se utilizam ar maduras como bloco, pode -se
dizer que se caracterizam como sapatas (na Figura 2), pode -se observar os diferentes
tipos de blocos), GUIMARAES, 20218.

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Figura:02- GUIMARAES, 20218

Procedimentos gerais do projeto


Considerando-se as ações atuantes no pilar (força normal, momentos fletores
e forças cortantes) e definido o tipo de estaca e sua carga admissível determina-se o
número de estacas por pilar. Outras considerações devem ser feitas nesta fase do
projeto como, a consideração do efeito de grupo de estacas e estacas com forças
horizontais. Fundações submetidas a forças horizontais moderadas podem ser
dimensionadas com estacas verticais, distribuindo-se a força horizontal entre as
estacas, desde que se respeite capacidade horizontal; se as estacas estiverem
submetidas a forças horizontais elevadas, as camadas superiores do solo deverão
resistir a estas forças sem que ocorra movimento lateral excessivo, se isto não for
possível adotam-se estacas inclinadas. Certos procedimentos para cálculo de forças
horizontais em estacas verticais são baseados em hipóteses simplificadas, uma
solução mais realista seria a consideração da interação estaca-solo, BASTOS., 2023.
Segundo a NBR 6118:2003 os blocos rígidos têm comportamento estrutural
caracterizado por trabalho à flexão nas duas direções com trações nas linhas sobre
as estacas; as forças são transmitidas por meio de bielas de compressão com formas
e dimensões complexas; o trabalho ao cisalhamento também se dá nas duas direções,
não apresentando ruptura por tração diagonal e sim por compressão das bielas. No
caso de blocos flexíveis deve ser feita uma análise mais completa.

Distância entre eixos de estacas


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A NBR 6118:2003 sugere que o valor de espaçamento entre eixos de estacas
deva estar compreendido entre 2,5 vezes a 3 vezes o diâmetro destas. Alguns autores
adotam o espaçamento mínimo entre as estacas da ordem de 2,5 vezes o diâmetro
no caso de estacas pré-moldadas e 3,0 vezes para estacas moldadas “in loco”. Para
ambos os casos esse valor não deve ser inferior a 60 cm.
São recomendadas práticas que a ponta superior da estaca deve ser embutida
no bloco não menos que 10 cm e não mais que 15 cm, e que deve ser adotado para
espaçamento entre estacas o menor valor entre: 2 vezes o diâmetro da estaca, 75 cm
ou 1,75 vez a diagonal (no caso de blocos quadrados), CALAVERA,1991 e
MONTOYA, 2000.

A união entre a estaca e o bloco pode variar dependendo do tipo de estaca e


do processo de construção.

Figura: 03 União de bloco e estaca, Calavera (1991).

As Recomendações sobre excentricidades acidentais, por razões econômicas,


conduzem muitas vezes a blocos sobre um número menor de estacas, como é o caso
de blocos sobre uma ou duas estacas. Calavera (1991) faz uma importante
consideração para o caso de compressão centrada em blocos sobre uma ou duas
estacas. Em virtude das incertezas na execução desses elementos sugere que se
adote uma excentricidade acidental mínima, que é levada em consideração no projeto
do bloco com os valores:

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• e = 5 cm, em obras com alto controle de execução;
• e = 10 cm, em obras com controle de execução normal; e
• e = 15 cm, em obras com baixo controle de execução

Ancoragem da armadura principal de tração – tirante

A NBR 6118:2003 indica que as barras de armadura dispostas nas faixas


definidas pelas estacas devem se estender de face a face do bloco e terminar em
gancho nas duas extremidades. A ancoragem das armaduras de cada uma dessas
faixas deve ser garantida e medida a partir da face interna das estacas. Pode ser
considerado o efeito favorável da compressão transversal às barras, decorrente da
compressão das bielas. Destaca-se que esse procedimento já é adotado pelo meio
técnico.

Detalhamentos das armaduras secundárias


Armaduras secundárias na forma de estribos na direção transversal e
longitudinal são exigidas apenas no caso dos blocos sobre duas estacas em face de
momentos provenientes de excentricidades construtivas das estacas. O CEB-FIP
(1970) não contempla casos de blocos sobre uma estaca. Em blocos sobre duas
estacas uma armadura longitudinal é posicionada na parte superior, estendida sobre
todo o comprimento do bloco, cuja seção transversal não deve ser inferior a 10% da
área das barras de aço da armadura principal de tração. Deve apresentar nas faces
laterais, uma armadura em malha constituída por estribos transversais que devem
envolver as barras longitudinais superiores e inferiores e, estribos na direção
longitudinal indicadas pelo CEB-FIP (1970). A princípio, elas são envolvendo os
estribos transversais, CEB-FIP, 1970.

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Figura: 04

TIPOS DE FUNDAÇÕES RASAS

Sapatas

São elementos de fundação superficial, posicionados em níveis próximos da


superfície do terreno, construídos em concreto armado, dimensionado de modo que
as tensões de tração não sejam resistidas pelo concreto, mas sim pelo emprego de
barras de aço.
De acordo com a NBR 6122 (2010) o elemento de fundação superficial de
concreto, dimensionado de modo que astensões de tração nele resultantes sejam
resistidas pelo concreto, sem necessidade dearmadura.”

Figura:05

• Quando o terreno apresenta boa taxa de trabalho e a carga a ser


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suportada érelativamente pequena;

• Podem ser simples ou armadas;

• A largura da sapata é uma função da resistência do solo e da forma da


coluna ou parede;
• Em forma de tronco de pirâmide, interligadas entre si por vigas baldrame.

Fundações Profunda

As fundações profundas caracterizam por ser no mínimo três metros de altura,


essas fundações transmitem forças para sua área de base, e por suas laterais
conhecida como fuste. Assim como as sapatas geralmente são fundações rasas, em
fundações profundas temos o uso de tubulões, estacas, caixões. A NBR 6122 (item
3.7) caracteriza tanto sobre fundação rasa quanto fundação profunda uma definição,
nesse caso o “elemento de fundação que transmite a carga ao terreno ou pela base
(resistência de ponta) ou por sua superfície lateral (resistência de fuste) ou por uma
combinação das duas, devendo sua ponta ou base estar assente em profundidade
superior ao dobro de sua menor dimensão em planta, e no mínimo 3,0 m.”
Demonstrando assim a forma que é dissipada a força em uma fundação profunda.
Sapatas isoladas

Transmitem ações de um único pilar. É o tipo de sapata mais frequente. Estas


podem receber ações centradas ou excêntricas. Podem ser quadradas, retangulares
ou circulares, com altura constante ou variável (chanfrada), GIONGO, 2008

Figura:06

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Sapatas corrida

As sapatas corridas têm como característica o tipo de uso, geralmente em


situações onde a construção não se tem muita altura, como casas de baixo porte,
muros, galpões piscinas, e etc. consegue vencer além do fato de sua rasa escavação,
forças necessárias para suportar a estrutura superior. Assim como em outros tipos de
fundações, a NBR 6122 (3.6) tem sua definição específica para sapatas corrida,
“sujeita à ação de uma carga distribuída linearmente ou de pilares ao longo de um
mesmo alinhamento.”

Figura: 07

Sapatas associadas ou combinadas


Transmitem ações de dois ou mais pilares adjacentes. São utilizadas quando a
distância entre as sapatas é relativamente pequena, sendo que este tipo de fundação
oferece uma opção mais econômica. Com condições de ações similares, podem ser
assentes em uma sapata corrida simples, mas quando ocorrem variações
consideráveis de ação, um plano de base trapezoidal satisfaz mais adequadamente à
imposição de coincidir o centro geométrico da sapata com o centro das ações. Podem
ser adotadas também no caso de pilares de divisa, quando há um pilar interno
próximo, onde a utilização de viga-alavanca não é necessária; a viga de rigidez
funciona também como viga de equilíbrio (ou viga-alavanca).

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Figura: 08

Sapata associada
A sapata associada ou radier parcial é uma sapata comum a vários pilares que
não possuem o mesmo alinhamento quando vistos em planta. São normalmente
empregadas quando a posição de duas sapatas isoladas ficarem muito próximas por
falta de espaço ou opção estrutural. Neste caso, as bases das sapatas poderiam ficar
sobrepostas ou influenciar na outra estruturalmente fazendo com que o uso uma única
sapata associada pudesse receber as cargas de dois ou mais pilares próximos

Figura: 09

Sapata alavancada
A sapata alavancada ou com viga de equilíbrio é utilizada quando a base da
sapata não coincide com o centro de gravidade do pilar por estar próximo a alguma
divisa ou outro obstáculo. Deste modo, é criada uma viga entre duas sapatas de
maneira a suportar o momento fletor gerado pela excentricidade.

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Figura: 10

1. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Espero que ao termino da presente pesquisa demonstrar as principais


características no qual o tipo de fundação de sapata e suas ramificações
proporcionam o tipo correto em que se deve usar. Almejando que essa pesquisa sirva
de ferramenta para conhecimento e surgimento de duvidas aos discentes de
engenharia civil e leitores em geral, dando ênfase aos conhecimentos que se tem de
autores que se aprofundam neste tema, e o que as NBR tem a apresentar sobre
alguns tipos de fundações. Pois através do conhecimento sobre a fundação que inicia
um bom planejamento e execução de um projeto.

2. FONTES CONSULTADAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 6112 – Projeto


de Execução de Fundações: Procedimento. Rio de Janeiro, 1996.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA D E NORMAS T ÉCNICA S. ABNT NBR 6122:2010.
Projeto e execução de fundações.
Disponívelem:<http://edificios.eng.br/NBR%206122-2010.pdf >. Acesso em: 24 jan.
2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA D E NORMAS T ÉCNICA S. ABNT NBR NBR


6118:2003 Projeto de estruturas de concreto – Procedimento.

BASTOS, SÉRGIO. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA UNESP - Campus de


Bauru/SP, 2023.

CALAVERA, J. Calculo de estruturas de cimentacion. Instituto Técnico de


Materiais.

Guimarães, Diego. Fundações / Diego Guimarães, Eduardo Alcides Peter; revisão


técnica: Rossana Piccoli. – Porto Ale gre: SAG AH, 2 018 .

MONTOYA, P. J; MESEGUER, A; CABRE, M (2000). Hormigon Armado. Tomo I 11


° Ajustada a La insttruccion EH-80. Barcelona, Gustavo Guili.

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