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Ambiente e Recursos Naturias

Estrutura e Dinâmica dos Ecossistemas

Ambiente e Desenvolvimento
Rural – Módulo 3

Agrupamento de Escolas do Concelho de Ferreira do Zêzere


Técnico de Turismo Ambiental e Rural

Eng. Bruno Paixão


Recursos Naturais e Ambiente
Técnico de Turismo Ambiental e Rural – Ambiente e Desenvolvimento Rural
Designação da UFCD: Estrutura e dinâmica dos ecossistemas (modulo 3)

Código: 4302

Carga Horária: 25 horas – 33 tempos letivos

Conteúdos Programáticos

•Ecossistemas

•Fatores bióticos e abióticos

◦Relações bióticas

◦Influência dos fatores abióticos nos ecossistemas

•Diversidade de ecossistemas

◦Caso particular do ecossistema agrário

◦Os grandes ecossistemas terrestres

- Biomas

•Circulação de matéria e fluxo de energia nos ecossistemas

◦Cadeias e teias alimentares – níveis tróficos

◦Transferência de energia nos ecossistemas – pirâmides energéticas

◦Ciclos biogeoquímicos

Objetivos Específicos

•Evolução dos ecossistemas - sucessão ecológica

•Definir ecossistema e identificar fatores bióticos e abióticos no ecossistema.

•Reconhecer a importância da circulação da matéria e do fluxo de energia num ecossistema.

•Caracterizar a dinâmica e evolução dos ecossistemas.

•Elaborar um circuito pedestre interpretativo.

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1 – Conceitos usados em Ecologia

A Ecologia é o estudo da relação entre os organismos e os ambientes em que vivem,


incluindo todos os componentes vivos e não vivos.

Os fatores ambientais mais importantes que governam a distribuição de plantas e


animais são a temperatura, a humidade, o solo, a intensidade luminosa, o oxigénio, o
dióxido de carbono, a duração do dia, as reservas de alimentos e a interação com
outros organismos.

A Ecologia pode referir-se a organismos individuais (por exemplo, Ecologia


comportamental, estratégias de alimentação), populações (por exemplo, a dinâmica
populacional), ou comunidades inteiras (por exemplo, a competição entre espécies
pelo acesso aos recursos do ecossistema ou a relação predador-presa).

A Ecologia aplicada diz respeito à gestão e conservação de habitats e às


consequências e controlo da poluição.

Níveis de Organização na natureza

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Ecossistema
➢ Conjunto de organismos que vivem numa determinada
área e as interacções que se estabelecem entre esses seres
vivos e entre eles e o meio.

Comunidade
➢ É o conjunto de duas ou, em geral, várias populações que
vivem numa dada área. O nº de organismos constituintes e
o tamanho da área podem variar muito. O que interessa
verificar é que vivem no mesmo local e são
interdependentes.

População
➢ É a designação utilizada para um grupo de indivíduos da
mesma espécie que vivem juntamente numa dada área.
Como dispõem do mesmo património genético, podem
reproduzir-se livremente entre si. A sua interacção pode ser competitiva ou
cooperativa.

Biomas
➢ A organização dos seres vivos em grandes comunidades adaptadas a
determinadas condições ambientais.

Biosfera
➢ – Constitui a totalidade dos ecossistemas terrestres, constitui a soma total de
todos os biomas e ecossistemas mais pequenos que estão interligados e

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interdependentes através de processos globais, tais como os ciclos da água e
da atmosfera.

Ecologia

Estuda

Biosfera

Biomas

Ecossistemas

Factores abióticos Factores Bióticos

Factores climáticos Factores edáficos Produtores Consumidores Decompositores

Luz Vento Temperatura Gases Nutrientes Água

Ecossistemas

Dimensão Localização

Microecossistemas Mesoecossistemas Macroecossistemas Terrestres Aquático

Marinhos Estuarinos Dulciaquícula

Espécie

➢ Conjunto de indivíduos que partilham o mesmo fundo genético,


morfologicamente semelhantes e capazes de se cruzarem entre si, em
condições naturais, originando descendência fértil.
Habitat
➢ O habitat é o lugar na natureza onde uma espécie vive. Por exemplo o habitat
do panda são as florestas de bambu das regiões montanhosas na China e no
Vietname.

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Nicho ecológico
➢ O nicho é um conjunto de condições em que o indivíduo (ou uma população)
vive e se reproduz. Pode se dizer ainda que o nicho é o "modo de vida" de um
organismo na natureza.
E esse modo de vida inclui tanto os factores físicos - como a humidade, a
temperatura, etc. - Quanto os factores biológicos - como o alimento e os seres
que se alimentam desse indivíduo.
Por exemplo - O nicho do rato, inclui o que ele come, os seres que se
alimentam dele, os organismos que vivem juntos ou próximo dele, e assim por
diante.

2 – Fluxos de Energia nos Ecossistemas


Os ecossistemas estão em constante alteração.

✓ condições abióticas

✓ condições bióticas

✓ entra e sai energia continuamente.

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Com base na capacidade ou não de produzirem compostos orgânicos, a partir de compostos
inorgânicos, os seres vivos podem ser divididos em duas grandes categorias:

• Seres autotróficos ou produtores - seres vivos capazes de produzir a sua própria


matéria orgânica a partir dos compostos inorgânicos (matéria mineral, água e dióxido
de carbono) que existem no meio ambiente, utilizando energia luminosa como forma
de energia externa. Ex: plantas verdes, algas.

• Seres heterotróficos ou consumidores – seres vivos que precisam de consumir


matéria orgânica para obter energia e nutrientes. Para isso, alimentam-se de outros
organismos. Ex: animais, fungos, bactérias.

Decompositores – são seres heterotróficos que transformam a matéria orgânica, de que se


alimentam (cadáveres, excrementos - como as fezes e a urina dos organismos de todos os
níveis tróficos - e detritos vegetais), em matéria mineral, que é devolvida ao solo.

São os decompositores que asseguram o retorno progressivo ao solo da matéria mineral,


sendo esta utilizada pelos produtores que sintetizam de novo matéria orgânica. Assim, no
nosso planeta existe uma circulação contínua de matéria orgânica e mineral, processada
através das cadeias alimentares.

Os organismos de um ecossistema estabelecem entre si relações alimentares, havendo,


deste modo, um fluxo de energia e uma circulação de matéria através deles.

Cadeia alimentar ou trófica

➢ Representa uma sequência de organismos em que cada um deles serve de alimento ao


seguinte. Assim, ao longo de uma cadeia alimentar ocorrem sucessivas transferências
de matéria e de energia.

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➢ Numa cadeia alimentar, cada ser vivo ocupa uma determinada posição, designada
nível trófico (do grego trophos – alimento), de acordo com a fonte principal de
alimento.

Pode considerar-se a existência de três categorias de seres vivos: produtores, consumidores e


decompositores.

• Produtores – são os seres autotróficos (capazes de produzir o seu próprio alimento) e


ocupam o 1º nível trófico.

• Consumidores – são os heterotróficos e que se alimentam directa ou indirectamente


da matéria orgânica produzida pelos produtores.

Consumidores primários ou de 1ª ordem – são herbívoros e alimentam-se exclusivamente


dos produtores. Ocupam o 2º nível trófico.

Consumidores secundários ou de 2ª ordem – designam-se predadores ou carnívoros e


subsistem à custa dos herbívoros. Ocupam o 3º nível trófico.

Existem ainda consumidores de 3ª ordem, de 4ª ordem e assim sucessivamente. Contudo, as


cadeias alimentares são, de uma maneira geral, curtas, não contendo mais do que cinco ou
seis níveis tróficos.

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Teias Alimentares

➢ Em cada comunidade, existem várias cadeias alimentares interligadas que constituem


uma rede ou teia alimentar.

➢ As teias alimentares constituem relações tróficas mais abrangentes, isto é, cada


espécie pode servir de alimento a várias outras espécies e apresentar preferências
alimentares diversificadas.

As transferências de matéria e de energia dos produtores aos sucessivos níveis de


consumidores num ecossistema são acompanhadas de perdas significativas. Estas
transferências podem ser representadas graficamente por diagramas, designados de
pirâmides ecológicas.

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Numa cadeia alimentar, à medida que se passa de nível trófico para nível trófico, a quantidade
de energia disponível diminui.

• Quando um ser vivo se alimenta de outro, há uma transferência de energia química


através da cadeia alimentar – fluxo unidireccional de energia.

• A energia química obtida por um ser vivo na alimentação é usada no crescimento, na


respiração e na excreção. Quando esse ser vivo é comido por outro, a quantidade de
energia que lhe transfere é menor que a assimilada. A quantidade de energia que
passa de um nível para o seguinte é de aproximadamente 10%, havendo portanto 90%
de perdas.

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• Na passagem de um nível trófico para outro, a energia disponível vai diminuindo até
ao último consumidor. Por essa razão, as cadeias alimentares não têm mais de cinco
níveis tróficos.

• Ao longo das cadeias alimentares, há uma diminuição do número de seres vivos em


cada nível trófico, em consequência das perdas verificadas. Há mais produtores do que
consumidores primários e assim sucessivamente.

• Quanto mais curta for uma cadeia alimentar, menores são as perdas que se verificam,
havendo uma maior economia de alimento.

• Fluxo unidireccional • Ciclos de matéria


de energia
A energia do Sol entra no As substâncias necessárias
ecossistema através dos para manter a vida circulam
produtores, é transferida continuadamente, passando
para os consumidores e do meio abiótico para os
decompositores seres produtores e destes
abandonando para os consumidores.
progressivamente o Através dos decompositores
ecossistema sob a forma de a matéria volta para o meio
calor, não utilizável pelos abiótico.
seres vivos.

3 - Factores Abióticos
1. Qual é a influência dos factores abióticos nos seres vivos?

Influenciam a distribuição e a quantidade dos organismos num ecossistema e actuam em


interacção uns com os outros. Quando um factor é impeditivo ao desenvolvimento de uma
espécie considera-se factor limitante.

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Factores físico-químicos que maior Água Doce
A Salinidade é o factor
influência exercem sobre os seres Aquáticos
que os distingue
vivos Marinhos

Terrestres

1.1. Luz

Plantas Animais

Fotoperíodo Influencia o crescimento e os comportamentos dos animais variam


desenvolvimento das plantas; é a fonte com o fotoperíodo e, desta forma podem
de energia utilizada pelas plantas para apresentar-se:
produzir o seu próprio alimento –
Fotossíntese; as plantas possuem folhas -indiferentes (alguns animais permanecem
grandes, com grande superfície de sempre activos)
exposição, logo, maior adaptação à -diúrnos (activos apenas durante o dia)
captação de luz;
-crepúsculo (activos ao o morcego)

-nocturnos (activos apenas à noite)

Existem outros tipos de resposta ao


fotoperíodo como a:

-migração, o caso da andorinha-do-mar


que se encontra no ártico durante o verão
e passa o inverno na antártica, época com
luz 24h por dia;

-estivação, uma resposta semelhante à


hibernação, o caso do jacaré, que durante o
verão baixa o seu metabolismo,
permanecendo em estado dedormência;

-hibernação – o fotoperíodo indica o


momento de acumular reservas;

Os ciclos de reprodução variam ( as trutas


desovam em Novembro, altura do ano em

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que os dias são mais curtos e as noites mais
longas); as épocas de acasalamento ou de
nascimento são sazonais;

A Luz influencia igualmente a produção

de melanina (pigmento da epiderme que


escurece a pele. Influência a mudança de
cor de pelagem dos mamíferos e da
penugem das aves.

No mar a quantidade de luz diminui com o


aumento de profundidade até se atingir a
escuridão total (fundos marinhos)

Fototropismo Há plantas que efectuam “movimentos” -Lucífulos - Há seres vivos atraídos pela luz
em direcção a uma fonte de luz e outros (borboleta)- fototaxia positiva;
em sentido contrário
-Lucífugos – não suportam a luz (bicho de
Nos Ecossistemas florestais, a captação conta)- fototaxia negativa;
de luz determina nas plantas uma
distribuição por estratos;

-estrato arbóreo Inverno Verão

Diminui a -menos luz -mais luz


quantidade de luz
-estrato arbustivo -animais produzem -animais produzem
menos melanina mais melanina

-cor mais clara -cor mais escura


-estrato herbáceo

1.2. Temperatura

Na biosfera podemos observar variações de temperatura desde -50ºc nas regiões polares até
80ºc nas nascentes termais nos Açores;

Cada ser vivo possui adaptações próprias para resistir às variações específicas do seu habitat;

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No ambiente terrestre os seres vivos são sujeitos a regimes de temperaturas variáveis. Tendo
por critério a fonte de calor que determina a temperatura corporal os animais podem ser
classificados em:

Estado de dormência em que o animal reduz ao mínimo


Animais de a sua actividade, durante a estação fria
temperatura
variável; refugiam- [quando o inverno se aproxima, o arganaz alimenta-se
se do calor ou do hibernação desenfreadamente, armazenando, assim, grande
frio excessivos quantidade de gordura; depois, procura uma toca onde
para sobreviver; se enrola, hibernando até à Primavera]

Dependem de uma (ex: esquilo, morcego, ourico-cacheiro, anfíbio, répteis


Animais fonte de calor dos climas frios);
Ectotérmicos externa
(normalmente a Estado de dormência em que o animal reduz ao mínimo
radiação solar) estivação a sua actividade em períodos quentes e secos (ex.:
para manter a sua caraccois, jacarés...)
temperatura
corporal abaixo da Movimento sazonal regular dos animais de um local
temperatura para o outro procurando conseguir, assim, maior
migração
ambiental; abundância de alimento que garante a sua
sobrevivência e o êxito da reprodução;

-regulam a sua temperatura corporal através da produção de calor metabólico ou por


mecanismos que permitem a retenção ou perda de calor;

-aves e mamíferos possuem adaptações que lhes permitem manter a sua temperatura
corporal, independentemente da variação da temperatura ambiental;

Animais -Reduzem as perdas de calor corporal para o ambiente;


Endotérmicos
aumentam o revestimento de pêlos ou penas;

alguns reduzem a superfície corporal (ex: orelhas e focinhos curtos);

elefante – com altas temperaturas dos climas quentes, têm pelagem reduzida ou assente
e orelhas grandes por onde perdem calor;

A influência da As folhas duram mais do que 1 ano, têm geralmente a forma cónica
Folha
temperatura nas para que a neve possa escorregar sem partir os ramos (as árvores e os
persistente
plantas arbustos existe em regiões em que neva)

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(árvores e arbustos) as folhas caem nas estações mais frias; estas
Folha
espécies mantêm-se em estado de vida latente durante o inverno e,
caduca
quando a temperatura sobe desabrocham em folhas e flores;

Há plantas que resistem às baixas temperaturas ficando reduzidas aos órgãos


subterrâneos rizomas, tubérculos ou bolbos – ou a sementes;

Nas zonas quentes não há grandes diversidades de plantas (catos com folhas sob a
forma de picos)

1.3. Água

É o principal constituinte dos seres vivos (entra a na sua composição química);

Cada espécie precisa de uma determinada quantidade de água necessária para sobreviver;

No Reino Animal existem espécies cujas características lhes permitem viver em situação de
escassez de água e outras que dependem da existência de água; Os animais bebem água e
perdem água por transpiração (se esta for excessiva, os seres vivos podem morrer por
desidratação);

Características dos Animais

Ambiente Desértico Ambiente Húmido Ambiente Aquático

-revestimento impede a perda de -enterram-se para procurar zonas -Barbatanas;


água; com maior humidade;
-Brânquias;
-concentração de urina;

-possuem hábitos nocturnos

As plantas terrestres absorvem a água do solo pelas raízes e perdem água pelas folhas pela
transpiração;

As plantas necessitam de água para realizar a fotossíntese, no entanto, desenvolveram


adaptações para poderem colonizar desde ambientes de extrema secura até ambientes
aquáticos;

Características das Plantas

Ambiente desértico Ambiente Aquático

-redução das folhas (os catos posuuem as folhas enrolhadas sob a forma -Caules flexíveis;
de espinhos);
-folhas flutuantes;

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-caules carnudos capazes de armazenar água;

-raízes compridas;

A concentração de sais na água (exemplo a salinidade) é o principal factor


químico que condiciona a existência dos seres vivos no ambiente aquático.

Factores Água Doce (rios, lagos, ...) Água Salgada (oceanos, lagunas, ...)
Químicos Os seres vivos são diferentes entre si;

poucos peixes de água doce conseguem tolerar os níveis de salinidade das águas
marinhas (o contrário também se verifica);

A luminosidade (varia com a profundidade) é o principal factor físico que limita a


Factores
existência de seres vivos na água (em zonas pouco profundas onde a
Físicos
luminosidade é mais elevada, a diversidade de seres vivos é maior);

1.3.1. Humidade

É a quantidade de água que existe na atmosfera ou no solo;

Quanto à necessidade de água os seres vivos classificam-se em ...

Hidrófilos Seres vivos que habitam permanentemente na água (peixe-cirurgião-azul-claro; lesma-


do-mar; nenúfar);

Higrófilos Seres vivos que vivem em locais muito húmidos (rã, caranguejo, planta do arroz);

Mesófilos Seres vivos com necessidade moderada de água (cão-da-pradaria, carvalho, grou);

Xerófilos Seres vivos que vivem com pouca água e baixa humidade atmosférica (lagarto-do-
deserto, camelo, cacto);

1.3.2. Pluviosidade

É a quantidade de chuva que cai numa região num determinado período de tempo;

A distribuição das plantas terrestres depende, em grande parte, deste factor abiótico; os
índices de pluviosidade condicionam a variedade da cobertura vegetal (diferente de ambiente
para ambiente)

Floresta Tropical Savana Deserto Floresta Temperada


Caducifólia

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A vegetação é diferente entre cada bioma e apresenta adaptações especializadas

-elevados índices -a quantidade de chuva varia ao -quantidade de chuva -índices regulares de


de pluviosidade longo do ano; escassa; pluviosidade durante
todo o ano;
-elevada -nos meses de maior índice de -condiciona a
biodiversidade pluviosidade há maior quantidade diversidade de seres -biodiversidade
de coberto vegetal; vivos; apreciável;

1.4. Solo

Os solos cobrem grande parte da superfície emersa da terra e condicionam a distribuição das
populações nos ecossistemas terrestres;

A maioria das plantas necessita de se fixar e retirar do solo a água e os nutrientes necessários à
sua sobrevivência; a variedade de espécies vegetais dependem das características do solo; a
sua maior ou menor variedade e quantidade depende da quantidade de água que o solo pode
reter; dimensão e tipo de partículas do solo; tipo de nutrientes minerais; quantidade de
material orgânica; pH (acidez ou alcalinidade);

Existe uma grande variedade de solos que diferem entre si na: permeabilidade; porosidade
(ar); sais minerais e matéria orgânica. Os solos mais férteis são mais ricos em húmus; estes são
os mais arejados,os que têm boa capacidade de reter água e que contêm sais minerais em
quantidades necessárias ao bom desenvolvimento de plantas e animais.

35% Matéria Mineral

15% Matéria Orgânica Originada a partir da actividade dos seres vivos que habitam no solo ou
dele dependem (ex.: restos vegetais são matéria orgânica);

Húmus Matéria orgânica em decomposição

5% Seres Vivos -Dependem do solo para a sua sobrevivência;

-os componentes do solo são misturados pelos seres vivos do solo;

-pode conter centenas de espécies de invertebrados (ex: minhocas,


escaravelho) que nele se alimentam, centenas de espécies de fungos e
milhares de espécies de micorganismos que decompõem a matéria
orgânica e os enriquecem em minerais;

-os vertebrados como as toupeiras utilizam o solo como ninho e como


território onde caçam as suas presas; estas são praticamente cegas,
procuram as presas através do seu olfato muito apurado; o seu corpo

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cilíndrico e musculoso permite escavação e circulação pelos túneis que
abrem no solo

20% Ar

25% Água

4 - Fatores Bióticos
Podemos classificar as relações entre seres vivos inicialmente em dois grupos: as intra-
específicas, que ocorrem entre seres da mesma espécie, e as interespecíficas, entre seres de
espécies distintas.

É comum diferenciar-se as relações em positivas e negativas. Nas positivas não há prejuízo


para nenhuma das partes associadas, e nas negativas há.

Antes de tratarmos de cada tipo de relação entre os seres vivos, iremos esclarecer o
significado de dois termos: habitat e nicho ecológico.

O Habitat é o lugar onde encontramos um ser vivo. Por exemplo: habitat da planta vitória
régia são os lagos e as matas alagadas da Amazónia, enquanto o habitat do panda são as
florestas de bambu das regiões montanhosas na China e no Vietname.

E Nicho Ecológico é o modo de vida deste ser vivo. O que ele come, quando dorme (de dia ou
de noite), como se reproduz. Assim, o Nicho do Panda inclui o que come (bambu), como vive
(sozinho), a sua gestação (135 dias),…

1 - RELAÇÕES INTRA-ESPECÍFICAS positivas

Relações que ocorrem em indivíduos da mesma espécie, não existindo desvantagem


nem benefício para nenhuma das espécies consideradas. Compreendem as colónias e as
sociedades.

a) Colónias

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Agrupamento de indivíduos da mesma espécie que revelam
profundo grau de interdependência e se mostram ligados uns aos
outros, sendo-lhes impossível a vida quando isolados do
conjuntos, podendo ou não ocorrer divisão do trabalho.

Os corais e as esponjas vivem sempre em colónias.

b) Sociedades

As sociedades são agrupamentos de indivíduos da mesma


espécie que têm plena capacidade de vida isolada mas
preferem viver na colectividade. Os indivíduos de uma
sociedade têm independência física uns dos outros. Pode
ocorrer, entretanto, um certo grau de diferenciação de formas
entre eles e de divisão de trabalho, como sucede com as
formigas, as abelhas e as térmitas.

2 - COMPETIÇÃO INTRA-ESPECÍFICAS

É a relação intra-específica negativa, entre os indivíduos da mesma espécie,


quando concorrem pelos mesmos factores ambientais, principalmente
espaço e alimento. Essa relação determina a densidade das populações
envolvidas.

a) Canibalismo

Canibal é o indivíduo que mata e come outro da mesma espécie.


Ocorre com escorpiões, aranhas, peixes, planárias, roedores, etc.
Na espécie humana, quando existe, recebe o nome de
antropofagia (do grego anthropos, homem; phagein, comer).

3 - RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS positivas

Ocorrem entre organismos de espécies diferentes. Compreendem a protocooperação, o


mutualismo, o comensalismo e inquilinismo.

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a) Comensalismo

É uma associação em que uma das espécies — a comensal — é


beneficiada, sem causar benefício ou prejuízo ao outro. O termo
comensal tem interpretação mais literal: "comensal é aquele que
come à mesa de outro".

Juntamente com o peixe-piloto, que nada em cardumes ao redor


do tubarão, ela aproveita os restos alimentares que caem na boca
do seu grande "anfitrião".

A Entamoeba coli é um protozoário comensal que vive no intestino humano, onde se nutre dos
restos da digestão.

b) Inquilinismo

É a associação em que apenas uma espécie (inquilino) se beneficia, procurando abrigo ou


suporte no corpo de outra espécie (hospedeiro), sem prejudicá-lo.

Trata-se de uma associação semelhante ao comensalismo, não envolvendo alimento.


Exemplos:

• Peixe-agulha e holotúria

O peixe-agulha apresenta um corpo fino e alongado e se protege contra a ação de predadores


abrigando-se no interior das holotúrias (pepinos-do-mar), sem prejudicá-los.

• Epifitismo

Epífias (epi, em cima) são plantas que crescem sobre os troncos maiores
sem parasitá-las. São epífitas as orquídeas e as bromélias que, vivendo
sobre árvores, obtêm maior suprimento de luz solar.

c) Mutualismo

Associação na qual duas espécies envolvidas são beneficiadas, porém, cada espécie só
consegue viver na presença da outra. Entre exemplos destacaremos.

• Líquens

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Os líquens constituem associações entre algas unicelulares e
certos fungos. As algas sintetizam matéria orgânica e fornecem
aos fungos parte do alimento produzido. Esses, por sua vez,
retiram água e sais minerais do substrato, fornecendo-os às algas.
Além disso, os fungos envolvem com suas hifas o grupo de algas,
protegendo-as contra desidratação.

• Ruminantes e microrganismos

Na pança ou rumem dos ruminantes também se encontram bactérias que promovem a


digestão da celulose ingerida com a folhagem. É um caso idêntico ao anterior.

• Bactérias e raízes de leguminosas

No ciclo do nitrogénio, bactérias do género Rhizobium produzem compostos nitrogenados que


são assimilados pelas leguminosas, por sua vez, fornecem a essas bactérias a matéria orgânica
necessária ao desempenho de suas funções vitais.

• Micorrizas

São associações entre fungos e raízes de certas plantas, como orquídeas, morangueiros,
tomateiros, pinheiros, etc. O fungo, que é um decompositor, fornece ao vegetal nitrogénio e
outros nutrientes minerais; em troca, recebe matéria orgânica fotossintetizada.

d) Protocooperação

Trata-se de uma associação bilateral, entre espécies diferentes, na qual ambas se beneficiam;
contudo, tal associação não é obrigatória, podendo cada espécie viver isoladamente.

A actuação dos pássaros que promovem a dispersão das plantas comendo-lhes os frutos e
evacuando as suas sementes em local distante, bem como a ação de insetos que procuram o
néctar das flores e contribuem involuntariamente para a polinização das plantas são
consideradas exemplos de protocooperação. Como exemplos citaremos:

• Pássaro-palito e crocodilo

O pássaro-palito penetra na boca dos crocodilos, nas margens do Nilo, alimentando-se de


restos alimentares e de vermes existentes na boca do réptil. A vantagem é mútua, porque, em
troca do alimento, o pássaro livra os crocodilos dos parasitas.

• Anu e gado

O anu é uma ave que se alimenta de carrapatos existentes na pele do


gado, capturando-os diretamente. Em troca, o gado livra-se dos
indesejáveis parasitas.

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e) Esclavaismo

É uma associação em que uma das espécies se beneficia com as actividades de outra espécie.
Lineu descreveu essa associação com certa graça, afirmando: Aphis formicarum vacca (o
pulgão, do género Aphis, é a vaca das formigas).

Por um lado, o esclavagismo tem características de hostilidade, já que


os pulgões são mantidos cativos dentro do formigueiro. Não
obstante, pode-se considerar uma relação positiva, pois os pulgões
também são beneficiados pela facilidade de encontrar alimentos e
até mesmo pelos bons tratos a eles dispensados pelas formigas
(transporte, protecção, etc).

4 - COMPETIÇÃO INTERESPECÍFICAS

Relações interespecíficas negativas entre espécies diferentes, em uma mesma comunidade,


apresentam nichos ecológicos iguais ou muito semelhantes, desencadeando um mecanismo de
disputa pelo mesmo recurso do meio, quando este não é suficiente para as duas populações.

Este mecanismo pode determinar o controlo da densidade das duas populações que estão
interagindo, extinção de uma delas ou, ainda, especialização do nicho ecológico

a) Amensalismo ou Antibiose

Relação no qual uma espécie bloqueia o crescimento ou a reprodução de outra espécie,


denominada amensal, através da liberação de substâncias tóxicas. Exemplos:

• Os fungos Penicillium notatum eliminam a penicilina, antibiótico que impede que as


bactérias se reproduzam.

• A secreção e eliminação de substâncias tóxicas pelas raízes de certas plantas impede


o crescimento de outras espécies no local.

b) Parasitismo

O parasitismo é uma forma de relação desarmónica mais comum do que


a antibiose. Ele caracteriza a espécie que se instala no corpo de outra,
dela retirando matéria para a sua nutrição e causando-lhe, em
consequência, danos cuja gravidade pode ser muito variável, desde

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pequenos distúrbios até a própria morte do indivíduo parasitado. Dá-se o nome de hospedeiro
ao organismo que abriga o parasita.

c) Predação

Predador é o indivíduo que ataca e devora outro, chamado presa,


pertencente a espécie diferente. Os predadores são geralmente
maiores e menos numerosos que suas presas, sendo exemplificadas
pelos animais carnívoros.

As duas populações - de predadores e presas - geralmente não se


extinguem e nem entram em superpopulação, permanecendo em
equilíbrio no ecossistema.

Formas especiais de adaptações à Predação:

• Mimetismo

Mimetismo é uma forma de adaptação revelada por muitas espécies que se assemelham
bastante a outras, disso obtendo algumas vantagens.

A cobra falsa-coral é confundida com a coral-verdadeira, muito temida, e, graças a isso, não é
importunada pela maioria das outras espécies. Há mariposas que se assemelham a vespas, e
mariposas cujo colorido lembra a feição de uma coruja com olhos grandes e brilhantes.

• Camuflagem

Camuflagem é uma forma de adaptação morfológica pela qual uma espécie procura confundir
suas vítimas ou seus agressores revelando cor(es) e/ou forma(s) semelhante(s) a coisas do
ambiente .Passa-se com lagartos (por exemplo, camaleão), que varia da cor verde das folhas à
cor marrom do substrato onde ficam. Os animais polares costumam ser brancos, confundindo-
se com o gelo. O louva-a-deus, que é um poderoso predador, se assemelha a folhas ou galhos.

5 – Sucessão ecológica (apresentação da aula)

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6 – Biomas ( apresentação da aula)

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Módulo IV - Ficha de trabalho 1
Nome - ______________________________________________________
1. Resolve o crucigrama.

1 Período de iluminação no decurso de 24 horas.


2 Condiciona a vida especialmente nos ecossistemas aquáticos.
3 A temperatura interna dos mamíferos e das aves tem esta característica.
4 Processo através do qual os seres fotossintéticos produzem o seu próprio alimento.
5 Quanto à necessidade de água, a rã pertence a este grupo.
6 É um factor determinante na distribuição dos seres vivos.
7 Quanto à necessidade de água, o Homem pertence a este grupo.
8 Substrato dos seres vivos terrestres.
9 São dois factores abióticos.
10 É aqui que os seres vivos se deslocam.
11 Os ursos-polares fazem-no no Inverno.
12 As andorinhas possuem esta adaptação comportamental.
13 Também se designam aquáticos.
14 Os caracóis fazem-no quando a humidade é baixa.
15 Quando é reduzida, alguns animais estivam.
16 Referente à temperatura.
17 O cacto e o camelo pertencem a este grupo
18 É elevada nas florestas tropicais.

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2. O quadro seguinte ilustra as preferências de alguns seres vivos relativamente à luz.

VARIAÇÃO DA LUMINOSIDADE
Espécie Escuridão total Grau de luminosidade Luz forte
intermédio
A +
B + + +
C +
D +
Nota: O sinal + traduz a preferência das espécies A, B, C e D.

2.1. Considerando que as espécies são animais, refere:


2.1.1. o animal nocturno;
2.1.2. os animais que se distribuem, apenas, em zonas fortemente iluminadas;
2.1.3. a espécie que não é afectada pela luz.

3. Lê, atentamente, a descrição da seguinte experiência.

1ª parte da experiência: duas populações de insectos, X e Y, foram mantidas em frascos de cultura, separados,
durante um longo período de tempo. As duas espécies foram adequadamente alimentadas e mantidas
rigorosamente sob as mesmas condições ambientais.

2ª parte da experiência: um casal de insectos, de cada espécie, foi colocado, simultaneamente, em cada um de
seis frascos de cultura.

Observa a tabela seguinte na qual se registou a percentagem de indivíduos, ao fim de seis meses.

1 2 3 4 5 6
Nº do frasco

% de Espécie Y 100 10 60 20 40 0
indivíduos Espécie X 0 90 40 80 60 100
após 6 meses
Temperatura 30 20 25 22 15 18
Condições (ºC)
ambientais Humidade 80 19 70 20 60 18
relativa

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3.1. Com base na análise da tabela, estabelece, a correspondência entre as espécies X e/ou Y e as
afirmações seguintes.

A. Insectos cuja reprodução é afectada pela humidade.


B. Insectos cuja distribuição geográfica, provavelmente, abrangerá zonas quentes do Globo.
C. Insectos com probabilidade de sobrevivência a um Inverno extremamente rigoroso.
D. Insectos cuja reprodução é afectada pela temperatura.
E. Insectos com boa probabilidade de sobrevivência num clima tropical.

4. Observa, atentamente, o esquema que se segue.

4.1. Atribui uma designação:

4.1.1. Ao conjunto Y.

4.1.2. Ao conjunto X.

4.1.3. Ao meio onde se desenvolvem os seres vivos do conjunto X.

4.1.4. A todo o esquema.

4.1.5. Justifica a resposta dada na alínea anterior.

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Módulo IV - Ficha de trabalho 2
Nome - ______________________________________________________

1. Os líquenes são associações entre algas e fungos onde ambas as espécies beneficiam e sem
a qual não sobreviveriam. Selecciona as opções correctas que digam respeito e esta relação:

A Relação interespecífica

B Relação intra-específica

C Simbiose

D Mutualismo

E Competição

F Parasita e hospedeiro

G Seres simbiontes

H Comensalismo

I Predação

J Parasitismo

2. A rémora é um pequeno peixe que se fixa ao tubarão por uma ventosa dorsal. Sem o
prejudicar, alimenta-se dos restos de comida que o tubarão deixa escapar quando se alimenta.
Selecciona as opções correctas que digam respeito e esta relação:

A Relação interespecífica

B Relação intra-específica

C Simbiose

D Mutualismo

E Competição

F Parasita e hospedeiro

G Seres simbiontes

H Comensalismo

I Predação

J Comensal

3 - Se forem lançadas à terra sementes de milho muito juntas, acontece que nascem plantas
das quais só algumas se desenvolvem por falta de nutrientes ou de luz. Selecciona as opções
correctas que digam respeito e esta relação:

A Relação interespecífica

B Relação intra-específica

C Simbiose

D Mutualismo

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E Competição

F Parasita e hospedeiro

G Seres simbiontes

H Comensalismo

I Predação

J Parasitismo

4. O caracol come os rebentos e folhas das plantas que mais gosta. Selecciona as opções
correctas que digam respeito e esta relação:
A Relação interespecífica

B Relação intra-específica

C Simbiose

D Mutualismo

E Competição

F Parasita e hospedeiro

G Parasita e presa

H Comensalismo

I Predação

J Parasitismo

5. As abelhas organizam-se em sociedades com vários grupos que, apesar de diferentes e com
funções específicas, cooperam entre si. Selecciona as opções correctas que digam respeito e
esta relação:

A Relação interespecífica

B Relação intra-específica

C Simbiose

D Mutualismo

E Cooperação

F Parasita e hospedeiro

G Seres simbiontes

H Comensalismo

I Predação

J Parasitismo

6. Certas aves limpam os detritos alimentares e parasitas dos dentes dos crocodilos que
mantêm a boca aberta durante a limpeza. Selecciona as opções correctas que digam respeito e
esta relação:

A Relação interespecífica

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Técnico de Turismo Ambiental e Rural – Ambiente e Desenvolvimento Rural
B Relação intra-específica

C Simbiose

D Mutualismo

E Competição

F Parasita e hospedeiro

G Seres simbiontes

H Comensalismo

I Predação

J Parasitismo

7. Os afídios, piolhos das plantas, constituem uma das principais pragas das culturas. Estes
insectos sugam a seiva das plantas, debilitando-as. Os excrementos dos afídios são açucarados
e servem de alimento às formigas. Estas protegem-nos do ataque dos seus inimigos
predadores - as joaninhas. Selecciona as 3 relações bióticas presentes neste exemplo:

A Antagonismo

B Competição

C Simbiose

D Mutualismo

E Cooperação intra-específica

F Predação

G Parasitismo

H Comensalismo

8. Os especialistas têm observado que a temperatura média anual está aumentando. Uma das
causas desse aumento é o “efeito estufa”, cuja ocorrência se deve:
a) ao aumento da concentração de monóxido de carbono na atmosfera.
b) ao aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera.
c) ao aumento da concentração de nitrogénio na atmosfera.
d) à diminuição da concentração de oxigénio na atmosfera.
e) à diminuição da concentração da camada de ozono na atmosfera.

9. Relacione as duas colunas e assinale a alternativa que apresenta a sequência correcta:

• Comunidade ( ) Conjunto de seres vivos e o meio onde vivem, com todas as


interacções que esses seres mantêm entre si e com o meio.

• População ( ) Conjunto de seres vivos de espécies diferentes que vivem num


determinado espaço, mantendo relacionamento.

• Ecossistema ( ) Conjunto de seres vivos da mesma espécie que vivem em


determinado espaço.

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Técnico de Turismo Ambiental e Rural – Ambiente e Desenvolvimento Rural
a) 1, 2 e 3
b) 3, 1 e 2
c) 3, 2 e 1
d) 1, 3 e 2
e) 2, 1 e 3

10.Que tipos de organismo devem estar necessariamente presentes em um ecossistema para


que ele se mantenha?
a) Herbívoros e carnívoros.
b) Herbívoros, carnívoros e decompositores.
c) Produtores e decompositores.
d) Produtores e herbívoros.
e) Produtores, herbívoros e carnívoros.

11. O tubarão-baleia e o tubarão-martelo são elasmobrânquios marinhos. O primeiro pode


atingir grande tamanho, sendo considerado um dos maiores animais existentes, actualmente.
Sabe-se que o tubarão-baleia possui maior disponibilidade alimentar energética do que o
tubarão-martelo. Isto se deve, entre outras razões, ao fato de o tubarão-baleia situar-se:
a) exclusivamente, como um animal carnívoro marinho.
b) em um nível trófico superior ao do tubarão-martelo, na cadeia alimentar.
c) no topo da cadeia alimentar marinha.
d) no nível trófico de um consumidor quaternário marinho.
e) em um nível trófico inferior ao do tubarão-martelo, na cadeia alimentar.

12. O esquema abaixo representa uma cadeia alimentar, sob a forma de uma pirâmide de
números.

Assinale a opção que contém a cadeia alimentar que melhor se encaixa com o esquema:
a) planta gafanhoto sapo cobra
b) planta boi carrapato ave
c) planta passaro pulgas bactérias parasitas
d) planta Ratos gatos cobra
e) planta grilo lagarto gavião

13. O fluxo de energia em um ecossistema é unidireccional e, iniciando-se pelos produtores,


a) mantém-se constante nos diversos níveis tróficos.
b) mantém-se constante dos produtores aos consumidores de primeira ordem, aumentando
progressivamente nos demais níveis tróficos.
c) aumenta dos produtores aos consumidores de primeira ordem, mantendo-se constante nos

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demais níveis tróficos.
d) aumenta progressivamente nos diversos níveis tróficos.
e) diminui progressivamente nos diversos níveis tróficos.

14. Quando nos referimos ao ecossistema de um lago, dois conceitos são muito importantes:
o ciclo dos nutrientes e o fluxo de energia. A energia necessária aos processos vitais de todos
os elementos deste lago é reintroduzida neste ecossistema:
a) pela respiração dos produtores.
b) pela captura directa por parte dos consumidores.
c) pelo processo fotossintético.
d) pelo armazenamento da energia nas cadeias tróficas.
e) pela predação de níveis tróficos inferiores.

15. Considere as seguintes funções vegetais:


I. transpiração
II. respiração
III. fotossíntese
O cicio biogeoquímico da água relaciona-se com:
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

16. Sabe-se que a fixação do nitrogénio atmosférico constitui uma reacção química
importantíssima para a manutenção da vida em nosso planeta. Esse tipo de actividade química
pode ser encontrado em:
a) bactérias e cianófitas.
b) fungos e mixófitos.
c) pirrófitas e diatomáceas.
d) mixófitos e algas.
e) fungos e algas.

17. Podemos considerar como um exemplo de epifitismo:


a) a erva-de-passarinho e outras espécies da família Loranthaceae que retiram seiva de seu
hospedeiro.
b) as orquídeas e bromélias que vivem sobre as árvores de maior porte da Mata Atlântica.
c) um choupo que abrigue muitas bromélias em sua copa.
d) a comunidade de artrópodes que vive no interior das bromélias.
e) a associação entre as formigas do género Azteca e a embaúba (Cecropia glaziovii).

18. A diferença entre a associação de algas e fungos formando líquens e a de anémonas e


paguros em conchas de gastrópodes é que a primeira:
a) constitui uma associação obrigatória e a segunda uma facultativa.
b) beneficia ambos os associados e a segunda só beneficia as anémonas.

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c) beneficia ambos os associados e a segunda só beneficia os paguros.
d) só beneficia os fungos e a segunda beneficia ambos os associados.
e) só beneficia as algas e a segunda beneficia ambos os associados.

19. Existe uma espécie de chapéu-de-cobra produtora de uma substância que age como um
potente inibidor da síntese de moléculas de RNA mensageiro, protegendo, assim, esse
cogumelo contra organismos que possam vir a prejudicá-lo e, inclusive, matá-lo. Essa
substância é completamente inócua ao organismo deste fungo.
Este fato expressa um caso de:
a) herbivorismo.
b) neutralismo.
c) sinfilismo.
d) amensalismo.
e) predação.

20. O tipo de associação em que um indivíduo de uma espécie procura abrigo ou suporte em
outro indivíduo de espécie diferente sem prejudicá-lo e conhecido como:
a) inquilinismo.
b) parasitismo.
c) predação.
d) mutualismo.
e) simbiose.

21. Um gavião, que tem sob suas penas carrapatos e piolhos, traz preso em suas garras um
rato, com pulgas em seus pêlos. Entre o rato e as pulgas, entre os carrapatos e os piolhos e
entre o gavião e o rato existem relações interespecíficas denominadas, respectivamente:
a) inquilinismo, competição e predação.
b) predação, competição e parasitismo.
c) parasitismo, competição e predação.
d) parasitismo, inquilinismo e predação.
e) parasitismo, predação e competição.

22. Analise a cadeia alimentar a seguir:


Capim ® Gafanhoto ® Sapo ® Ave ® Cobra
Caso houvesse na cadeia a introdução de um mamífero herbívoro, estabelecer-se-ia na cadeia
uma relação de .... com o .... .
Os espaços são adequadamente preenchidos por:
a) competição intra-específica; consumidor primário.
b) competição intra-específica; consumidor secundário.
c) competição interespecífica; produtor.
d) competição interespecífica; consumidor primário.
e) competição interespecífica; consumidor secundário.

23. Considere as afirmações abaixo relativas a factores de crescimento populacional.


I — A competição intra-específica interfere na densidade da população.

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II — A competição interespecífica não influi no crescimento das populações.
III — Um dos factores limitantes do crescimento populacional é a disponibilidade de alimentos
que diminui quando a densidade da população aumenta.
IV — Factores climáticos influem no crescimento da população independentemente de sua
densidade.
São verdadeiras apenas:
a) l e ll
b) I e IV
c) II e III
d) I, III e IV
e) II, III e IV

24. Com relação ao comportamento das populações, considere as afirmativas abaixo:


I – A regulação do tamanho das populações é feita, apenas, por factores bióticos.
II – O índice de crescimento de uma população pode ser medido pela relação entre a taxa de
natalidade e a taxa de mortalidade.
III – Como factor regulador do crescimento populacional, a competição intra-específica está
directamente relacionada à selecção natural.
IV – A densidade de uma população é medida pela relação entre o número de indivíduos e a
disponibilidade de recursos alimentares.
Estão correctas as seguintes afirmativas:

a) II e III.
b) I e IV.
c) I, II e III.
d) II e IV.

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