ESFORÇOS SOLICITANTES DE UMA VIGA

Albert Dorneles Henchemaier

Cláudio Fernando de Souza
Fernando José do Nascimento
Hélio Bothone
Josemar dos Santos
Leandro Geremias do Nascimento

RESUMO

Nesse trabalho será apresentado o componente estrutural do tipo viga, seu formato, os
tipos existentes, e em que situações serão utilizados, assim como os esforços a que são
submetidos, provenientes de cargas que sobre as quais são conferidas. Essa teoria é
motivada pelo experimento realizado no grupo, onde uma maquete pode demonstrar
todos os esforços internos aos quais as vigas são submetidas quando aplicado cargas
pontuais. Observando-se as deformações de flexão nos dois tipos de apoios, com dois
apoios ou com viga engastada em um só apoio.

Palavra-chave: Viga, esforços de Tração, esforços de Compressão e esforços de

Cisalhamento.

1. INTRODUÇÃO

Vigas são barras compridas retas com área da seção transversal constante e são
classificadas conforme seus apoios como: Vigas em balanço, onde ela possui somente
um apoio e toda carga recebida é transferida para um único ponto de fixação; Vigas Bi
apoiadas, onde as cargas recebidas são distribuídas aos dois apoios e podem ser do tipo
simples e/ou engastadas; Vigas Contínuas, onde são verificado vários apoios.
Conforme critérios definidos em projeto, diferentes tipos de viga podem ser utilizadas
em uma construção, como: Viga de concreto, uma das mais utilizadas na construção;
Viga em balanço, cargas transferidas para um só ponto; Viga composta, tipos de vigas
distintas; Viga de madeira, suportam teto e telhados; Vigas de aço, apresenta
comportamento isotrópico; Vigas cantilever, suporta forças e momentos de todas as
direções;
Devido às cargas aplicadas, as vigas desenvolvem força de cisalhamento interna e
momento fletor, que variam de ponto para ponto ao longo do eixo da viga.
As vigas são elementos estruturais sujeito a cargas transversais, que tem a função de
distribuir essas cargas de um elemento estrutural para outro, geralmente usada no
sistema laje-viga-pilar para transferir os esforços verticais recebidos da laje para o pilar
ou para transmitir uma carga estrutural concentrada, caso sirva de apoio a um pilar.

As vigas desempenham papel fundamental na estrutura de uma obra, pois junto com
outros elementos, servem de sustentação para equilíbrio dos pesos. Então basicamente,
elas ficam apoiadas nas colunas e acima das paredes.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As vigas são elementos estruturais horizontais sujeitas, na maioria das vezes, a esforços
verticais. As vigas fazem parte da estrutura que dá sustentação as construções. Elas
ficam apoiadas nas colunas, acima das paredes ou em balanço. As vigas são
dimensionadas para suportar e distribuir as cargas vindas de cima, como o peso de uma
laje, onde as vigas absorvem todo o peso, e transfere estas cargas para as colunas.
São utilizados em todos tipos de construções, desde grandes estruturas como edifícios
como em de pequeno porte como o residencial. Conforme o interesse ou
disponibilidade são confeccionadas em madeira, aço ou concreto armado.

Uma viga sofrendo um carregamento vertical para baixo, sofre em algum de seus pontos
esforços internos de compressão, esforços de tração e esforços de cisalhamento. Esses
efeitos são causados por uma carga e a flexão causada por essa força. Para observar
essas condições se faz necessário traçar os diagramas de momento e de força cortante.
Existem vários tipos de vigas, sua escolha parte do interesse arquitetônico, os tipos de
forças atuantes nessa estrutura e sua funcionalidade.

“A diversidade construtiva do país, atrelada as necessidades e especificações distintas

de cada projeto fazem necessário o estudo mais crítico e detalhado em relação ao
qualitativo e quantitativo do material e método construtivo da obra. A análise do
esquema estrutural mais eficaz, econômico, rentável e moderno de acordo com cada
projeto pode otimizar o tempo de construção e satisfação do cliente (CONSTRUÇÃO
MERCADO,2014)”.
Dessa forma as vigas podem ser escolhidas conforme projeto, como:
. Vigas caixa >> esta viga tem forma de caixa, elas são feitas pegando pedaços de
compensado e pregando dois pedaços de madeira de dois por quatro ou dois por seis,
se criando bem no fundo, um estrutura longa que lembra o formato de caixa.
. Vigas cantiléver >> bastante utilizadas em janelas salientes, pontes e varandas. Sua
grande vantagem é seu poder de redistribuir o peso de qualquer estrutura que estejam
sustentados para as principais vigas estruturais da obra pelo qual estão ligadas.
. Vigas de madeira >> A mais básica e antiga viga que existe na história da humanidade.
É uma viga feita a partir de tronco de árvore e são utilizadas nas casas de madeira
tradicionais ou em construções do tipo “post-and-beam”, em que são projetado grandes
extensões de vigas, onde estas fazem parte da estética do projeto arquitetônico.
. Vigas compostas >> são formadas a partir da junção de dois materiais diferentes, como
a de concreto-aço, onde se absorve dos materiais de forma unida suas melhores
características, visando redução de custos e resistência aos esforços.
. Vigas treliçadas >> recebem um reforço pela colocação de cabos ou varas na sua
confecção.
. Vigas em balanço >> essa tem como característica um só apoio no pilar, ou seja esse
ponto será o responsável por resistir a toda carga transmitida e por sofre compressão
na parte inferior, se faz necessário um reforço com armadura negativa na parte superior.
. Vigas de aço ou viga universal >> muito utilizadas em estruturas pré-moldadas, a viga
universal tem sua seção transversal em forma de H ou I.
. Vigas de concreto armado >> possuem normalmente o formato de um paralelepípedo,
E se utilizam das propriedades específicas dos dois componentes: concreto e aço, e a
capacidade de adesão entre eles. Com isso, a união dos dois supre as deficiências de
ambos. O aço tem a função básica resistir aos esforços de tração, superando a
deficiência do concreto a esse esforço. Enquanto que a baixa resistência do aço a
compressão é absorvida pelo concreto.
Sendo assim, a parte superior da viga de concreto suportará o esforço de compressão e
as barras de aço suportarão toda a força de tração abaixo da superfície neutra.
“Para melhorar resultados, as barras de aço são posicionadas o mais longe possível do
eixo neutro da viga, de modo que o momento criado pelas forças nelas desenvolvidas
seja maior em torno do eixo neutro (HIBBELER,2009)”.
Conforme a proposição do trabalho as vigas sofrendo um carregamento vertical para
abaixo, sofre em alguns de seus pontos esforços internos de compressão, esforços de
tração e, em outros, esforços de cisalhamento.
Esses efeitos são causados pela carga e pela flexão causada por essa força. Podendo ser
verificada com o diagrama de momento e de força cortante, onde o diagrama vem a ser
o desenho do esforço ponto a ponto na estrutura.
Quando se aplicam esforços em uma viga, aparecem em geral, esforços internos,
constituídos por tensões normais e de cisalhamento, nos diversos pontos de seu
interior. Para determina-los é necessário, inicialmente, calcular as forças e o momento
que estão solicitando a seção considerada, para isso utilizando as equações da estática.
“A deformação na viga, devido à carga, é provocada pela força cortante interna, bem
como pelo momento fletor. Se o material for homogêneo e comportar-se de uma
maneira linear elástica, a Lei de Hooke é aplicável (HIBBELER,2009)”.
. Momento Fletor >> é o momento que causa flexão, o seu valor é calculado com o
emprego da equação da estática, que estabelece que a soma dos momentos, em relação
a qualquer ponto é nula. E é produzido por todos os esforços (ativos e reativos), e esse
momento deve também ser equivalente ao momento das tensões que se distribuem
pelos diversos pontos da seção.
. Força cortante >> é uma força paralela à seção transversal da viga e que tende a cortar
(cisalhar) essa viga.

Nos casos de vigas simplesmente apoiadas, a condição pior (máxima) de cisalhamento

aumenta quando a força cortante se aproxima do apoio.

. Força normal >> é aquela que causa tensões de tração ou de compressão no plano da
seção considerada.

Por convenção, a força normal será positiva quando a viga sofre tração à esquerda da
seção considerada e negativa quando o esforço resultante for de compressão. O
momento fletor positivo é aquele que tende a fletir a viga com concavidade para cima
(tracionando as fibras mais inferiores) e momento negativo aquele que tende a
imprimir-lhe concavidade para baixo (comprimindo as fibras inferiores). A força cortante
é positiva quando tende a deslocar para cima a parte da viga que se situa à esquerda da
seção considerada e negativa, no caso contrário.
3.METODOLOGIA

A metodologia de construção de aprendizagem foi baseada na pesquisa de publicações e

pdf presentes na internet. Seja de uma simples publicação de uma empresa, como material
técnico amplamente disponível na rede, e o suporte teórico do livro Concreto Armado eu
te amo, dos autores Manoel Henrique Campos Botelho e Osvaldemar Marchetti.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os materiais utilizados para confecção da viga foram: MDF, madeirite plastificado,

elástico 5 mm, alfinete, parafuso 2,5 x 25 mm. Ferramentas como serra circular, tico tico,
parafusadeira, tesoura. Epi’s, como óculos, luvas, jaleco, botina e protetor auricular.
5. CONCLUSÃO

Por meio dos resultados obtidos com o experimento, podemos observar na prática as
forças atuando na estrutura e como se comporta os dois tipos de vigas representadas pela
maquete quando submetidas a carregamentos. No caso da viga bi apoiada a viga
flexionou, e o Momento Fletor se fez presente, alongando a parte inferior da viga, ou seja
ela tracionou. Deixando amostra as possíveis fissuras que pode surgir em uma viga mal
dimensionada. Por outro lado na parte superior da viga houve uma compressão. Diferente
do caso da viga em balanço, onde a estrutura teve um movimento de flambagem,
observando-se uma compressão na parte de baixo e na parte de cima foi tracionada.
Podemos nesse instante simular a presença de uma armadura negativa e confirmar sua
importância na estrutura em balanço.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Concreto 2, 2017: //p.feb.unesp.br.

Tipos de vigas, // celere-ce.com.br > construção civil.
Estrutura-conceito, // portalvirtuhab.paginas.ufsc.
BOTELHO, Manoel Henrique campos, Concreto Armado eu te amo: vol.1, 9ª ed. - São
Paulo: Blucher, 2018.
Vigas, 2020: // vivadecora.com.br > pro.
Tipos de vigas,2015: // cartografia.ufpr.br > portal.
Vigas: // tecnologiae.com.br.
Vigas: // web.tecgraf.puc-rio.br.
Apostilas RM1, 2013: // ufjf.br.
Tipos de vigas: // educacivil.com.