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GABARITO DAS

AUTOATIVIDADES

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
DE BAIXA TENSÃO
Prof. ª Léo Roberto Seidel

2019
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO

UNIDADE 1

TÓPICO 1

1 Um projeto elétrico pode ser composto por vários documentos, de-


pendendo da sua complexidade. Descreva cinco documentos que
podem compor um projeto elétrico.

R.: ART: Anotação de Responsabilidade Técnica - documento de emissão


obrigatória junto ao CREA dos responsáveis técnicos pelo projeto.
Memoriais Descritivo e de Cálculo: documentos que descrevem as
características básicas da edificação e instalação elétrica (características
arquitetônicas básicas, informações da carga instalada, tensão de fornecimento
de energia), além de alguns cálculos necessários ao projeto, tais como:
demanda da edificação, dimensionamento de condutores e dutos.
Plantas: são as representações gráficas dos elementos. A Planta de Situação
visa localizar a edificação e o ramal de entrada de energia em relação ao
terreno, ruas e postes da rede pública. A Planta Baixa dos pavimentos é
utilizada para representar os elementos da instalação elétrica (pontos de
iluminação, interruptores e tomadas, dutos elétricos e outros).
Quadros de Cargas e Diagrama Unifilar (ou Multifilar): representam o total de
carga instalada em determinado setor e a forma como foi feita sua divisão em
diferentes circuitos.

2 Uma especificação técnica de uma concessionária de energia pode


diferir de uma norma técnica da ABNT? Explique.

R.: As diretrizes técnicas emitidas pela concessionária de energia, ou algum


outro órgão que não a ABNT, estão sujeitas às respectivas normas emitidas
pela ABNT. Essas diretrizes podem ser mais restritivas e/ou exigentes que as
normas da ABNT, mas não podem ser contrárias a ela.

3 Qual é o nome completo da norma técnica que precisa ser seguida


para a elaboração de projetos elétricos? Quais tipos de projetos
elétricos não são atendidos por esta norma?

R.: O nome completo da norma é ANBT NBR 5410:2004 - Instalações elétricas


de baixa tensão. Não são atendidos projetos elétricos em tensão acima de
1000 volts, além das seguintes instalações: de tração elétrica, de veículos
automotores, de embarcações e aeronaves, de iluminação pública, rede de
distribuição pública, instalações em minas e cercas eletrificadas.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
4 Na elaboração de um projeto, três critérios precisam ser observa-
dos: acessibilidade, flexibilidade e confiabilidade das instalações.
Explique cada um desses critérios.

R.: Acessibilidade: todos os pontos de utilização e dispositivos de manobra


e proteção devem estar em locais perfeitamente acessíveis e que permitam
manobras adequadas e eventuais manutenções.
Flexibilidade e Reserva de Carga: a instalação deve ser projetada de forma a
permitir certo acréscimo de carga futura e flexibilidade para pequenas altera-
ções.
Confiabilidade: as instalações devem ser projetadas em conformidade com
as normas técnicas, garantindo o perfeito funcionamento e a segurança do
patrimônio e das pessoas.

TÓPICO 2

1 Considere a planta baixa de um “Apartamento de Dois Quartos”,


mostrada na figura seguinte. Utilizaremos a planta para a realiza-
ção desta e de autoatividades dos próximos tópicos. Desenvolva
as etapas de projeto para o imóvel considerando que os valores
indicados correspondem às dimensões dos ambientes em metros.

a) Calcule a previsão de cargas de iluminação e tomadas e, ao final, apre-


sente o quadro das cargas previstas.
b) Lance os pontos elétricos na planta de acordo com a previsão de cargas.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
FIGURA – PLANTA BAIXA DO APARTAMENTO DE DOIS QUARTOS

FONTE: O autor

R.:
a) Calcule a previsão de cargas de iluminação e tomadas e, ao final,
apresente o quadro das cargas previstas.

Quartos 1 e 2
a) Dimensões
L × C: 3,00 × 3,30 m
Área: 3,00 × 3,30 = 9,90 m²
Perímetro: (3,00 + 3,30) × 2 = 12,60 m
b) Iluminação (100 VA para os primeiros 6 m² e 60 VA para cada 4 m² inteiros)
1 ponto de 100 VA no teto

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c) Tomadas (1 ponto para cada 5 metros de perímetro ou fração):
3 TUGs de 100 VA;
1 TUE de 1500 VA (ar condicionado).

Sala
a) Dimensões
L × C: 4,35 × 3,65 m
Área: 4,35 × 3,65 = 15,88 m²
Perímetro: (4,35 + 3,65) × 2 = 16,00 m
b) Iluminação (100 VA para os primeiros 6 m² e 60 VA para cada 4 m² inteiros)
1 ponto de 160 VA no teto
c) Tomadas (1 ponto para cada 5 metros de perímetro ou fração):
4 TUGs de 100 VA
Cozinha
a) Dimensões
L × C: 3,15 × 3,00 m
Área: 3,15 × 3,00 = 15,88 m²
Perímetro: (3,15 +3,00) × 2 = 12,30 m
b) Iluminação (100 VA para os primeiros 6 m² e 60 VA para cada 4 m² inteiros)
1 ponto de 100 VA no teto
c) Tomadas (1 ponto para cada 3,5 metros de perímetro ou fração):
3 TUGs de 600 VA
1 TUG de 100 VA

Área de Serviço
a) Dimensões
L × C: 1,35 × 3,00 m
Área: 1,35 × 3,00 = 4,05 m²
Perímetro: (1,35 + 3,00) × 2 = 8,70 m
b) Iluminação (100 VA para os primeiros 6 m² e 60 VA para cada 4 m² inteiros)
1 ponto de 100 VA no teto
c) Tomadas (1 ponto para cada 3,5 metros de perímetro ou fração):
3 TUGs de 600 VA

Banheiro
a) Dimensões
L × C: 2,04 × 1,20 m
Área: 2,04 × 1,20 = 2,45 m²
Perímetro: (2,04 + 1,20) × 2 = 6,48 m
b) Iluminação (100 VA para os primeiros 6 m² e 60 VA para cada 4 m² inteiros)
1 ponto de 100 VA no teto
1 ponto de 60 VA na parede

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c) Tomadas (ao menos 1 TUG distante 60 cm ou mais do box):
1 TUG de 600 VA (próxima à pia)
1 TUE de 5400 VA (chuveiro)

QUADRO DA PREVISÃO DE CARGAS


ILUMINAÇÃO TUGs TUEs
Pot. Pot. Nº de Pot. Pot.
Dependência Nº de Pontos Potência
Unit Total Unit Total Aparelho
Pontos (VA)
(VA) (VA) (VA) (VA)
Sala 1 160 160 4 100 400 - -
3 600
Cozinha 1 100 100 1900 - -
1 100
1 100
Banheiro 160 1 600 600 Chuveiro 5400
1 60
Serviço 1 100 100 3 600 1800 - -
Quarto 1 1 100 100 3 100 300 Ar Cond. 1500
Quarto 2 1 100 100 3 100 300 Ar Cond. 1500
Totais 7 - 720 18 - 5300 - 8400

b) Lance os pontos elétricos na planta de acordo com a previsão de


cargas.
O resultado do lançamento dos pontos elétricos pode ser verificado na
planta a seguir.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO

R.: Após o lançamento dos pontos em planta, faz-se necessário reescrever


o quadro das cargas previstas, devido às alterações entre as quantidades
de pontos previstas inicialmente e as quantidades efetivamente indicadas
na planta. Como resultado, temos o quadro a seguir.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
QUADRO AJUSTADO DA PREVISÃO DE CARGAS
ILUMINAÇÃO TUGs TUEs
Pot. Pot. Pot. Pot.
Dependência Nº de Nº de Potência
Unit Total Unit Total Aparelho
Pontos Pontos (VA)
(VA) (VA) (VA) (VA)
1 160
Sala 260 5 100 500 - -
1 100
3 600
Cozinha 1 100 100 1900 - -
1 100
1 100
Banheiro 160 1 600 600 Chuveiro 5400
1 60
Serviço 1 100 100 3 600 1800 - -
Quarto 1 1 100 100 4 100 400 Ar Cond. 1500
Quarto 2 1 100 100 5 100 500 Ar Cond. 1500
Totais 8 - 820 22 - 5700 - 8400

TÓPICO 3

1 Faça o dimensionamento dos Quadros de Distribuição a seguir, em


termos do número de circuitos, com base na quantidade de circui-
tos atendida em cada quadro:

a) 05 circuitos:
b) 12 circuitos:
c) 26 circuitos:
d) 60 circuitos:

R.:
O dimensionamento dos quadros é feito a seguir:

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
Quantidade de circuitos efetivamente Espaço mínimo destinado à reserva
disponíveis, “N” (em número de circuitos)
Até 6 2
7 a 12 3
13 a 30 4
N > 30 0,15 N

a) 05 + 02 = 07 circuitos
b) 12 + 3 = 15 circuitos
c) 26 + 4 = 30 circuitos
d) 60 + 0,15×60 = 69 circuitos

2 Considere a planta apresentada na figura a seguir. Trata-se do apar-


tamento de dois quartos já analisado. Desta vez, a planta é apre-
sentada sem os móveis internos e medidas, facilitando o desenho
do projeto elétrico. Daremos continuidade à elaboração do projeto
com base no que foi iniciado na autoatividade anterior. Uma dica:
tire uma cópia da planta e faça os desenhos nela, caso não deseje
marcar o livro ou se quiser repetir a atividade posteriormente.

a) lance os pontos elétricos da planta de acordo com a previsão de


cargas já realizada na autoatividade anterior;
b) faça a divisão dos circuitos de acordo com os critérios estudados;
c) indique a localização do Quadro de Distribuição de Cargas na planta.
Faça o dimensionamento dos espaços necessários para os disjuntores
e considerando circuitos que são reserva;
d) lance os eletrodutos na instalação, conforme as orientações vistas
neste tópico.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
FIGURA – PLANTA DO APARTAMENTO DE DOIS QUARTOS

FONTE: O autor

R.:
Uma possível resposta para os itens a, b, c e d está na planta a seguir.
Muitas escolhas pessoais podem levar a projetos distintos, tais como a
divisão dos circuitos e o traçado da tubulação.
Deve ser verificado se os critérios estudados foram atendidos na elaboração
do projeto pelo acadêmico:
• Não devem existir tomadas e pontos de iluminação em um mesmo circuito;
• O cruzamento de tubulações deve ser evitado;
• Não deve haver mais do que seis eletrodutos conectados a um mesmo
ponto de iluminação (limitação técnica da caixa octogonal);
• Todos os pontos da instalação precisam estar interconectados até o quadro
de distribuição.
Para visualizar melhor o resultado da divisão dos circuitos da instalação, foi
elaborado o quadro a seguir.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
RESUMO DA DIVISÃO DE CIRCUITOS
Circuito Utilização
1 Iluminação
2 Tomadas – Quarto 2, Sala e Banheiro
3 Tomadas – Quarto 1
4 Tomadas - Cozinha
5 Tomadas - Serviço
6 Ar Condicionado – Quarto 1
7 Ar Condicionado – Quarto 2
8 Chuveiro

TÓPICO 4

1 Explique a diferença entre um fio e um cabo elétrico.

R.: Um fio é um condutor pouco flexível e composto por um único filamento.


O cabo é composto por vários filamentos e é mais flexível que o fio.

2 O que é a classe de encordoamento?

R.: A classe de encordoamento indica a flexibilidade de um condutor. Quan-


to mais alta a classe de encordoamento de um condutor, mais flexível
ele é.

3 Explique como é feita, geralmente, a identificação dos condutores


elétricos de uma instalação.

R.: A identificação é feita, geralmente, pelas cores dos isolantes dos condu-
tores conforme o seguinte padrão utilizado:
Condutor Neutro: azul claro.
Condutor Proteção: verde ou verde e amarelo.
Condutor PEN: azul claro e com anilhas de identificação nas partes visíveis.
Condutores Fase: outras cores que não aquelas especificadas anteriormen-
te.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
4 Quais as principais diferenças entre a isolação em PVC e a isolação
em EPR/XLPE?

R.: A isolação em PVC costuma ser mais barata que a isolação em EPR/
XLPE. Por outro lado, a isolação EPR/XLPE suporta temperaturas de até
90° C (contra o máximo de 70° C do PVC), o que confere aos condutores
maior capacidade de condução de corrente.

5 Observe a planta baixa parcialmente mostrada na figura seguinte.


Faça o lançamento dos condutores referentes aos pontos de ilu-
minação mostrados. Considere que todos os pontos pertencem ao
circuito nº 1.

FIGURA – INSTALAÇÃO ELÉTRICA PARCIAL

FONTE: O autor

R.: Uma das possibilidades é mostrada na figura a seguir:

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO

FONTE: O autor

6 Considere a planta do Apartamento de Dois Quartos apresentada na


figura que ilustra a autoatividade do Tópico 3, cujo projeto elétrico
você já deve ter iniciado. Agora, lance os condutores da instalação
elétrica de acordo com o que foi aprendido neste tópico.

R.: A figura a seguir apresenta o lançamento da tubulação e indica o padrão


de símbolos utilizados.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO

FONTE: O autor

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO

UNIDADE 2

TÓPICO 1

1 De acordo com a NBR 5410 (2004), indique quais são as seções mí-
nimas admitidas para os condutores de circuitos:

a) de iluminação;
b) tomadas (ou força).

R.:
a) 1,5 mm²
b) 2,5 mm²

2 Determinar, pelo critério da Capacidade de Condução de Corrente,


a seção dos condutores fase, neutro e proteção de um circuito ali-
mentador de um Quadro de Distribuição cuja carga instalada total
seja de 45.000 W, fator de potência 0,90 (indutivo) e tensão de ali-
mentação de 220/127 volts. Os condutores são cabos unipolares
com isolação em EPR instalados em eletroduto enterrado. Conside-
rar que o solo tem temperatura de 20º C.

R.: Inicialmente, elencaremos as características do circuito considerado:

• Tipo de isolação: EPR


• Maneira de instalar: D (cabos unipolares instalados em eletroduto enterrado)
• Quantidade de condutores carregados: 3
• Corrente de Projeto (calculada pela Equação 5):

P3 F 45000
=IP = = 131, 2 A
3 × V ff × cos ϕ 3 × 220 × 0,90

A seção dos cabos Fase será: 50 mm² (Quadro 3, coluna 13). Pelo Quadro
8, verifica-se que o condutor Neutro terá seção de 25 mm². Pelo Quao 9, o
condutor Proteção terá seção de 25 mm².

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
3 Repetir o dimensionamento dos condutores para a situação descri-
ta no exercício 2 com a diferença de que, desta vez, a carga elétrica
do quadro de distribuição não está equilibrada entre as fases, con-
trariando a recomendação:
• Fase R: 20.000 W
• Fase S: 12.000 W
• Fase T: 13.000 W

Todas as fases têm fator de potência 0,90 indutivo e as demais


características permanecem inalteradas.

R.: No caso, o circuito encontra-se desequilibrado e temos de analisar de


forma diferente. O dimensionamento dos condutores é feito em relação à
fase mais carregada, como se o circuito fosse monofásico.

Assim, as características do circuito são:

• Tipo de isolação: EPR


• Maneira de instalar: D (cabos unipolares instalados em eletroduto enter-
rado)
• Fase mais carregada: R
• Quantidade de condutores carregados: 3
• Corrente de Projeto (calculada pela Equação 1):

PnFase _ R 20000
=IP = = 175, 0 A
V fn × cos ϕ 127 × 0,90

Assim, ao se analisar a coluna 13 do Quadro 3, verifica-se que a seção do


condutor que atenderá à carga instalada na fase R é 70 mm². A seção será
adotada para todos os condutores fase do circuito. É obrigatório que todos
os condutores fase de um mesmo circuito sejam iguais.

A seção reduzida do condutor Neutro poderá ser, então, de 35 mm², pelo


Quadro 8. Pelo Quadro 9, verifica-se que o condutor Proteção terá seção
de 35 mm².

No caso de um circuito trifásico desequilibrado, a corrente no condutor


Neutro não será nula, podendo ser calculada pela expressão:

IN = IR.cos(0º) + IS.cos(120º) + IT.cos(-120º), em que:

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
IR, IS e IT: são as correntes das fases R, S e T, respectivamente, e IN é a
corrente no condutor Neutro.

Assim:

PnFase _ S 12000
=IS = = 105 A
V fn × cos ϕ 127 × 0,90

PnFase _ T 13000
=IT = = 113, 4 A
V fn × cos ϕ 127 × 0,90

Logo, a corrente que circulará pelo Neutro será: IN = 175.cos(0º) + 105.


cos(120º) + 113,4.cos(-120º) = 65,8 A

4 Determinar a seção dos condutores fase e neutro, pelo critério da


Capacidade de Condução de Corrente, de um circuito bifásico que
alimenta um quadro de distribuição (QD), conforme ilustra a figu-
ra a seguir. Os cabos são unipolares, isolação EPR, instalados em
eletroduto embutido em alvenaria. O quadro, por sua vez, alimenta
quatro circuitos com as seguintes características:

• Circuito 1: monofásico, ligado à fase R, potência nominal de 3.000 W


com fator de potência 0,90 indutivo.
• Circuito 2: monofásico, ligado à fase S, potência nominal de 800 W
com fator de potência 0,70 indutivo.
• Circuito 3: monofásico, ligado à fase S, potência nominal de 600 W
com fator de potência 0,60 indutivo.
• Circuito 4: bifásico sem neutro, ligado às fases R e S, potência
nominal de 2.500 W como fator de potência de 0,80 indutivo.

A tensão de alimentação é 380/220V.

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
FIGURA – REPRESENTAÇÃO DOS CIRCUITOS DO EXERCÍCIO 4

FONTE: O autor

R.: Iniciaremos elencando as características do circuito:

• Tipo de isolação: EPR – cabos unipolares


• Maneira de instalar: B1
• Quantidade de condutores carregados: 3

A corrente de projeto para o circuito do ramal de alimentação será calculada


pela soma das correntes de cada circuito do Quadro de Distribuição. Há de
se ressaltar que a soma escalar dos valores de corrente não está totalmen-
te correta pelo fato de que os fatores de potência são diferentes em cada
circuito. No entanto, pelo fato de os fatores de potência terem valores próxi-
mos entre si, a simplificação não incorrerá em problemas.

Passamos, então, para o cálculo da corrente do circuito 1, que circula entre


a fase R e o Neutro:

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO

P1 3000
=I1 = = 15, 2 A
V fn × cos ϕ 220 × 0,90

A seguir, faremos os cálculos das correntes das cargas 2 e 3, que circulam


entre a fase S e o Neutro:

P2 800
=I2 = = 5,19 A
V fn × cos ϕ 220 × 0, 70

P3 600
=I3 = = 4,54 A
V fn × cos ϕ 220 × 0, 60

P4 2500
=I4 = = 8, 22 A
V ff × cos ϕ 380 × 0,80

Observação: se houver dúvidas de como calcular a corrente do ramal de


entrada a partir das correntes dos circuitos, basta realizar a análise Nodal
(soma das correntes) na representação por barras da figura.

A corrente é realizada somando as correntes dos circuitos terminais conec-


tados a cada fase, sendo assim, a corrente da fase R será:

IR = I1 + I4 = 15,2 + 8,22 = 23,42 A

Já a corrente na fase S será:

IS = I2 + I3 + I4 = 5,19 + 4,54 + 8,22 = 17,95 A

Como a corrente na fase R é maior, ela é que será utilizada para a determi-
nação da seção dos condutores fase. Então, pela coluna (7) do Quadro 3,
chega-se à seção de 2,5 mm².
Pelas características do ramal de entrada, não são possíveis reduções nas
seções dos condutores Neutro e Proteção, devendo estes também ter valor
de 2,5 mm².

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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
TÓPICO 2

1 Considere o circuito terminal de tomadas de um apartamento repre-


sentado pelo diagrama da figura seguinte. Calcule a seção dos condu-
tores da instalação, considerando que os condutores são instalados
em eletroduto embutido em alvenaria, a temperatura ambiente é de 30°
C, a isolação é PVC e a tensão de alimentação é 127 volts. Utilize os
critérios (a) Capacidade de Condução de Corrente, (b) Seção mínima e
(c) Queda de Tensão, considerando uma queda máxima de 4%.

FIGURA – DIAGRAMA DO CIRCUITO TERMINAL DE TOMADAS

FONTE: Lima Filho (2007, p. 140)

R.:
a) Determinação pelo Critério da Capacidade de Corrente
A corrente de projeto será:
Ip = 2000/127 = 15,7 A
Pelo Quadro 11, obtemos que os condutores devem ter seção de 1,5 mm².

b) Pelo critério da Seção Mínima


Condutores dos circuitos de tomadas devem ter seção mínima de 2,5 mm².

c) Pelo critério da Queda de Tensão


As correntes em cada trecho do circuito são mostradas no diagrama a seguir:

20
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO

O cálculo da seção do condutor, por este critério, será feito pela equação 1,
por se tratar de um circuito monofásico.

 1 
200 ×   × [(15, 74 × 8 ) + (11, 02 × 3) + ( 6,30 × 4 ) + (1,58 × 3) + ( 0, 79 × 2 )
200 × ρ × ∑ ( LC × I C )  56 
=SC =
∆V % × V fn 4 ×127

= 1,35 mm²

Escolha final
Por fim, dentre todos os critérios utilizados, escolhe-se o maior valor obtido,
que é 2,5 mm².

2 Considere um circuito trifásico composto por condutores unipo-


lares em cobre de seção 25 mm² e isolação em EPR acomodados
num eletroduto enterrado no solo. Verifique se esses condutores
estão aptos a suportar uma corrente de curto-circuito de 8 kA, con-
siderando que o tempo de atuação do dispositivo de proteção é 0,4
segundos.

R.:
A determinação pode ser feita pela Figura 7 ou pela Equação 3.

Pela equação, tem-se:

0, 4 × 8
=SC = 26, 7 mm²
 234 + 252 
0,34 × log  
 234 + 90 

Como o valor calculado é superior ao valor adotado, considera-se que o


condutor não atende a esta condição de curto-circuito. O valor comercial
superior mais próximos é 35 mm², que atende a esta condição.

21
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
3 Explique, com suas próprias palavras, as duas condições que pre-
cisam ser atendidas para o dimensionamento da seção de um con-
dutor, conforme o Critério da Sobrecarga.

R.: A resposta está no item 4 do Tópico 2 e consiste em explicar as


expressões matemáticas dos itens “a” e “b”.

TÓPICO 3

1 Qual é a taxa máxima de ocupação de um eletroduto de acordo com


a NBR5410 (2004)?

R.: dependerá do número de condutores no eletroduto:


• 53%: se houver um único condutor;
• 31%: no caso de dois condutores;
• 40%: no caso de três ou mais condutores.

2 Para cada situação a seguir, dimensionar os eletrodutos de forma a


acomodar os condutores adequadamente.

a) 9 condutores de 2,5 mm² e 3 condutores de 4,0 mm². Todos cabos


isolados;
b) 20 cabos isolados de 10 mm²;
c) 8 condutores de 1,5 mm²; 12 de 2,5 mm² e 3 de 6,00 mm². Todos são
cabos isolados.

R.: as soluções podem variar de acordo com a escolha do número de


eletrodutos. O ponto é que a máxima taxa de ocupação deve ser respeitada.
Uma possível solução é apresentada a seguir para cada caso:

a) Determinação da área total ocupada pelos condutores (utilizando a


Equação 4 com os dados do Quadro 13):

Atotal = ∑ Áreas de cada condutor

π
Atotal=
4
( 9 × 3, 70 2
)
+ 3 × 4,302= 140,3 mm²

22
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
A taxa máxima de ocupação para esse número de condutores é 40%, logo,
a área interna mínima do eletroduto será:

AC _ total 140,3
A=
E _ mín = = 350,8 mm²
TO 0, 40

Pelo Quadro 13, o menor eletroduto que atende a esta especificação é o de


diâmetro nominal (DN) de 20 (3/4 de polegada) classe B.

b) Cálculo feito de maneira semelhante ao caso anterior:

π
( )
Atotal = 20 × 5,902 =546,8 mm²
4

AC _ total 546,8
A=
E _ mín = = 1367, 0 mm²
TO 0, 40

R.: Um eletroduto DN = 50 (2 polegadas) classe A.

c) No caso, precisamos observar que os condutores possuem diferença de


seção maior que três valores comerciais, de forma que não poderão todos
ser instalados num mesmo eletroduto. Então, pode-se fazer a instalação
dos condutores de 1,5 e 2,5 mm² num eletroduto e deixar os de 6 mm² em
outro, ou então, apenas os condutores de 1,5 mm² num eletroduto e juntar
os condutores de 2,5 e 6 mm² em outro. Para usar como exemplo, adotare-
mos a primeira opção:

Agrupamento dos condutores de 1,5 e 2,5 mm²:

π
Atotal =
4
(8 × 3, 00 2
)
+ 12 × 3, 702 = 185, 6 mm²

AC _ total 185, 6
A=
E _ mín = = 463,9 mm²
TO 0, 40

Resposta: 1 eletroduto DN = 25 (1 polegada) – classe A.

Condutores de 6,0 mm²:

23
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO

π
(
Atotal = 3 × 4,902 =
4
)
56, 6 mm²

AC _ total 56, 6
AE=
_ mín = = 141, 4 mm²
TO 0, 40

R.: 1 eletroduto DN = 16 (1/2 polegada) – classe A.

3 Dimensionar a eletrocalha que acomode adequadamente a instala-


ção de 12 cabos unipolares de 35 mm² e 10 cabos de 50 mm².

R.: será utilizado o dimensionamento padrão para eletrocalhas.

π
Atotal=
4
(12 × 9, 60 2
)
+ 10 ×11,30²= 1871, 4 mm²

AC _ total 1871, 4
AE _ mín
= = = 5346,8 mm²
TO 0,35

A menor eletrocalha que atende a esta solicitação é a de 150 × 60 mm


(9.000 m² de área útil).

TÓPICO 4

1 Explique, com suas próprias palavras, o que é a prumada elétrica.

R.: a prumada elétrica, também denominada de esquema vertical, é um


desenho esquemático que visa representar a instalação elétrica entre os
diferentes pavimentos de uma edificação. Este tipo de desenho é muito im-
portante para auxiliar no entendimento da distribuição da instalação entre
os diversos pavimentos e entre os vários quadros e caixas de passagens.

2 Calcule a demanda prevista e especifique o número de fases, ramal


de ligação, ramal de entrada, resistência do poste e proteção geral
de uma edificação residencial com a seguinte carga instalada:

24
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
• Iluminação: 2300 W;
• Tomadas de uso geral: 6200 W;
• Chuveiro: 4500 W;
• Ar-condicionado: 1100 W (duas unidades);
• Forno elétrico: 2500 W.

R.: a demanda será calculada pela Equação 8:

Determinação de P1
P1 = 2300 + 6200 = 8500 W

Determinação de P2
P2 = 4500/1,0 + 1100/0,80 + 2500/1,0 = 8375 VA

Determinação do FD (de acordo com o Quadro 18):


FD = 0,24 (para uma carga instalada de 16.600 W)

Cálculo da demanda provável total da edificação:


DEM=(FD×P1)+P2 = (0,24 × 8500) + 8375 = 10415 ≈ 10,42 kVA VA

Pela Tabela 1, podemos escolher entre as categorias 22 (atendimento


monofásico) ou 28 (bifásico). Adotaremos o padrão bifásico, pois permite
distribuir melhor as cargas entre as fases, otimizando a utilização do
transformador da concessionária.

• Disjuntor geral: 50 A
• Condutores do Ramal de Ligação: #10 mm² (em alumínio);
• Eletroduto: DN 32 (1 polegada);
• Condutores do ramal de entrada: #10 mm² EPR (em cobre)
• Resistência mecânica do poste: 75 daN (deca-newtons)

3 Calcular a demanda total de um edifício residencial composto por


três lojas e 10 salas comerciais (escritórios) iguais, cujas cargas
são apresentadas a seguir.

25
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
Tipo de Unidade Descrição das Cargas
• iluminação: 2,30 kW;
Cargas do condomínio:
• tomadas de uso geral: 1,90 kW;
• iluminação: 6,0 kW;
Cargas de uma loja: • tomadas de uso geral: 3,0 kW;
• ar-condicionado: 12,00 kW;
• iluminação: 0,60 kW;
Cargas de um escritório: • tomadas de uso geral: 2,00 kW;
• ar-condicionado: 1,10 kW;

R.: o cálculo da demanda total será feito pela Equação 9.

Determinação da demanda do condomínio (D2):

D2 = B + C + D

• B = 1,0 × 2,30/0,90 = 2,56


• C = 0,20 × 1,90/0,90 = 0,42
• D=0
• D2 = 2,98 kVA

As lojas e escritórios têm suas demandas calculadas separadamente,


devido ao fator de demanda distinto.

Demanda das lojas (G1):


Carga instalada total de TUGs e Iluminação das lojas: 3 × (6,00 + 3,00) =
27,00 kW
Carga instalada total dos ares-condicionados das lojas: 3 × 12,00 = 36,00
kW
O fator de demanda das lojas é 100%, ou 1,0:
G1 = 1,0 × (27,00/0,90 + 36,00/0,80) = 75 kVA

Demanda dos escritórios (G2):


Carga instalada total de TUGs e Iluminação dos escritórios: 10 × (0,60 +
2,00) = 26,00 kW
Carga instalada total dos ares-condicionados dos escritórios: 10 × 1,10 =
11,00 kW

Demanda de iluminação e TUGs:


Di = 26,00/0,90 = 28,89 kVA
Aplicando os fatores de demanda da Tabela 5:
Diconsiderada = (1,0 × 20,00) + (0,70 × 8,89) = 26,22 kVA
Dar = 1,0 × 11,00/0,80 = 13,75 kVA
G2 = Diconsiderada + Dar = 39,97 kVA

26
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
A demanda total das unidades consumidoras comerciais é:
G = G1 + G2 = 114,97 kVA

Por fim, a demanda total prevista para a edificação é:


DT = 1,2 × (D1 + D2) + E + G
= 1,2 × (0 + 2,98) + 0 + 114,97 = 118,56 kVA.

UNIDADE 3

TÓPICO 1

1 O sistema de iluminação de um laboratório de uma instituição de


ensino é composto por 22 lâmpadas fluorescentes de 32 W. O am-
biente possui comprimento e largura de 20 e 10 metros, respectiva-
mente. Verifique se o nível de iluminamento disponível é compatível
com a atividade realizada no local.

R.: Pela Tabela 2, verifica-se que o nível de iluminamento mínimo requerido


para um laboratório é de 200 lux.

O fluxo luminoso total emitido por todas as lâmpadas é:


F = 22 × 2350 = 51.700 lm

A área do recinto é: S = 20 × 10 = 200 m²

Logo, o nível de iluminamento médio no local é:


E = F/S = 258,5 lux

Como o valor é superior ao mínimo indicado na tabela, conclui-se que o


nível de iluminação do ambiente é adequado.

2 Um escritório de área 55 m² é iluminado por seis luminárias con-


tendo, cada uma, duas lâmpadas fluorescentes de 40 W. Deseja-se
realizar a troca por lâmpadas tubulares LED de 20 W. Quantas des-
sas lâmpadas LED serão necessárias para que o nível de ilumina-
mento do local permaneça, aproximadamente, o mesmo? Qual será
a economia de energia esperada, percentualmente, após a troca das
lâmpadas?

27
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
R.: O fluxo luminoso total é:
FT = Nla(fluoresc) × Fla(fluoresc) = 12 × 2600 = 31.200 lm

O número de lâmpadas led (Nla(led)) será:


Nla(led) = FT/ Fla(led) = 31.200/1900 = 16 lâmpadas LED tubulares de 20 W

A economia de energia é proporcional à diminuição da potência instalada.


Assim:
• potência das lâmpadas fluorescentes: 12 × 40 = 480 W
• potência das lâmpadas LED: 16 × 20 = 320 W
• potência percentual LED:
(320/480) × 100% = 66,7%

Assim, verifica-se que a instalação de lâmpadas LED representa uma po-


tência total de 66,7% da potência originalmente instalada, ou seja, uma eco-
nomia de 33,3%.

3 Elabore, através do cálculo luminotécnico, o sistema de iluminação


dos seguintes ambientes de uma indústria:

a) Setor produtivo
Galpão nas dimensões 40 × 25 × 5,0 m (largura × comprimento × pé
direito). Teto claro, paredes claras e piso escuro. Nível de iluminamento
requerido: 300 lux. Luminária: 2× lâmpada LED tubular tipo HO de 65
W.

b) Escritório
Dimensões: 15 × 6,0 × 3,5 m. Teto branco, paredes claras e piso escuro.
Iluminamento: 250 lux. Luminária: 2× lâmpada LED tubular de 20 W.

c) Depósito:
Dimensões: 40×35×4,5 m. Teto e paredes claros, piso escuro.
Iluminamento: 100 lux. Luminária: 2× lâmpada LED tubular tipo HO de
65 W.

R.: A determinação foi feita para cada ambiente.

a) Setor Produtivo:

1. E = 300 lux
2. A altura de suspensão da luminária foi considerada em 30 cm abaixo do
teto.
Hlp = 5,0 – 0,85 – 0,30 = 3,85 m

28
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO

40 × 25
=K = 4, 0
3,85 × ( 40 + 25 )

1. Fluxo luminoso da lâmpada tubular Led tipo HO de 65 W: 6.500 lumens


2. Índice de refletância do recinto: 551 → Fu = 0,57.
3. Fator de depreciação da luminária: Luminária para lâmpada HO c/
colmeia:
Fdl = 0,60

E×S 300 × ( 40 × 25 )
=FT = = 877.193 lm
Fu × Fdl 0,57 × 0, 60

E×S 300 × ( 40 × 25 )
=FT = = 877.193 lm
Fu × Fdl 0,57 × 0, 60

1. Distância das luminárias:

As luminárias serão instaladas em 10 × 7 fileiras, totalizando 70 luminárias.

A distância é:
X = 40/10 = 4,0 m → Hlp ≤ 4,0 ≤ 1,5× Hlp
Y = 25/7 = 3,57 m → Hlp ≤ 3,57 ≤ 1,5× Hlp

a) Escritório:

1. E = 250 lux
2. A altura de suspensão da luminária foi considerada em 10 cm abaixo do
teto.
Hlp = 3,5 – 0,85 – 0,10 = 2,55 m

15 × 6
K
= = 1, 68 ≅ 1,5
2,55 × (15 + 6 )

1. Fluxo luminoso da lâmpada tubular Led de 20 W: 1.900 lumens


2. Índice de refletância do recinto: 751 → Fu = 0,51
3. Fator de depreciação da luminária: Luminária comercial: Fdl = 0,75

29
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO

E×S 250 × (15 × 6 )


=FT = = 58.824 lm
Fu × Fdl 0,51× 0, 75

58.824
N lu
= = 15,5
= 15 ou 16 luminárias
2 ×1900

1. Distância das luminárias:

As luminárias serão instaladas em 3 x 5 fileiras, totalizando 15 luminárias.

A distância é:
X = 6,0/3 = 2,0 m → Hlp ≤ 2,0 ≤ 1,5×Hlp
Y = 15/5 = 3,0 m → Hlp ≤ 3,0 ≤ 1,5×Hlp

a) Depósito:

1. E = 100 lux
2. A altura de suspensão da luminária foi considerada em 30 cm abaixo do
teto.
Hlp = 4,5 – 0,85 – 0,30 = 3,35 m

40 × 35
K
= = 5,57 ≅ 5
3,35 × ( 40 + 35 )

1. Fluxo luminoso da lâmpada tubular Led HO de 65 W: 6.500 lumens


2. Índice de refletância do recinto: 551 → Fu = 0,57
3. Fator de depreciação da luminária: Luminária comercial: Fdl = 0,60

E×S 100 × ( 40 × 35 )
=FT = = 409.357 lm
Fu × Fdl 0,57 × 0, 60

409.357
N lu
= = 31,5
= 31ou 32 luminárias
2 × 6500

1. Distância das luminárias:

As luminárias serão instaladas em 7 × 8 fileiras, totalizando 56 luminárias.

30
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
A distância é:
X = 40/8 = 5,0 m → Hlp ≤ 5,0 ≤ 1,5×Hlp
Y = 35/7 = 5,0 m → Hlp ≤ 5,0 ≤ 1,5×Hlp

Observação: necessário aumentar o número de luminárias para que a


distância ficasse dentro dos parâmetros considerados adequados (entre 1
e 1,5 vezes Hlp).

Uma outra solução: utilizar luminárias para uma lâmpada apenas. Assim,
teríamos que instalar o dobro de luminárias (62 a 64), porém não haveria
aumento de potência instalada e, consequentemente, de consumo. Outra
vantagem é que o fluxo luminoso estaria melhor espalhado.

Pode-se discutir com a turma qual seria a opção mais adequada dos pontos
de vista técnico e econômico.

TÓPICO 2

1 Determinar o tempo máximo que a proteção deve atuar quando de-


terminado circuito em condutor isolado de cobre de seção de 95
mm², tipo de isolação PVC, é atravessado por uma corrente de cur-
to-circuito de valor igual a 6,5 kA.

R.: Pela Equação 6:

K ².S ² 115² × 95²


=t = 2
= 2,82 s
I CS 6500²

2 A Figura 22 apresenta a curva tempo × corrente da linha de mini-


disjuntores tipo C da Siemens. Considerando a curva, determine o
tempo máximo de atuação para os seguintes disjuntores e condi-
ções:

a) disjuntor de 20 A percorrido por uma sobrecorrente de 60 A;


b) disjuntor de 50 A percorrido por uma sobrecorrente de 225 A.

R.: Para encontrar o tempo máximo de atuação, é necessário encontrar a


relação I2/IN e selecionar, na imagem, o tempo correspondente, considerando
o limite superior da curva.

31
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
a) I2/IN = 60/20 = 3 → t ≈ 40 segundos
b) I2/IN = 225/50 = 4,5 → t ≈ 10 segundos

FIGURA 22 – CURVA TEMPO × CORRENTE TIPO C

FONTE: Adaptado de Siemens (2018)

3 Para o diagrama unifilar mostrado na Figura 23, determine a capaci-


dade de interrupção adequada para o disjuntor geral (D2) do Quadro
de Distribuição (QD), considerando a ocorrência de um curto-circui-
to trifásico nos barramentos do quadro (ponto 2). A corrente de cur-
to-circuito presumida no Quadro Geral de Baixa Tensão (QGBT) é de
11,5 kA (junto ao ponto 1). A tensão no secundário do transformador
T é de 220/127 volts. O circuito que alimenta o QD (S2) é constituí-

32
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
do por cabos de cobre unipolares de 50 mm², isolação EPR/XLPE,
em eletrocalha perfurada sem tampa, comprimento de 66 metros. O
disjuntor D2 é tripolar, curva C, NBR IEC 60947-2, corrente nominal
de atuação de 100 A.

FIGURA 23 – DIAGRAMA UNIFILAR DE EXEMPLO

FONTE: O autor

R.: Para determinar a capacidade de interrupção do disjuntor D2, é


necessário determinar o valor da corrente de curto-circuito no ponto 2. Para
se determinar a corrente, é necessário saber o valor da impedância entre o
secundário do transformador e o ponto 2.

i) Cálculo das impedâncias


- Do terminal de BT do transformador até o ponto 2 (ZCC1):
A impedância do trecho será calculada com base na corrente de curto-
circuito presumida no ponto 1, utilizando-se a equação 13:

220 220
Z cc1
= = = 11, 04 mΩ
3.I cc1 3.11500

- Cálculo da impedância entre os pontos 1 e 2 (ZCC2):

r2 .L 2 0, 473 × 66
RL 2
= = = 31, 218 mΩ
N2 1

x2 .L 2 0,101× 66
X L2
= = = 6, 666 mΩ
N2 1

Z cc 2 = RL22 + X L22 = 31,92 mΩ

33
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
- Cálculo da impedância total entre o secundário do transformador e o ponto
2 (ZCC):
ZCC = 11,04 + 31,92 = 42,96 mΩ

ii) Cálculo da corrente de curto-circuito no ponto 2 (ICC2):

220
=I cc 2 = 2,96 kA
3 × 42,96

Logo, o disjuntor D2 deverá ter uma capacidade de interrupção mínima de


3 kA.

TÓPICO 3

1 Explique, com suas próprias palavras, o que é contato direto e con-


tato indireto.

R.: Contato direto é aquele que acontece entre uma pessoa (ou animal) e
uma parte viva (normalmente com potencial elétrico) do sistema. Contato
indireto é o contato de uma pessoa (ou animal) com a massa (material
condutor normalmente não energizado).

2 Cite e explique dois exemplos de proteção básica em sistemas elé-


tricos.

R.: O acadêmico deve escolher entre dois tipos de proteção dos descritos
a seguir.

Proteção por isolação das partes vivas


Define-se por isolação o conjunto de materiais isolantes aplicados às partes
vivas com o objetivo de evitar os choques elétricos. A isolação só pode ser
removida mediante sua destruição e, consequentemente, sua inutilização.

Proteção por barreiras ou invólucros


Invólucro pode ser compreendido como um elemento que impede o acesso
às partes vivas de qualquer direção. Já barreiras são elementos que
impedem o acesso às partes vivas das direções habituais de acesso.

34
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
Proteção por meio de obstáculos
Os obstáculos constituem-se de objetos que visam impedir o acesso às
partes energizadas e devem evitar a remoção de forma involuntária.

Proteção por colocação fora do alcance


Conforme o item 5.1.5.4 da NBR 5410 (2004), partes simultaneamente
acessíveis que apresentem potenciais diferentes devem se situar fora da
Zona de Alcance Normal. Considera-se que duas partes são simultaneamente
acessíveis quando o afastamento não ultrapassa 2,50 m. Define-se como
Zona de Alcance Normal o volume indicado na Figura 23.

Proteção adicional por dispositivo DR


Dispositivos Diferenciais Residuais (DR) de alta sensibilidade podem ser
utilizados como proteção suplementar, interrompendo a alimentação do
circuito em caso de falta. É importante salientar que esta forma de proteção
não dispensa aquelas citadas anteriormente.

3 Explique como a equipotencialização evita os choques elétricos.

R.: O choque elétrico consiste na passagem de corrente elétrica pelo corpo


humano (ou de algum animal). Pela Lei de Ohm, a corrente elétrica só
pode fluir através de uma impedância (corpo), se houver uma diferença de
potencial entre os dois pontos. A equipotencialização evita que a corrente
elétrica circule, pois mantém os dois pontos no mesmo potencial elétrico.

4 O que é o BEP?

R.: BEP é a abreviação de Barramento de Equipotencialização Principal.


Sua função é servir como ponto de ligação entre os diversos barramentos
de terra do sistema, aterramento do condutor neutro, aterramento de
sistemas de telefonia ou sinais, ligação à malha de terra do sistema elétrico,
ligação à malha de aterramento do Sistema de Proteção contra Descargas
Atmosféricas.

5 Que tipo de aterramento para a proteção contra choques elétricos


pelo seccionamento automático apenas por disjuntores não é reco-
mendado? Por quê?

R.: Os esquemas de aterramento TT ou IT, por possuírem um caminho de


alta impedância para a corrente de falta, não são indicados para serem
protegidos contra choques elétricos pelo seccionamento automático de
disjuntores, já que tais dispositivos têm corrente nominal de atuação da
ordem de vários ampères.

35
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS EM BAIXA TENSÃO
6 Considere uma edificação com entrada de energia aérea, ramal de
entrada 3F + N com neutro aterrado junto ao quadro pelo BEP, ten-
são de fornecimento de 380/220 V. Qual dos modelos de DPS dispo-
níveis a seguir, a ser instalado no quadro de medição de energia, é
indicado para a proteção do sistema contra sobretensões? Consi-
dere que um mesmo modelo de DPS servirá para proteger tanto as
fases quanto o neutro.
Importante: 1) Ligação F-N ou F-PEN; 2) Ligação N-PE.
Modelo Classe Un Uc Up Iimp In
25 kA 1) 25 kA 1)
A I 240 V 350 V ≤ 1,7 kV
100 kA 2) 100 kA 2)
B I / II 240 V 335 V ≤ 1,2 kV 12,5 kA 50 kA
C II 690 V 800 V ≤ 5 kV 12,5 kA 20 kA

R.: Especificações necessárias do DPS:

Classe: O DPS deverá ser Classe I ou I/II, logo, o modelo C não


serve.
Un ≥ 220 V: todos atendem;
Uc: conforme a Tabela 13 (considerando sistema TN-S):
Uc para Fase-PE: 1,1Uo = 1,1×220 = 242 V
Uc para Neutro-PE: Uo = 220 V
Tanto os modelos A quanto B atendem.
Up ≤ 2,5 kV (determinação pela Tabela 14): ambos os modelos
atendem.
Iimp ≥ 12,5 kA (item e): ambos os modelos atendem.
In ≥ 5 kA (item d): ambos os modelos atendem.
Logo, tanto o modelo A quanto o modelo B poderiam ser utilizados
nas condições expostas pelo problema.

36

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