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FACVLDADE MAURÍCIO DE NASSAU – PARNAÍBA

CURSO: BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO


DISCIPLINA: TÉCNICAS RESTROSPECTIVAS II
PROFESSOR(A): ALESSANDRA BRAÚNA

ALUNO / MATRÍCULA;
ALEXANDRE DA SILVA ALVES / 21013067
DIEGO DA PAZ MEDEIROS / 21013340
EDIHELLEN DOS SANTOS BRITO - 21014006
ELIZ MARIA OLIVEIRA FERREIRA / 21013678
GYLVANNE VIEIRA SANTOS / 21012655
LUANA DA PURIFICAÇÃO CONCEIÇÃO – 21012660
MATHEUS PEREIRA SILVA – 21012668

RELATÓRIO

{PESQUISA HISTÓRICA / LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO / ANÁLISE DE


MAPAS / DIAGNÓSTICO}

PARNAÍBA-PI
JUNHO DE 2021
PESQUISA HISTÓRICA DAS INDÚSTRIAS MORAES S/A

O Livro do Centenário da Parnaíba relata em suas páginas que a figura do


coronel Josias Benedito de Moraes, nascido em Parnaíba, ingressou no comércio da
cidade em 1879, na firma Irmãos Véras & Cia, na qual tornou-se sócio mais tarde,
integrando uma nova firma: a Ribeiro, Moraes & Cia. Ele casou-se por duas vezes,
uma em 1888, com sua prima Joana Rita de Moraes Correia e outra em 1902, com
sua cunhada Alvina de Moraes Correia. No ano seguinte ao seu segundo casamento,
saiu da firma que era sócio para fundar, no dia 4 de março de 1904, com Antonio
Martins Ribeiro e Fernando José dos Santos, uma firma por nome de Ribeiro, Moraes
& Santos. Depois com a saída dos sócios, a empresa passou a se chamar Moraes &
Cia. Mais tarde o Cel. Jozias Moraes afastou-se dessa, passando a ser dirigida por
seus filhos José, Ozias, Alberto e Almir, permanecendo com o mesmo nome. (Cf. Livro
do Centenário de Parnaíba, 1924-1949). Um dos sócios, José de Moraes Correia,
mudou o nome da firma para Moraes S/A.
Conhecida como “O Moraes”, a empresa da família Correia, tornou-se uma das
maiores beneficiadoras da cera de carnaúba e da extração de óleos vegetais de
babaçu, oiticica e tucum. A indústria operou por praticamente meio século com o
beneficiamento desses produtos, produzindo óleo alimentício, óleo industrial, ceras
para assoalho, velas para iluminação, glicerina, sabões, sabonetes, sabão em pó,
gordura de coco, ácidos graxos, silicato de sódio e ralão1.
A fábrica tornou-se uma das pioneiras do Estado na comercialização e
exportação de produtos, com o tão apreciado “Sabonete Glicerol” (Cf. Figura 1)
fabricado à base de glicerina, que se assimilava bastante ao sabonete Phebo,
outro produto que se destacou foi o “Sabão Moraes” nas modalidades rajado e
de coco e a cera de carnaúba, cuja aceitação no exterior era expressiva.

Figura 1 - Embalagem do sabonete glicerol


fabricado pela Indústria Moraes S/A.

1
Subproduto que sobrava do processo de extração do óleo do babaçu, empregado na alimentação de reses.
Fonte:
Para a sua produção, o Moraes S/A contava com duas fábricas: a Usina São
José, fundada em 1930, localizada a Rua Coronel Ribeiro, no Bairro Nossa Senhora
do Carmo e a Usina Alberto Correia (Cf. Figuras 4 e 5), fundada em 1947. A Usina
Alberto Correia, objeto de estudo dessa pesquisa, foi instalada às margens do Rio
Igaraçu, na região do entorno do Porto das Barcas, na Rua Monsenhor Joaquim
Lopes, no Bairro Nossa Senhora do Carmo, com área de 28.959 (vinte e oito mil
novecentos e cinquenta e nove) metros quadrados.

Figura 4 - Vista aérea de parte da Usina Alberto Correia ainda em funcionamento.

Fonte: Dissertação - USOS DO PASSADO, MEMÓRIA E APROPRIAÇÕES DO PATRIMÔNIO


INDUSTRIAL DE PARNAÍBA, PIAUÍ (1940, 1970-1980, 2000-2019)

Figura 5 – Vista Aérea da Usina Alberto Correia atualmente.

Fonte: Alessandra Braúna.


A localização de suas fábricas (Cf. Figura 6) nas proximidades do Rio Igaraçu,
no Porto das Barcas, era justamente para facilitar o escoamento dos seus produtos.
No caso da Usina Alberto Correia, isso se dava por meio de estruturas de ligação, que
eram os oleodutos utilizados para o transporte imediato, ou seja, sem interrupções,
do óleo alimentício que ficava acondicionado nos 05 tanques de depósito instalados
dentro da fábrica, para os navios e alvarengas. Essa usina é uma das poucas
unidades da indústria que ainda mantém grande parte da sua estrutura original.

Figura 6 - Localização das indústrias de Moraes S/A, em Parnaíba

Legenda

Usina Alberto
Correia

Rio Igaraçu

Usina São
José

Fonte: Google Earth. (Imagem de 2020, modificada pela autora).

Além dessas usinas, a indústria possuía um navio de médio porte (Cf. Figura
7), um cais de uso próprio, rebocadores e alvarengas (Cf. Figura 8) distribuídos ao
longo do curso do Rio Parnaíba, para o transporte das mercadorias em estoque nos
seus depósitos (Cf. Figura 9) para os portos de Luís Correia, Tutóia e Fortaleza.
O Moraes S/A operou nas décadas de 1950 a 1960 no seu mais alto potencial
produtivo. Na época, suas caldeiras (Cf. Figuras 10 e 11) trabalhavam diariamente e
initerruptamente. Suas pesquisas e testes de produtos (Cf. Figura 12) eram realizadas
em seu laboratório (Cf. Figura 13).
Figura 7 - Navio-tanque N/M Jozias Moraes Figura 8 - Rio Igaraçu, cais de uso próprio

Fonte: Acervo dos moradores Fonte: Acervo dos moradores

Figura 9 - Depósito

Fonte: Acervo dos moradores

Figura 10 – Caldeiras Figura 11 - Gerador de energia elétrica diesel imagem atual

Fonte: Acervo dos moradores Fonte: Acervo dos moradores

Figura 12 – Amostras de produtos Figura 13 - Laboratório

Fonte: Acervo dos moradores Fonte: Acervo dos moradores


A seguir, imagens de alguns anúncios do Almanaque da Parnaíba (Cf. Figuras
2 e 3), veículo de informação da época, que dava destaque aos principais
estabelecimentos e firmas comerciais da cidade, dentre eles o Moraes S/A:

Figura 2 - Anúncio do Moraes Correia & Cia. Figura 3 – Anúncio do Moraes S/A

Fonte: Almanaque da Parnaíba Fonte: Almanaque da Parnaíba

A partir da década de 1970, passou a concentrar suas atividades no


processamento industrial das folhas e talos da carnaúba, originando o Projeto
Celulose Moraes. O projeto, também conhecido como “Projeto Carnaubeira”
(INOVAÇÃO, 1978, p. 09), tinha como finalidade aperfeiçoar o processo de corte e
beneficiamento das folhas e talos da carnaúba para a obtenção de pó cerífero e
também para a produção de celulose. O projeto foi aprovado pela Superintendência
do Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE, no dia 29 de outubro de 1976, como de
interesse para o desenvolvimento do Nordeste.
Com grande destaque econômico, tanto para o estado como nacionalmente, a
indústria também foi cenário para o filme “Guru das Sete Cidades”, cujas cenas
tiveram uma abordagem sobre a importância da produção e exportação de cera de
carnaúba.
No entanto, toda essa trajetória na industrialização do Piauí e do Nordeste do
Moraes S/A, entrou em decadência. Depois do falecimento de José de Moraes
Correia, em 1978, os projetos que estavam em andamento, não tiveram continuidade,
e a indústria entrou em um processo de desorganização, acabando por comprometer
cada vez mais as suas atividades. O Projeto Celulose Moraes, idealizado por José de
Moraes Correia, não chegou a ser concretizado. Em 1983, depois de várias tentativas
fracassadas de produzir celulose por meio das palhas e talos da carnaúba, juntamente
com o atraso do recebimento dos recursos previstos da SUDENE, foi realizada a cisão
da indústria de celulose, e a indústria voltou novamente a funcionar apenas como
Moraes S/A.
Por conseguinte, alguns sócios acabaram se desligando, outros faleceram,
ficando toda a responsabilidade nas mãos de João Maria Basto Correia, seus filhos
João Maria (Cf. Figura 14) e Marco Antônio, e também dos engenheiros Flávio
Caracas (neto de Jozias) (Cf. Figura 15) e Lauro Andrade Correia. A firma Moraes S/A
teve outros sócios que trabalhavam na parte do escritório como: Helvécio Pires
Rebelo, Valdinar Marques, Paulino Basto, além de outros, como Carlos Furtado de
Carvalho e Lauro Andrade Correia.

Figura 14 - Engenheiro e sócio Flávio Caracas


João Maria Bastos Correia e seu filho João Maria

Fonte: Acervo dos moradores

Figura 15 - Engenheiro e sócio Flávio Caracas

Fonte: Acervo dos moradores


Figura 16 - Fachada original

Fonte: Acervo dos moradores

Figura 17 - Fachada original Figura 18 - Fachada descaracterizada

Fonte: Filme “O Guru das Sete Cidades” Fonte: Google Maps

Figura 19 - Fachada original Figura 20 – Fachada descaracterizada

Fonte: Filme “O Guru das Sete Cidades” Fonte: Google Maps

Figura 21 - Parte da usina no passado Figura 22 – Parte da usina no presente

Fonte: Acervo dos moradores Fonte: Acervo pessoal


Figura 23 - Pátio Figura 24 - Remanescentes da usina

Fonte: Acervo Pessoal Fonte: Acervo Pessoal

Figura 26 – Cobertura desmoronando Figura 25 - Laboratório

Fonte: Acervo Pessoal Fonte: Acervo Pessoal

Hoje a fábrica é um conjunto de prédios que se encontram fechados (Cf.


Figuras 21; 22; 23 e 24), suas fachadas originais (Cf. Figuras 16; 17 e 19) foram
descaracterizadas (Cf. Figuras 18 e 20), o pátio está vazio, algumas coberturas
desmoronando (Cf. Figura 14) e do laboratório (Cf. Figura 14) só resta a edificação.
Do suor derramado durante a labuta diária, das queimaduras provocadas
pelas caldeiras de cera de carnaúba e óleo de babaçu, das dores de cabeça
desencadeadas pela “quentura” e “pressão” das máquinas e instalações
industriais, das greves, das advertências, das suspensões, da insatisfação
com pagamentos e jornadas de trabalho, dos conflitos entre patrões,
capatazes e empregados49. Espaços estrategicamente criados para abrigar
funções concretas e produtivas, por vezes insalubres e degradantes e, por
isso, reveladores de experiências nem sempre tão positivas. Mas, sob a ótica
da memória e do patrimônio, esses espaços, em estado de abandono ou
abrigando novas funcionalidades, passam a adquirir novos usos,
inaugurando outras temporalidades. (VERAS, 2020, p. 160).
Para identificação e conhecimento do local da intervenção, e buscando balizar
as decisões do projeto, foram feitas as análises dos mapas a seguir:

MAPA 01 – POLIGONAIS DE TOMBAMENTO E ENTORNO

Figura 01 – Mapa de setores tombados e área de entorno de Parnaíba/ PI - IPHAN

Fonte: Acervo Pessoal.

O mapa mostra as divisões setoriais da área tombada em nível federal de


Parnaíba feito pelo IPHAN. É composta por 06 conjuntos, que somados à área de
entorno, formam o sítio histórico urbano de Parnaíba. Os setores tombados são: Setor
Porto das Barcas, região mais antiga da cidade e o início do crescimento econômico
desta; Setor Getúlio Vargas, trecho de mais ou menos 1km, com uma série de
edificações que mostram uma linha cronológica de estilos arquitetônicos; Setor
Estação Ferroviária, que mostra uma série de edifícios que compõem a Esplanada
Ferroviária; Setor Praça da Graça, região mais densa do sítio, caracterizada pelo uso
de comércio e serviços; Setor Praça Santo Antônio, região de ambiência mais
homogênea e harmoniosa do sítio, com um bom nível de preservação das edificações;
e Setor Santa Casa, que inclui apenas o Hospital Santa Casa de Misericórdia de
Parnaíba e a praça em frente. Por fim, há a Área de Entorno que contorna toda a área
tombada e possui a função de proteção e amortecimento desta, impedindo que a
modernização e a arquitetura mais contemporânea tenham impacto direto no sítio
tombado, que tem um tecido urbano mais delicado.
MAPA 02 – ÁREAS DE INTERESSE PATRIMONIAL

Figura 02 – Áreas de interesse patrimonial de Parnaíba/ PI.

Fonte: Acervo Pessoal.

O mapa mostra as áreas que são de interesse patrimonial na cidade de


Parnaíba. É composta basicamente de 03 regiões: uma maior, representando os 05
setores tombados que estão colados um ao outro; uma área menor, logo abaixo, com
o Setor Santa Casa, que é o único que é separado dos demais setores tombados; e
por último, uma área acima do mapa, próximo onde o rio Igaraçu faz uma curva de
mais ou menos 90 º à oeste, onde fica o lote da antiga Indústrias Moraes. Toda a área
demarcada está dentro do sítio histórico urbano (SHU) de Parnaíba.
MAPA 03 - TIPOLOGIAS DE USO E OCUPAÇÃO DA ZONA

Figura 03 - Tipologias de uso e ocupação da zona

Fonte: Arquivo Pessoal.

O mapa mostra as tipologias de uso e ocupação presentes na zona de recorte da área


de entorno patrimonial, englobando o local das antigas Indústrias Moraes, em
Parnaíba-PI. Através do mapa pode-se identificar que o uso residencial prevalece (em
ciano), seguido por comércio e serviço (em verde) e institucional (magenta). E em
menor quantidade, edificações de uso misto e não identificados. As edificações
relacionadas à indústria (em vermelho), como é o caso das antigas dependências das
Indústrias Moraes, estão em menor quantidade, porém ocupam uma grande área.
MAPA 04 – GABARITO

Figura 04 – Mapa de gabarito do entorno.

Fonte: Acervo Pessoal.

O mapa mostra as edificações identificando o gabarito da área em estudo


(Industrias Morais) e da área de entorno; representando nas cores: laranja (edificação
das Industrias Morais que contem 1 pavimento), azul escuro (edificação das Industrias
Morais que contem 2 pavimentos), verde musgo (campo de areia do entorno), cinza
(edificações do entorno de 1 pavimento), preto (edificações do entorno de 1 pavimento
com pé direito duplo) e em verde escuro (edificações do entorno com 2 pavimentos).
MAPA 05 – ESTADO DE CARACTERIZAÇÃO

Figura 05 – Mapa de estado de caracterização do entorno.

Fonte: Acervo Pessoal.

O mapa mostra o estado de caracterização das edificações das industrias


morais e do entorno, subdividido em duas cores, onde as áreas em vermelho
representam as edificações históricas e bem caracterizadas (consegue-se ver
nitidamente a edificação e seu estado de conservação está utilizável) e as áreas em
cinza representam as edificações atuais (bens que não têm valor histórico no
momento ou foram substituídos por edificações atuais).
MAPA 06 – HIERARQUIA DO SISTEMA VIÁRIO

Figura 06 – Mapa de hierarquia do sistema viário.

Fonte: Acervo Pessoal.

Devido ao processo de formação da cidade ter sido às margens do Rio Igaraçu,


as principais vias foram feitas a partir dessas, e posteriormente, de acordo com o
avanço da expansão urbana, as outras vias de interligações foram formando a malha
viária. A Av. Nações Unidas é considerada apenas uma via principal por conectar
outras vias e ser uma via de grande importância turística devido ao complexo Beira
Rio, logo à Av. Chagas Rodrigues é uma via arterial, porque interliga outras grandes
avenidas, como Av. Capitão Claro, Av. São Sebastião, Av. Princesa Isabel, Av.
Primeiro de Maio e Av. Pres. Getúlio Vargas. As outras vias são as coletoras,
responsáveis por diminuir o fluxo das vias principais e arteriais e por último as vias
locais denominadas vias de transito leve, com maior funcionalidade para acessar as
residências ou outros tipos de edificações.
MAPA 07- RELAÇÕES ENTRE ESPAÇOS ABERTOS, FECHADOS E
SEMIFECHADOS

Figura 07 - Mapa de Relações de espaços abertos, fechados e semifechados.

Fonte: Acervo Pessoal.

Após a observação no recorte da área estudada, percebe-se que 97 % são


lotes denominados espaços fechados, cujo a ocupação é feita por edificações ou lotes
murados de propriedade privada. Os outros 3% refere-se a um único lote denominado
aberto, na qual, fazendo uma análise de todo o mapa de relações de espaços abertos,
fechados, semifechados, o lote é pertencente a um Órgão Público, não tem muros e
está vazio. Na área de estudo, não há espaços denominados semifechados.
MAPA 08 – ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL – APA

Figura 08 – Mapa de áreas de proteção ambiental - APA.

Fonte: Acervo Pessoal.

O mapa determina e delimita as áreas de proteção ambiental da área de estudo.


Nele podemos observar que as margens do Rio Igaraçu são de interesse ambiental
para que não haja a invasão humana desordenada. Essa área de preservação está
contida na área de entorno patrimonial, tombado a nível federal pelo IPHAN. Este
entorno patrimonial é uma espécie de escudo do centro histórico, onde também é
preservado para manter a unidade neste entorno.
MAPA 09 – ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - APP

Figura 09 – Mapa de áreas de preservação permanente - APP.

Fonte: Acervo Pessoal.

Este mapa, assim como o anterior, preserva as margens do Rio Igaraçu. Esta
delimitação é imposta porque assim como preservar ambientalmente é fundamental,
esta delimitação deverá ser respeitada em qualquer aspecto, ou seja, não poderá
haver intervenções humanas. Como indicado no mapa anterior também, esta área já
faz parte do entorno patrimonial da cidade de Parnaíba, tombado a nível federal pelo
IPHAN.
DIAGNÓSTICO

A seguir, será mostrado análises dos mapas que compõem o diagnóstico.

MAPA 01 - ÁREAS DE BAIRROS VIZINHOS AO TERRENO

Figura 01 – Mapa de bairros vizinhos ao terreno.

Fonte: Acervo Pessoal.

Esse mapa mostra o bairro onde está localizado o terreno da área de


intervenção (Bairro Nossa Senhora do Carmo) e os bairros circunvizinhos a ele (Bairro
Cantagalo, Bairro Nossa Senhora de Fatima e Bairro Centro).
Dados obtidos do Censo do IBGE de 2010, mostram que: o B. Cantagalo tem uma
população de 360 habitantes, sendo desses, 50 % homens e 50 % mulheres, e a faixa
etária predominante é dos 0-24 anos, resultando em de 47 % da população do bairro;
já, o B. Centro tem uma população de 1.069 habitantes, sendo desses, 41.5 % homens
e 58.5 % mulheres, e a faixa etária predominante é variada, sendo que dos 0-54 anos
e acima de 75 anos, o número de habitantes por faixa etária fica na média dos 14 %,
ou seja, o número de crianças, adolescentes, adultos e idosos no levantamento é
próximo; os bairros Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora de Fátima não
constam dados de população neste levantamento.
MAPA 02 – CONDICIONANTES CLIMÁTICAS

Figura 02 – Mapa de estudo solar e ventos.

Fonte: Acervo Pessoal.

O mapa acima mostra o estudo solar feito para a área de intervenção em 4


datas e 4 horários do dia diferentes ao longo do ano e também mostra o sentido dos
ventos predominantes, nesse caso, os ventos vêm do nordeste.
MAPA 03 - INFRAESTRUTURA NO ENTORNO DA ÁREA ESTUDADA

Figura 03 - Mapa de infraestrutura no entorno da área estudada.

Fonte: Acervo Pessoal.

Analisando no Google Maps, é possível notar que a Área do Projeto está em


um raio de 1 km dos principais estabelecimentos essenciais, como escolas,
supermercados, igrejas, praças, lotéricas, bancos, áreas de lazer, posto de
combustíveis, restaurantes, hospital, clinicas, UBS, e lojas de variedades, portanto, a
obra está em uma grande região com infraestrutura, atendendo a necessidade da
futura edificação e usuários.
MAPA 04 - PLANTA DE TOPOGRAFIA DA ÁREA

Figura 04 – Planta de topografia da área.

Fonte: Acervo Pessoal.

O mapa mostra as curvas de nível de uma parte da cidade de Parnaíba, onde


percebe-se que no entorno da região da área de intervenção, há um declive do nível,
já que o terreno se encontra às margens de um rio, o que justifica também essa área
ter um histórico de alagamentos durante o período de chuvas.
MAPA 05- GEOMETRIA DO TERRENO

Figura 05 - Mapa de geometria do terreno.

Fonte: Acervo Pessoal.

As ruas limites do lote da antiga Indústria Moraes são: Rua Monsenhor Joaquim
Lopes, por onde será feito o acesso dos usuários à edificação no lado oeste do lote,
Rua Paraíba para acesso de cargas e descargas na edificação pelo lado sudoeste,
Av. Nações Unidas como via principal para acesso às outras vias e ao estacionamento
do lugar. O lote tem formato de um D espelhado e perímetro de 636,29 metros, uma
área relativamente grande, de quase 30 mil m², dividido em 65% com áreas vazias ou
vegetação e 35% com áreas edificadas/construídas.
REFERÊNCIAS:
CORREIA, Benedicto; LIMA, Benedicto. O Livro do Centenário de Parnaíba.
Parnaíba: Gráfica Americana, 1945.

VERAS, Alexandra. Usos do Passado, Memória e Apropriações do Patrimônio


Industrial de Parnaíba, Piauí (1940, 1970-1980, 2000-2019). 2020. Dissertação
(Programa de Pós-Graduação em História Social) - Universidade Federal do Ceará,
Fortaleza, 2020.

VERAS, Alexandra. Do Pioneirismo aos Lugares de Memória: O Caso dos


Remanescentes das Indústrias Moraes S/A, em Parnaíba, Piauí. Artigo (Simpósio
Nacional de História) - Grupo de Estudo e Pesquisa em Patrimônio em Memória
GEPPM/UFC/CNPq, Recife, 2019.

REGO, Junia Motta. Dos Sertões aos Mares: História do Comércio e dos Comerciantes
de Parnaíba. (1700 - 1950). Tese (Programa de Pós-Graduação em História Social) –
Universidade Fluminense, Niterói, 2010.

INDÚSTRIA Moraes S/A. Blog Jornal da Parnaíba. Parnaíba, PI, 01 de julho, 2014.
Disponível em: https://www.jornaldaparnaiba.com/2014/07/industria-moraes-sa.html.
Acesso em: 07 de jun. 2020.

DEPAM/ 19ª Superintendência Regional – PI. (2006 – 2007). Delimitação de perímetros para
proteção [map]. 1:2.500. Parnaíba, PI: DEPAM/ 19ª Superintendência Regional – PI.

DEPAM/ 19ª Superintendência Regional – PI. (2006 – 2007). Delimitação de perímetros para
proteção [map]. 1:2.500. Parnaíba, PI: DEPAM/ 19ª Superintendência Regional – PI.

DEPAM/ 19ª Superintendência Regional – PI. (2006 – 2007). Planta de Usos [map]. 1:2.500.
Parnaíba, PI: DEPAM/ 19ª Superintendência Regional – PI.

DEPAM/ 19ª Superintendência Regional – PI. (2006 – 2007). Planta de Gabaritos [map].
1:2.500. Parnaíba, PI: DEPAM/ 19ª Superintendência Regional – PI.

DEPAM/ 19ª Superintendência Regional – PI. (2006 – 2007). Estado de Caracterização


[map]. 1:2.500. Parnaíba, PI: DEPAM/ 19ª Superintendência Regional – PI.

DEPAM/ 19ª Superintendência Regional – PI. (2006 – 2007). Planta de Tipologias [map].
1:2.500. Parnaíba, PI: DEPAM/ 19ª Superintendência Regional – PI.

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