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CAATINGA

Slide 1: apresentação

Slide 2: hoje vamos falar da CAATINGA é o único bioma exclusivo de nosso país. não
existindo em nenhuma outra parte do mundo. É um patrimônio brasileiríssimo.

 Mostrar mapa
 A Caatinga é um bioma resistente: abriga muitas espécies da flora, que,
assim como seu povo, aprenderam a conviver com a seca e a se adaptar a ela
para sobreviver. Também é (e foi) lar de importantes espécies da fauna
nacional, uma delas infelizmente, como veremos, já não ocupa mais sua casa.
Nosso bioma mais “verde e amarelo” também viu um de seus ilustres
moradores, a ararinha-azul, ser extinto na natureza.

SLIDE 3:

 Analise a imagem ao lado do título: você diria que se parece com uma
imagem da Caatinga?
 Difícil relacionar uma paisagem como essa, com árvores com folhas verdes, à
imagem que temos do nosso único bioma 100% nacional, não é mesmo?
 A Caatinga, assim como outros biomas, possui diferentes tipos de
vegetação, sendo que, apesar de mais conhecidas, as formações mais
arbustivas e secas em alguns períodos, não são as únicas. Há desde
afloramentos rochosos até florestas secas com árvores que chegam a 20
metros de altura.
 A Caatinga é sinônimo de Nordeste e de Sertão Nordestino. E nada mais justo
do que essas relações, porém é preciso termos cuidado. O bioma ocupa 11%
do território nacional, e abrange mais de 1200 cidades, em 9 estados
nordestinos, além de trechos no Sudeste do País. No gráfico a seguir, você pode
conferir quanto a Caatinga ocupa em cada um dos estados em que está
presente.
 Reparou como em quase todos os estados nordestinos, o bioma não
ocupa 100% e como em um deles quase não está presente? Essa constatação
é importante, pois trata-se de outra crença popular: é importante sim
entendermos a Caatinga como um bioma nordestino, mas não reduzir a
natureza dessa região a um único bioma. O Cerrado, a Mata Atlântica e uma
zona de transição denominada Mata de Cocais também estão presentes.
 Geograficamente, o Nordeste brasileiro está divido em 4 sub-regiões,
conforme podemos verno mapa ao lado.
 O bioma Caatinga ocupa majoritariamente duas dessas sub-regiões: o Sertão
e o Agreste. As demais são ocupadas em sua maior parte por outros biomas:
Mata Atlântica, no caso da Zona da Mata; e Cerrado e Amazônia, no caso do
Meio-Norte. Por esse motivo, o termo “Sertão Nordestino” é muitas vezes
utilizado como sinônimo de Caatinga, o que está correto, apesar de não
representar 100% das áreas de ocorrência do bioma.

SLIDE 4:

 Um visitante desavisado poderia facilmente confundir qualquer parte dos mais


de 800 mil km 2 da Caatinga com uma região desértica. A confusão é natural,
pois há realmente algumas semelhanças e proximidades:

 A partir dessas características, desenvolveuse na região uma vegetação xerófila,


ou seja, adaptada à escassez de água. A estrutura e biologia especializada da
flora inclui diferentes características. Entre elas:
FALAR AS características da árvore de desenho

 As características demonstradas não estão todas presentes na mesma planta,


mas variam de acordo com as espécies. Uma das características mais comuns,
no entanto, é o fato da vegetação ser decídua: a maior parte das espécies da
flora perde suas folhas, deixando à mostra galhos e troncos esbranquiçados. O
fenômeno não passou despercebido pelas tribos indígenas que habitavam o
local e que passaram a chamar toda essa grande área de Caatinga, termo tupi-
guarani que significa “mata branca”.

SLIDE 5: Flora e adaptações para seca

 Ubumzeiro: De fato, a árvore possui importância especial para os sertanejos:


suas raízes têm a capacidade de armazenar água e podem ajudar a matar a
sede das pessoas. Em tupi-guarani seu nome significa ‘árvore que dá de
beber’. Seu fruto, o umbu, possui polpa suculenta e é bastante apreciando
in natura e também na preparação de doces,compostas, licores e sorvetes
 Barriguda: Esta árvore de nome curioso é chamada desse modo em virtude
de seu caule com formato peculiar: para armazenar água ele é maior em sua
parte central, lembrando o formato de uma barriga.
 Mandacaru: Pertencente à família botânica dos cactos, o mandacaru é
nativo do Brasil. Conhecida também como ‘cardeiro’, a planta pode alcançar
até seis metros. Para não perder água, o mandacaru é protegido por uma
grossa cutícula. Suas flores brancas desabrocham apenas à noite,
murchando ao amanhecer. Seu fruto de cor vermelha serve de alimentação
para aves e humanos.
 Carnaúba: Muito comum no Nordeste do Brasil, a carnaúba pode ser vista
principalmente nos vales inundáveis do Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte. É
conhecida como ‘árvore da vida’, pois suas partes possuem importantes usos.
Os frutos da carnaúba servem como alimento para animais de criação. A
amêndoa da planta, após torrada e moída, pode ser utilizada em substituição
ao pó de café.

SLIDE 6:

 o tatu-bola é uma espécie de tatu endêmica do Brasil: “simpático” e com


a capacidade de se defender fechando-se no formato de uma bola. espécie
tem perdido o jogo para a caça ilegal e para a destruição e alteração de seu
habitat - seus principais fatores de ameaça. se alimentarão de cupins,
formigas e materiais vegetais encontrados no solo raso e pedregoso da
Caatinga.
 Esta é uma das espécies mais ameaçadas de extinção do mundo e ela não
existe mais na natureza: sobraram apenas cerca de 100 indivíduos em cativeiro,
sendo que a grande parte deles está fora do Brasil. A última vez que a ave foi
registrada oficialmente na natureza foi em 2000. FILME RIO
 Entre essas espécies em risco, outro caso emblemático é o da arara-azul-de-
lear, ave redescoberta no final da década de 70, após anos “desaparecida”. A
espécie, que faz seus ninhos em cavidades naturais de paredões e cânions, é
acompanhada de perto na Estação Biológica de Canudos (BA).
 Outro caso icônico é o do periquito-cara- -suja (primeira foto abaixo): com
ocorrência registrada apenas na Caatinga, estima-se que existam menos de 600
indivíduos na natureza, o que caracteriza a espécie como criticamente em
perigo. A perda e degradação do habitat, além do tráfico, foram grandes
responsáveis pelo alto declínio populacional e ainda são fatores de ameaça
à sobrevivência doperiquito-cara-suja.
 Para finalizar, apresentamos o soldadinho- -do-araripe (foto acima):
habitando matas ciliares, sua ocorrência está praticamente restrita às
nascentes de córregos. Estimativas indicam que restam apenas 25% das
áreas utilizadas pela espécie, que tem menos de 600 espécimes na
natureza.
 A situação delicada pela qual essas aves passam representa uma dificuldade
também para os ecossistemas em que elas estão inseridas. Aves são
dispersoras de sementes, sendo importantes para a manutenção das
populações de espécies da flora. Além disso, podem controlar populações de
pequenos animais e representarem fonte de alimento para animais maiores.
Desse modo, cada um dos casos apresentados não deve ser visto de modo
isolado: na natureza, tudo está conectado.
 Antes de finalizamos o estudo da fauna da Caatinga, apresentaremos duas
espécies adicionais.
 Mão pelada: Chamado assim devido à pelagem bastante curta em suas mãos,
esse animal ocorre em todo o Brasil, inclusive na Caatinga. Solitário e de
hábitos noturnos, o guaxinim, como também é conhecido, possui hábito
predominantemente terrestre, mas nada e escala árvores muito bem. É uma
espécie que possui dieta bastante diversificada, utilizando em sua a
alimentação desde frutos e pequenos vertebrados até peixes.
 Mocó: Esse mamífero é um roedor típico do Nordeste brasileiro. Um dos
principais desafios para sua conservação é a caça: sua pele e carne são
apreciados regionalmente, por algumas comunidades. É um animal altamente
adaptado às condições severas da Caatinga: excesso de calor e escassez de
água e alimentos. Tem o hábito de se esconder em tocas e sair à noite para a
busca de presas.

SLIDE 7:

 Levantamentos indicam que já foram perdidos 46% da cobertura original da


Caatinga, bioma que tem apenas 1,3% de seu território inserido dentro de
unidades de conservação de proteção integral. Dados do Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) apontam ainda que
40% da região nunca foi estudada. Pouco pesquisada, a Caatinga é mal
conhecida pela população brasileira e ainda carrega a estigma de ser uma
região pobre, sob todos os aspectos. O processo de ocupação desordenada
foi extremamente exploratório e, ainda hoje, grande parte da população não
tem acesso a direitos básicos, como o acesso à água potável, por exemplo.

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