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Engenharia Mecânica
18/04/2022
Introdução
Fonte: https://togawaengenharia.com.br/blog/os-principais-tipos-de-caldeiras/
Fonte: https://togawaengenharia.com.br/blog/os-principais-tipos-de-caldeiras/
Objetivo
Esse relatório tem como objetivo trazer o dimensionamento de uma planta industrial
em implementação, trazendo a análise energética, o dimensionamento do diâmetro da linha de
alimentação e dos purgadores, além de analisar a formação de condensado, o dimensionamento
TERMOTEC 3
FASE I
Descrição do Sistema
Requisitos de Projeto
Desenvolvimento Teórico
industrial, sendo assim, utilizamos todos os requisitos adotados no nosso projeto. Buscamo
encontrar a vazão mássica no processo 1 e a temperatura de saída da água no processo 2.
Sabemos que temos a temperatura de saída igual a de entrada visto que ele entra como vapor
saturado e sai do processo como líquido saturado. Com a utilização do software Computer
Aided Thermodynamics Tables – CATT, conseguimos encontrar a pressão no processo 1.
Sendo assim, conseguimos determinar a vazão mássica no processo 1 através da
equação 1 descrita abaixo:
Qútil = mv(h2 − h1) (1)
4𝑣𝑚𝑣
𝑑=√ (3)
𝜋𝑉
Onde:
V - Velocidade na linha
Feito isso iremos calcular o número Schedule do tubo, o número Schedule determina a
relação entre espessura da parede do tubo e os diâmetros, o que impacta diretamente na sua
resistência, para isso usaremos a equação 4:
TERMOTEC 5
1000 ⋅ 𝑃
𝑆𝑐ℎ = (4)
𝜎
Onde:
P - Pressão interna na tubulação
𝜎 - Pressão admissível do tubo
A pressão admissível foi encontrada em tabelas de recomendações ASME (Figura 2).
Após subtituirmos os valores de pressão e pressão admissível do material obtemos um
número schedule, porém utilizamos os tubos Schedule 40 por ser mais comumente encontrado
e mais barato, trazendo suas informações para 3 ½ polegadas (Figura 3).
Fonte: Tubulações Industriais; Pedro C. Silva Telles – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.
Através desses valores podemos contruir uma tabela com todas as válvulas e curvas do
comprimento equivalente de perda de carga, como mostra a tabela 1.
Com isso conseguimos obter todos os valores necessários para o cálculo da perda de
carga. Após encontrarmos o diâmetro, agora precisamos calcular a condensação e transferência
de calor do sistema. Para dar início aos cálculos de transferência de calor primeiro precisamos
analisar a geometria do tubo. Teremos 𝑟1 que é onde o vapor passará pelo tubo, em seguida
temos 𝑟2 que é o raio externo do nosso tubo e por fim 𝑟3 que é o raio externo do tubo
considerando a camada de material isolante.
Fazendo a análise de transferência de calor, constatamos que o vapor sede energia para
a tubulação por convecção, o tubo se aquece do interior para o exterior através da condução,
em seguida o exterior do tubo sede calor ao isolante por condução e pôr fim a tubulação sede
calor para o ambiente por convecção. Feita a análise chegamos a seguinte fórmula:
TERMOTEC 7
1
𝑈0 = 𝑟3 𝑟3 (6)
𝑟3 ⋅ ln ( ) 𝑟3 ⋅ ln ( )
𝑟 𝑟1 𝑟2 𝑟
( 3 )+( )+( )+ 3
𝑟1 ⋅ ℎ𝑖 𝑘𝑡𝑢𝑏 𝑘𝑖𝑠𝑜 ℎ0
Onde:
𝑊
Kiso – coeficiente de condução para o isolante térmico - 0,065𝑚2 𝐾
𝑊
Ktub – é o coeficiente de condução para a tubulação - 45𝑚2 𝐾
𝑘𝑊
hi - coeficiente de convecção do vapor - 85,1 𝑚2 𝐾
𝑊
h0 – coeficiente de convecção do ambiente – 22,5 𝑚2 𝐾
Segundo o catálogo de tubulação Schedule 40, nosso tubo de 3 1⁄2 polegadas possui
um diâmetro externo de 101,6 mm; espessura de tubo de 5,74 mm; massa linear 13,57 kg/m e
diâmetro interno de 90,12 mm. Com esses dados podemos encontrar 𝑟1 e 𝑟2 que são
respetivamente: 45,06 mm e 50,8 mm.
Feito isso precisamos descobrir 𝑟3, para isso, iremos ver o catálogo de materiais
isolantes para sabermos a espessura do material isolante. A recomendação para tubulação
Onde:
t - Tempo para que o sistema se aqueça
Sabendo os valores para a formação de condensado, podemos determinar a quantidade
de purgadores q teremos na nossa linha. A recomendação é de ter 1 purgador a cada 100 m de
linha, como temos 196 m de linha, usaríamos 2. Porém para sermos mais conservativos
utilizaremos n + 1 purgadores como segurança, ou seja, 3 purgadores. Os purgadores precisam
TERMOTEC 9
Com as premissas dadas no começo do relatório, foi possível realizar os cálculos acerca
da planta industrial.
Figura 8 – Etapa de transição purgadores para o reator
𝑘𝑔 𝑘𝑔
𝑚̇𝑣 = 1,13 𝑜𝑢 4068 .
𝑠 ℎ
𝑇4 = 60,43 º𝐶
Temos que o volume específico do vapor saturado para 232º C é de 0,06902m³/kg, sua
vazão mássica foi calculada anteriormente, e como citado no dimensionamento teórico nossa
velocidade deve ser de 15 m/s devido ao tamanho de linha da tubulação.
4 ⋅ 0,06902 ⋅ 4068
𝑑=√
15𝜋
1000 ⋅ 2,899
𝑆𝑐ℎ =
103,4
Foi utilizado um valor de Schedule 40, devido a facilidade de encontrar e ser mais barato.
Devido seu tamanho grande foi necessário encontrar a perda de carga, utilizando a equação 5,
onde sabemos os valores de 𝐿𝑒𝑞 como mostrado no dimensionamento teórico. Sua dimensão foi
encontrada através do catálogo Schedule, que é de d = 90,12 mm.
1,9375
203,7 ⋅ 40681,853
∆𝑃 = √( )
0,011 ⋅ 90,124,987
∆𝑃 = 4,19 𝑏𝑎𝑟
Sabemos que 4,19 bar é aproximadamente 0,42 Mpa, ou seja, teremos
aproximadamente uma perda de carga de 14,488%, um valor abaixo da premissa pedida que é
de 19%. Com isso podemos dizerque está dentro dos padrões pedidos pelo requisito.
Utilizando a equação 6 podemos calcular a taxa de transferência de calor do sistema e
substituindo os valores de 𝑟1, 𝑟2, 𝑟3, 𝐾𝑡𝑢𝑏, 𝐾𝑖𝑠𝑜, ℎ𝑖 𝑒 ℎ0 a equação fica:
1
𝑈0 =
0,0508 0,1008
0,1008 0,1008 ⋅ ln ( ) 0,1008 ⋅ ln ( ) 0,1008
0,04506 0,0508
( )+( )+( )+
0,04506 ⋅ 85,1 45 0,065 22,5
TERMOTEC 12
196 ⋅ 0,1198722
ṁc,op =
1811
O resultado obtido foi ṁc,op = 0,0129735 kg/s , ou seja, 46,7046 kg/h.
Agora, vamos calcular a taxa de formação de condensação na partida do sistema através
da equação 9 Substituindo os valores na equação temos:
5
𝑚̇𝑐,𝑜𝑝𝑔𝑡 = 𝑚̇𝑐,𝑜𝑝 + 2 ∙ ( ) ∙ 𝑚̇𝑐,𝑝𝑎
60
Resolvendo a equação, nossa taxa de formação de compensado global é de 𝑚̇𝑐,𝑜𝑝𝑔𝑡 =
71,5321 kg/h.
Utilizando a equação 11, iremos separar a taxa de formação de condensado global pelos 3
purgadores da linha que terão que suportar esse condensado, e substituindo os valores de taxa de
formação de condensado global e número de purgadores temos:
71,5321
𝑚̇𝑐,𝑝𝑔 =
3
Sendo assim, a formação de condensado que cada purgador deve suportar é de
𝑚̇𝑐,𝑝𝑔 = 23,84403 𝑘𝑔/ℎ.
TERMOTEC 13
FASE II
Desenvolvimento Teórico
Primeiramente, foi realizado o cálculo da pressão de saída da caldeira, tendo em vista que os
cálculos da pressão de entrada no processo 1 e a perda de pressão da linha já estão calculadas, tendo
valores de 𝑃1 = 2,899 𝑀𝑃𝑎 𝑒 ∆𝑃𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 = 0,42𝑀𝑝𝑎, respectivamente, e utilizando a equação 14 abaixo,
foi possível encontrar essa pressão.
𝑃1,𝑐 = 𝑃1 + ∆𝑃𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 + ∆𝑃𝑣𝑎𝑙.𝑐𝑜𝑛𝑡 (14)
Onde,
𝑃1,𝑐 − 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑛𝑎 𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑑𝑎 𝐶𝑎𝑙𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
𝑃1 − 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑛𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑃𝑟𝑜𝑐𝑒𝑠𝑠𝑜 1
∆𝑃𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 − 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑛𝑎 𝐿𝑖𝑛ℎ𝑎
∆𝑃𝑣𝑎𝑙.𝑐𝑜𝑛𝑡 − 𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑛𝑎 𝑉𝑎𝑙𝑣𝑢𝑙𝑎 𝑅𝑒𝑔𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜𝑟𝑎 𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜
Cada componente está presente no esquema mostrado na Figura 01 abaixo:
Onde,
𝑚̇1,𝑐 − Vazão De Vapor Na Saída Da Caldeira
𝑚̇𝑣 − 𝑉azão de Mássica de Vapor na Linha
𝑚̇𝑐,𝑜𝑝 − Taxa de Formação de Condensado durante a Operação
Com esses dados, foram definidos os requisitos da caldeira e em, assim, realizados os
cálculos do Fluxo de Calor que a água da caldeira deve receber com a equação 16.
𝑄̇𝑐𝑎𝑙 = 𝑚̇𝑣 ∙ (ℎ𝑣 − ℎ𝑎 ) (16)
Onde,
𝑄̇𝑐𝑎𝑙 − Fluxo de Calor que a água da caldeira deve receber
𝑚̇𝑣 − 𝑉azão de Mássica de Vapor na Linha
ℎ𝑣 − Entalpia Específica do Vapor superaquecido
ℎ𝑎 − Entalpia Específica do Liquido Saturado
O valor obtido é referente ao fluxo de calor que a água deve receber, entretanto, devido
a eficiência do combustível, o mesmo deve fornecer mais energia a caldeira, essa carga é
calculada na equação 17.
𝑄̇𝑐𝑎𝑙
𝑄̇𝑐 = (17)
𝜂𝑐𝑎𝑙
Onde,
𝑄̇𝑐𝑎𝑙 − 𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑑𝑎 𝐶𝑎𝑙𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
𝑄̇𝑐𝑎𝑙 − Fluxo de Calor que a água da caldeira deve receber
𝜂 − 𝐸𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑎 𝐶𝑎𝑙𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎
As entalpias especificas foram encontradas com o auxílio do software Computer Aided
𝑘𝐽 𝑘𝐽
Thermodynamics Tables (CATT), sendo ℎ𝑣 = 2804 𝑒 ℎ𝑎 = 108 .
𝑘𝑔 𝑘𝑔
𝑦 𝑧
137,28 ∙ (𝑥 + 4 − 2 + 𝑘)
𝐴/𝐶𝑠𝑡,𝑚 = (19)
12𝑥 + 𝑦 + 16𝑧 + 32𝑘
Sendo 𝑥, 𝑦, 𝑧 𝑒 𝑘 constantes com relação a composição do combustível, representando,
respectivamente, a concentração de carbono, hidrogênio, oxigênio e enxofre no combustível.
𝐴/𝐶𝑟𝑒𝑎𝑙,𝑚 = (1 + 20%)(𝐴/𝐶𝑠𝑡,𝑚 ) (20)
Onde os 20% equivale a média de excesso de ar requerido do combustível líquido
devido a sua viscosidade e do sistema de atomização empregado.
Dessa forma, chegamos à equação abaixo:
𝑚̇𝑎𝑟,𝑟𝑒𝑎𝑙 = 𝐴/𝐶𝑟𝑒𝑎𝑙,𝑚 ∙ 𝑚̇𝑐 (21)
Onde,
𝑚̇𝑎𝑟,𝑟𝑒𝑎𝑙 − 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝐴𝑟
𝐴/𝐶𝑟𝑒𝑎𝑙,𝑚 − 𝑅𝑎𝑧ã𝑜 𝐴𝑟/𝐶𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡𝑖𝑣𝑒𝑙 𝑅𝑒𝑎𝑙
𝑚̇𝑐 − 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡í𝑣𝑒𝑙
Por fim, chegou-se a Vazão Mássica do Gás de Exaustão pela equação abaixo:
𝑚̇ 𝑔𝑐 = 𝑚̇𝑎𝑟,𝑟𝑒𝑎𝑙 + 𝑚̇𝑐 (22)
Onde,
𝑚̇𝑔𝑐 − Vazão Mássica do Gás de Exaustão
𝑚̇𝑎𝑟,𝑟𝑒𝑎𝑙 − 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝐴𝑟
𝑚̇𝑐 − 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑚𝑏𝑢𝑠𝑡𝑖𝑣𝑒𝑙
Resultados e Discussões
Requisito da Caldeira
Por fim, tem-se o valor da vazão mássica do gás de exaustão no valor de 𝑚̇𝑔𝑐 =
𝑘𝑔
6103,838 .
ℎ
FASE III
Desenvolvimento teórico
𝑊
Para a água, o valor sugerido está entre 1000 e 2500 𝑚2 . 𝐾. Arbitrariamente escolhemos
𝑊
o valor de 1300 𝑚2 . 𝐾.
𝑘𝑔
𝑚̇𝑎 - Vazão mássica de água (1,143 )
𝑠
𝑘𝐽
𝐶𝑝 - Calor específico da água (4,18 𝑘𝑔𝐾)
Assim podemos definir o fluxo de calor como -735,77196 kW. Com os dados encontrados
podemos calcular a superfície de troca de calor, isolando a Área na equação 24:
𝑈 × ∆𝑇𝑙𝑛
𝐴= (29)
𝑄̇
Feito isso, encontramos uma área de troca de calor de 5,38 m².
Agora vamos selecionar a torre de resfriamento, para isso devemos determinar o salto
térmico, aproximação à temperatura de bulbo úmido, fator de capacidade e a vazão de água. O
salto térmico (∆𝑇𝑡𝑟 ) já foi definido como 13°C, a aproximação à temperatura de bulbo úmido é
dada por:
∆𝑡𝑏𝑢 = 𝑇8 − 𝑇𝑏𝑢 (30)
Onde:
∆𝑡𝑏𝑢 - Aproximação de temperatura de bulbo úmido
𝑇𝑏𝑢 - Temperatura de bulbo úmido (25°C)
A temperatura de aproximação obtida foi de 3°C, o que significa que é aceitável até 3°C
da temperatura de bulbo úmido médio do local. Agora vamos definir o fator de capacidade através
da tabela 5:
Para nossa faixa de aproximação de temperatura de bulbo úmido (3°C) e com um salto
térmico de 13°C (como na tabela não temos 13° C, escolhemos por segurança, 14°C) obtemos
um fator de capacidade de 5,2. Feito isso, vamos definir a vazão mássica de água usando a fórmula
x, porém vamos isolar a vazão mássica:
𝐶𝑝 × (𝑇7 − 𝑇8 )
𝑚̇ 𝑎 = (31)
𝑄̇
Isolando a vazão obtemos 13,54 kg/s. Aplicando um fator de segurança de 20%,
multiplicamos esse valor por 1,20, obtemos uma vazão mássica de 16,25 kg/s. Transformando em
vazão volumétrica, devemos multiplicar por 3,6, obtendo assim uma vazão volumétrica de 58,49
TERMOTEC 19
m³/h. Usando a tabela de capacidades das torres de resfriamento Modelo W/T, iremos relacionar
nosso fator de capacidade (5,2) e nossa vazão volumétrica (58,49 m³/h) para encontrarmos nosso
modelo de torre de resfriamento.
FASE IV
Desenvolvimento Teórico
Nessa fase do trabalho iremos considerar agora um ciclo fechado, que não tenha nenhum
vazamento e que seja ideal. Com essa nova consideração teremos uma economia de gastos com
o combustível e com o tratamento de água. Para o novo consumo de combustível foram refeitos
TERMOTEC 21
Original Modificada
𝑻𝟓 [º𝑪] 25 60,43
𝑷𝟓 [𝑴𝑷𝒂] 2,899 2,899
𝒉𝟓 [𝒌𝑱⁄𝒌𝒈] 107,5 252,9
𝑻𝟏 [º𝑪] 232 232
𝑷𝟏 [𝑴𝑷𝒂] 2,899 2,899
𝒉𝟏 [𝒌𝑱⁄𝒌𝒈] 2804 2804
Dados Originais e Modificados – Tabela 7
Para encontrar o consumo de combustível nessa nova fase utilizamos a seguinte equação:
𝑚̇𝑎 (ℎ1 − ℎ5 )
𝑚̇𝑐 = (32)
𝜂𝑏 𝑃𝐶𝐼
Onde temos que:
𝑚̇𝑐 = Vazão mássica de combustível [kg/s]
𝑃𝐶𝐼 = Poder Calorífico inferior [kJ/kg]
𝑚̇𝑎 = Vazão mássica da água [kg/s]
ℎ5 = Entalpia no estado 5 [kJ/kg]
ℎ1 = Entalpia no estado 1 [kJ/kg]
𝜂𝑏 = Rendimento da caldeira [%]
𝑘𝑔
Sendo assim temos nosso consumo de combustível original sendo 𝑚̇𝑐𝑜𝑟𝑖𝑔 = 0,095 eo
𝑠
𝑘𝑔
consumo de combustível modificado sendo 𝑚̇𝑐𝑚𝑜𝑑 = 0,0899 , reduzindo um total de 5,69% do
𝑠
consumo de combustível.
Dimensionamento
Para definirmos o consumo na fase 4 utilizaremos a equação 32:
𝑚̇𝑎 (ℎ1 − ℎ5 )
𝑚̇𝑐 =
𝜂𝑏 𝑃𝐶𝐼
Original Modificada
𝑚̇ 𝑐 [𝑘𝑔⁄𝑠] 0,950 0,0899
𝑚̇ 𝑐 [𝑘𝑔⁄ℎ] 342,050 323,606
𝑚̇ 𝑐 [𝑡𝑜𝑛⁄𝑎𝑛𝑜 ] 2996,359 2834,7903
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 [𝑅$⁄𝑎𝑛𝑜 ] R$ 9.090.169,97 R$ 7.653.933,85
Tabela de Correlação Economia de Gastos de Combustivel – Tabela 8
Subtraindo o valor de custo do processo original para o modificado, temos uma economia
de aproximadamente R$ 436.236,13, representando 5,69% de redução.
Na próxima etapa dessa fase foi calculado o valor de economia do tratamento de água,
tendo como base um preço de R$ 18,00 por metro cúbico.
Sistema Fechado
𝒎̇ 𝒂 [𝒌𝒈⁄𝒉] 4068
𝒎̇ 𝒂 [𝒌𝒈⁄𝒂𝒏𝒐] 35635680
𝒗𝒄̇ [𝒎𝟑 ⁄𝒂𝒏𝒐] 35635,68
Tabela de Economia do Tratamento de Água – Tabela 9
Multiplicando o valor de R$18,00 por metro cúbico por ano, chegamos a um valor de
redução de R$ 641.442,24.
Somando os valores de economia de combustível e do tratamento de água temos uma
economia total de R$ 1.077.678,37 por ano.
Homologação
A perda de carga máxima permitida pelo cliente de 19%, contudo, considerando todas as perdas
TERMOTEC 23
de carga dos componentes que temos na nossa linha obtemos uma perda de carga de 14,488%,
estando dentro dos requisitos de projeto.
Para os purgadores, calculamos a taxa de formação de condensado de operação e de
partida linha, que são respectivamente 46,7046 kg/h e 148,965 kg/h. Nossa vazão total de
condensado é 71,5321, para o comprimento da nossa linha, o recomendado são dois
purgadores, mas por segurança usamos 3 purgadores. A carga de condensado suportada por
cada purgador sera 23,84403 kh/h, ficando comprovada a eficácia dos purgadores.
Para a caldeira temos alguns requisitos iniciais, com os requisitos definidos, encontrou-se
um Fluxo de Calor Requerido pela água de 𝑄̇𝑐𝑎𝑙 = 3046,48 𝑘𝑊 e, utilizando a equação 17, 𝑄̇𝑐 =
3808,1 𝑘𝑊. Para o consumo de combustível, foi encontrado um valor de 𝑚̇𝑐 =
𝑘𝑔 𝑘𝑔
0,094998 𝑜𝑢 341,99 , pela equação 18.
𝑠 ℎ
Por fim, tem-se o valor da vazão mássica do gás de exaustão no valor de 𝑚̇𝑔𝑐 =
𝑘𝑔
6103,838 . Comprovando assim que a caldeira dimensionada atende os requisitos da linha.
ℎ
Para o trocador de calor obtemos uma área de troca de calor de 5,38 m², que esta dentro
dos padrões comerciais e atende as necessidades térmicas da linha. Para a torre de resfriamento
escolhemos o modelo W/T 61/9, para a escolha desse modelo usamos um fator de segurança de
20%, e com algumas folgas para as considerações das tabelas, logo a nossa torre de resfriamento
esta dimensionada com certa folga.
Por último, o sistema foi alterado para que funcionasse com o ciclo fechado assim o
condensado retornaria à operação e o tratamento da água seria descartado do processo. Sendo
assim, houve uma diminuição do consumo de combustível de aproximadamente 5,7%, trazendo
uma economia de R$ 436.236,13 por ano, e tirando o tratamento da água do processo chegariamos
a uma economia de R$ 641.442, 24 por ano. Somando as economias de combustível e tratamento
de água será possível reduzir um gasto de R$1.077.678,37 por ano do nosso custo de processo
final.
Fica comprovado, com os resultados obtidos ao final, que o projeto aqui descrito
atendeu a todos os requisitos exigidos anteriormente exigidos pelo cliente, sendo assim,
aprovado para a execução.
TERMOTEC 24
Referências
ÇENGEL, Yunus A.; BOLES, Michael A. Termodinâmica. Porto Alegre - RS: Grupo A,
2013. 9788580552010. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580552010/. Acesso em: 16 abr. 2022.
Folha de Dados