Você está na página 1de 17

Instituto Federal De Educação, Ciências e Tecnologia do Ceará

Campus Maracanaú

Bacharelado em Engenharia Mecânica


Disciplina: Mecânica dos Fluidos

Guilherme Girão Cipriano

Pré-Projeto
ANÁLISE DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO HIDRÁULICO RESIDENCIAL

Maracanaú – Março 2023


2

SUMÁRIO
INTRODUÇÃO…………………………………………………………..3

DESENVOLVIMENTO…………………………………………………..3

TABELAS E CATÁLOGO………………………………………………7
3

1. Introdução
Na disciplina de mecânica dos fluidos temos a oportunidade de analisar o
sistema de abastecimento hidráulico da nossa residência, analisando
diversos elementos do sistema juntamente com o conteúdo visto em sala.
2. Desenvolvimento
2.1 Fotos do sistema

figura 1 figura 2

figura 3
figura 4
4

2.2 Tabela de informações

Demanda de água 750 L

Tempo para encher a caixa 2 hora

Diâmetro das tubulações 2,5 cm

Comprimento das tubulações 33 m

Capacidade da caixa 3 000 L

Cotovelos 9

Válvulas 3

Tês 2

Altura Manométrica 16 mca

Vazão 1,5 m³/h

Potência nominal ½ CV

2.3 Propriedades do fluido


Sendo a água o fluido analisado neste trabalho, temos que as principais
propriedades dele são peso e volume específico, viscosidade e pressão de
vapor.
O peso específico e o volume específico são propriedades diretamente
ligadas ao escoamento do fluido, relacionando-se com a determinação de
pressão e o número de Reynolds.
A propriedade da viscosidade diz respeito à resistência do fluido ao
escoamento.
A pressão de vapor é a pressão na qual o líquido vaporiza e entra em
equilíbrio de fases, entre o líquido e o vapor.Para a água a pressão de vapor
a 20° é de 2346 Pa. É importante que a pressão exercida no fluido não seja
maior que a pressão de vapor, para que não haja cavitação.

2.4 Diferença de pressão estática e dimensionamento da bomba


Para o cálculo da diferença de pressão estática entre a cisterna e a caixa
usaremos o Teorema de Stevin:
𝑃 = 𝑃0 + 𝜌 ∗ 𝑔 ∗ 𝐻

Substituindo pelos valores teremos,


5

Pressão entre cisterna e a bomba = 10kPa


Pressão entre a bomba e a caixa = 120kPa

Com isso a diferença de pressão será de 207 KPa.


2.5 dimensionamento da bóia
faremos o dimensionamento da bóia usando o somatório dos momentos:

Fx = Hm*A = 105,5 N
P =𝑉 ∗ 𝜌 = 91,33𝜋𝑑^3
a = 395
b = 95
c = 330
E = (V/2)*𝜌á𝑔𝑢𝑎

Dessa forma teremos que o Dboia = 0,34m ou 34cm


6

2.6 Curva característica


Para obtermos a curva característica da bomba utilizaremos a equação da
quantidade de movimento angular.

sabendo que não haverá produção de torque pelos vetores r e n obteremos a


seguinte simplificação do da equação acima:

Multiplicando o torque pela velocidade angular, obteremos:

Inserindo a equação acima na equação da altura manométrica obteremos que:

Por fim, com mais algumas operações algébricas e considerando que 𝑉𝑡1 será igual a
0, obteremos:

substituindo pelos valores do catálogo obteremos a seguinte equação:


𝐻 = 23 − 18,3𝑄
E o gráfico obtido é este:
7

2.7 Variação de pressão na tubulação vertical com coordenadas cilíndricas

para obtermos a diferença de pressão utilizaremos equação de Navier - Stokes

faremos algumas considerações para a simplificação da equação:


sabendo que o regime é permanente e que o escoamento é apenas axial, além é
claro da conservação da massa, ficaremos com

integrando duas vezes essa equação acima obtemos a equação do perfil de


velocidade:

para encontrarmos a vazão será necessário integrar a equação do perfil de


velocidade em função da área:

manipulando algebricamente a equação para obtermos a ΔP teremos:


8

substituídos pelos valores da tabela de informações e considerando a diferença de


altura entre a caixa e o poço de 15,6m teremos que a diferença de pressão é de
159665,2 N.

2.8 diferença de pressão com utilizando os pi´s


Será necessário definir as grandezas que utilizaremos, são estas:

pode-se observar que teremos n = 7 e k = 3, sendo assim teremos 4 pi´s,


utilizaremos MLTθ.

para 𝜋1:

para 𝜋2:

para 𝜋3
9

para 𝜋4

em posse dos 4pi´s podemos definir uma relação entre eles:

manipulando a relação para o'que queremos, teremos ao final:

2.9 Equação para a carga


Utilizaremos para obter uma equação HxQ utilizaremos primeiramente a equação da
energia,

Considerando um escoamento incompressível e um regime permanente, e que a


pressão e a energia cinética na entrada e na saída do sistema serão nulos, vamos
ter a seguinte equação:
10

para dar prosseguimento, lançaremos mão das equações de perda de carga


distribuída e localizada

substituindo estas equações no termo h1-2 obteremos

para encontrarmos agora o f(atrito) utilizaremos a equação de Haaland para que o atrito
fique em função da vazão,

sabendo que a rugosidade relativa é 0,00006 e que Reynolds nesse caso é


50929581,79Q obteremos um atrito igual a

substituindo o atrito em ℎ𝑠𝑖𝑠 vamos obter


11

sendo o somatório dos K´s do sistema obtidos por

Acessórios Qntd K

Cotovelos 9 0,5 4,5

Tês 2 0,24 0,48

Válvulas 3 3 9

Entrada do tubo 1 0,5 0,5

Saída do tubo 1 1 1

tendo como resultado 15,48.

Para o cálculo do NPHS do sistema precisaremos da pressão de sucção e para isso


utilizaremos novamente a equação da energia

Considerando a velocidade do fluido na cisterna desprezível, e isolando a pressão


de sucção, teremos

sabemos também que


12

substituindo alguns valores e o f teremos

após interpolar o NPSH e a CargaxVazão do fabricante, o resultado de todos os


gráficos juntos é este

sendo assim, o ponto de operação do sistema é quando a curva vermelha escura


toca a curva amarela, apresentando uma carga de aproximadamente 18m e uma
vazão de 2,7m³/h. É possível perceber que a bomba já inicia seu funcionamento
cavitando já que o NPSHs está abaixo do eixo X em qualquer valor de vazão, para
que esse problema fosse resolvido seria necessário alterar a bomba para uma
bomba submersa.
13

2.10 Implementação da bomba no sistema

Para a implementação de uma bomba adequada no sistema, foi necessário utilizar o


ciclo Rankine ideal. O consumo de potência da casa encontrado foi de 16500W
Além disso, foram consideradas as pressões de 147,096 e de 88,25 kPa para que
pudéssemos achar as entalpias necessárias para a realização dos cálculos.

Encontradas as entalpias de cada ponto utilizaremos a seguinte equação:


14

da equação acima teremos a seguinte:


16,5𝐾𝑊 = 𝑚 ⋅ (ℎ1 − ℎ2) − 𝑚 ⋅ (ℎ3 − ℎ4)
16,5𝐾𝑊 = 𝑚 ⋅ 86 − 𝑚 ⋅ (−0,1)
1,65𝐾𝑊 = 𝑚 ⋅ 86.1
Assim teremos um fluxo de massa igual a 0,191 kg/s.

com isso podemos substituir Wbomba e encontraremos uma potencia de 0,0191kW,


aproximadamente 0,02CV
𝑊𝑏𝑜𝑚𝑏𝑎 = 0,191 ⋅ 0,1
𝑊𝑏𝑜𝑚𝑏𝑎 = 0,0191𝑘𝑊 𝑜𝑢 0,02 𝐶𝑉

Para o cálculo da vazão utilizaremos:


𝑉 = 𝑚 ⋅ 𝜐1

em que 𝜐1 é igual a 0,001052m³/kg.


obtendo assim uma vazão de 0,0723m³/h.

Levando em consideração a potência e a vazão encontradas bomba escolhida para


suprir esse sistema foi a seguinte
15

3. TABELAS E CATÁLOGO
16
17

Você também pode gostar