Você está na página 1de 65

INTRODUÇÃO AS ESTRUTURAS

CARGAS E REAÇÕES
Cargas
• Cargas aplicadas em um único ponto são chamadas de cargas
concentradas;
• Já uma parede distribui a sua carga ao longo de uma linha, por
isso é uma carga distribuída;
• Quando a carga é distribuída ao longo de uma superfície, temos
as cargas superficiais.

Mas quais são estas forças?


Cargas concentradas
Cargas distribuídas
Momento Fletor

M= F x D
Quanto mais afastadas estiverem as
forças que compõem um binário,
maior será a intensidade do giro;

A intensidade do momento depende,


da força aplicada e da distância entre
as suas linhas de ação.
Padrões Estruturais
As vigas são elementos estruturais
horizontais e lineares que, apoiados em Os pilares são elementos de distribuição
dois pilares, sustentam um volume vertical de carga que possuem superfície
arquitetônico. A viga tem uma superfície de contato pontual, sendo ideal para
de sustentação linear, sendo ideal para receber cargas concentradas.
sustentar cargas distribuídas linearmente,
como paredes e lajes
Padrões Estruturais

Quando a distância entre os pilares é


reduzida, de forma que se tornem um
elemento contínuo, temos as paredes
estruturais, que transferem as cargas
horizontalmente e verticalmente ao
mesmo tempo, porém se tornam um
obstáculo, dividindo os espaços.

Em um projeto arquitetônico podemos


ter esses três tipos de estruturas
simultaneamente.
Padrões Estruturais

As MODULAÇÕES ou GRELHAS
são formadas por conjuntos de linhas
espaçadas, orientando e ordenando a
posição dos elementos estruturais e
dos elementos arquitetônicos.

A criação de uma modulação deve


levar em consideração as ideias
arquitetônicas pretendidas, as funções
e os espaços necessários, o sistema
construtivo e o sistema estrutural que
serão adotados.
Padrões Estruturais

Sistema unidirecional de vencimento de vãos. Sistema bidirecional de vencimento de vãos.


Estrutura arquitravadas (pilar e viga). Estrutura arquitravada (pilar e viga).
Padrões Estruturais

Laje plana, apoio sobre pilares.


Padrões Estruturais

Sistemas unidirecionais para o vencimento de


grandes vãos.
Padrões Estruturais
Padrões Estruturais

Os projetos arquitetônicos constantemente


necessitam de diversas adições e
subtrações em sua volumetria para se
adequar ao programa de necessidades, ao
formato do terreno, à volumetria desejada
pelo arquiteto etc.
O Sistema de Pilares, Vigas e Lajes
O sistema mais comum utilizado em edificações é a tríade Laje,
Viga e Pilar, por conjugar uma série de benefícios, principalmente a
facilidade construtiva

As lajes são elementos planos horizontais


que recebem a maior parte das cargas de
uma edificação. As lajes transferem estas
cargas para as vigas, elementos horizontais
lineares, que depois descarregam as cargas
para os pilares. Os pilares são elementos
verticais pontuais, que acumulam as cargas
de todos os pavimentos e transferem para as
fundações no nível do solo.
O Sistema de Pilares, Vigas e Lajes
Lajes
As lajes definem os pisos dos ambientes e recebem a maioria das
cargas em uma edificação. Uma modulação com vãos similares ou
iguais resulta no uso de elementos também similares, com as
mesmas dimensões facilitando muito a execução.
Dimensionamento NBR 6118 (ABNT 2014) - espessuras mínimas:
• Lajes de cobertura: 7 cm (sem balanço);
• Lajes de piso: 8 cm;
• Lages em balanço: 10 cm;
• Lajes para veículos com menos de 30 kN: 10 cm;
• Lajes para veículos com mais de 30 kN: 12 cm;
• Lajes com protensão: 15 cm;
• Lajes lisas e cogumelos: 15 e 14 cm.
Lajes
A decisão da espessura da laje normalmente não está associada à
sua ruptura, e sim para que as FLECHAS resultantes das
deformações estejam dentro do que pode ser admitido pela função
do ambiente.

Nas lajes de concreto armado, devemos também seguir estas regras:


• Não utilizar barras de aço na armadura da laje com espessuras
maiores que 10% da espessura da laje.
• Na região central das lajes, as barras não podem estar espaçadas
mais de 20 cm umas das outras.
Vigas
As vigas devem ser projetadas para que os panos de laje sejam
similares, assim permitindo que todas as espessuras sejam iguais.
As vigas devem ser projetadas para criar lajes com dimensões
adequadas. Lajes muito grandes e muito pequenas são
antieconômicas.
As vigas, por se deformarem menos que as lajes, devem ser
também utilizadas abaixo e sobre as paredes. É aceitável que
paredes sejam projetadas afastadas das vigas em até ¼ do vão total
da laje.
Vigas
As vigas de aço com perfil I conseguem vencer vãos de até 20
metros de comprimento. A altura da viga será em torno de 1/17 do
vão a ser vencido.
As vigas de seção retangular de madeira maciça ou de concreto
armado conseguem vencer vãos de até 12 metros de comprimento.
A altura das vigas de madeira terão dimensão em torno de 1/18 do
vão a ser vencido e, no caso das estruturas de concreto armado, essa
relação passa a ser de 1/12.
Pilares
Os pilares apoiam as vigas e devem ser distribuídos para que os
vãos resultem em vigas e lajes similares. Para uma estrutura
econômica, devem-se evitar diferenças maiores de 20% entre os
vãos.
Os pilares devem ser contínuos do primeiro ao último pavimento,
evitando vigas de transição, que são muito caras.
Plantas de Forma
O lançamento de vigas, lajes e pilares é o termo utilizado para o
projeto das plantas baixas que determinam as posições destes
elementos.

A planta baixa estrutural, também


denominada PLANTA DE FORMA, é a
representação do que enxergamos quando
cortamos a construção e olhamos PARA
CIMA, portanto enxergando com linha
cheia as vigas. Elementos no chão ou
escondidos são representados com linha
tracejada. Vazios, furos e buracos nas
lajes são indicados com um X.
Plantas de Forma
Plantas de Forma

• Os pilares – P;
• As Vigas – V;
• As Lajes – L;
• A numeração dos elementos é feita da esquerda para a direita e de cima para baixo.
• As dimensões das peças ficam indicadas ao lado da numeração.
• A espessura das lajes está indicada pela letra h.
Plantas de Forma
P3 – 20 x40

L4
H=8 cm

• Os pilares – P;
• As Vigas – V;
• As Lajes – L;
• A numeração dos elementos é feita da esquerda para a direita e de cima para baixo.
• As dimensões das peças ficam indicadas ao lado da numeração.
• A espessura das lajes está indicada pela letra h.
Distribuição de Cargas
Após o lançamento da estrutura, devemos determinar todas as
cargas que atuam sobre ela. Novamente utilizamos modelos de
representação simplificados para facilitar os cálculos.

Temos uma laje de concreto


apoiada em três vigas de
aço. É um sistema
unidirecional, pois só
existem vigas em uma
direção. Assim devemos
dividir a laje em quatro
partes.
Distribuição de Cargas
A viga central receberá a carga das duas partes centrais, e as vigas
de bordo receberão as cargas de apenas ¼ da laje.
Distribuição de Cargas
Se uma carga uniforme de 4,8 kN/m2 é colocada sobre a laje, então
a viga CD recebe uma distribuição linear de carga de (4,8 kN/m2) x
(1,5 m) = 7,2 kN/m.
Distribuição de Cargas
Se uma carga uniforme de 4,8 kN/m2 é colocada sobre a laje, então
a viga CD recebe uma distribuição linear de carga de (4,8 kN/m2) x
(1,5 m) = 7,2 kN/m.
Distribuição de Cargas
No exemplo a seguir, temos uma laje de concreto armado nas duas
direções, pois existem vigas nas quatro bordas da laje. Nesse caso,
por ser uma estrutura simétrica, temos de dividir a carga da laje em
quatro partes iguais.
Distribuição de Cargas
Portanto, se uma carga uniforme de 4,8 kN/m2 é aplicada à laje,
uma intensidade máxima de (4,8 kN/m²)x(1,5 m) = 7,2 kN/m será
aplicada ao centro da viga AB, resultando em uma distribuição de
carga triangular.
Distribuição de Cargas
Para outras geometrias (retangular) com distribuição
bidimensional, um procedimento similar pode ser usado. Uma
carga de 4,8 kN/m² é colocada sobre a laje e produzirá cargas
distribuídas trapezoidais e triangulares sobre os membros AB e AC.
Distribuição de Cargas
Para predeterminar as cargas que serão distribuídas nos pilares,
podemos usar o método de áreas de influência, obtidas pelas linhas
médias entre os vãos das lajes.
Distribuição de Cargas
Distribuição de Cargas
Distribuição de Cargas
INTRODUÇÃO AS ESTRUTURAS
REAÇÕES DE APOIO
Equilíbrio Estático
Uma estrutura está em equilíbrio quando ela tem equilíbrio de
forças e momentos. Isso exige que a somatória de todas as forças e
de todos os momentos
seja nula.
ΣFx = 0 ΣFy = 0 ΣFz = 0 ΣM = 0

Quando todas as forças em uma estrutura podem ser determinadas a


partir dessas equações, a estrutura é conhecida como estaticamente
determinada.
Equilíbrio Estático
ΣFx = 0 ΣFy = 0 ΣFz = 0 ΣM = 0

• Estruturas com menos de 3 reações conhecidas;


Hipostáticas • ESTATICAMENTE DETERMINADAS;

• Estruturas com 3 reações desconhecidas;


Isostáticas • ESTATICAMENTE DETERMINADAS;

• Estruturas com mais de 3 reações


Hiperestáticas desconhecidas;
• ESTATICAMENTE INDETERMINADAS.
Reações de apoio
As cargas se transmitem até os apoios que sustentam as vigas. Para
isso, é necessário determinar a estabilidade da estrutura. Essa
estabilidade depende dos tipos de conexões ou apoios que
sustentam a viga.
Se um apoio impede o movimento de um corpo em uma
determinada direção, então uma força é desenvolvida nessa direção.
Momento de uma força
Quando aplicamos uma força em um corpo, ele poderá rotacionar
em torno de algum ponto fora do eixo onde foi aplicada a força.
Podemos chamar essa rotação de MOMENTO. A intensidade do
MOMENTO será igual à FORÇA aplicada multiplicada pela
distância até o centro da rotação.

M=Fxd
Cálculo de reações de apoio
Exemplo 01: As vigas bi apoiadas isostáticas (com cargas
concentradas) apresentam um apoio articulado móvel (uma reação
vertical VC) e um apoio articulado fixo (uma reação vertical VA e
uma reação horizontal HA).
Cálculo de reações de apoio
Exemplo 02: As vigas bi apoiadas isostáticas (com cargas
distribuídas) quando a estrutura está submetida à carga distribuída,
é necessário fazer a carga concentrada equivalente e substituir na
posição do meio da carga:
Cálculo de reações de apoio
Exemplo 03: As vigas bi apoiadas isostáticas (com momentos)
quando um momento está aplicado diretamente na estrutura,
somamos este momento diretamente na equação da somatória dos
momentos:
Cálculo de reações de apoio
Exemplo 04: Vigas em balanço isostáticas (com cargas
concentradas) as vigas em balanço isostáticas (engastadas)
apresentam um único apoio fixo, que apresentará reações vertical
(Rv) ou (VA), horizontal (Rh) ou (HA) e de momento (M).
Cálculo de reações de apoio
Exemplo 05: Vigas em balanço isostáticas (com cargas
distribuídas):
Cálculo de reações de apoio
Exemplo 06: Vigas em balanço isostáticas (com momentos):
Cálculo de reações de apoio
Exemplo 07: Pórticos isostáticas (com cargas concentradas), os
pórticos são conjuntos de pilares e vigas com nós fixos. Os pórticos
isostáticos apresentam um apoio articulado móvel (uma reação
vertical VC) e um apoio articulado fixo (uma reação vertical VA e
uma reação horizontal HA).
Cálculo de reações de apoio
Exemplo 08: Pórticos isostáticas (com cargas distribuídas):
Cálculo de reações de apoio
Exemplo 09: Pórticos isostáticas (com momentos):
Cálculo de reações de apoio
Exemplo 10:
Cálculo de reações de apoio
Exemplo 10:
Vigas Geber:
É definida como um
conjunto de vigas que
podem ou não ter
estabilidade própria,
mas a associação
delas forma um
conjunto
perfeitamente estável.
Reações do Solo
Como garantir que o solo suporte os esforços?

• Através de investigações preliminares, também chamadas de


investigações Geotécnicas (sondagem ou SPT);
Reações do Solo
Como garantir que o solo suporte os esforços?

• Através de investigações preliminares, também chamadas de


investigações Geotécnicas (sondagem ou SPT);
• Determinação/classificação dos tipos de solo até à profundidade
de interesse do projeto (argiloso ou arenoso);
• Condições de compacidade, consistência e capacidade de carga
em várias profundidades;
• Espessura das camadas;
• Nível do lençol freático.
Reações do Solo
Como os esforços são transmitidos das estruturas para o solo?

Transferem a carga ao solo


Transferem a carga ao
através de atrito de lateral ou
solo através de pressões
por pressões distribuídas sob
distribuídas sob sua
sua base ou por combinação
base.
das duas.

Para construções de médio ou grande


Também chamadas de diretas: a carga total da porte que possuem grandes cargas e/ou
construção será descarregada numa camada quando a camada de solo com capacidade
de solo resistente o suficiente para suportá-la a resistir a esses esforços está muito
e que essa camada não ultrapasse os 3,00 m profunda (acima de 3,00 m). Exemplo:
de profundidade. Exemplo: Radier, Sapatas e tubulões e estacas.
Baldrames.
Diagramas de esforço normal, cortante e momento
Diagramas de esforço normal, cortante e momento

01 Dica – Existe uma linha de raciocínio nos diagramas!


Vigas bi apoiadas Vigas bi apoiadas Vigas bi apoiadas
com carga com carga com carga de
concentrada: distribuída: momento:

DMF DMF
DMF

DEC DEC DEC


Diagramas de esforço normal, cortante e momento

02 Dica – Convenções de sinais:


Diagramas de esforço normal, cortante e momento

03 Dica – Faça um diagrama de corpo livre DCL após o cálculo das


reações de apoio. Coloque todas as forças encontradas de forma
visível e limpa para facilitar o desenho dos diagramas.
Diagramas de esforço normal, cortante e momento

04 – Utilize as fórmulas, ou vá pelo método empírico:


Vigas bi apoiadas Vigas bi apoiadas
com carga com carga Vigas bi apoiadas
concentrada no concentrada com carga
centro: descentralizada: distribuiída:
Diagramas de esforço normal, cortante e momento

04 – Utilize as fórmulas, ou vá pelo método empírico:


Vigas engastadas com carga
Vigas engastadas concentrada:
com carga
concentrada na
Vigas engastadas
extremidade:
com carga
distribuída:
Diagramas de esforço normal, cortante e momento

Exemplo 01:

Exemplo 02:
Diagramas de esforço normal, cortante e momento

Exemplo 03:

Exemplo 04:
Diagramas de esforço normal, cortante e momento

Exemplo 05:

Exemplo 06:
Diagramas de esforço normal, cortante e momento

Exemplo 07:

Vídeos recomendados na ementa da disciplina:


https://www.youtube.com/watch?v=OPFasUfVM_o

https://www.youtube.com/watch?v=EjK2dMnoE48
INTRODUÇÃO AS ESTRUTURAS
CARGAS E REAÇÕES

Você também pode gostar