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PARTE 2

Sistema Light Steel


Framing

Eng. Mauri R. Vargas


Desenho esquemático de uma residência em Light
Steel Framing
Fundações
Tipos de fundações

Radier Sapata Corrida


Tipo de Fundação mais comum Tipo de Fundação utilizado em
terrenos com inclinação acentuada ou
por solicitação de projeto.

Critérios de Seleção:
• Tipo de terreno;
• Preço;
• Tipologia da edificação;
• Conservação energética;
• etc..
Radier

Corte Esquemático de uma laje radier


Radier
Detalhe esquemático de ancoragem de painel estrutural
a uma laje radier
Radier
Esquema geral de Ancoragem Química com barra roscada
Radier

Laje Vigas ou Vigas Baldrame

Seguir o dimensionamento de cálculo e as recomendações de projeto.


 é necessário que as instalações elétricas e hidráulicas sejam
executadas juntamente com a concretagem e com precisão milimétrica.
Radier

Radier sem
Contrapiso
Radier

Radier com
contrapiso e
parede
externa em
alvenaria e
com
passagem de
tubulação
Radier
Sapata Corrida
Sapata Corrida Viga

Seguir o dimensionamento de cálculo e as recomendações de projeto.


 A primeira laje em Steel Framing ou em concreto podem ser opções
nesta solução. Outra vantagem é a utilização do espaço para as
instalações e ainda isolar o térreo do terreno.
Sapata Corrida
Corte detalhado de fundação sapata corrida
Fundações -Isolamento

 Vedação (isolamento) abaixo da fundação ou abaixo do piso


para redução da perda de calor.
Fundações -Chumbadores
Painéis
- FRAMES -
Conceito
 O conceitos “Balloon Framing” é a utilização de Studs (Montantes)
com a altura total do edificio (geralmente dois pisos), com as vigas
das lajes fixadas lateralmente nos montantes (studs), obtendo –se
assim uma envoltória ao volume total do edifício.

 Esta forma construtiva evoluiu


para o que hoje se conhece
como “Platform Framing”,
cuja diferença em relação ao
conceito “Balloon Framing”
corresponde a que os studs
tem a altura de cada andar,
logo a laje passa por entre os
montantes.
Painel típico em “Steel Framing”
Conceito
 As Cargas Verticais são transferidas pelos montantes. Estes devem
estar alinhados.
 A separação entre montantes é definida pelo carregamento e pelas
placas de fechamento interno e externo.
Transmissão de carga vertical
Elementos básicos

 Painéis portantes. Montante invertido para ligação

 Painéis não portantes.


Guia Superior

 Painéis cegos.
 Painéis com aberturas.

Montantes: Montante
Perfil “U” enrijecido
90 / 140 / 200 mm
400 ou 600 mm Guia Inferior

Parafuso
Guias:
Perfil “U” simples
90 / 140 / 200 mm
Elementos básicos
Guias

Emenda de perfil guia


Elementos básicos

Curvatura de perfis U
Aberturas
Quando há necessidade de serem feitas
aberturas:

 Painéis portantes:
Devem transferir as cargas
transmitidas pelos montantes;
Devem ser introduzidos elementos
para fazer a transferência de carga;
Verga– peça colocada na horizontal
para fazer a transferência de carga.

 Painéis não portantes:


Não há necessidade de introduzir
Vergas por não haver transferência de
cargas.
Aberturas
Composição de vão de abertura
Aberturas
Desenho esquemático de painel estrutural com abertura
Detalhes das aberturas em painéis portantes
Detalhes das aberturas em painéis portantes
Ombreira
Distribuição dos esforços através da verga para as ombreiras
Ombreira

 O apoio físico da verga é uma “ombreira”;


Ombreira
 A regra geral é que o número de ombreiras seja igual ao número de montantes
retirados, sempre em número par superior, para serem colocados metade de
cada lado da abertura.
Verga
Verga

Tipos de vergas
Painel não estrutural com abertura
Aberturas em painéis não-portantes

 Por não suportar cargas


verticais a dimensão da
abertura é limitada pelo
projeto arquitetônico.

 Elementos estruturais
como Jack, King,
Ombreiras, verga não são
mais necessários.
Abertura em arco
Encontros

 Perspectivas
Encontros

 Encontro de canto:
Ligação formada por dois
painéis nas extremidades.
Encontros

União de dois montantes pela alma - perspectiva


Encontros
 Encontro em “T”:
Ligação perpendicular formada entre a extremidade de um painel e o
meio de outro, gerando uma união em “T”.
Encontros
União de três montantes - planta
Encontros
Ligação de dois Painéis formando um T - Planta
Encontros
Ligação de dois Painéis formando um T - Perspectiva
Encontros
Encontro de três Painéis - Planta
Encontros
Encontro de três Painéis - Perspectiva
Vento

Efeito da carga do vento na estrutura

Translação Tombamento
Contraventamento

 Ter atenção no ângulo da


diagonal que deve estar entre 30
e 60 graus;

 As diagonais cruzadas são feitas


barras obtidas de corte de chapa
(fitas).
Contraventamento
Localização do contraventamento em relação às aberturas
Contraventamento
Contraventamento

 A chapa de contraventamento deve estar esticada;


 Fixada por parafusos estruturais definidos em projeto, dimensionados
ao cisalhamento
 Deve-se usar montantes duplos.
Contraventamento
Contraventamento
Bloqueadores e fitas horizontais

 Pelos painéis serem constituídos de perfis C, introduz-se fitas metálicas


ligando as mesas dos perfis afim de evitar a rotação dos perfis. As fitas são
ancoradas nas extremidades do painel;
 Os painéis estruturais dispensam a colocação de fita em seu lado;
 Montantes suportando cargas elevadas são travados com o uso de um perfil U
denominado bloqueador.
Fitas metálicas
Fita metálica de travamento do montante
Fixação das diagonais nos painéis por placas
de Gusset
Ancoragem do painel superior
Travamento horizontal do montante através
de bloqueadores
Esquema de fixação de bloqueadores
através de cantoneiras
Estabilização

 Os painéis são incapazes de por si mesmos transmitirem esforços


horizontais.
Estabilização

 Planos Rígidos
Horizontais – Lajes;

 Planos Rígidos
Verticais –
Contraventamentos
ou Placas Rígidas.
Diafragma de estabilização

 Quando se utilizam Placas ao invés de contraventamentos metálicos


como estabilizadores da edificação, a resistência horizontal, além das
Características da Placa, depende:

 Tipo, medida e separação dos parafusos de fixação;


 Relação altura e largura da parede;
 Características dos perfis que formam o painel;
 Tipo, localização e quantidade de conectores e chumbadores.
Diafragma de estabilização

 As Placas exteriores, em geral, atuam como substratos para o


revestimento, porém se trabalhar como diafragma devem possuir algumas
características estruturais:

 Ter capacidade para absorver tensões no plano, sem que os


parafusos que fazem a ligação entre elas e a estrutura (FRAMES) se
soltem;
 Não se quebre devido à tensões concentradas nos cortes e
apoios;
 Resistir à ação do clima durante o processo de montagem;
 Não fissurar durante o manuseio e transporte.
 Permitir cortes rápidos e precisos.
Diafragma de estabilização-regras básicas

 Regras para colocação de um painel


estrutural
S im
 Deverá haver uma largura mínima de 1,20
m para o painel funcionar como estrutural,
observando-se que a largura é livre da
abertura;

 As placas são colocadas na vertical;


ão
N
 Não se deve fazer uniões coincidindo com
os montantes das aberturas.

Largura mínima 1200 mm.


Sem uniões (juntas) coincidentes com as aberturas.
Assentamento das placas estruturais em
painéis com aberturas
Diafragma de estabilização-regras básicas

 A união (junta) das placas não deve coincidir com a união dos
painéis.
Assentamento das placas estruturais em
painéis com aberturas
Esquema de fixação de placas estruturais
por parafusos
Diafragma de estabilização-regras básicas

 Os encontros nas quinas devem ser


feitos de modo que uma placa
sobreponha à outra;

 Distância máxima dos parafusos:

 200 mm nos montantes


ABERTURA intermediários;
 100 mm nos perímetro das placas.
Estrutura do
piso/lajes
Estrutura
Estrutura
Estrutura de piso
Viga de distribuição de carga do piso para montantes
Estrutura

Viga de Laje: Montante


 Quando difere a
modulação das
Sistema rígido da alma:
recorte do montante
vigas dos
montantes.
Estrutura
Estrutura
Estrutura

 Exemplo de vigas compostas para suportar cargas mais elevadas

Viga Dupla
Estrutura
Planta de Estrutura de piso
Vigas Continuas
Vigas Simplesmente Apoiadas
Vigas Simplesmente Apoiadas
Emendas de vigas
Ligações entre vigas
Ligações entre vigas
Ligações Estruturais Convencionais
Emenda de viga de piso
Abertura em piso

Vigas reforçadas para


receber cargas desviadas

Perfil “L” para apoio da viga


Novos Apoios:
Viga Tubo

Viga interrompida pelo vão


apoiada no novo apoio
Abertura em piso
Abertura de perfis
Passagem de tubulações.

Detalhe de
reforço em
viga de piso
Abertura de perfis
 Quando são utilizados perfis com aberturas na alma,
elas devem ter o eixo longitudinal da perfuração
coincidente com o eixo longitudinal do perfil.
 Distância entre o extremo inferior e superior do perfil
e o centro da primeira abertura deve ser de 300 mm
± 2 mm.
 Distância entre centros das aberturas deve ser 600
mm ± 2 mm.
Laje Úmida

Contrapiso de concreto

Tela eletrosoldada

Fita de polietileno

Painel de lã de
vidro compacto

Chapa ondulada como


forma perdida e
diafragma de enrijecimento

Viga de laje

 Fita de polietileno antes da colocação do concreto para evitar


que se umedeça a lã de vidro.
Laje Úmida
Laje Úmida
Laje Úmida
Laje Úmida
Laje Úmida
Laje Úmida
Desenho esquemático de laje úmida
Laje Seca
Desenho esquemático de laje seca
Laje Seca e Úmida
Bloqueador e fita

 Necessidade de travamento das para evitar torção;


 Bloqueados e fitas de aço.
Bloqueador e fita
Bloqueador e fita
Bloqueador e fita
Laje sobre alvenaria
Laje sobre alvenaria
Balanço
Balanço
Balanço
Balanço
Balanço
Laje em balanço com contra-piso em nível diferente
Laje sobre fundação
Laje sobre fundação
Laje sobre fundação
Laje sobre fundação tipo sapata corrida
Direção coincidente com a parede
Escada
Escada
Desenho esquemático de escada viga caixa inclinada
Escada
Desenho esquemático de escada painel com inclinação
Escada
Desenho esquemático de uma escada de painéis escalonados
Coberturas
Coberturas
Tesouras

Telhado estruturado com tesouras com coberturas em telhas de aço


Tesouras
Elementos de uma tesoura
Tesouras

 Estrutura da cobertura em tesoura, introduz rigidez, é a mais usual.


Tesouras
Tesouras

 Analogamente aos painéis verticais e pisos, há necessidade do alinhamento


Cargas perpendiculares ao plano da tesoura são resistidos por sistemas de
contraventamento ou diafragmas de rigidez reticulados .
Tesouras
Tesouras
Tesouras

 Introdução de viga de transição (lintel) para permitir transição de cargas.


Observar que a transição é sempre facilitada com cargas baixas (vão ou
carregamentos).
Tesouras
Tesouras Auxiliares Tesouras
Encontro entre banzos

Modos de serem formados os planos a serem alinhados


com os montantes
Estrutura da cobertura com tesouras
Caibros

 Cobertura em planos
inclinados, introduz-
se uma viga tubo
como cumeeira e
usa-se peça Hanger
na fixação.
Caibros
Cobertura estruturada com caibros e vigas
Caibros
Caibros e Vigas alinhados com montantes de painel estrutural
Caibros
Estrutura em caibros
Cobertura Plana
 Telhado plano como laje úmida;
 Usa-se sistema de laje seca com placa OSB quando o plano da cobertura deve
ser rígido.
Cobertura Plana
Cobertura plana em "Steel Framing"
Oitão

 Diafragma rígido introduz os fechamentos extremos, observando-se que


não são rígidos à distorção no plano pela carência das diagonais.
 Os montantes do diafragma devem estar em coincidência com os
montantes do painel portante abaixo.
Beirais
Beirais
Beirais
Painel de Beiral Beirais
Beirais
Painel do beiral em balanço
Beirais
Detalhe de fixação de painel do beiral
Beirais

Espigão

Detalhe Beiral
Flambagem

Cargas

Comprimento de
Flambagem

Perfil que permite diminuir


o Comprimento de Flambagem
Diafragmas de Enrijecimento

Diafragma de Enrijecimento
Contraventamentos
Contraventamentos
Vista lateral de estrutura de telhado mostrando o
contraventamento em “x” do sistema de tesouras.
Contraventamentos
Contraventamento lateral do banzo superior
Telha Metálica
Tesouras sobre Alvenaria
Tesouras sobre Alvenaria
Tesouras sobre Alvenaria
Tipos de treliça plana
Detalhe Cumeeira
Detalhe Ligação Cumeeira.
Detalhe Cumeeira
Detalhe cumeeira de tesoura Pratt
Detalhe Cumeeira
Detalhe cumeeira tesoura (a) Howe e (b) Pratt
Efeito de “abertura” das paredes
devido ao peso do telhado
Efeito de “abertura” das paredes devido ao peso do telhado.
Parafusos,
Chumbadores
Fixação
 Embora não seja o único método de fixação, o parafuso é o mais usual;

 Estes parafusos são autoperfurantes e autoatarraxantes e possuem proteção


contra corrosão.
 As características básicas dos parafusos para o Sistema Steel Framing são:

CABEÇA

ROSCA

BROCA
Tipo de Parafusos

AÇO / AÇO: Parafuso com cabeça larga que permite


fixar firmemente as chapas de aço sem que estas se
rasguem. Tem perfil baixo ou chato facilitando a
instalação das placas sem causar-lhes um
empenamento excessivo. É utilizado para ligação
entre Guias e Montantes.

AÇO / AÇO: O perfil de sua cabeça dificulta sua


utilização em locais onde serão instaladas placas de
fechamento; porém esta mesma espessura possibilita
ligações estruturais. É utilizado nas ligações de
Contraventamento, entre Painéis e Cobertura.
Ponta Broca Ponta Agulha

Tipos de cabeça de parafusos mais utilizados em ligações com LSF.


a) Cabeças lentilha
b) Sextavada
c) Panela
d) Trombeta
Parafuso cabeça Parafuso cabeça
lentilha e ponta broca sextavada e ponta broca

Parafuso cabeça trombeta Parafuso cabeça trombeta e


e ponta broca ponta broca com asas
Tipo de Parafusos

OSB / AÇO: Parafuso com cabeça cônica, facilita a


compressão da placa para fixação. Possui aletas nas
pontas para cortar a placa e não permitir que se faça
rosca nesta. Ao perfurar o aço estas aletas são
descartadas e a rosca é feita no perfil metálico.

Placa Cimentícia / AÇO: Possui as mesmas


características do parafuso anterior porém sua
cabeça apresenta ranhuras para desgastar a placa e
permitir que a cabeça fique totalmente embutida,
facilitando o acabamento.

GESSO / AÇO: Parafuso com cabeça tipo Trompete


que permite entrar na placa ficando rente a mesma.
Fixação temporária

 Os FRAMES devem estar


perfeitamente ligadas à fundação
através dos chumbadores porém, para
facilitar a montagem, os painéis
térreos devem ser fixados
provisoriamente através de pinos
acionados por pólvora.
Chumbadores
 As ancoragens definitivas dos FRAMES acontece através dos
chumbadores. A escolha destas peças se devem à projeto,
dificuldades de montagem e tipo de fundação;
 Existem chumbadores instalados durante a concretagem as
fundações (são menos usuais devidos as dificuldades de execução e
em garantir uma fixação solicitada em projeto) e os colocados
posteriormente.
Chumbadores
Chumbadores
Chumbadores
Suporte de cargas

 Pequenas cargas (entre 3 e 5Kg) utiliza-se fixação diretamente na placa;

 Cargas médias (até 30Kg para paredes e no máximo 15Kg para forros)
utiliza-se fixações metálicas de expansão ou basculantes.

PAREDE FORRO PAREDE FORRO

Fixação direta na Fixação na


placa estrutura do forro

Fixação 45º
Suporte de cargas
 Grandes cargas (mais de 30Kg), deve-se acrescentar uma peça horizontal,
ligada aos montantes da estrutura, e aparafusar os elementos a serem
fixados nesta peça.
PAREDE FORRO

Fixação na
estrutura

Peça de reforço
Estrutura da
laje
Montante

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