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Introdução..........................................................................................................................2
CONCEITOS SOBRE CONTRAVENTAMENTO..........................................................3
Tipos de Contraventamento...........................................................................................4
Alternativas ao contraventamento.................................................................................8
Contraventamentos sucessivos......................................................................................8
CONTRAVENTAMENTO EM ESTRUTURAS DIVERSAS E SUAS FORMAS...10
Conclusão........................................................................................................................15
Referencias Bibliograficas...............................................................................................16
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Introdução
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CONCEITOS SOBRE CONTRAVENTAMENTO
A principal carga acidental, que incide sobre o telhado, é provocada pelo vento. A ação
do vento as vezes é transmitida às estruturas principais segundo direções não contidas
no plano das mesmas, tornando-se necessária a utilização de uma estrutura auxiliar
destinada a resistir a esses esforços. Essas estruturas são denominadas genericamente
por contraventamentos.
onde barras são colocadas na estrutura, de forma estratégica, afim de impedir a
movimentação e deslocamento horizontal e vertical da mesma. Dessa forma é gerada
uma maior estabilidade contra a ação do vento, e em outros casos o travamento da
cobertura. (MATOS, 2014).
Os contraventamentos são necessários, segundo CALIL JÚNIOR (1995), para resistir às
forças laterais e para manter as estruturas principais alinhadas e a prumo.
Existem dois tipos de contraventamento, o temporário e o permanente, ambos se
aplicam em cada obra. O contraventamento temporário é aquele que é colocado durante
a montagem, para manter as estruturas principais em posição segura, até se executar um
contraventamento permanente que oferecerá completa estabilidade.
As estruturas principais, tesouras no caso mais comum, não podem ser carregadas antes
de ser colocado todo o contraventamento permanente, que é parte importante do telhado
e necessita atenção especial no projeto e durante a montagem.
No projeto de tesouras, elas são tratadas como treliças planas, contidas no plano
vertical. Assim, uma tesoura é uma estrutura rígida no seu próprio plano, mas muito
flexível em planos transversais a ele. Caso as cargas mortas causem uma componente de
força na direção flexível, esta força pode, rapidamente, fazer com que a tesoura se
desvie de sua posição, causando altas forças de flexão lateral não consideradas no
projeto.
Se uma cobertura não é adequadamente contraventada, segundo CALIL JÚNIOR
(1995), as tesouras podem mover-se fora do plano vertical ou do alinhamento, causando
tensões laterais progressivas. Portanto, o contraventamento permanente não deve ser
subestimado, pois as tesouras perderiam toda a sua resistência ao serem mal
contraventadas.
O contraventamento fixa tanto as peças individuais das tesouras como toda a estrutura,
de maneira que a armação completa forma uma construção estável.
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Ilustração 1. Contraventamento, através
de peças comprimidas Ilustração 2, Comparações de estruturas
; Fonte: ASCE, 1997 em relação ao contraventamento.Fonte:
DÓRIA, 2007;;
Tipos de Contraventamento
Contraventamento são compostos por barras adicionadas às estruturas com a finalidade
de reduzir ou impedir deslocamentos horizontais, utilizados principalmente para
fornecer estabilidade às estruturas que sofrem ação do vento, podem ser utilizados na
vertical (travamento de vigas e pilares) ou na horizontal (travamento de coberturas).
Os contraventamentos devem ser utilizados para edifícios de pequeno porte, caso
estejam submetidos às ações de vento ou apresentem grande esbeltez, já para edifícios
de grande porte e múltiplos andares, os contraventamentos devem ser considerados
parte primordial do projeto devido aos deslocamentos horizontais provocados pelo
vento que o edifício poderá sofrer em sua vida útil devido à utilização e vento.
A forma para se conceber um sistema de contraventamento irá depender das
necessidades de utilização do edifício, porém, as formas mais usuais estão apresentadas
na Figura 1 que são respectivamente, o sistema de simples diagonal, diagonal dupla, em
“X”, em “V” e em “V” invertido.
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Ilustração 4, Esquema do contraventamento – vistas frontal e superior
FONTE: LONGSDON, Norman(2003)
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Pode- se utilizar também, afim reduzir a obstrução causada lateralmente, os
contraventamentos excêntricos, que não formam triângulos completos como mostra a
Figura 2. As conexões entre barras são afastadas ocasionando em um contraventamento
menos rígido e de menor eficiência do que aqueles onde as barras formam triângulos
completos, chamados concêntricos.
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Ilustração 8, esquema de tesoura
b) Corte A-A apresentando o esquema do contraventamento vertical
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Alternativas ao contraventamento
Um substituto ao contraventamento vertical, porém menos eficiente, é a utilização de
mãos francesas. Na figuras abaixo, apresentam-se um esquema deste tipo de
contraventamento e um detalhe da mão francesa.
Contraventamentos sucessivos
Recomenda-se utilizar contraventamentos verticais espaçados entre si de no máximo
seis metros, no caso de se utilizar telhas cerâmicas, ou oito metros, ao se utilizar telhas
onduladas de fibrocimento.
Ilustração 13, Telhado deformado, devido a instabilidade das tesouras, por insuficiência
de contraventamento. Fonte: Calil e Molina, 2010
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Ilustração 14, Esquema de contraventamento com vários contraventamentos verticais.
FONTE: Moliterno, 2013
Outro problema, que ocorre nos telhados maiores, é a insuficiência de resistência das
paredes, da frente e do fundo, para receber os carregamentos horizontais, descarregados
pelas terças ou contraventamentos verticais, que se sabe serem cumulativos. Nestes
casos podem ser criadas treliças, no plano do trama, adicionando barras em “X” aos
quadros formados pelas terças e pelas barras do banzo superior. Estas treliças têm
condições de absorver as cargas horizontais (F), e descarregá-las nas paredes laterais
(R1). Com o mesmo sistema, pode-se enrijecer os quadros do contorno, em contato com
as paredes laterais, para que parcelas (R2) da força horizontal (F) sejam distribuídas ao
longo do comprimento das paredes. Recomenda-se distribuir as treliças, formadas no
plano do trama, a no máximo cada doze metros..
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Ilustração 15, Contraventamento no plano do trama. FONTE: Moliterno, 2013
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armado, o contraventamento deve enrijecer tanto as paredes como os pilares, tornando-
se mais importante e oneroso.
Tabela 1, valores de ∝m
m 2 3 4 5 ∞
∝m 1 1.5 1.7 1.8 2
Fonte: NBR 7190/1997 Call Jr et all. 2003
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F1d L K br ,1 ∆ L L
∆ L= ∝ F 1d =K br ,1 ∆ L ∆ L=
EA m EA
EA EA
K br , 1= K br , 1= ≥ K br ,1 , min K br ≥ 2/3 nK br ,1 , min
L L
Requerimento de contraventamento:
L/b (Comprimento total/ base) maior igual que 50 para peças comprimidas
L/b (Comprimento total/ base) maior igual que 80 para peças tracionadas No caso de
coberturas pode-se utilizar o dimensionamento de contraventamento de peças
comprimidas para a estabilidade global das tesouras.
Treliças verticais por duas diagonais, uma a cada 3 vãos
Em cada nó do elemento comprimido colocar F1d (incluindo vento)
As treliças horizontais se calcula de modo semelhante, com espaçamento máximo entre
elas de 20 m.
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Ilustração 19, Utilização de mãos francesas; FONTE: LONGSDON, Norman(2003)
Para telhados de duas águas sob construção sólida, utilizando tesouras, segundo LOGSDON
(1999), pode-se escolher o esquema do contraventamento a ser utilizado, através das tabelas
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05 e 06.
Conclusão
Por conseguinte, o contraventamento como exposto no dado trabalho, é de fundamental
importância, sua função é relativamente relacionada com a segurança, proteção de
estruturas relativamente altas que evidentemente requer um cuidado redobrado pois nos
dias atuais a demanda por este tipo de projetos é grande, e sabe-se que obras de portes
maiores, obviamente exigem maior controle, planejamento, e principalmente segurança,
são mais suscitiveis a tombamentos, flambagens, flechas
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os nós deslocáveis sem rigidez para os nós fixos é um grande exemplo do
funcionamento do método de contraventamento, nota-se que a estabilidade do edifício é
meramente percebível, a flambagem que seria o deslocamento lateral, a formação de
flechas, que é a oscilação formada na estrutura devida a ações externas diminuíram, e
dentre outras várias propriedades presentes no decorrer da execução e manutenção.
Contudo a analise global de um projeto, um bom planejamento a curto e longo prazo,
detalhado, e estudos de viabilidade, normativos, e orçamentais serão sempre os passos
necessários e corretos para uma obra de sucesso, todavia, ao decorrer do tempo a obra
também necessita de cuidados, alguns podem ser preventivos, outros na verdade são por
desgastes, por isso é necessário o conhecimento aprofundado e saber lidar com todas as
situações se tornando assim um profissional qualificado na construção civil
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Referencias Bibliograficas
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