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Libânio M. Pinheiro
Colaboradores:
Cassiane D. Muzardo, Sandro P. Santos, Artur L. Sartorti
Fevereiro de 2016.
4. LAJES MACIÇAS
Vão livre é a distância livre entre as faces dos apoios. No caso de balanços,
é a distância da extremidade livre até a face do apoio (Figura 4.1).
ef a1 a2 0
Sendo:
a1 e a2 o menor valor entre (t/2) e (0,3.h) – Figura 4.1.
ly
lx
4.2
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4.2 VINCULAÇÃO
Pode ocorrer, por exemplo, uma borda com uma parte engastada e a outra
apoiada, como mostrado na Figura 4.3. Um critério aproximado, possível para este
caso, é indicado na Tabela 4.3.
4.4
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Tabela 4.3 – Critério para bordas com uma parte engastada e outra parte apoiada
y
y1 Considera-se a borda totalmente apoiada
3
Calculam-se os esforços para as duas situações
y 2y
y1 borda totalmente apoiada e borda totalmente engastada
3 3
e adotam-se os maiores valores no dimensionamento
2y
y1 Considera-se a borda totalmente engastada
3
4.5
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4.6
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4.7
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Para lajes em balanço, pode ser usado critério da ABNT NBR 6118 (1978),
que foi suprimido das versões subsequentes:
lx
d
2 3
Esta segunda expressão também pode ser utilizada para lajes que não
estejam em balanço. Porém, para lajes usuais de edifícios, costumam resultar
espessuras exageradas. A primeira expressão é mais adequada nesses casos.
4.4 ESFORÇOS
4.4.1 Ações
4.8
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Quando forem previstas paredes divisórias, cuja posição não esteja definida
no projeto, pode ser admitida, além dos demais carregamentos, uma carga
uniformemente distribuída por metro quadrado de piso não menor que um terço do
peso por metro linear de parede pronta, observado o valor mínimo de 1 kN/m 2.
4.9
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obtidos, traçando-se, a partir dos vértices, na planta da laje, retas inclinadas de:
Este processo encontra-se ilustrado nos exemplos da Figura 4.5. Com base
nessa figura, as reações de apoio por unidade de largura serão dadas por:
4.10
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O cálculo das reações pode ser feito mediante o uso das Tabelas de Lajes.
Tais tabelas, baseadas no Processo das Áreas, fornecem coeficientes
adimensionais ( x , ' x , y , ' y ), a partir das condições de apoio e da relação
p lx p lx
vx x v' x ' x
10 10
(4)
pl pl
vy y x v' y ' y x
10 10
Nas Tabelas de Lajes, foram feitas correções dos valores obtidos pelo
Processo das Áreas, prevendo-se a possibilidade dos momentos nos apoios
atuarem com intensidades menores que as previstas.
4.11
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a) Cálculo elástico
O cálculo dos esforços solicitantes pode ser feito pela teoria clássica de
placas delgadas (Teoria de Kirchhoff), supondo material homogêneo, isótropo,
elástico e linear.
Eh 3
D
12(1 2 )
4.12
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p 2x p 2x
mx x m' x ' x
100 100
(6)
p 2x p 2x
my y m' y ' y
100 100
Os momentos fletores nos vãos e nos apoios também são conhecidos como
momentos positivos e negativos, respectivamente.
4.13
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4.14
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L1 L2 L3 L4
m3 m4
m1
m2
0,8 m’23
m’*23 (m’23 + m’32)
0,8 m’21
2
m’*12 (m’21 + m’12) 0,8 m’34
2 m’*34 (m’34 + m’43)
2
L1 L2 L3 L4
m4
m1 m*3 = m3+ (m’34 - m’*34)
2
m*2 = (m’21 - m’*12) + (m’23 - m’*23)
2 2
Podem ser utilizadas as Tabelas Gerais, sendo a Tabela 1.1 para o cálculo
das áreas necessárias das armaduras e a Tabela 1.4a para a escolha do diâmetro e
do espaçamento das barras.
4.15
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bwd2
kc , com b w 100 cm
md
a sd k s md
ks as
md d
4.16
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4.17
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a) Carregamento a considerar
ma md , rara mk
b) Momento de fissuração
. f ct .I c
mr
yt
Sendo:
mais tracionada;
I c b.h3 / 12 é o momento de inércia da seção bruta de concreto à fibra mais
tracionada;
f ct f cm no estado-limite de deformação excessiva (flecha) (ELS-DEF).
4.18
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a) ma mr
Se ma não ultrapassar mr, admite-se que não há fissuras (Estádio I). Nesta
situação, pode ser usado o momento de inércia da seção bruta de concreto I c,
considerado no item anterior.
b) ma mr
m
3
m
3
I eq r I c 1 r I2
ma ma
4.19
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bx 2
e as d x 0
2
E
e s
Ecs
bx 3
I2 e as d x
2
A flecha imediata ai pode ser obtida por meio da tabela 2.5a (Tabelas de
Lajes), com a expressão adaptada:
b plx4
ai
100 12 E c Ic
y
é o coeficient e adimension al tabelado, função do tipo de vinculaçã o e de λ ;
x
b 100 cm;
p g 2q é o valor da carga para combinação quase permanente
( 2 0,3 para edifícios residencia is);
lx é o menor vão ;
E c E cs é o módulo de elasticida de secante do concreto.
Se ma mr, deve-se usar Ieq no lugar de Ic.
f
1 50 '
A 's
' ;
bd
4.20
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(t ) (t 0 ) ;
a f f .a i
Tempo (t)
0 0,5 1 2 3 4 5 10 20 40 70
meses
Coeficiente
0 0,54 0,68 0,84 0,95 1,04 1,12 1,36 1,64 1,89 2
(t)
a t ai a f
a t ai (1 f )
Uma delas, que pode ser a situação crítica, corresponde ao limite para o
deslocamento total, relativo à aceitabilidade visual dos usuários, dado por:
lx
a lim =
250
4.21
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VRd 1 Rd . k ( 1 , 2 40 1 ) . d .bw
k 1,6 d nos casos onde ao menos 50% da armadura chega até os apoios;
As1 A
1 s1 em que As1 é a área da armadura de tração que se estende até não
Ac bw d
Figura 4.7 – Armadura As1 . Na figura onde está As leia-se As1 .
4.22
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a b
a1 (6)
0,25 10 (em geral, maior valo r)
(Tabelas Gerais);
diâmetro da barra.
4.23
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0,25 a
b
a21 2 (7)
0,25 10 (em geral, maior valo r)
a b
a22 0,25 a (8)
10 (em geral, maior valo r)
2
0,25 a
a a21 a22 0,25 10 10
2
3
a 20 0,75d (9)
8
4.24
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2 1
a21 a a22 a (10)
3 3
Em geral esses comprimentos são arredondados para múltiplos de 5 cm.
Vale, porém relembrar que nas lajes maciças armadas em uma ou em duas
direções, em que seja dispensada armadura transversal, e quando não houver
avaliação explícita dos acréscimos das armaduras decorrentes da presença dos
momentos volventes nas lajes, toda a armadura positiva deve ser levada até os
apoios, não se permitindo escalonamento desta armadura. A armadura deve ser
prolongada no mínimo 4 cm além do eixo teórico do apoio.
4.27
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4.28
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BIBLIOGRAFIA
4.29