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SUBESTRUTURAS VERTICAIS

MODELOS E CARREGAMENTO

João Ricardo Masuero


ENG01010
Estruturas de Edifícios
UFRGS - Departamento de Engenharia Civil - Curso de Engenharia Civil Fevereiro de 2020
CARGAS HORIZONTAIS E MODELO ESTRUTURAL APROXIMADO
A estrutura de concreto armado de um edifício tem como
1
um dos modelos físico – matemáticos mais adequados um 2
3
pórtico espacial, formado pelas vigas e pilares, atuando em 4
conjunto com placas simulando as lajes contínuas dos
pavimentos. Tal modelo exige, para a simulação do
comportamento das lajes, o emprego do Método dos
Elementos Finitos ou, de forma mais aproximada, o Área de
emprego de uma grelha equivalente. influência do
Um modelo mais simples e, ainda sim, extremamente útil q andar
para o entendimento do comportamento da estrutura é a
aproximação do pórtico espacial por pórticos planos, que
recebem como cargas verticais as reações das lajes e das H

paredes sobre as vigas. h


Para a determinação das cargas de vento em cada direção,
é usual considerar as cargas de cada andar pelo produto
do Coeficiente de Arrasto (Ca) da edificação pela Área de
Influência do Andar i (Ai) pela Pressão Dinâmica do vento
q(zi), calculada para a cota de cada pavimento (zi).
A área de Influência do Andar é definida pela consideração
de que a pressão atuante no fechamento vertical em cada
pavimento é transferida para a viga superior e inferior, de
modo que cada pavimento recebe a carga de meia altura L1
do fechamento de andar acima e abaixo. L2
Aandar tipo = L1.h ou Acobertura = L1.h/2
CARGA EM CADA ESTRUTURA DE CONTRAVENTAMENTO
Uma forma de determinar a carga horizontal 1
2
3
resistida por cada pórtico na direção do vento 4

incidente é considerar aplicada em cada nó da


face de barlavento de cada pórtico a resultante
da pressão atuante sobre uma Área de
Influência do Nó do Pórtico, a qual é a parcela
da Área de Influência do Andar limitada pela
metade da distância entre o pórtico analisado e
os pórticos adjacentes. H

h
Para o edifício ao lado, com os pórticos 1 a 4
uniformemente espaçados, essas áreas seriam:
Aextremidade = L1.h/6
Acentral = L1.h/3
Tal metodologia parece adequada, mas ela
confunde carga atuante no edifício com a carga
resistida por cada pórtico ou estrutura de L1
L2
contraventamento.
CARGA EM CADA ESTRUTURA DE CONTRAVENTAMENTO
A diferença entre carga aplicada
e carga resistida pode ser
ilustrada fazendo a analogia do
pavimento do edifício com uma
viga contínua (pensada como
contida no plano horizontal, sob
as cargas horizontais de vento),
onde os apoios são os pórticos e
estruturas de contraventamento
que se opõem ao deslocamento
provocado pelo vento.
Embora a carga aplicada seja
uniforme (como a carga de vento
em situação centrada), as
reações não são uniformes, e
não podem ser adequadamente
descritas pelo conceito de
comprimento de influência
tomado como a metade da
distância entre um apoio e outro.
PAVIMENTOS COMO DIAFRAGMAS RÍGIDOS
Um efeito que pode ser percebido experimentalmente, ou
1
através de simulações computacionais de modelos mais 2
3
completos, é que os pavimentos, formado pelas lajes e vigas, 4
sofrem deformações contidas no plano do pavimento
(horizontais) muito menores que as deformações verticais ou
que os próprios deslocamentos horizontais do pórtico do
edifício. Na comparação com os deslocamentos do pórtico, os
pavimentos podem ser considerados como indeformáveis no
plano horizontal, ou seja, não têm alteração de forma em
planta, podendo ser considerados como diafragmas rígidos.
A consideração de corpo rígido permite dizer que cada
pavimento pode se deslocar horizontalmente ou girar em torno H
de um eixo vertical passando por um centro de rotação, sem
que a forma ou distância relativa dos diversos pontos do h
pavimento, medida no plano do pavimento, se altere.
Se as cargas resistidas por cada pórtico é a estimada pela
respectiva Área de Influência do Nó, os pórticos de extremidade
1 e 4 teriam metade da carga horizontal que os pórticos 2 e 3.
Se todos os pórticos forem iguais, os pórticos 1 e 4 teriam
metade dos deslocamentos horizontais que os pórticos centrais
2 e 3, e os pavimentos estariam com deformações
consideráveis nos seus planos horizontais.
Se os pavimentos se comportam como diafragmas rígidos, e os
pórticos são todos idênticos e uniformemente espaçados, a L1
única solução possível é que a carga resistida é igual entre os L2
diversos pórticos, e os pavimentos sofrem simplesmente um
deslocamento horizontal.
SUBSTITUINDO O PÓRTICO POR UMA MOLA EQUIVALENTE
Se os pavimentos se comportam como diafragmas rígidos,
as cargas a serem resistidas por cada pórtico não podem
ser calculadas a partir de Áreas de Influência do Nó do
Pórtico. d d d
F F
Ao se aplicar uma força F no topo de um dos pórticos
resistentes, o mesmo apresenta um deslocamento
horizontal “d”. Se o pórtico está no regime Elástico Linear
(consideração válida para a análise de estruturas de
concreto armado sob cargas de serviço) o deslocamento K=F/d
horizontal “d” é diretamente proporcional ao da força
horizontal aplicada “F”. Ou seja, para o pavimento superior,
o pórtico pode ser substituído por uma Mola Equivalente
de rigidez K=F/d.
Para cada um dos pavimentos inferiores pode-se
determinar a constante de mola equivalente aplicando-se a
força “F” naquele ponto e calculando-se o deslocamento
resultante (algo que pode ser facilmente feito no Ftool ou
outro programa qualquer de análise estrutural).
Se os diversos pórticos de um edifício forem diferentes
entre si, mas a rigidez relativa das vigas e pilares ao longo
dos diversos andares se altera de forma similar, pode-se
considerar que a substituição dos pórticos por molas feita
para o andar superior é representativa, em termos de
rigidez relativa dos pórticos entre si, para os diversos
outros andares.
CARGA EM CADA ESTRUTURA DE CONTRAVENTAMENTO
Fazendo novamente a analogia, a viga é
modelada como indeformável e os pórticos,
que são os apoios, como deformáveis
(apoios elásticos).
Havendo simetria na estrutura, e molas de
igual rigidez, a estrutura simplesmente
sofre uma translação, permanecendo
paralela à configuração inicial, e as reações
são todas iguais.
Havendo molas com rigidezes diferentes,
mas mantendo a simetria, a deformada
permanece apenas uma translação, mas as
reações são proporcionais ao valor da
rigidez de cada mola.
A situação mais geral é a com molas de
diferentes rigidezes, sem simetria. A
deformada é uma translação e uma
rotação, e as reações nas molas são todas
diferentes entre si, dependentes tanto da
rigidez de cada mola quanto da
configuração deformada final.
PAVIMENTOS COMO DIAFRAGMAS RÍGIDOS E PÓRTICOS COMO MOLAS
Os pórticos resistentes ao vento em uma dada direção não necessariamente são iguais, ou
uniformemente espaçados. Cada um deles é substituído por uma mola equivalente, com sua própria
constante.
A carga de vento em cada andar atua no centróide da Área de Influência do Andar, definindo o
Centro Geométrico do pavimento G onde passa a reta suporte da Força de Arrasto Fa.
O Centro Elástico do pavimento, E, é ponto no qual uma força aplicada provoca apenas translação
do pavimento na direção da força, sem rotação. No caso de molas diferentes ou não igualmente
espaçadas, o centro elástico E não coincide com o centro Geométrico G.
A posição da força de arrasto depende unicamente da geometria das fachadas de barlavento, que
recebem o vento.
O Centro Elástico, por sua vez, depende exclusivamente das
K1 K2 K3 K4 rigidezes relativas dos diversos pórticos e seus afastamentos.
Mesmo que a fachada de barlavento apresente eixos de
simetria (seja retangular, como a do exemplo) , se os pórticos
G
resistentes apresentam rigidezes diferentes (pilares e vigas
E com seções diferentes), a Força de Arrasto não passa pelo
Centro Elástico, e o andar sofrerá, além de translação na
y direção da Força de Arrasto, também rotação em torno do
x
Centro Elástico.
e
Fa
RESULTANTES DO VENTO SOBRE O CENTRO ELÁSTICO
Com o Centro Elástico E não coincidente com o Centro Geométrico G, pode-se
considerar que o pavimento vai se comportar como um corpo rígido (diafragma
rígido) com uma Força de Arrasto Aplicada ao Centro Elástico e um momento,
resultado da excentricidade “e” do Centro Geométrico em relação ao Centro
Elástico, medida na direção perpendicular à direção de atuação da Força de
Arrasto.

K1 K2 K3 K4 K1 K2 K3 K4

M = Fa.e
G G
E E

y y

x x
e
Fa Fa
PAVIMENTO COM FORÇA DE ARRASTO NO CENTRO ELÁSTICO
Com a Força de Arrasto aplicada no Centro Elástico, o efeito sobre o pavimento é apenas uma
translação. Todos os pórticos terão o mesmo deslocamento “d” na direção da Força de Arrasto.
A força em cada mola é calculada como:

O equilíbrio das forças na direção y resulta:

O deslocamento do pavimento na direção y é dado por:


Finalmente, a parcela da Força de Arrasto aplicada em cada
K1 K2 K3 K4 pórtico é obtida por:

G
E Embora o cálculo seja feito para o pavimento superior, pode-
se considerar que as Forças de Arrasto de cada pavimento se
y distribuem entre as diversas molas (pórticos) com as
x
mesmas proporções, se a mudança de rigidez de todos os
Fa pórticos ao longo da altura se dá de forma proporcional.
A POSIÇÃO DO CENTRO ELÁSTICO DO PAVIMENTO
A posição do Centro Elástico E pode ser calculada pensando no equilíbrio de
momentos do pavimento em relação a um ponto qualquer.
Usando a origem do sistema de eixos xy, pode-se escrever:

K1 K2
Onde xE é a coordenada x do Centro Elástico e
K3 K4
xi é a coordenada de cada mola (pórtico).
G
E

x
Fa
ROTAÇÃO DO PAVIMENTO – TORÇÃO DO EDIFÍCIO
O efeito do momento M decorrente da excentricidade da Força de Arrasto, centrada no Centro
Geométrico, em relação ao Centro Elástico, é provocar uma rotação q de todo o pavimento,
sem translação.
Considerando que q é pequeno, ele e sua tangente se confundem, o deslocamento em cada
mola é dado por:
Onde x’i é a distância na direção x de cada mola ao Centro Elástico E. A coordenada x’i pode
assumir valores positivos (molas à direita de E) ou negativos (molas à esquerda).
A força em cada mola é dada por:

O momento que cada mola faz em relação ao Centro


K1 K2 K3 K4 Elástico E é:

y’
A resultante do momento das molas é o momento da
M
q Força de Arrasto:
E x’
ROTAÇÃO DO PAVIMENTO – TORÇÃO DO EDIFÍCIO
O ângulo de rotação q do pavimento é dado por:

A força em cada mola (pórtico) em função do Momento decorrente da


excentricidade da Força de Arrasto em relação ao Centro Elástico é dado por:

Molas (pórticos) à direita do Centro Elástico E


K1 K2 K3 K4 estão submetidas a forças positivas (sentido
positivo de y), ao passo que as molas à esquerda
y’ estão submetidas à forças negativas (sentido
M
q negativo de y).
E x’
FORÇAS DEVIDAS AO VENTO EM CADA PÓRTICO DE CONTRAVENTAMENTO

As forças aplicadas em cada mola (pórtico) são a soma da parcela associada à


translação com a parcela de rotação, resultando em:

onde:

K1 K2 K3 K4
A fim de facilitar o entendimento da formulação
explicitada acima, somente foi considerada a
M = Fa.e
existência de pórticos na direção y.
G
E
Embora os pórticos na direção x não contribuam
y para resistir à parcela de translação, eles
contribuem para a parcela de rotação, de forma
x
Fa que formulação precisa ser modificada.
EXEMPLO DE APLICAÇÃO 1
Usando uma viga indeformável no Ftool,
é possível exercitar o comportamento
descrito anteriormente.
Há molas de rigidez 100, 150, 250 e
300kN/mm nas posições 0m, 2m, 5m e
9m.
O centro elástico é dado por
O centro elástico é dado por
KT = 100+150+250+300 = 800kN/mm
xE=(100*0+150*2+250*5+300*9)/ KT
xE = 5,3125m

Aplicando uma força de 100kN no centro


elástico, há apenas translação e as
reações são dadas por:
R1 = (100/ KT)*100kN = 12,5 kN
R2 = (150/ KT)*100kN = 18,75 kN
R3 = (250/ KT)*100kN = 31,25 kN
R4 = (300/ KT)*100kN = 37,5 kN
EXEMPLO DE APLICAÇÃO 1
Aplicando a carga de 100kN no centro
geométrico, em x=4,5m, resulta:

KR = 100*(-5,3125)2 + 150*(-3,3125)2
+ 250*(-0,3125)2 + 300*(3,6875)2
KR = 8571,875 kN.m2/mm

O momento da Força de Arrasto é dado


por :

M = Fa*(-0,8125m) = - 81,25 kNm

As reações em cada mola são dadas por:


R1 = (100/KT)*Fa
+ 100*(-5,3125)/KR*(-81,25)
R1 = 17,536 kN

R4 = (300/KT)*Fa
+ 300*(+3,6875)/KR*(-81,25)
R4 = 27,01 kN
OBS.: As reações Ri foram consideradas positivas no sentido contrário ao da
carga de 100 kN que representa a Força de Arrasto Fa.
FORÇAS DEVIDAS AO VENTO EM Y NOS PÓRTICOS EM x E EM y
Ky1 Ky2 Ky3 Ky4
Kx2

y’
G
E ey
y x’
Kx1

x
ex
Fay

OBS.1: As forças Fyi são positivas no sentido positivo do eixo y.


OBS.2: As forças Fxij são positivas no sentido positivo do eixo x.
FORÇAS DEVIDAS AO VENTO EM X NOS PÓRTICOS EM x E EM y
Ky1 Ky2 Ky3 Ky4
Kx2

y’
G Fax
E ey
y x’
Kx1

x
ex

OBS.1: As forças Fyi são positivas no sentido positivo do eixo y.


OBS.2: As forças Fxj são positivas no sentido positivo do eixo x.
EXEMPLO DE APLICAÇÃO 2
No pavimento ao lado com dimensões 12x8m, 4 pórticos
em y com rigidezes 200, 250, 450 e 600 kN/mm, 2
pórticos em x com rigidezes de 300 e 500 kN/mm, Força e
Arrasto de 100 kN aplicada no sentido negativo de y, com
excentricidade de 15% no sentido positivo de x, calcular
as forças aplicadas em cada pórtico.

KxT = 300+500 = 800kN/mm


KyT = 200+250+450+600 = 1500kN/mm

xE = (200*0+250*3,0+450*7,0+600*12,0)/ KyT = 7,4m

yE =(300*0+500*8)/ KxT = 5,0m

KR = 200*(-7,4)2+250*(4,4)2+450(-0,4)2+600*(+4,6)2
+300(-5,0)2+500(+3,0)2 = 40560 kNm2/mm

xFa = 6+0,15*12 = 7,8m


ex = xFa - xE = 7,8 – 7,4 = +0,4m

Fa = -100 kN (sentido negativo de y)


EXEMPLO DE APLICAÇÃO 2

Ry1 = -(200/KxT + 200*(-7,4)*ex/KR) * Fa


= +11,87 kN
Ry2 = -(250/KyT + 250*(-4,4)*ex/KR) * Fa
= +15,58 kN
Ry3 = -(450/KyT + 450*(-0,4)*ex/KR) * Fa
= +29,82 kN
Ry4 = -(600/KyT + 600*(+4,6)*ex/KR) * Fa
= +42,72 kN

Rx1 = (300*(-5,0)*ex/KR) * Fa = +1,479 kN


Rx2 = (500*(+3,0)*ex/KR) * Fa = -1,479 kN
EXEMPLO DE APLICAÇÃO 3
Mesmo pavimento anterior, com Força de
Arrasto de 100kN aplicada no sentido negativo
de x com excentricidade de 15% no sentido
negativo de y.

KxT = 300+500 = 800kN/mm


KyT = 200+250+450+600 = 1500kN/mm

xE = 7,4m

yE = 5,0m

KR = 40560 kNm2/mm

yFa = 4-0,15*8 = 2,8m


ex = yFa - yE = 2,8 – 5,0 = -2,2m

Fa = -100 kN (sentido negativo de x)


EXEMPLO DE APLICAÇÃO 3

Rx1 = -(300/KyT + 300*(-5,0)*ex/KR) * Fa


= +45,64 kN
Ry2 = -(500/KyT + 500*(+3,0)*ex/KR) * Fa
= +54,36 kN

Ry1 = (200*(-7,4)*ex/KR) * Fa = -8,028kN


Ry2 = (250*(-4,4)*ex/KR) * Fa = -5,966 kN
Ry1 = (450*(-0,4)*ex/KR) * Fa = -0,976kN
Ry2 = (600*(+4,6)*ex/KR) * Fa = +14,97kN
ESTRUTURAS DE CONTRAVENTAMENTO EM x DE UM PAVIMENTO EXEMPLO
PAVIMENTO DIDÁTICO

150
(Sem coerência na distribuiçãos dos espaços, escolha dos pisos ou posicionamento dos pilares.)
25
480
15
355
15
250
25
150
15
Px1 ou Px3 Px2 P3 ou P6
V1 V1 ou V5 V3
25

P1 P2
V9

80
Px1 P3
P1 ou P7 P2 ou P8 P4 P5
L3 L4

260
Parquet Laminado de Madeira
L1
SACADA L2
Rebaixo 10 cm Basalto Polido
380

Forro de Gesso
Piso Cerâmico
Guarda-corpo
V1 ou V5 V3
de alvenaria
15cm
V2 V9

V3 Px2 L5 L6 L7
15

P5 Carpete SACADA
Porcelanato
P4 Rebaixo 10 cm
Piso Cerâmico V1 ou V5 V3
Guarda-corpo

L8
de alvenaria V9
15cm
Tabuão
Forro de Gesso

V10
130

V8
Divisória apoiada diretamente sobre a laje V4
(sem viga de sustentação)
480

150

Divisória apoiada diretamente


V1 ou V5 V3
V9

sobre a laje
Piso Cerâmico L9 DESPENSA
230

Forro de Gesso Piso Cerâmico Piso Cerâmico


Forro de Gesso Forro de Gesso
P6

Px3
V6

100
V7

V9
P7 V5 P8
25

Os pórticos Px1 e Px3 têm a extremidade direita com um apoio simples, impedindo apenas o
deslocamento vertical, pois a extremidade direita da V1 ou V5 está apoiada na V9.
Os pilares P3 e P6 não formam pórticos, funcionando de maneira isolada para as cargas horizontais.
Sua rigidez é muitas vezes menor que a dos pórticos Px1 a Px3, fazendo com que a parcela da Força
de Arrasto que eles resistem seja tão baixa que muitos projetistas desprezam esses pilares como
elementos de contraventamento.
ESTRUTURAS DE CONTRAVENTAMENTO EM y DE UM PAVIMENTO EXEMPLO
PAVIMENTO DIDÁTICO

150
(Sem coerência na distribuiçãos dos espaços, escolha dos pisos ou posicionamento dos pilares.)
25
480
15
355
15
250
25
150
15
Py1 ou Py2 Py3
V1 V6 ou V7 V9
25

P1 P2

80
P7 ou P8 P4 ou P5 P6 P3
P3 P1ou P2
L3 L4

Py1 Py2

260
Parquet Laminado de Madeira
L1
SACADA L2
Rebaixo 10 cm Basalto Polido
380

Forro de Gesso
Piso Cerâmico
Guarda-corpo
V6 ou V7 V9
de alvenaria V2
15cm

V3
L5 Py3
L6 L7
15

P5 Carpete SACADA
Porcelanato
P4 Rebaixo 10 cm
Piso Cerâmico V6 ou V7 V9
Guarda-corpo
de alvenaria
L8 15cm
Tabuão
Forro de Gesso

V10
130

V8
Divisória apoiada diretamente sobre a laje V4
(sem viga de sustentação)
480

150

Divisória apoiada diretamente


V6 ou V7 V9

sobre a laje
Piso Cerâmico L9 DESPENSA
230

Forro de Gesso Piso Cerâmico Piso Cerâmico


Forro de Gesso Forro de Gesso
P6
V6

100
V7

V9
P7 V5 P8
25

Como estrutura de contraventamento, os balanços no pórtico Py3 não precisam


ser considerados, uma vez que não contribuem para a rigidez horizontal.
Para a composição das cargas verticais, devem ser considerados.
COMBINAÇÕES DE CARGAS DE VENTO
PAVIMENTO DIDÁTICO

150
(Sem coerência na distribuiçãos dos espaços, escolha dos pisos ou posicionamento dos pilares.)
25
480
15
355
15
250
25
150
15 Utilizando o modelo de pórticos planos, as
V1
cargas verticais decorrentes das reações das
25

P1 P2
lajes e das paredes sobre as vigas devem ser

80
Px1
L3 L4
P3
aplicadas conjuntamente com as cargas de
Py1 Py2

260
Parquet Laminado de Madeira

vento.
L1
SACADA L2
Rebaixo 10 cm Basalto Polido
380

Piso Cerâmico Forro de Gesso


Guarda-corpo
de alvenaria
15cm
V2
Os diagramas de solicitações das vigas vêm
dos pórticos nos quais elas estão incluídas.
V3 Px2 Py3 Os diagramas de solicitações dos pilares
L6 L7
L5
15

P5 Carpete SACADA
Porcelanato
P4 Rebaixo 10 cm
Piso Cerâmico

L8
Tabuão
Guarda-corpo
de alvenaria
15cm devem ser compostos a partir dos diagramas
Forro de Gesso

dos pórticos em x e em y aos quais os pilares

V10
130

pertençam, cada um deles em relação a um

V8
Divisória apoiada diretamente sobre a laje V4
(sem viga de sustentação)
480

150

eixo da seção transversal. O esforço normal

Divisória apoiada diretamente


sobre a laje
Piso Cerâmico L9

deve ser a soma daquele indicado em cada


DESPENSA
230

Forro de Gesso Piso Cerâmico Piso Cerâmico


Forro de Gesso Forro de Gesso
P6

Px3 pórtico x e y ao qual o pilar pertença.


V6

100
V7

V9
P7 V5 P8
25

Segundo a NBR6123:1988, é preciso considerar em cada face da edificação uma excentricidade na Força de Arrasto,
correspondente a 7,5% ou 15% da largura da face em planta, conforme a consideração ou não de efeitos de
vizinhança.
Isso faz com que, em cada face, 3 situações distintas devam ser analisadas: Força de Arrasto centrada, excêntrica
para um lado, e excêntrica para outro.
Como as forças de vento devem ser consideradas atuando em cada uma das direções ortogonais, e cada direção tem
2 sentidos, no total devem ser analisadas 12 situações de vento agindo sobre a edificação para a determinação dos
esforços solicitantes nos diversos componentes estruturais.

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