Você está na página 1de 20

1

Análise da Estabilidade Global em Edifícios de


Alvenaria Estrutural em Blocos de Concreto
Utilizando o Sistema Simplificado de Paredes
Isoladas

PANSAN, Leandro S., JACINTHO, Ana Elisabete P.G.A., CARNIO,


Marco A., FORTI, Nadia C. S., PIMENTEL, Lia L.

RESUMO
O presente trabalho compreende a análise e aplicação dos efeitos de
segunda ordem por meio do coeficiente γ z para edifícios concebidos em
alvenaria estrutural. O estudo de um edifício real que esta em fase de projeto e
será executado na cidade de Jundiaí fundamentou o presente trabalho, em que
se avalia o parâmetro citado e sua aplicação utilizando o sistema simplificado
de paredes isoladas. Descrevendo todas as ações, propriedades geométricas e
físicas importantes, dando uma ênfase para a consideração do módulo de
elasticidade e inércia das paredes de contraventamento. Utilizou-se para a
análise dos deslocamentos horizontais uma ferramenta computacional simples
de pórticos planos o Ftool versão 2.12.

1. INTRODUÇÃO
Há poucas décadas, edifícios em alvenaria estrutural raramente
passavam de 10 pavimentos. Isso porque os materiais disponíveis e o pouco
conhecimento sobre o assunto não possibilitavam prédios mais altos.
Atualmente com a melhora dos materiais e estudos mais específicos na
área, permite-se um aumento no número de pavimentos. Com isso algumas
verificações, como a dos efeitos de 2ª ordem, tornam-se de extrema
importância não podendo deixar de serem consideradas em análise estrutural.

2. PARÂMETRO γ z
A estrutura de um edifício submetida a ações horizontais e verticais
simultaneamente, sofre acréscimos de segunda ordem, dos quais podem ser
avaliados e estimados de forma aproximada e segura utilizando o parâmetro γ z
descrito no item 15.5.3 da norma NBR6118:2014 que descreve a equação 1:
2

1
γ z=
∆ M tot ,d
1−
M 1 ,tot , d
(1)

Onde:
M 1 ,tot ,d é o chamado momento de tombamento, ou seja, o momento
ocasionado pelos efeitos de primeira ordem, quando a estrutura recebe a ação
horizontal e se deforma inicialmente.
∆ M tot , d é o momento gerado pelo carregamento vertical
multiplicado pelo seu braço proveniente da deformação horizontal sofrida após
o surgimento da ação horizontal, também conhecido como efeito de segunda
ordem.
Esse parâmetro, idealizado por Franco e Vasconcelos (1991) tem
grande vantagem se comparado aos outros parâmetros, pois além de verificar
a necessidade da consideração dos efeitos de segunda ordem ele também
estima o acréscimo de esforços decorrente desses efeitos.

3. PROPRIEDADES FÍSICAS E GEOMÉTRICAS


Módulo de elasticidade longitudinal
De acordo com a NBR15961-1:2011 item 6.2.1, para o cálculo dos
elementos de alvenaria, admite-se como módulo de elasticidade longitudinal
(E) o valor visto na equação 2:
E=800 ∙ fpk (2)

Com seu valor Máximo de 16 GPa.


Como podemos ver o valor do módulo de elasticidade é diretamente
proporcional à resistência característica do prisma, com isso, pontos onde a
alvenaria estiver grauteada ela terá um módulo (E) maior do que onde os
blocos se encontram ocos, assim o módulo de deformação vai variar ao longo
de uma parede que tenha pontos cheios e ocos.
Para definir um módulo de elasticidade mais próximo do real e de forma
simplificada utiliza-se o do prisma oco, porém a inércia usada no cálculo da
deformação horizontal não é mais a inércia real das paredes e sim uma
3

equivalente, obtida multiplicando-se por dois a dimensão da base da seção


onde os blocos encontram-se cheios (Figura 1).

Figura 1 Parede real e parede equivalente.

Deformação de uma barra


Da Resistência dos Materiais tem-se a equação 3 para a determinação
do deslocamento (∆ i) na extremidade de uma barra engastada na base e livre
no topo:
F ∙ l3
∆ i=
3∙ E ∙ I (3)
Onde:
∆i é a deformação na extremidade de uma barra engastada
F é a força exercida no topo da parede
l é a altura da parede
E é o módulo de elasticidade longitudinal do material que compõe a
parede (equação 2)
4

I é a inércia da seção da parede (equivalente)


O fpk é sempre o do prisma oco mesmo havendo pontos grauteados.
A norma NBR15961-1:2011 estabelece ainda que aberturas cuja maior
1
dimensão seja menor que do menor valor entre a altura e o comprimento da
6
parede analisada podem ser desconsideradas para efeitos de limitador da
interação.

4. CONSIDERAÇÃO DE ABAS EM PAINÉIS DE


CONTRAVENTAMENTO
Correia e Ramalho (2003) descrevem que para uma correta
consideração da rigidez dos painéis e contraventamento é recomendável que
seja feita a consideração das abas. Estas abas são trechos das paredes
transversais ligados ao painel. Esta ligação deve ser feita através da
amarração entre os blocos ou com um meio eficiente, comprovado com
ensaios. A NBR15961-1:2011 limita o comprimento destas abas como sendo:
b f ≤6 t (6)
Onde t é a espessura da parede

Figura 2 Comprimento das abas.

5. CARREGAMENTO VERTICAL E FORÇA HORIZONTAL


Forças horizontais
As forças horizontais nas edificações têm como principal agente
causador de seus efeitos o vento, para levar em conta esta ação deve-se
utilizar o procedimento descrito na norma NBR 6123:1988.
5

Também se leva em consideração como ação horizontal, uma força


equivalente gerada pelo desaprumo, item 8.3.2.2 da NBR 15961-1:2011,
descrito a seguir.
“Para edifícios de andares múltiplos deve ser considerado um
desaprumo global, através do ângulo de desaprumo ө a, em radianos.” Figura 3.

Figura 3 Ângulo de desaprumo (Fonte: NBR 15961-1/2011).


1 1 (7)
ө a= ≤
100 √ H 40 H

Onde:
H é a altura total da edificação em metros.
Parsekian (2012) comenta que o ângulo de desaprumo fica limitado ao
máximo erro permitido para execução do edifício. Para construções em
alvenaria estrutural se admite um erro máximo de desaprumo igual a 0,025m
no topo do edifício. Nesse caso, o valor de ө a fica limitado a:
0,025 1 (8)
ou
H 40 H

No item 8.2 da NBR 15961-1:2011 é exigido que as ações vento,


desaprumo e outras ações significativas sejam analisadas de forma que
resultem no caso mais desfavorável. Sendo assim a força do vento devera ser
somada a uma força equivalente gerada pelo desaprumo.
Essa força equivalente é desenvolvida com mais detalhes por Parsekian
(2012), porem resumidamente pode ser vista na expressão 9:
F p=P . өa (9)
Onde:
P é o carregamento vertical (acidental + permanente) de cada
pavimento.
6

7.2 Carregamento vertical


Em edificações residenciais, mais especificamente edifícios em alvenaria
estrutural os principais carregamentos a serem considerados são as cargas da
laje (permanente e acidental) e do peso próprio das paredes.
Os valores mínimos adotados para o carregamento das edificações
podem ser consultados na NBR 6120:1980.

7.3 Distribuição das forças horizontais na estrutura


Como cita Correia e Ramalho(2003) as paredes que se encontram
transversalmente à direção do vento são conhecidas como paredes
contraventadas, essas paredes recebem os esforços solicitantes que por sua
vez o transmitem para a laje.
Esta funciona como diafragma rígido transmitindo os esforços para as
paredes de contraventamento. Esse esquema pode ser visto na ver Figura 4.
Dessa forma todas as paredes de contraventamento irão receber sua
parcela de carga proporcional a sua rigidez. A mesma distribuição acontece
para a força equivalente do desaprumo ou qualquer outra força horizontal

Figura 4 Distribuição dos esforços horizontais.

6. NÃO-LINEARIDADE GEOMÉTRICA (NLG)


A não linearidade geométrica está ligada diretamente as deformações em
que a estrutura sofre ao receber seus carregamentos (verticais e horizontais)
essa não linearidade implicará em um novo esquema estático da estrutura
7

(Figura 5) que em seguida resultará em outro e assim sucessivamente, até o


ponto em que os deslocamentos seguintes se tornem desprezíveis. Para
obtermos essa convergência, Pinto(1997) fala que podemos implementar a
NLG, com maior facilidade. Por exemplo, quando se realiza uma análise
matricial, através de alterações na matriz de rigidez da estrutura.
Ainda assim, em muitos casos práticos, nem sempre é conveniente a
utilização dessa ferramenta mais sofisticada de análise. Com a intenção de
contornar esse problema, tem-se pesquisado métodos que simplifiquem essa
análise, para isso se destaca o parâmetro γz já comentado neste trabalho.

Figura 5 Atuação dos efeitos de 1ª e 2ª ordem.

7. METODOLOGIA
Para este trabalho, foi feita a análise da estabilidade global de um
edifício em alvenaria estrutural, com a ajuda de alguns sistemas
computacionais tais como: TQS, CAD/Alvest, Ftool, AutoCad, Excel.

8. ESTUDO DE CASO
Dados do edifício
O edifício analisado neste trabalho é destinado ao uso residencial.
8

A torre é constituída de 4 Sobressolos em concreto armado, 1 térreo, 17


pavimentos tipo, barrilete, caixa d’água, e cobertura em alvenaria estrutural.
Para este trabalho foi analisado o deslocamento horizontal apenas no
sentido Y (vento 90º). Para o sentido X (vento 0º) o parâmetro γzfoi obtido
através da ferramenta computacional CAD/ALVEST.
A Figura 6 mostra a planta do pavimento tipo do edifício objeto de estudo
deste trabalho.

Figura 6 Pavimento tipo.

9. CALCULO DAS AÇÕES


Carregamento vertical nas lajes (pavimento tipo)
Carga permanente
Abaixo descreve-se detalhadamente o carregamento total de 1
pavimento tipo.
Laje com espessura de 13cm e laje com 8cm de espessura;
-Peso próprio: 153,01 tf
- Revestimento: 39,75 tf
- Alvenaria de vedação: 139,13 tf
- Alvenaria estrutural (Paredes de 14 e 19 cm): 206,54 tf
- Carregamento total (carga permanente): 538,43 tf
9

Carga acidental.
- Sala, cozinha e dormitório: 46,70 tf
- Terraço:23,30 tf
- Corredor: 6,85 tf
- Carregamento total (carga acidental): 76,85 tf

Figura 7 Distribuição da sobrecarga.

11.2 Carregamento vertical nas lajes (barrilete e caixa d’água)


Abaixo será descrito de forma resumida o carregamento permanente e
acidental do barrilete e caixa d’água.
- Barrilete:
 Carregamento permanente F G ,k =17,50tf
 Coeficiente de ponderação γ g =1,40
 Carregamento acidental F Q ,k =2,80 tf
 Coeficiente de ponderação γ q =1,40
 Carregamento total (valor de calculo) P=28,42 tf
- Caixa D’água:
 Carregamento permanente F G ,k =47,90 tf
 Coeficiente de ponderação γ g =1,40
 Carregamento acidental F Q ,k =4,60 tf
 Coeficiente de ponderação γ q =1,40
 Carregamento total (valor de calculo) P=73,50 tf
10

Figura 9 Planta da caixa d’água. Figura 8 Distribuição do


carregamento total (acidental +
permanente).

11.3 Ação do vento

-V 0=45 m/s (obtida por meio de consulta ao mapa de isopletas de


velocidade);
- S1=1 (considerando terreno plano fracamente acidentado);
- S3=1 (considerando grupo 3 da norma);
- S2= (determinado por trechos considerando categoria IV, Classe C,
ilustrado na Figura 10).
Para vento a 90°, foi calculada a ação do vento de forma manual como
demonstrado a seguir.
Para o vento a 0°, foi utilizado o programa CAD/Alvest da TQS
informática Ltda.
11

Figura 10 Fator S2.


-Velocidade característica do vento (V ¿¿ k )¿
V k =V 0 ∙ S1 ∙ S2 ∙ S3 =¿ 45 ∙1 ∙ S 2 ∙ 1 (25)

-Pressão dinâmica(q)
q=0,0613 ∙ V k
2
(26)

-Determinação do coeficiente de forma (Ce)


Para o edifício será adotado vento 90° e 0º como mostra a Figura 11

Figura 11 Direção do vento 90° e 0°.


12

Para a determinação do coeficiente de forma (Ce) será adotado:


h=57,25 m; b=29,00; h=33,50 m
h 57.25 3
= =3,01→ <3,01<6
b 19 2

a 33,50 3
= =1,76 → < 1,76<2
b 19 2

3
Como 1,76 esta entre e 2 os resultados para o coeficiente de forma
2
(Ce) foram obtidos através de uma interpolação linear como recomenda a
norma, e esta ilustrado na Figura 12.

Figura 12 Distribuição do coeficiente de forma Ce .

Ce=0,80+0,60=1,40 (29)

Determinação da força (F v ) Concentrada no nível da laje de cada


pavimento.
F v =q ∙ Ce ∙ A (30)

A Tabela 1 apresenta o resumo do procedimento descrito acima.


13

Tabela 1 Velocidade característica e força vertical devido ao vento.

11.4 Desaprumo
A determinação do ângulo de desaprumo (ө a) é feito segundo
procedimento descrito no item 7.1.
Para a altura do edifício H=58,81 m, ө a=0,00130 rd
Força equivalente gerada pelo desaprumo (F p):
ө a=0,00130 rad .
P( pav . Tipo)=875,40 tf
P(barrilete)=28,42tf
P(caixa d ’ agua)=73,50 tf
F p=0,00130 P (34)

Ver Figura 13 para a distribuição da força equivalente do desaprumo.


14

Figura 13 Distribuição da força equivalente para o ângulo de desaprumo.

11.5 Força horizontal total


A força resultante do vento (F v ) mais desaprumo (F p) pode ser vista na
Tabela 2.
Tabela 2 Resumo das forças horizontais Vento + Desaprumo (valores característicos).
15

10. CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS


Na Figura 14 estão detalhadas as paredes de contraventamento do
pavimento tipo do edifício.

Figura 14 Paredes de contraventamento.

Já na Figura 15 estão as mesmas paredes da Figura 14, porem já com


suas inércias modificadas para o ajuste do modulo de elasticidade.
Ver este procedimento no item 4.1.

Figura 15 Paredes de contraventamento com já com a inércia equivalente.

As inércias das paredes da Figura 15 estão calculadas na Tabela 3


16

Tabela 3 Inércia equivalente.

Lembrando que a inércia já esta modificada para o ajuste do modulo de


elasticidade (E).
As inércias foram calculadas considerando área bruta como recomenda
o Professor Guilherme Parsekian.
11. PROPRIEDADE ELÁSTICA DA ALVENARIA
Os valores das propriedades elásticas das paredes são adotados como
indica a norma NBR15961-1:2011.

Modulo de elasticidade
O modulo de elasticidade sofrerá uma redução de 20% para a
consideração da fissuração.
E=800. fpk .0,80 (35)

O f pk utilizado é o do prisma oco como mostra a Tabela 4.


17

Tabela 4 Módulo de elasticidade.

13.2 Deformação
Fazendo uso de um programa simples de pórtico plano como o Ftool
tem-se os deslocamentos mostrados na Figura 16
Estrutura sem carregamento Estrutura carregada (vento)
(vento)
Cx. D'agua 53.87 19,14tf
Barrilete 51.78 17,74tf
17ƒPav. 48.41 26,39tf
16ƒPav. 45.58 24,25tf
15ƒPav. 42.75 24,25tf
14ƒPav. 39.92 24,25tf
13ƒPav. 37.09 22,89tf
12ƒPav. 34.26 22,89tf
Altura (m)

11ƒPav. 31.43 22,89tf


10ƒPav. 28.6 15,41tf
9ƒPav. 25.77 15,41tf
8ƒPav. 22.94 15,41tf
7ƒPav. 20.11 15,41tf
6ƒPav. 17.28 19,49tf
5ƒPav. 14.45 19,49tf
4ƒPav. 11.62 12,79tf
3ƒPav. 8.79 16,38tf
2ƒPav. 5.96 16,38tf
1ƒPav. 3.13 14,56tf

0 4 8 12 16
Deslocamento (cm)

Figura 16 Estrutura indeformada e estrutura deformada.


18

Aplicando a ação horizontal com seus valores de acordo com a Tabela 2


(vento + desaprumo) a estrutura sofrerá uma deformação horizontal como vista
na Figura 17. Após essa deformação se aplicado o carregamento vertical
calculado no item 11.4, a estrutura sofrerá um acrescimo de momento em sua
base chamado de efeitos de 2ª ordem.
Esfeitos de 2ª ordem
Esfeitos de 1ª ordem 73tf
28tf
19,14tf
17,74tf 875tf
875tf
26,39tf
875tf
24,25tf
875tf
24,25tf
875tf
24,25tf
875tf
22,89tf
875tf
22,89tf
875tf
22,89tf
875tf
15,41tf
875tf
15,41tf
875tf
15,41tf 875tf
15,41tf 875tf
19,49tf 875tf
19,49tf 875tf
12,79tf 875tf
16,38tf 875tf
16,38tf
14,56tf

10.84
12.02
13.21
14.64
15.53
2.85
3.63
4.49
5.53
6.42
7.46
8.56
9.69
M1 tot,d
ΔM tot,d
Deslocamento (cm)

Figura 17 Efeitos de 1ª e 2ª ordem.

Nas tabelas abaixo estão todos os momentos gerados na analise de 1ª e


2ª ordem.
Tabela 5 Momentos de 1ª e 2ª ordem.
19

12. DETERMINAÇÃO DO γz
Conforme Tabela 5 tem-se os seguintes valores:
∆ M tot , d=806 ; M 1tot , d=11905 .
Aplicando os valores de ∆ M tot , d e M 1tot , d na equação 36 tem-se o
seguinte valor para γz:
1 (36)
γz= =¿ 1,07
806
1−
11905

Como 1,07 < 1,10 a estrutura é considera como de nos fixos para o
vento á 90°
Para o efeito de 2ª ordem com vento a 0° o valor do parâmetro utilizado
foi obtido por meio da ferramenta computacional CAD/Alvest.
Com o valor de γz=1,15>1,10 a estrutura neste sentido é considerada
uma estrutura de nos moveis, sendo necessária a consideração dos efeitos de
2ª ordem.

13. CONCLUSÃO
Podemos concluir que as paredes de contraventamento na direção y são
suficientes para garantir a estabilidade global do edifício nessa direção,
apresentando um γz=1,07 se mantendo abaixo do limite estabelecido pela
norma de 1,10. Caracterizando assim uma estrutura de nós fixos nesta direção.
Já na direção X a edificação apresentou um γz=1,15 superando o limite
de 1,10, mas se mantendo abaixo de 1,30. Por tanto será necessário majorar
os esforços horizontais do edifício em 0,95 ∙ γz para compensar o acréscimo de
momento de 2ª ordem.
0,95 ∙1,15 ∙ F x =1,093 ∙ F x (37)
Onde:
F x = Esforços horizontais na direção x

14. BIBLIOGRAFIA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR15961 – Alvenaria
estrutural – blocos de concreto Parte 1: Projeto. Rio de Janeiro: ABNT,
2011
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR6120 – Cargas
para o calculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro: ABNT, 1980
20

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR6123 – Forças


devida ao vento em edificações. Rio de Janeiro: ABNT, 1988.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR6118 – Projeto de
estruturas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 2014.
CORRÊA, M. R. S.; RAMALHO, M. A.. Projeto de edifícios de alvenaria
estrutural. São Paulo: Pini, 2003.
FRANCO, M. e VASCONCELOS, A. C.. Pratical assesment of second order ef-
fects in tall buildings. Colloquium on the CEB-FIP MC 90 COPPE/UFRJ,
Rio de Janeiro, R.J. 1991.
MARTHA, L. F.. Análise de estruturas: Conceitos e métodos básicos. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2010 – 2° reimpressão.
PARSEKIAN, G. A.. Comportamento e dimensionamento de alvenaria
estrutural. São Carlos: Edufscar, 2012.
PINTO, R. S.. Não-linearidade física e geométrica no projeto de edifícios
usuais de concreto armado. 1997. 108f. Dissertação (Mestrado) – Escola
de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São Carlos,
1997.

Você também pode gostar