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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Engenharia

Engenharia Mecânica: 3° ano - Diurno

Estruturas Metálicas

Carga de Vento em Estruturas Metálicas

Discente:

Inácio Pedro Almeida Luís

Docente:

Engº. Ermelindo silvino

Chimoio, Agosto de 2021

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Introdução

Neste trabalho abordara se cargas do vento nas estruturas metálicas onde e ra se falar dos
factores que influenciam na aerodinâmica das estrotuira e como as sofrem pelo vento e como
evitar o desabamento de estrotura através do vento.

A acção do vento resulta da interacção de uma massa de ar em movimento com uma


superfície perpendicular à direcção do escoamento, exercendo uma pressão sobre as
superfícies exteriores das construções. No caso de construções fechadas, as pressões atuam
também indirectamente sobre as superfícies interiores devido à porosidade da superfície
exterior. Das pressões que atuam sobre os elementos da superfície resultam forças
perpendiculares à superfície da construção. Para a determinação dos efeitos do vento nas
estruturas é necessário ter em conta as características geométricas e dinâmicas da estrutura e a
interacção do escoamento do ar com a construção.

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Directrizes do trabalho

As seguintes directrizes determinarão o desenvolvimento do trabalho.

Questão de pesquisa

A questão de pesquisa deste trabalho é : qual a diferença na resposta da estortura metálica


autoportante esbelta quando se os resultados das analises estáticas e dinâmicas pela
metodologia proposta NBR.

Os objectivos

Os objectivos deste trabalho de pesquisa é a comparação dos esforços, em estrotura devido


aos carregamentos de vento, considerando a resposta dinâmica frenta a estática.

Determinação, por meio modal, das principais frequências naturais e modos de vibrações da
estrutura metálica.

Analise dinâmica simplificada da estrutura autoportante segunda a NBR.

Hipóteses

A hipótese do trabalho é que a resposta dinâmica aumenta 20% as solicitações de vento na


determinação dos esforços em torres ou estruturas.

Pressuposto

O trabalho tem por pressuposto que o método de determinação das estáticas devidas ao vento
e o método discreto do calculo da resposta dinâmica na direcção do vento.

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Acção do Vento nas Estruturas

Vento pode ser definido como o movimento de uma massa de ar devido às variações de
temperatura e pressão.

Essa massa de ar em movimento possui energia cinética, e apresenta inércia às mudanças do


deslocamento.

Se um corpo é colocado no fluxo do vento, e ocorre a alteração da sua trajectória, é porque


houve uma interacção de forças entre a massa de ar e a superfície do corpo.

Pode-se mostrar que essa pressão de interacção é função da forma e rugosidade do obstáculo,
e do ângulo de incidência e velocidade do vento.

A expressão da “pressão dinâmica” do vento sobre uma superfície pode ser obtida na
mecânica dos fluidos a partir da simplificação da equação do movimento para o escoamento
de um fluido sem atrito (Eq. de Euler), sendo proporcional ao quadrado da velocidade do
vento (V), à massa específica do ar e dependente ainda de outros fatores, como o ângulo de
incidência (Cp):

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P= . pcpv
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Força Estática (Equivalente) do Vento

F : força equivalente normal à superfície

Ce: coef.de forma externo Ci : coef. De forma interno

A : área do elemento plano considerada

q : pressão dinâmica

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Acção do vento em estruturas metálicas

O tópico apresentado a seguir visa o estudo das forcas devidas ao vento em estruturas
metálicas segundo a norma brasileira NBR 6123/87.

Nas estrutura metálicas, o vento atua sobre a estrutura e equipamentos instalados é o principal
carregamento. A segurança e operacionalidade destas estruturas depende directamente da
correcta determinação dos efeitos causados pelo vento. Vamos analisar asseguir como
determinar as forcas devididas ao vento nesta estruturas utilizando a norma NBR 6123-foecas
devididas ao vente em edificações.

O vento não é um problema em construções baixas e pesadas com paredes grossas, porém em
estruturas esbeltas passa a ser uma das ações mais importantes a determinar no projeto de
estruturas. As considerações para determinação das forças devidas ao vento são regidas e
calculadas de acordo com a NBR 6123/1988 “Forças devidas ao vento em edificações”.

A maioria dos acidentes ocorre em construções leves, principalmente de grandes vãos livres,
tais como hangares, pavilhões de feiras e de exposições, pavilhões industriais, coberturas de
estádios, ginásios cobertos. Ensaios em túneis de vento mostram que o máximo de sução
média aparece em coberturas com inclinação entre 80 e 120, para certas proporções da
construção, exactamente as inclinações de uso corrente na arquitectura em um grande número
de construções.

As principais causas dos acidentes devidos ao vento são:

a) Falta de ancoragem de terças;

b) Contraventamento insuficiente de estruturas de cobertura;

c) Fundações inadequadas;

d) Paredes inadequadas;

e) Deformabilidade excessiva da edificação.

Muitos casos não são considerados dentro da NBR 6123, porém quando a edificação, seja por
suas dimensões e ou forma, provoque perturbações importantes no escoamento ou por
obstáculos na sua vizinhança, deve-se recorrer a ensaios em túnel de vento, onde possam ser
simuladas as características do vento natural.

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É importante definir alguns dos aspectos que regem as forças devidas ao vento, antes de
passar a seu cálculo. O vento é produzido por diferenças de temperatura de massas de ar na
atmosfera, o caso mais fácil de identificar é quando uma frente fria chega na área e choca-se
com o ar quente produzindo vento, esse tipo de fenômeno pode ser observado antes do início
de uma chuva. Define-se o termo barlavento com sendo a região de onde sopra o vento (em
relação a edificação), e sotavento a região oposta àquela de onde sopra o vento (veja-se Fig.
3.1). Quando o vento sopra sobre uma superfície existe uma sobrepressão (sinal positivo),
porem em alguns casos pode acontecer o contrário, ou seja existir sucção (sinal negativo)
sobre a superfície. O vento sempre atua perpendicularmente a superfície que obstrói sua
passagem.

Definições básicas do vento

Os cálculos são determinados a partir de velocidades básicas determinadas experimentalmente


em torres de medição de ventos, e de acordo com a NBR6123 a 10 metros de altura, em
campo aberto e plano. A velocidade básica do vento é uma rajada de três segundos de
duração, que ultrapassa em média esse valor uma vez em 50 anos, e se define por V0.

Determinação da pressão dinâmica ou de obstrução

A Velocidade característica Vk : é a velocidade usada em projeto, sendo que são considerados


os fatores topográficos (S1), influência da rugosidade(obstáculos no entorno da edificação) e
dimensões da edificação (S2) e o fator de uso da edificação (que considera a vida útil e o tipo
de uso). A velocidade característica pode ser expressa como:

V k =V 0 . S1 . S 2 . S 3

Onde:

Vo: velocidade básica

S1: factor topográfico

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S2: factor de rugosidade e dimensões da edificação

S3: factor estatístico

Os valores do factor S1 podem tomar os seguintes valores:

a) Terreno plano ou quase plano:


b) S1 = 1,0 b) Taludes e morros (veja-se NBR6123/1988)
c) c) Vales protegidos: S1 = 0,9

S2 é determinado definindo uma categoria (rugosidade do terreno) e uma classe de acordo


com as dimensões da edificação. As categorias são definidas, de acordo com a NBR6123, na
Tab. 1.

Tabela 1 –Definição de categorias para determinação do coeficiente S2

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As classes definem-se através das dimensões da edificação de acordo com a Tab. 2.

Tabela 2 – definição de classes de edificação para determinação de S2

O cálculo de S2 é expresso por:

S2 = b.Fr(z/10)p

onde z é a altura total da edificação(no caso, a cumeeira) e os parâmetros b, Fr e p são obtidos


da Tab. 3.

O fator estatístico S3 é definido dependendo do uso da edificação, e normalmente


especificando a vida útil da mesma para 50 anos. Os valores mínimos que podem ser adotados
estão definidos na Tab. 4.

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Tabela 4 – valores mínimos para o coeficiente S3

A pressão dinâmica ou de obstrução do vento, em condições normais de pressão (1 Atm =


101320MPa) e temperatura a 150, é dada pela expressão:

q = 0,613Vk2 (N/m2)

Determinação das forças estáticas devidas ao vento

A força devido ao vento depende da diferença de pressão nas faces opostas da parte da
edificação em estudo (coeficientes aerodinâmicos). A NBR6123 permite calcular as forças a
partir de coeficientes de pressão ou coeficientes de força. Os coeficientes de forma têm
valores definidos para diferentes tipos de construção na NBR6123, que foram obtidos através
de estudos experimentais em túneis de vento. A força devida ao vento através dos coeficientes
de forma pode ser expressa por:

F = (Cpe – Cpi) q A

Onde:

Cpe e Cpi são os coeficientes de pressão de acordo com as dimensões geométricas da


edificação, q é a pressão dinâmica obtida de acordo com o item 3.2 e A a área frontal ou
perpendicular a atuação do vento. Valores positivos dos coeficientes de forma ou pressão
externo ou interno correspondem a sobrepressões, e valores negativos correspondem a suções.

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A força global do vento sobre uma edificação ou parte dela (Fg) é obtida pela soma vetorial
das forças que aí atuam. A força global na direção do vento (Fa), é expressa por:

Fa= Ca q Ae

onde

Ca = coeficiente de arrasto (coeficiente de força) Ae = área frontal efectiva

Descrição da força devida ao vento numa superfície

Coeficientes de Pressão e Forma Aerodinâmicos

Ao incidir sobre uma edificação, o vento, devido a sua natureza, provoca pressões ou sucções.
Essas sobrepressões ou sucções são apresentadas em forma de tabelas na NBR6123, assim
como em normas estrangeiras, e dependem exclusivamente da forma e da proporção da
construção e da localização das aberturas. Um exemplo simples seria aquele do vento
atingindo perpendicularmente um a placa plana, veja-se Fig. 3.4, na qual a face de barlavento,
o coeficiente de pressão na zona central chega a +1,0, decrescendo para as bordas, e é
constante e igual a 0,5 na face a sotavento; assim sendo, esta placa estaria sujeita a uma
pressão total, na zona central, de Cp= 1,0 – (-0,5) = 1,5.

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Placa plana sujeita a vento perpendicular

Os coeficientes de pressão externa têm valores definidos para paredes para prédios com base
retangular, telhados a uma ou duas águas com base retangular, telhados em arco com base
retangular e outros. Para edificações que não constam na NBR6123, ou não podem ser
extrapoladas a partir dos dados nela expressa, recomenda-se que sejam realizados ensaios em
túnel de vento para determinar os valores de coeficientes de pressão externos.

A própria NBR6123 apresenta para edificações com paredes internas permeáveis, valores que
podem ser adotados para o coeficiente de pressão interna:

(a) duas faces opostas igualmente permeáveis; as outras duas impermeáveis:

- Vento perpendicular a uma face permeável Cpi= +0,2 - Vento perpendicular a uma face
impermeável Cpi= -0,3

(b) Quatro faces igualmente permeáveis Cpi = -0,3 ou 0, deve-se considerar o valor mais
nocivo.

Nenhuma das faces poderá ter índice de permeabilidade maior que 30%, para poder usar as
considerações acima expostas.

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Coeficiente de arrasto Ca

Usado principalmente na avaliação da força global na estrutura, sendo determinado conforme


item 6.3 da NBR6123 e pode variar de: 0,7 ≤ Ca ≤ 2,2, dependendo da forma da edificação.
A força de arrasto é dada por:

Fa = Ca q Ao ,

onde: À = área de referência.

Coeficiente de atrito Cf

Em determinadas obras deve ser considerada a força de atrito representada por: F’ = Cf A q,


onde 0,01 ≤ Cf ≤ 0,04

Esta força é usada para edificações com l/h > 4 ou l1/l2 >4, sendo definida no item 6.4 d
NB6123.

Efeitos Dinâmicos e Edificações Esbeltas e Flexíveis

Os efeitos do vento são de caracter dinâmico, porém na maioria das construções esses efeitos
podem ser substituídos por ações estáticas equivalentes. Em edificações esbeltas e flexíveis,
principalmente aquelas com baixas freqüências naturais de vibração

(f < 1,0 Hz), os efeitos dinâmicos devem ser considerados. A seguir apresentam-se de maneira
sucinta alguns dos possíveis efeitos dinâmicos devidos ao vento.

Desprendimento de vórtices

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Efeitos de Golpe

Galope : movimento da edificação e forma. Maiores que os dos vórtices.

Drapejamento : acoplamento de vibrações em diferentes graus de liberdade. Ocorre em


estruturas esbeltas (seção alongada).

Força de arrasto na direcção do vento ( F a)

A forca de arrasto na direcção do vento é uma força estática obtida por :

F a=C a .q . A ɛ

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Onde: C aé o coeficiente de arrastamento, q é a pressão dinâmica do vento e , A ɛ é a área
frontal efectiva . A área frontal efectiva corresponde a área de projecção ortogonal da
estrotura sobre um plano perpendicular a direcção do vento.

Pressão dinâmica do vento (q)

A pressão dinâmica de vento, em N/m2, é obtida pela expressão:

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q=0,6123. V k

Onde: V 2k é a velocidade característica do vento em m/s.

Velocidade característica do vento (V 2k )


A velocidade característica do vento (V k ) é a velocidade do vento que actua sobre uma
determinação parte da estrutura. Dependem da altura em relação ao solo, da rugosidade do
terreno, das variações do relevo e das dimensões e do grau de segurança da estrutura. É obtida
através da expressão: V k =V 0 . S1 . S 2 . S 3

Onde: S1 é o factor topográfico, S2 é o factor que considera a rugosidade do terreno ,


dimensões da estrotura e altura sobre o terreno , e S3 é factor estático.

Velocidade básica do vento (V 0)

A velocidade básica do vento, V 0 e a velocidade de uma rajada de 3s, exercida em media uma
vez em 50 anos, 10 m acima do terreno em campo aberto e plano. Admitie –se que o vento
básico pode soprar em qualquer direcção horizontal.

Factor topografico ( S1)

O factor topográfico leva em consideração as variações do relevo do terreno e é determinado


do segunte modo:

Terreno plano ou fracmente acidentado: S1=1,0

Taludes e morros: ver item 5.2 da norma S1 ≥1.0

Vales profundos, protegidos de vente de qualquer direcção: S1=0.9

Factor S2
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Factor S2 Considera o efeito combinado da rigorosidade do terreno, da variação da velocidade
do vento com a altura acima do terreno e das dimensões da edificação. Para determinar estes
factores é necessário classificar o terreno em relação a sua rugosidade e a estrutura em relação
as suas dimensões.

Categorias de rugosidade do terreno:

Primeira categoria-superfície lisas de grandes dimensões, com mais de 5 km de extensão, na


direcção e sentido do vento incidente. Ex: Mar calmo, lagos e rios, pradarias fazendas sem
sebes.

Segunda categoria- terrenos abertos em nível ou aproximadamente em nível, com poucos


obstáculos isolados, tais como árvores , e edificações baixa. Ex: zonas costeiras planas,
pântanos.

Terceira categoria- terrenos planos ou com ondulados, tais como sabes ou muros, poucos
quebra-vento de árvores, edificações baixas e esparsas. Ex: granjas,e casa de campo.

Classes de edificações seus elementos:

Clasee A: todas as unidades de ventilação, seus elementos de fixação e pecas individuais de


estroturas sem vedação. Toda edificação na qual a maior dimensão horizontal ou vertical não
excede20 m,.

Classe B: toda edificação ou parte de edificação para a qual a maior dimensão horizontal vou
vertical esteja 20 a 50 m .

Classe C: toda edificação ou parte de edificação para a qual dimensões horizontal ou vertical
da superfície frontal excedsa 50 m.

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Conclusão

Após a realização do trabalho eu como pesquisador estudante, conclui que as estruturas


metálicas vais leves sofrem facilmente pela acção do vento e as estruturas com uma altura
acima do normal podem se deformar mudando a sua estrutura física. Tambem quanto oco a
estrotura esteja mais fácil se deformar é , então ao motar uma estrotura temos que ter em
considerações a sua aerodinâmica e a resistência a flexão e torção e o ambiente o qual sera
montado .

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Referências bibliográfica

 Pfeil, W. estruturas de aço . 8 ed.


 Pinheiro, A. Cálculos detalhes exercícios e projectos. 2ed. Lisboa
 Projectos da engenharia. 3ed

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