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horizontais
1) Generalidades
- As cargas horizontais atuam sobre as paredes externas,
ocasionando nestes painéis esforços de flexão. O pavimento
(laje), considerado como diafragma rígido, transmite por
cisalhamento tais ações horizontais para as demais paredes
internas dispostas na direção das cargas. Em outras palavras, a
laje transmite as paredes a ela conectadas a mesma deformação.
Os esforços em cada parede vão, então, ser proporcionais às
rigidezes das mesmas. Tal conjunto de paredes corresponde ao
sistema de contraventamento da edificação na direção
investigada.
Fonte: Roman
- É importante assegurar ligação entre cada painel de laje, por
exemplo, adicionar armação nas capas de concreto de lajes pré-
moldadas. As armaduras são dispostas sobre as paredes de apoio
do painel de laje.
M = Δ P . dhp = Δ P . θa . hp = Fd . hp
Fonte: Ramalho
2.2) Cargas devido à ação do vento
Aplica-se a NBR 6123. O ponto de partida é a velocidade básica do
vento V0 , obtida a partir de coleta de dados de rajadas de vento a
10 m acima do terreno, em campo aberto e plano. A velocidade
básica V0 é aquela que tem 63% de chances de ser excedida em
média uma vez a cada 50 anos. Na NBR 6123, a velocidade V 0 é
apresentada em um gráfico (valores em m/s), em função das
regiões do país.
S1 – fator topográfico:
- em terreno pouco acidentado S1 = 1,0
- em vales profundos protegidos de vento S1 = 0,9
- em taludes e morros:
Obs: o valor S1(z) é calculado
para o ponto B
Uma maior dimensão requer uma rajada de vento mais longa de modo a
ocorrer a completa distribuição do vento na área lateral. Notar que é mais
fácil ocorrer rajadas curtas com maior intensidade do que rajadas longas.
Assim, a classe A deve ter velocidade característica maior que a classe B e
esta maior que a Classe C.
- O outro fator é a rugosidade do terreno. Quanto mais obstáculos, menor a
velocidade do vento que atinge a edificação.
Categoria I Superfícies lisas extensas (mar calmo, lagos)
Categoria II Terrenos abertos em nível com poucos obstáculos (zonas costeiras, campos)
Categoria III Terrenos planos ou ondulados com obstáculos < 3 m (subúrbios com casas)
Categoria IV Zona urbanizada com obstáculos de altura média 10 m (parques, cidades)
Categoria V Obstáculos numerosos, altos e pouco espaçados (centro de cidades)
- A partir destes parâmetros, tem-se a seguinte expressão para o fator S 2:
S2 = b . Fr . (z/10)p
b , p – parâmetros
Fr – fator de rajada, usando sempre o definido para a Categoria II
z – altura do ponto onde se quer calcular a velocidade do vento, em m (na
Tabela, zg representa a máxima altura aplicável em cada Categoria).
Obs: notar que a velocidade básica V0 foi registrada para 10 m de altura, com rajada
de 3 s (Classe A) e em campo aberto (Categoria II), correspondendo na Tabela ao
valor S2 = 1,0
- Após o cálculo da velocidade característica do vento, em prédios de plantas
razoavelmente retangulares, determina-se a força de arrasto, com direção
perpendicular à fachada. Este cálculo é feito para cada direção, sendo a força
calculada em cada pavimento, ao nível de cada laje.
- Inicialmente, determina-se a pressão de vento q, para cada altura z em cada
pavimento:
q = 0,613 (Vk)2
onde q é obtido em N/m2 para Vk fornecido em m/s.
- A partir da pressão q, obtem-se a força de arrasto Fa:
Fa = Ca q A
Onde A é a área da projeção ortogonal da fachada onde incide o vento
(usualmente altura x largura do pavimento), e Ca é o coeficiente de arrasto.
- O coeficiente de arrasto Ca é usualmente obtido para vento
considerado de baixa turbulência, que possui direção bem
definida, com poucos vórtices e valor do coeficiente Ca
maior que o produzido por vento de alta turbulência.