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Vk S1 S 2 S 3V0 q 0,613Vk2
q em N/m2 e V0 em m/s
FATOR TOPOGRÁFICO S1
O fator topográfico S1 leva em consideração a influências das variações do relevo sobre
a velocidade do escoamento. Considerando as linhas de corrente do escoamento
indicadas no desenho abaixo, quanto mais próximas elas se tornam, maior a
velocidade, pois se a vazão de ar é constante, quando há um estreitamento da seção
transversal de escoamento (morro ou talude), a velocidade deverá aumentar para
manter escoamento (volume de ar por segundo). A zona cinza indica a área de
alteração significativa do escoamento. A perturbação no campo de velocidades diminui
coma altura e com a distância a partir do topo do morro ou crista do talude.
O fator S1 é determinado do seguinte
modo:
a) Terreno plano ou fracamente
acidentado: S1 = 1,0
b) Vales profundos, protegidos de
ventos de qualquer direção: S1 = OBS: Com vento no sentido contrário (morro abaixo)
as linhas de corrente se afastam entre si, indicando
0,9 diminuição de velocidade, sendo portanto uma
situação mais favorável que a anterior. Poir isso a
norma não faz menção a ela.
FATOR TOPOGRÁFICO S1
c) Taludes e morros alongados nos quais pode ser admitido um fluxo de ar
bidimensional soprando morro ou talude acima:
No pé de morros ou taludes (A) e a uma distância igual a 4 vezes a altura do
talude, a partir da crista, no topo do talude (C): S1 = 1,0
B
No topo de morros ou na crista de taludes (B)
d
q 3o S1 ( z ) 1,0 A q
z
6 o q 17 o S1 ( z ) 1,0 2,5 tg (q 3o ) 1,0
d
B C
z
q 45o S1 ( z ) 1,0 0,31 2,5 1,0
d d
4d
A q
Interpolar linearmente para 3 q 6 e 17 q 45 o o o o
S2 bFr
sendo que o Fator de Rajada Fr é sempre 10
correspondente à Categoria II. A expressão
pode ser utilizada até a altura zg que define o
contorno superior da camada atmosférica.
FATOR ESTATÍSTICO S3
Considera o grau de segurança requerido e a vida útil da edificação. A classificação é feita em 5
Grupos:
1. Edifícios cuja ruína total ou parcial pode afetar a segurança ou possibilidade de socorro a
pessoas após uma tempestade destrutiva (hospitais, quartéis de bombeiros e de forças de
segurança, centrais de comunicação) : S3 = 1,10
2. Edificações para hotéis e residências. Edificações para comércio e indústria com alto fator de
ocupação: S3 = 1,00
3. Edificações e instalações industriais com baixo fator de ocupação: S3 = 0,95
4. Vedações (telhas, vidros, painéis de vedação) de edificações dos Grupos 1 a 3: S 3 = 0,88
5. Edificações temporárias ou estruturas dos Grupos 1 a 3 durante a construção: S3 = 0,83
Obs.: Uma elemento de vedação, mesmo de uma edificação de importância, é considerado como
sendo apenas um elemento de vedação. Na análise de uma telha de um hospital, o valor S3 a ser
utilizado é 0,88. O valor de 1,10 é utilizado para a edificação como um todos ou componentes
principais.
Exemplos de cálculo da pressão dinâmica (q)
1. Celeiro de dimensões 16m x 32m, (em planta), altura de 6,5m, no interior da Bahia, na crista de um talude de inclinação15 o
e altura total de 30m em fazenda com poucas edificações.
Pelo mapa de isopletas, Vo = 30 m/s
S1 (6,5m) = 1,0 + (2,5-6,5/30) tg(15o-3o) = 1,49
S2 (categoria III, classe B, z = 6,5m) = (0,92-0,86)*1,5/5,0+0,86 = 0,88
S3 (Grupo 3) = 0,95
Vk = 1,49 x 0,88 x 0,95 x 30 = 37,37 m/s
q = 0,613 x 37,372 = 856 N/m2
2. Hospital de dimensões 36m x 66m, (em planta), altura de 27m, no centro de Porto Alegre, em região plana.
Pelo mapa de isopletas, Vo = 45 m/s
S1 = 1,00
S2 (categoria V, classe C, z = 27,0 m) = (0,82-0,76)*7/10+0,76 = 0,80
S3 (Grupo 1) = 1,10
Vk = 1,00 x 0,80 x 1,10 x 45 = 39,6 m/s
q = 0,613 x 39,62 = 961 N/m2
3. Telha de fibrocimento de 1,10 x 1,80m em telhado a 9 m de altura de um quartel do corpo de bombeiros em um subúrbio
de Curitiba, situado a 42 m da crista de um talude de inclinação 25 o e altura total de 23 m.
Pelo mapa de isopletas, Vo = 41 m/s
S1 (9m, na crista, q = 17o) = 1,0 + (2,5-9/23) tg(17o-3o) = 1,53
S1 (9m, na crista, q = 45o) = 1,0 + (2,5-9/23) 0,31 = 1,65
S1 (9m, na crista, q = 25o) = (1,65-1,53)*8o/28o + 1,53 = 1,56
S1 (9m, a 42 m da crista, q = 25o) = (1,00-1,56)*42/(4*23)+1,56 = 1,30
S2 (categoria IV, classe A, z = 9 m) = (0,86-0,79)*4/5+0,79 = 0,85
S3 (Grupo 4) = 0,88
Vk = 1,30 x 0,85 x 0,88 x 41 = 39,87 m/s
q = 0,613 x 39,872 = 974 N/m2
COEFICIENTES DE PRESSÃO (cpe) E DE FORMA (Ce)
Como a força do vento depende da diferença de pressão nas faces opostas da parte da DP DPe DPi
DP c pe c pi q
edificação em estudo, os coeficientes de pressão são dados para superfícies externas e
internas. A pressão efetiva DP em um ponto da superfície da edificação é dada pelas
expressões ao lado, onde DPe é a pressão efetiva externa, DPi é a pressão efetiva c pe DPe / q
interna, cpe é o coeficiente de pressão externo e cpi o interno.
c pi DPi / q
Valores positivos de DP correspondem a sobrepressões, e valores negativos a sucções.
e F F F
i
A força do vento sobre um elemento plano de área A da edificação atua em direção
perpendicular ao mesmo, sendo dada pelas expressões ao lado, onde Fe é a força F Ce Ci qA
externa à edificação, agindo na superfície plana de área A, Fi a força interna, Ce é o Ce Fe /(qA)
coeficiente de forma externo e Ci o interno. Ci Fi /(qA)
O coeficiente de pressão está relacionado a ação puntual do vento, e o coeficiente de forma à ação média
sobre todo o elemento considerado. A norma considera a pressão interna uniformemente distribuída no
interior da edificação, de forma que o coeficiente de pressão interno é igual ao coeficiente de forma interno (cpi
= Ci).
Os coeficientes cpe junto às arestas de paredes e telhados devem ser utilizados somente para o
dimensionamento, verificação e ancoragem de elementos de vedação e da estrutura secundária (ex. caibros e
ripas, telhas, painéis,etc.), casos em que deverá ser utilizado o fator S2 correspondente à classe A.
Para o cálculo de peças estruturais principais dever ser utilizado o fator S2 correspondente à classe A, B ou C,
com o valor de Ce aplicável à zona em que se situa a respectiva peça estrutural.
COEFICIENTES DE PRESSÃO (cpe) E DE FORMA (Ce)
O vento atuando em uma certa direção sobre uma
edificação de planta retangular provoca sobrepressão
(Ce+) na fachada de barlavento (a voltada para a direção
de onde o vento vem) e sucção (Ce-) na fachada de
sotavento (voltada para a direção para onde o vento vai).
Nas fachadas laterais, paralelas ao vento, ocorrem Vento
sucções, com uma maior intensidade junto à barlavento,
diminuindo progressivamente em direção a sotavento.
A NBR6123:1988 aproxima essa variação na sucção em 2 Ce(+) Ce(-)
ou 3 trechos de pressão uniforme, conforme a fachada Ce(-)
Ce(-)
paralela ao vento seja a maior ou a menor dimensão em Ce(-)
planta. cpe (-)
Picos de sucção extrema ocorrem nas faces paralelas ao vento junto a barlavento. Esses picos são
igualmente tratados pela NBR6123:1988 como um trecho de pressão uniformemente distribuída (nas
regiões hachuradas da Tabela 4 da norma) e devem ser usada não para ao dimensionamento da
estrutura principal ou da própria edificação, mas somente de componentes estruturais, de vedação
ou ancoragens localizados nessa região.
COEFICIENTES DE PRESSÃO (cpe) E DE FORMA (Ce) em paredes
.
COEFICIENTE DE ARRASTO (Ca)
A força atuante em cada superfície é dada por
dF = Ce.q.dA
sempre ortogonal à superfície considerada. Essas forças
variam com a posição em planta na edificação e com a
altura, uma vez que a Pressão Dinâmica do Vento varia Vento
com altura através do seu coeficiente S2.
A integral sobre toda a superfície da edificação das
componentes das forças em cada ponto na direção do Ce(+) Ce(-)
Ce(-)
vento incidente dá a força total exercida pelo vento sobre Ce(-)
a edificação naquela direção, chamada de Força de Ce(-)
Arrasto. cpe (-)