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CURSO DE

ESPECIALIZAÇÃO EM
ESTRUTURAS DE
CONCRETO E FUNDAÇÕES
Módulo 1 Capítulo 3
3.2 TIPOS DE FLEXÃO LIVRO página 112

CAPÍTULO 3 CÁLCULO DA ARMADURA DE FLEXÃO

3.2 TIPOS DE FLEXÃO

Flexão normal Flexão oblíqua

Flexão Simples Flexão composta:

Flexão pura: : Flexão não pura:

Nas Lajes e vigas, geralmente o esforço normal é desprezível (exceção às vigas


protendidas) e, dessa forma, inicialmente irá se considerar apenas a flexão
normal, simples e pura, em que N = 0 e V = 0.
3.3 PROCESSO DE COLAPSO DE SEÇÕES DE
VIGAS SOB TENSÕES NORMAIS PÁG. 113e 114

Após a observação das tensões na seção central


pode-se definir os Estádios
c c
Rc Rc c
Rc

d M
M>M r Mu
As zI z II z III
Rc,t
Rs Rs Rs

b ESTÁDIO I
ESTÁDIO II ESTÁDIO III

Estádio I Estádio II Estádio III


Pode-se dizer, simplificadamente, que:
Estádios I e II  correspondem às situações de serviço (quando atuam as ações reais);
Estádio III  corresponde ao estado limite último (ações majoradas, resistências minoradas), que só
ocorre em situações extremas.
O cálculo de dimensionamento das estruturas de concreto armado será feito no estado limite último ( III)
pag 115

3.4 HIPÓTESES BÁSICAS PARA O CÁLCULO


As seções transversais permanecem planas após o início da deformação até o
estado limite último; as deformações são, em cada ponto, proporcionais à sua
distância até a linha neutra da seção (hipótese de Bernoulli).

Solidariedade dos materiais: admite-se solidariedade perfeita entre o concreto


e a armadura; dessa forma, a deformação específica de uma barra da
armadura, em tração ou compressão, é igual à deformação específica do
concreto adjacente.

As tensões de tração no concreto, normais à seção transversal, devem ser


desprezadas no ELU.

A ruína da seção transversal (peça sob ações majoradas e materiais com


resistências minoradas fcd e fyd) para qualquer tipo de flexão no estado limite
último fica caracterizada pelas deformações específicas de cálculo do concreto
(c) na fibra menos tracionada e do aço (s) próxima à borda mais tracionada,
que atingem (uma delas ou ambas)
domínios de deformação
Página 41

para concretos de classes até C50:


c2 = 2,00/00;u cu = 3,50/00

para concretos de classes de C50 até C90:


c2 = 20/00 + 0,0850/00.(fck - 50)0,53;  cu = 2,60/00 + 350/00.[(90 - fck)/100]4
pág 117

Diagramas de tensões no concreto no estado limite


último para concretos até a classe C50.
Páginas 117 E 118 CASO GERAL
VISTA VISTA DEFORMAÇÕES TENSÃO
LATERAL FRONTAL
c - c c f cd Fc
y= x x
c
hd Md y= x z
As Fs
s
s c s
bw
As

y  x   0,8 para f ck  500 MPa


  0,8  (f ck  50) / 400 para f ck  50 MPa (fck em MPa)
A tensão atuante pode ser admitida constante até a profundidade y e tomada igual a:

 no caso da largura da seção, medida paralelamente à linha neutra, não diminuir a


partir desta para a borda comprimida;
 para concretos de classes até C50:
c  f cd c  0,85
 no caso contrário
 para concretos de classes de C50 até C90:
 c  0,85  [1,0  (f ck  50) / 200]
0,9   c  f cd
pág 119
Observa-se que tensão de compressão do concreto, adotada no diagrama, é de 0,8 ou 0,85 de
fcd no caso dos concretos de classes até C50, ou c e 0,9   c para os concretos de classes TENSÃO

C50 a C90. Porque uma nova redução do valor da resistência, uma vez que fcd já é uma f cd Fc
redução de fck ( f cd  f ck 1,4 )? Há três motivos:
y= x z
Há três motivos: Fs

O primeiro diz respeito ao modo como é obtido o valor de fck: o


ensaio é feito com um corpo de prova cilíndrico,
O segundo motivo é que o concreto tem uma resistência maior para
cargas aplicadas rapidamente, Efeito Rusche

A terceira razão, como já destacado, é que o


concreto
aumenta de resistência com a idade

. A primeira parcela 0,95 é devida ao fato de a resistência ser obtida com ensaios de
corpos de prova; a segunda 0,75 considera o efeito Rusch e a terceira 1,2 leva em conta
o ganho de resistência dos concretos após os 28 dias de idade
3.5 DEFINIÇÕES E NOMENCLATURA
PÁG. 119

3.5 DEFINIÇÕES E NOMENCLATURA


Antes de apresentar toda a teoria que possibilita o dimensionamento das peças de concreto armado, é
conveniente repetir as principais definições e nomenclatura das grandezas envolvidas no cálculo, empregadas pela
NBR 6118: 2003 e pela maioria das normas internacionais.
d  altura útil: distância entre o centro de gravidade da armadura longitudinal tracionada até a fibra
mais comprimida de concreto.
d  distância entre o centro de gravidade da armadura transversal comprimida e a face mais próxima
do elemento estrutural (fibra mais comprimida de concreto).
MSd  momento fletor solicitante de cálculo na seção(na continuação será chamado apenas de Md): no
dimensionamento, quando há um só tipo de carga acidental, é obtido multiplicando o momento
em serviço (atuante) pelo coeficiente de ponderação f. No caso geral usa-se a expressão 1.23.
(checar)
MRd  momento fletor resistente de cálculo (calculado com fcd e fyd): máximo momento fletor que a
seção pode resistir (deve-se ter sempre MSd  MRd).
bw  largura da seção transversal de vigas de seção retangular ou da nervura (parte mais estreita da
seção transversal), também chamada de alma, das vigas de seção em forma de T.

h  altura total da seção transversal de uma peça.


z  braço de alavanca: distância entre o ponto de aplicação da resultante das tensões normais de
compressão no concreto e da resultante das tensões normais de tração no aço (distância entre o
centro de gravidade da armadura de tração e o centro de gravidade da região comprimida de
concreto).
x  altura (profundidade) da linha neutra: distância da borda mais comprimida do concreto ao ponto
que tem deformação e tensão nulas (distância da linha neutra ao ponto de maior encurtamento da
seção transversal de uma peça fletida).
y  altura da linha neutra convencional: altura do diagrama retangular de tensões de compressão no
concreto, na seção transversal de uma peça fletida; é uma idealização que simplifica o
equacionamento do problema e conduz a resultados bem próximos daqueles que seriam obtidos
com o diagrama parábola-retângulo (y = 0,8x, Figura 3.4).
página 121
3.6 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA SEÇÃO TRANSVERSAL (página 121)

Geral

Até C50
Pág. 122 a 125
Pág. 126
Cálculo da armadura longitudinal em vigas com flexão normal simples
Na norma antiga
NBR 6118:2003 estabelece, no item 14.6.4.3, que para melhorar a dutilidade das estruturas nas
regiões de apoio das vigas (regiões de momentos negativos) ou de ligações com outros
elementos estruturais, a posição da linha neutra no ELU deve obedecer aos seguintes limites:

a) x / d  0,50 para concretos com f ck  35 MPa


b) x / d  0,40 f ck  35 MPa

Na nova norma Página 126


“A capacidade de rotação dos elementos estruturais é função da posição da linha neutra no
ELU. Quanto menor for x/d, tanto maior será essa capacidade. Para proporcionar o adequado
comportamento dútil em vigas e lajes, a posição da linha neutra no ELU deve obedecer aos
seguintes limites:
a) x /Porque
d  0,45 para?concretos com f ck  50 MPa (3.13)
b) x / d  0,35 para concretos com 50 MPa  f ck  90 MPa (3.14)

Esses limites podem ser alterados se forem utilizados detalhes especiais de armaduras, como
por exemplo os que produzem confinamento nessas regiões”.
IMPRESSO
Página 126

3.7 CÁLCULO DA ARMADURA LONGITUDINAL EM VIGAS SOB FLEXÃO


NORMAL ATÉ C50
Dados: Md, fck, fyd, bw e d pede-se As
VISTA VISTA DEFORMAÇÕES
POSSÍVEIS
LATERAL FRONTAL
-3,5% 0 c 0,85fcd Fc
y=0,8x c x
2
c
h d Md y=0,8x z
As 3 Fs
s
10% 0 yd s
bw
As

F = Fc
 F = 0  F Fs - Fc = 0  F s

 M  Md  M M d  Fc  z Md  Fs  z

Md
M d z  Fs  f s A s As 
z  fs
Página 126 e 127

3.7 CÁLCULO DA ARMADURA LONGITUDINAL EM VIGAS SOB FLEXÃO NORMAL


VISTA VISTA DEFORMAÇÕES
POSSÍVEIS
LATERAL FRONTAL
-3,5%0 c 0,85fcd Fc
y=0,8x c x
2
c
h d Md y=0,8x z
As 3 Fs
s
10%0 yd s
bw
As
Md
As 
z  fs M d  Fc  z Fc  0,85  f cd   b w   0,8  x  z  d  0,4  x

M d  Fc  z  0,85  f cd  b w  0,8  x   d  0,4  x   b w  f cd  0,68  x  d  0,4  x 


M d  0,68  x  d  0,272  x 2  b w  f cd 
 M d 
0,68  d  0,68d 2  4  0,272   
Obtêm-se x x   b w  f cd 
0,544
Com x têm-se z z  d  0,4  x E finalmente As As 
Md
z  fs
Página 129

x d x c
   (3.10)
 c  c  s d c  s
Página 130 e 131

Exemplo 1
Para uma seção retangular de concreto armado com bw = 0,12 m e d = 0,29 m sob a ação de
um momento fletor M = 12,2 kNm (Md = 1,4M = 1,412,2 = 17,08 kNm), determinar a
quantidade de armadura longitudinal necessária (As). Dados: fck = 20 MPa (20.000 kN/m2);
Aço CA-50 ( f yd  f yk / 1,15  500 / 1,15  434,78 MPa  43,478 kN / cm 2 ).

 Md 
0,68  d  0,68d   4  0,272  
2

 b w  f cd 
x
0,544
a) Colocando na equação 3.21 os valores conhecidos, determina-se x:

   
M d  0,68 x d  0,272 x 2  b w  f cd  17,08  0,68  x  0,29  0,272  x 2  0,12 
20000
1,4

0,68  0,29  0,68  0,29 2  4  0,272   17,08 



 0,12  20000 / 1,4 
x
0,544
resultando x1 = 0,6705 m e x2 = 0,0545 m.
A primeira solução, x = 0,6705 m, indica que a linha neutra passa fora da seção
transversal, não atendendo ao caso de flexão simples; assim o valor correto é x = 0,0545 m.
A primeira solução, x = 0,6705 m, indica que a linha neutra passa fora da seção
transversal, não atendendo ao caso de flexão simples; assim o valor correto é x = 0,0545 m.

Com x = 0,0545 m na equação 3.5, resulta:


z zd
 0d, 4
 x0  x 0,4 00,0545
,04, 29 , 29 = 0,29
0, 4 -0,022
0,0545
= 0,27=m 0,29 - 0,022 = 0,27
d)d) de As:
Cálculo
Cálculo de A :
Com os valores de Md = 17,08 kNm, z = 0,27 m e fyd = 43,478 kN/cm2 na equação 3.24,
tem-se As s:
Md 17,08 17,08
As     As = 1,46 cm2
z  fyd 0,27 43,478 11,74
0,0545/0,29=0,187<<0,45!!
Lembrar que x/d<0,45
De fato
Questão da prova
MATERIAL primeiras páginas

PROVA EXERCÍCIO 4 Figura 1 corte EXEMPLO 1


corte Dados PÁG.
g1+g2 kN/m
M=25,6
B kN.m
130
A
Le
b=20
Ra
h d d=37,2 cm
Rb
fck=20
bw
CA50
As
Pede-se As

est

L
c
h=d-d'
d'=c+ est+ L/2
Questão da prova
MATERIAL primeiras páginas

Figura 1 corte EXEMPLO 1


corte Dados PÁG.
M=25,6
kN.m
130
b=20
h d d=37,2 cm
z  d  0,4  x Md
As 
fck=20
CA50
z  f yd
bw
As
Pede-se As

1,4  25,6
z  0,372  0,4,0525  0,3509 m As   2,348cm 2
50
0,3509 
1,15
página 140

Fórmulas adimensionais para dimensionamento


de seções retangulares C50 Fórmulas Adimensionais

 dividindo ambos os membros da equação de Md por b w  d 2 f cd tem-se:

Md

0,68  x  d  0,272  x  b
2
w  f cd  x x 2
  0,68   0,272  2 
b w  d 2  f cd b w  d 2  f cd  d d 

KMD  0,68  (KX)  0,272  (KX) 2 z d  0,4  x x


  1  0,4 
d d d
 a equação 3.20 contém apenas termos adimensionais, e KX só pode variar entre 0 e 1
s
Md Md
As 
z  fs
e, como z  (KZ)  d , resulta: As 
(KZ)  d  f s
M
CONCRETO ARMADO
0,0850 0,1320
Tabela 3.1 Valores para cálculo de armadura longitudinal de seções retangulares. 0,9472 1,5203 10,000
KMD KX KZ c s KMD KX KZ0,0900
 c  0,1403
s
0,9439 1,6308 10,000
0,0100
0,0200
0,0148
0,0298
0,9941
0,9881
0,1502
0,3068
10,000
10,000
0,2050
0,2100
0,3506
0,3609 0,0950 0,1485
0,8597 3,5000 6,4814
0,8556 3,5000 6,1971 0,9406 1,7444 10,000
0,0300 0,0449 0,9820 0,4704 10,000 0,2150 0,3714 0,8515 3,5000 5,9255
0,0400
0,0500
0,0603
0,0758
0,9759
0,9697
0,6414
0,8205
10,000
10,000
0,2200
0,2250
0,3819
0,3925
0,1000
0,8473 0,1569
3,5000 5,6658
0,8430 3,5000 5,4170
0,9372 1,8611 10,000
0,0550
0,0600
0,0836
0,0916
0,9665
0,9634
0,9133
1,0083
10,000
10,000
0,2300
0,2350
0,4033
0,4143 0,1050 0,1654
0,8387 3,5000 5,1785
0,8343 3,5000 4,9496 0,9339 1,9810 10,000
0,0650
0,0700
0,0995
0,1076
0,9602
0,9570
1,1056
1,2054
10,000
10,000
0,2400
0,2450
0,4253
0,4365 0,1100 0,1739
0,8299 3,5000 4,7297
0,8254 3,5000 4,5181 0,9305 2,1044 10,000
0,0750 0,1156 0,9537 1,3077 10,000 0,2500 0,4479 0,8208 3,5000 4,3144
0,0800
0,0850
0,1238
0,1320
0,9505
0,9472
1,4126
1,5203
10,000
10,000
0,2550
0,2600
0,4594
0,4711
0,1150
0,8162 0,1824
3,5000 4,1181
0,8115 3,5000 3,9287
0,9270 2,2314 10,000
0,0900
0,0950
0,1403
0,1485
0,9439
0,9406
1,6308
1,7444
10,000
10,000
0,2650
0,2700
0,4830
0,4951
0,1200
0,8068 0,1911
3,5000 3,7459
0,8020 3,5000 3,5691
0,9236 2,3621 10,000
0,1000
0,1050
0,1569
0,1654
0,9372
0,9339
1,8611
1,9810
10,000
10,000
0,2750
0,2800
0,5074
0,5199
0,1250 0,1998
0,7970 3,5000 3,3981
0,7921 3,5000 3,2324
0,9201 2,4967 10,000
0,1100
0,1150
0,1739
0,1824
0,9305
0,9270
2,1044
2,2314
10,000
10,000
0,2850
0,2900
0,5326
0,5455 0,1300 0,2086
0,7870 3,5000 3,0719
0,7818 3,5000 2,9162 0,9166 2,6355 10,000
0,1200 0,1911 0,9236 2,3621 10,000 0,2950 0,5586 0,7765 3,5000 2,7649
0,1250
0,1300
0,1998
0,2086
0,9201
0,9166
2,4967
2,6355
10,000
10,000
0,3000
0,3050
0,5721
0,5858
0,1350
0,7712 0,2175
3,5000 2,6179
0,7657 3,5000 2,4748
0,9130 2,7786 10,000
0,1350
0,1400
0,2175
0,2264
0,9130
0,9094
2,7786
2,9263
10,000
10,000
0,3100
0,3150
0,5998
0,6141
0,1400
0,7601 0,2264
3,5000 2,3355
0,7544 3,5000 2,1997
0,9094 2,9263 10,000
0,1450
0,1500
0,2354
0,2445
0,9058
0,9022
3,0787
3,2363
10,000
10,000
0,3200
0,3300
0,6287
0,6590 0,1450 0,2354
0,7485 3,5000 2,0672
0,7364 3,5000 1,8100 0,9058 3,0787 10,000
0,1550
0,1600
0,2536
0,2630
0,8985
0,8948
3,3391
3,5000
10,000
9,8104
0,3400
0,3500
0,6910
0,7249 0,1500 0,2445
0,7236 3,5000 1,5652
0,7100 3,5000 1,3283 0,9022 3,2363 10,000
0,1650 0,2723 0,8911 3,5000 9,3531 0,3600 0,7612 0,6955 3,5000 1,0983
0,1700
0,1750
0,2818
0,2913
0,8873
0,8835
3,5000
3,5000
8,9222
8,5154
0,3700
0,3800
0,8003
0,8433
0,1550
0,6799 0,2536
3,5000 0,8732
0,6627 3,5000 0,6506
0,8985 3,3391 10,000
0,1800
0,1850
0,3009
0,3106
0,8796
0,8757
3,5000
3,5000
8,3106
7,7662
0,1600 0,2630 0,8948 3,5000 9,8104
0,1900
0,1950
0,3205
0,3305
0,8718
0,8678
3,5000
3,5000
7,4204
7,0919
0,1650 0,2723 0,8911 3,5000 9,3531
0,2000 0,3405 0,8638 3,5000 6,7793
0,1700 0,2818 0,8873 3,5000 8,9222
voltar Voltar Voltar Voltar
Página 143
Exemplo 6
Para a seção retangular (concreto armado) do
Exemplo 1 (bw = 0,12 m, M = 12,2 kNm),
determinar a quantidade de armadura longitudinal
necessária (As), admitindo, primeiramente, altura
útil d = 0,29 m.Utilizar fórmulas adimensionais e
quadro para dimensionamento. Considerar
fck = 20 MPa (20000 kN/m2) e aço CA-50.
Página 143
Exemplo 6
(bw = 0,12 m, M = 12,2 kNm), determinar (As), d = 0,29 m, fck = 20 MPa
(20000 kN/m2) e aço CA-50.

 Cálculo de KMD

Md 17,08 ir
KMD    0,12
2 20.000
2
b w  d  f cd 0,12  0,29 
1,4
Com KMD = 0,12 (Quadro 3.1): KX = 0,1911; KZ = 0,9236; c = 2,3621‰;
s = 10,00‰.

Como KX = x/d < 0,45, portanto abaixo do limite imposto pela norma, pode-se
continuar os cálculos.
 Domínio em que a peça atingirá o estado limite último:
 Cálculo de As (equação 3.46):
s = 10,00‰ e C = 2,3621‰ < 3,5‰  domínio 2

Md 17,08 ( kNm)
As    As = 1,46 cm2
( KZ)  d  f s 50 (kN /cm 2 )
0,9236  0,29 ( m) 
1,15
Página 131 e 132
3.7.2 Equacionamento para concretos de qualquer classe
Pág. 131
Em princípio o equacionamento para o cálculo da
armadura longitudinal é feito da mesma forma que no
caso anterior; apenas irão aparecer os termos αc e λ.
Fs  Fc

M d  Fc  z  Md 
d  d 2  2   
 b w   c  f cd 
M d  Fs  z x

Fc  c  f cd   b w     x  Md
As 
z  f yd
z  d  0,5    x
x  cu
M d  b w  c  f cd    x  d  0,5    x  
d  cu   s
M d    x  d  0,5  2  x 2  b w   c  f cd
Página 132
Exemplo 2 (é o exemplo 1 com resistência característica do concreto fck = 90 MPa)
Para uma seção retangular de concreto armado com bw = 0,12 m e d = 0,29 m sob a ação de
um momento fletor M = 12,2 kNm (Md = 1,4M = 1,412,2 = 17,08 kNm), determinar a
quantidade de armadura longitudinal necessária (As). Dados: fck = 90 MPa (90.000 kN/m2);
Aço CA-50 ( f yd  f yk / 1,15  500 / 1,15  434,78 MPa  43,478 kN / cm 2 ).
a) Cálculo de λ e αc (expressões 3.8 e 3.12):
  0,8  (f ck  50) / 400  0,8  (90  50) / 400  0,7
 c  0,85  [1,0  (f ck  50) / 200]  0,85  [1,0  (90  50) / 200]  0,68

b) Com os valores conhecidos na equação 3.34, determina-se x:


 Md   17,08 
d  d 2  2    0,29  0,29 2  2   
 b w   c  f cd   0,12  0,68  90000 / 1, 4 
x 
 0,7
resultando
resultando x1 = x0,812
1 = 0,812
m emx2e=x20,0164
= 0,0164
mm
A primeira
A primeira solução,
solução, x =x0,812
= 0,812
m,m,indica
indicaque
quea alinha
linha neutra
neutra passa
passa fora
fora da
da seção
seção
transversal, não atendendo ao caso de flexão simples; assim o valor correto é x = 0,0164 m.
Com x = 0,0545 m na equação 3.5,
Página 133
c) Verificação do domínio:
No limite entre os domínios 2 e 3 (c = 3,5‰, s = 10‰), a posição da linha neutra é
x = 0,259d = 0,2590,29 = 0,0751 m, maior que o valor encontrado para x na equação 3.34,
indicando que o problema ocorre no domínio 2 e, portanto, de fato, o aço já escoou e
fs = fyd = 50/1,15 = 43,478 kN/cm2.
d) Cálculo do valor do braço de alavanca z:
Com x = 0,0164 m na equação 3.31, resulta:
z  d  0,5    x
z  d  0,5    x  0,29  0,5  0,7  0,0164 = 0,29  0,0057 = 0,284 m

e) Cálculo de As:
Com os valores de Md = 17,08 kNm, z = 0,284 m e fyd = 43,478 kN/cm2 na equação 3.24 ou
3,36, tem-se As:
Md 17,08 17,08
As     As = 1,39 cm2
z  f yd 0,284  43,478 12,34
As = 1,46 cm2
Página 133

3.7.3 Cálculo do máximo momento resistente da seção


Página 133

 
M d  0,68  x  d  0,272  x 2  b w  f cd

d(M d )
 0,68  d  0,54  x   b w  f cd  0  x  1,25  d
dx
O momento máximo é dado pelo valor máximo de x permitido
Assim, antes da imposição da ductilidade mínima pela norma, o máximo
momento resistente era determinado para εs = εyd e εc = εcu (limite entre os
domínios 3 e 4). Na situação agora exigida, o momento máximo, para
concretos até a classe C50, é obtido quando x=0,45d (ABNT NBR 6118:2014,
item 14.6.4.3). E nos demais casos para x=0,35 d

Desta forma o aço CA50 sempre trabalhará escoando

Desta forma o aço CA50 sempre trabalhará escoando


Página 134 e 135
Exemplo 3
Para uma viga de seção retangular de concreto armado, com largura bw = 12 cm, e altura útil
d = 17,65 cm, determinar o momento resistente da seção e o valor da área de aço necessária
correspondente a esse momento. Considerar fck = 20 MPa (20000 kN/m2) e aço CA-50.
b) Cálculo para x/d = 0,45, pois a resistência do concreto é menor que 50 MPa:

 Momento resistente:

Colocando x/d = 0,45 (x = 0,45∙d) na equação 3.20 resulta:

M d  Fc  z  b w  f cd  0,68  x  (d  0,4  x )  b w  f cd  0,68  0,45  d  (d  0,4  0,45  d )

20000
M d  0,12   0,68  0,45  0,1765  0,1765  0,4  0,45  0,1765  13,40 kN m
1,4

O máximo momento, em serviço, que pode atuar na viga é:

M d 13,40
M   9,57 kN m Armadura
1,4 1,4
 Armadura
A armadura necessária pode ser obtida com a equação 3.24, com x = 0,45∙d e fs = fyd,
pois a seção trabalha no domínio 3, no qual a deformação específica do aço corresponde
à resistência de escoamento de cálculo do aço:

Md Md 13,40
As     2,13 cm 2

z  f yd d  0,4  0,45  d   f yd 0,1765  0,4  0,45  0,1765  150


,15

De 2003 a 2014 o que


mudou????
Não pode mais é só para ver a
diferença

a) Cálculo para o limite entre os domínios 3 e 4:


 Momento resistente:
 Momento resistente:
O limite entre os dominios 3 e 4, para o CA-50 que tem yd = 0,00207 é:
0,0035 0,0035
x 34  d   0,1765  0,6283  0,1765  0,1109 m
0,0035   yd 0,0035  0,00207
Com
Com esse
esse valor,
valor, na na equação
equação 3.20,
3.20, obtém-se
obtém-se MdM: :
M d  Fc  z  b w  f cd  0 , 68  x 34  d  0 , 4  x 34 

20000
M d  0,12   0,68  0,1109  0,1765  0,4  0,1109  17,08 kN m
1,4
O máximo momento que pode atuar na viga, sabendo que Md = 1,4M, é:

M d 17,08
M   12,20 kN m
1,4 1,4
Md Md 17,08
As     2,97 cm 2
z  f yd d  0,4  x 34   f yd 0,1765  0,4  0,1109   50
1,15

Norma 2003 2014


Md, max kN.m 17,8 13,40 0,75
As cm2 2,97 2,13 0,71
Material anexo início
PÁG. 134 Figura 1 corte EXEMPLO 2
corte Dados
b=20
M d  Fc  z  0,85  f cd  bw  0,8  xlim ite   d  0,4  xlim ite   d=37,2 cm
fck=20
Com xlim=0,45d h d CA50
Pede-se
M d  bw  f cd  0,68  0,45  d  d  0,4  0,45  d  Mmáximo
bw
As Resistido e
M R  0,251 b  d 2  f cd  As

20000
M d  0, 251  bw  d 2  f cd  0, 251  0, 2  0,372 2   99 , 24 kN  m
1, 4
Md
M   99 , 24 / 1, 4  70 ,9 kN  m
1, 4
99,2
As 
Md

Md

Md
z  f yd d  0,4  0,45  d   f yd 0,82  d  f yd
As  7,48cm 2
50
0,82  0,372 
1,15
página 136
3.7.5 Cálculo do máximo momento resistente da seção, conhecida a
armadura longitudinal página 136

Fs  A s f yd
Fc  0,85  f cd   b w   0,8  x 
e, como Fc = Fs, ou seja:

0,85  f cd   b w   0,8  x   A s  f yd
resulta para x:

A s  f yd
x
0,68  b w  f cd
página 137
página 137
Exemplo 4
Determinar o momento resistente de uma viga de seção retangular de concreto
armado, com largura bw = 12 cm e altura útil d = 17,65 cm, para as seguintes
situações: a) As = 0,5 cm2; b) As = 2,0cm2. Dados: Aço CA-50;
fck = 20 MPa (20.000 kN/m2).

A s  f yd
x
0,68  b w  f cd
 Profundidade da linha neutra, considerando inicialmente que a seção trabalhe nos
domínios 2 ou 3 (fs = fyd), determina-se a posição da linha neutra (equação 3.40):

A s  f yd 0,5  (50 / 1,15)


x   0,0186 m
0,68  b w  f cd 0,68  0,12  (20000 / 1,4)
X=0,0186m

Verificação da posição da linha neutra (domínio) em que a viga trabalha:


Com os limites entre os domínios 2 e 3 (x23) e entre 3 e o limite x = 0,45·d, verifica-se a
posição da linha neutra para o valor encontrado de x = 0,0186 m. O valores de x23 pode
ser determinados com a expressão 3.25 (ou 3.26), lembrando que entre os domínios 2 e
3 o aço tem deformação específica de 1,0%; o limite x = 0,45·d (x0,45) é obtido
diretamente::

c 0,035
x 23  d   d  0,259  0,1765  0,0457 m
c  s 0,035  0,1

x 0, 45  0,45  d  0,45  0,1765  0,0794 m

Como o valor encontrado x = 0,0186 m é menor que x23 = 0,0457 m, trata-se do


domínio
domínio 2, confirmando 2, confirmando
a suposição inicial. a suposição inicial.
 Cálculo do momento

Como a viga trabalha no domínio 2, calcula-se o momento resistente com a equação


3.41:

50
M d  Fs  d  0,4 x   A s  f yd  d  0,4  x   0,5 
 (0,1765  0,4  0,0186)  3,675 kN m
1,15
e, portanto, o máximo momento que pode atuar na viga é:

M d 3,675
M   2,625 kN m
1,4 1,4
Material anexo início
PÁG. 136
Figura 1 corte EXEMPLO 3
corte Dados A s  f yd
b=20
x
d=37,2 cm
fck=20 0,68  b w  f cd
h d CA50
As = 1 cm 2 50
1
bw 1,15
As Pede-se MRmáx   0,02237m
20000
0,68  0,20 
1,4
M d  Fs  z  Fs  d  0,4 x  

50
1  0,372  0,4  0,02237   15,78 kN.m
1,15

M=15,78/1,4=11,27 kN.m
3.7.6 Cálculo da altura mínima de uma seção com armadura simples
PAGINA 138
Equação 3.21:
 
M d  0,68  x  d  0,272  x 2  b w  f cd

x c x c

Equação 3.25:
 
d c  s d c  s


M d  0,68    d 2  0,272   2 d 2  bw  f cd 
Md
d

b w  f cd  0,68    0,272   2 
Md Md Md
d min    2,0 
b w  f cd  0,68  0,45  0,272  0,452  b w  f cd  0,25092 b w  f cd
Exemplo 5 página 139
Para a seção retangular de concreto armado do Exemplo 1, determinar a altura
mínima (dmín) e a quantidade de armadura longitudinal necessária (As). Dados
nas unidades necessárias:
Aço CA-50: ; fck = 20 MPa = 20.000 kN/m2 = 2 kN/cm2;
Md = 1,4M = 1,412,2 = 17,08 kNm .
A altura mínima é obtida para   x / d  0,45 ; para isso pode ser empregada diretamente
a equação 3.43.)

Md 17,08
d min  2,0   2,0   0,1996 m  dmín = 19,96 cm
b w  f cd 0,12  20000 / 1,4

Cálculo da armadura necessária para dmín = 19,96 cm (nessa situação fs = fyd):

x  0,45  d  0,45  19 ,96  x  8,98 cm

z  d  0,4  x  19,96  0,4  8,98  z  16 ,34 cm

Md Md 17,08
As     As = 2,40 cm2
z  f s z  f yd 0,1634  50 / 1,15
Material anexo início
PÁG. 138/139
Figura 1 corte EXEMPLO 4
corte Dados
Md
M=25,6 kN.m d min  2,0  
b=20
fck=20
b w  f cd
h d CA50
1,4  25,6
Pede-se dmn d min  2,0   0,224m
As
bw
As 20000
0,20 
correspondente 1,4

Md Md Md
As    
z  f yd d  0,4  0,45  d   f yd 0,82  d  f yd

1,4  25,6
  4,487cm 2
50
0,82  0,224 
1,15
Página 145
3.7.6 Cálculo de seções com armadura dupla

Podem ocorrer situações em que, por imposições de projeto,


arquitetônicas, etc., seja necessário utilizar para a viga uma altura
menor que a altura mínima exigida pelo momento fletor atuante de
cálculo Md.

Nesse caso, determina-se o momento (Mlim) que a seção consegue resistir com a sua
altura real e armadura apenas tracionada (armadura simples As1), trabalhando no
limite da relação x = 0,45·d (domínio 3);

a diferença entre o momento atuante Md e o momento Mlim, que será chamada de M2


(M2 = Md – Mlim), será resistida por uma armadura de compressão, e para que seja
mantido o equilíbrio, por uma adicional de tração.
3.7.6 Cálculo de seções com armadura dupla

Pág. 145

d´ F´s =A´s f´s


Aś ´s
Aś Fc Aś

Md d Mlimite z M2 d-d´
h
As As1 As2
As yd Fs
Fs2 =As2 fyd
b
M lim  Fc  z lim  0,85  f cd  b w  0,8  x lim   d  0,4  x lim   0,251  b w  d 2  f cd

M lim M lim M lim


A s1   
z  f yd (d  0,4  x lim )  f yd 1  0,4  ( KX) lim  d  f yd

M2 M d  M lim M lim M  M lim


A s2   As   d
d  d'  f yd d  d'  f yd 1  0,4  KX lim  d  f yd d  d'  f yd
3.7.6 Cálculo de seções com armadura dupla

Pág. 145

d´ F´s =A´s f´s


Aś ´s
Aś Fc Aś

Md d Mlimite z M2 d-d´
h
As As1 As2
As yd Fs
Fs2 =As2 fyd
b
M2 M d  M lim
A  '
s  As 
'

(d  d ' ) f s ' (d  d ' ) f s'

h=d-d'
c d'=c+ est+ L/2 c =0,35%
0,35 s ' 0,35  ( x lim  d ' ) L

  s ' 
'
d' s

x lim ( x lim  d ' ) x lim est


x lim

L N
Página 147
Exemplo 7
Para um momento M = 45 kNm, calcular a armadura necessária de uma
seção retangular com largura bw = 0,12 m e d = 0,29 m, com aço CA-50 e
fck = 20 MPa. Considerar estribos de  = 6 mm e barras longitudinais
(comprimidas ou tracionadas) de  = 10 mm, e cobrimento de 2,5 cm, de
acordo com tabela 7.2 da ABNT NBR 6118:2014, para vigas em ambientes
com classe de agressividade ambiental I (Quadro 4.4, Capítulo 4).

a) Cálculo da altura mínima da seção para M = 45 kNm, conforme a equação 3.43, em que
x/d = 0,45:

Md Md 1,4  45
d min   2,0   2,0   0,383
b w  f cd  0,68  0,45  0,272  0,452  b w  f cd 0,12  20000 / 1,4

Como d = 0,29 m  dmím = 0,383 m  armadura dupla!


Exemplo 7
Para um momento M = 45 kNm, calcular a armadura necessária de uma seção retangular com
largura bw = 0,12 m e d = 0,29 m, com aço CA-50 e fck = 20 MPa. Considerar estribos de  = 6 mm
e barras longitudinais (comprimidas ou tracionadas) de  = 10 mm, e cobrimento de 2,5 cm, de
acordo com tabela 7.2 da ABNT NBR 6118:2014, para vigas em ambientes com classe de
agressividade ambiental I (Quadro 4.4, Capítulo 4).

a) Cálculo de momento limite (Mlim) com a equação 3.48:

M lim  0,251  b w  f cd  d 2  0,251  0,12  0,29 2  20000 / 1,4  36,19 kN m


b) Cálculo de M2:

M 2  M d  M lim  1,4  45  36,19 = 26,81 kN m


c) Cálculo de As1 (KXlimite = xlimite/d = 0,45), com a expressão 3.51:

d = 29 cm e d '  2,5  0,6  1,0 / 2  3,6 cm (distância da armadura comprimida à borda


comprimida em que 0,6 cm é o diâmetro dos estribos, e 1,0 cm é o diâmetro da armadura
longitudinal):

36,19 1,4  45  36,19


As    3,50  2,43  As = 5,93 cm
50 50
1  0,4  0,45  0,29  0,29  0,036 
1,15 1,15
d) Cálculo de A 's , sendo necessário conhecer antes f s' e, portanto,  's , com a equação 3.53:

0,0035  x lim  d '  0,0035  0,45  0,29  0,036


s '    0,0025
x lim 0,45  0,29

como  s'  yd (yd = 0,00207 para CA-50)  f s' = fyd

M d  M lim ite 1,4  45  36,19 2


A s'    A 's =2,43 cm
d  d'   f yd 0,29  0,036  50
1,15
F´s =A´s f´s

Aś ´s Fc
Aś Aś

Md d Mlimite z M2 d-d´
h
As As1 As2
As yd
Fs
Fs2 =As2 fyd
b
Material anexo inicial
PÁG. 145/146
Figura 1 corte EXEMPLO
5
corte Dados h=d-d'
M=134.6 c d'=c+ est+ L/2 c =0,35%
kN.m L
'
s
d'
b=20
h d
est
x lim
d=37,2;
d´=2,8 L N

bw
cm
As fck=20
CA50
Pede-se
As e As,

Md 1,4  134,6
d min  2,0   22,0   0,513m Como d=0,372<0,513 armadura dupla
bw  f cd 20000
0,20 
1,4
Material anexo inicial
Figura 1 corte
M lim  0,251  bw  d 2  f cd 
EXEMPLO 5
corte
Dados 20000
M=134.6 kN.m 0,251  0,20  0,372   99,24 k.m
2
b=20
1,4
h d
M 2  M d  M lim
d=37,2; d´=2,8 cm
fck=20
CA50
bw Pede-se As e As,
 1,4  134,6  99,24  89,198k.m
As

z  zlim  d  0,4  xlim  d  (1  0,4  xlim / d )  d


d  [1  0,4  ( KX )lim ]  d  1  0,4  0,45  0,82  d
M lim M d  M lim
As  
zlim   f yd d  d '  f yd
99,24 89,198
As    7,483  5,963  13,446cm2
50 50
0,82  0,372  0,372  0,028 
1,15 1,15
Material anexo inicial
Figura 1 corte M2
corte EXEMPLO 5
A 
'
s A
(d  d ' )  f s '
Dados
M=134.6 kN.m
b=20
h d d=37,2; d´=2,8 cm
fck=20 0,35 s' 0,35  ( xlim  d ' )
bw
CA50   s '
As Pede-se As e As,
xlim ( xlim  d ' ) xlim
M d  M lim
c =0,35%

d'
'
s
se    yd
,
s  A  '
s
x lim
( d  d ' ) f yd
 s, M d  M lim
se    yd  f  Es 
, ´
As´ 
s s
1,15  
d  d ´  f s´
0,35  (0,45  0,372  0,028)
s '  0,29%  0,207  escoa
0,45  0,372

A  '  89,198
=5,963cm2
50
s 0,372  0,028 
1,15
Resumo
h d
bw=20 cm
bw
fck=20 MPa As

d cm 37,2 37,2 37,2 37,2


22,4 37,2
Md 35,84 99,24 15,78 35,84 188,4
kN.m
As cm2 2,34 7,48 1,0 4,49
2,34 13.446
A´s cm2 -------- -------- -------- 5,963
3.7.9 Cálculo de armadura em vigas
de seção transversal em forma de "T“ pag 147

bf

b3 b1
c b2
b4
a   (viga simplesmente apoiada)
bw bw a  0,75   (tramo com momento em uma só extremidade)
a  0,60   (tramo com momentos nas duas extremidades)
f a  2   (viga em balanço)

Deverão ser respeitados os limites de b1 e b3 conforme a Figura 3.22:

0,5  b 2 b
b1   b3   4
b3 bw b1  0,10  a  0,10  a
pag 147, 148
pag 149

 Calcula-se inicialmente o momento resistido pelas abas (M1):

 h   h 
M 1  Fc1   d  e   0,85  f cd  h f  b f  b w    d  f  (3.54)
 2   2 

 O momento restante (M2) é absorvido pela nervura (alma), como nas seções
retangulares:

 y
M 2  M d  M 1  Fc 2   d   (3.55
 2

 A armadura é obtida somando-se a necessária para resistir a cada um dos momentos:

M1 M2
As  
d  h f / 2   f yd ( KZ )  d  f yd (3.56
Página 150

Exemplo 8
Calcular a armadura para a viga simplesmente apoiada, de vão  igual 30 m, cuja seção é a
da Figura 3.27 e está submetida a um momento Md = 6770 kNm. Considerar aço CA-50 e
fck = 30 MPa.
Página 150
 b 3  0,10  a  0,10    0,10  3000
 b 4  (170  18) / 2)  76 cm ; f

b3 bw b1

 bf  b w  2  b3 ;
 bw = 18 cm;
a) Determinação da largura colaborante bf:
b 4
b3  
 0,10  a
0,10  a  0,10    0,10  3000  300 cm (viga simplesmente apoiada, a = );
 b 418) (/170
(170 2) 76 ) / 2)  76 cm ;
18cm
 b 4 (170 18) / 2) 76 cm ;
   
 b 3  b 4  300  76 ;
    
 b  18  2  76  170 cm .
f
Página 151

CA50 e fck=30 MPa

b) Determinação da posição da linha neutra, supondo inicialmente que passe na mesa da


viga (seção retangular, nesse caso bw = bf):

Md 6770
KMD    0,0607 link
b w  d 2  f cd 1,7  1,75 2  30000 / 1,4
Será tomado, no Quadro 3.1, KMD = 0,0650, maior valor mais próximo ao
calculado.

KMD = 0,0650  KX = 0,0995

x  ( KX ) d  0,0995  1,75 = 0,174 m  hf = 0,20 m


Página 151

A hipótese adotada inicialmente é válida, ou seja, a linha neutra está na mesa e a seção é
retangular.

c) Cálculo da armadura:

KMD = 0,0650  Quadro 3.1  KZ = 0,9602 e s = 10‰  yd  fs = fyd

Md 6770
As    As = 92,7 cm2
( KZ)  d  f yd 0,9602  1,75  50 / 1,15
Página 152

Exemplo 9
Calcular a armadura necessária para a seção do Exemplo 8 supondo
Md = 10000 kNm, com aço CA-50 e fck =30 MPa.

a) Determinação da largura colaborante bf


A largura colaborante é a mesma do exemplo
anterior, ou seja .
b) Determinação da posição da linha neutra, supondo inicialmente que passe na mesa da
viga (seção retangular, nesse caso bw = bf)

Md 10000
KMD    0,0896  0,0900 ir
b w  d  wf cd 1,7 cd1,75  30000 / 1,4
2 2

KMD = 0,0900  Quadro 3.1  KX = 0,1403

x  ( KX )  d  0,1403  1,75 = 0,246 m  hf = 0,20 m

Portanto, a hipótese inicial não é válida, pois a linha neutra está fora da mesa,
tratando-se de seção "T". Será necessário, assim, determinar a parcela do momento resistido
pelas abas e pela alma da seção (Figura 3.28) e a armadura total necessária.
x  ( KX )  d  0,1403  1,75 = 0,246 m  hf = 0,20 m

Portanto, a hipótese inicial não é válida, pois a linha neutra está fora da mesa,
tratando-se de seção "T". Será necessário, assim, determinar a parcela do momento resistido
pelas abas e pela alma da seção (Figura 3.28) e a armadura total necessária.

Figura 3.28 Momento resistido pelas abas e pela alma de uma viga "T".
c) Momento resistido pelas abas (M1)

 h   b  bw   h   h 
M 1  Fc1   d  f   0,85  f cd  h f  2   f   d  f   0,85  f cd  h f  b f  b w    d  f 
 2   2   2   2

30000  0,2 
M 1  0,85   0,20  (1,70  0,18)   1,75    9136,30 kNm
1,4  2 
d) Momento resistido pela alma (M2)

M2 = Md – M1 = 10000 – 9136,30 = 863,70 kNm


e) Cálculo da armadura As que é a soma das parcelas referentes ao momento resistido pelas
abas(M1) e ao momento resistido pela mesa (M2); a segunda parcela refere-se a uma seção
retangular, com bw = 0,18 cm, cortada pela LN, e pode ser calculada com o uso d
Quadro 3.1.

M1 M2
As  
 h  ( KZ)  d  f yd
 d  f   f yd
 2 

863,70
KMD =  0,0730
0,18  1,752  30000 / 1,4
Será tomado KMD = 0,0750, maior valor mais próximo ao calculado.
ir
KMD = 0,0750  KZ = 0,9537, s = 10‰  yd = 2,07‰  fs = fyd

9136,30 863,70 2
As    127,35  11,90  As = 139,25 cm
1,75  0,20 / 2  50 / 1,15 0,9537  1,75  50 / 1,15
Prova viga contínua

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