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UNITAU Sistemas Mecânicos I Prof. Luiz Antonio Bovo
32 ⋅ Mf
σf =
π ⋅d3
[kgf cm 2 ] (3.1)
τt =
16 ⋅ Mt
π ⋅d3
[kgf cm 2 ] (3.2)
tem-se:
2 2
32 ⋅ Mf 16 ⋅ Mt
σ comp = + 3⋅
π ⋅d3 π ⋅d3
Estudamos que, para que esta árvore trabalhe com segurança, a tensão σ comp deve
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Vida Infinita
σ FAD
LIM
=
σ FAD
LIM
[kgf cm 2 ] (3.5)
S
Vida Finita
σ FAD =
σ FAD [kgf cm 2 ] (3.6)
S
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Vida Finita
σ f = σ FAD
Vida Finita
1
32 ⋅ Mf ⋅ S [cm]
3
d= (3.8)
π ⋅ σ FAD
Como o momento torçor não foi utilizado nas expressões acima, por não afetar a
tensão à fadiga, torna-se necessário fazer uma verificação dos diâmetros obtidos nas
equações (3.7) e (3.8), para confirmar se a árvore trabalhará com segurança contra falha
estática, usando o método descrito no início do item (3.3.3).
Há outros métodos mais conservativos para resolver este tipo de problema e um
deles é através do diagrama de Soderberg, que leva em consideração a flexão e a torção.
Apresentamos a seguir a expressão para o dimensionamento através do diagrama de
Soderberg; esta expressão foi obtida determinando-se a equação analítica da elipse
tocando a linha de segurança traçada paralela à linha de Soderberg e tangente à elipse.
Vida Infinita
1
1 3
2 2 2
32 ⋅ S Mt Mf
d= + [cm] (3.9)
π σ LIM
FAD σe
Vida Finita
1
1 3
2 2 2
d=
32 ⋅ S Mt
+
Mf [cm] (3.10)
π σ FAD σe
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ncrit = 300 ⋅
1 [rpm] (3.11)
y máx
onde:
y máx => deflexão máxima [cm] (ver tabela (1.6), pág. 24 à 29)
onde:
n => rotação real da árvore [rpm]
Lmáx =
10.000.000 ⋅ d 2
[cm] (3.12)
n
onde:
Lmáx
=> máximo espaçamento entre mancais
d => diâmetro do eixo [cm]
n => rotação real da árvore [rpm]
Mesmo obedecendo este espaçamento, é necessário calcular a deflexão máxima e
a velocidade crítica.
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3.7. Chavetas
3.7.1. Introdução
Engrenagens e polias podem ser fixadas às árvores através de chavetas ou
cavilhas, de modo que se possa transferir torques entre eles. Os tipos mais usuais de
chavetas são: paralelas, inclinadas, com ou sem cabeça e meia cana.
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T=
Mt [kgf ] (3.13)
r
a) Tensão Transversal de Cisalhamento na Chaveta
Q
Da equação (1.17), τ =
A
onde:
Q =T
A=b⋅L
Substituindo, tem-se:
T
τ= (3.14)
b⋅L
vimos que para que esta chaveta trabalhe com segurança, a Tensão Transversal de
Cisalhamento deve ser menor ou igual a Tensão Admissível Transversal.
Das equações (1.1) e (1.2) tem-se, respectivamente
σR σE
σ = σ =
S S
Da equação (1.3)
σ
τ =
3
3 ⋅T ⋅ S 3 ⋅T ⋅ S
L= [cm] (3.17) L= [cm] (3.18)
σR ⋅b σE ⋅b
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σC = −
2 ⋅T
h⋅L
[kgf cm 2 ] (3.19)
para que a chaveta trabalhe com segurança, a tensão de compressão deve ser menor ou
igual a tensão admissível normal.
Substituindo (1.1) e (1.2) em (3.19), para se ter comprimento mínimo σ C = σ , e
c) Tensão Composta
onde:
2 ⋅T
σC = − (3.19)
h⋅L
T
τ= (3.14)
b⋅L
σ comp =
T
⋅
L h
4
2
3
+ 2
b
[kgf cm 2 ] (3.22)
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tem-se respectivamente:
T ⋅S 4 3 T ⋅S 4 3
L= ⋅ + 2 [cm] (3.25) L= ⋅ + 2 [cm] (3.26)
1,25 ⋅ σ R h 2
b 1,25 ⋅ σ E h 2
b
Obs: Deve-se adotar o maior comprimento calculado pelas equações (3.17), (3.20), (3.25)
se for utilizado o critério da Tensão Limite de Ruptura ou pelas equações (3.18), (3.21),
(3.26) se for o critério da Tensão Limite de Escoamento.
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3.8. Tabelas
Tabela (3.1) – Chavetas Paralelas
ÁRVORE CHAVETA
d L
b h
> ≤ MIN MAX
6 8 2 2 6 20
8 10 3 3 6 36
10 12 4 4 8 45
12 17 5 5 10 56
17 22 6 6 14 70
22 30 9 7 18 90
30 38 10 8 22 110
38 44 12 8 28 140
44 50 14 9 36 160
50 58 16 10 45 180
58 65 18 11 50 200
65 75 20 12 56 220
75 85 22 14 63 250
85 95 25 14 70 280
95 110 28 16 80 320
110 130 32 18 90 360
130 150 36 20 100 400
150 170 40 22 - -
170 200 45 25 - -
200 230 50 28 - -
230 260 56 32 - -
260 290 63 32 - -
290 330 70 36 - -
330 380 80 40 - -
380 440 90 45 - -
440 500 100 50 - -
DIMENSÕES DE CHAVETAS EM mm
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ÁRVORE CHAVETA
d L
b h h1
> ≤ MIN MAX
6 8 2 2 6 20 -
8 10 3 3 6 36 -
10 12 4 4 8 45 7
12 17 5 5 10 56 8
17 22 6 6 14 70 10
22 30 9 7 18 90 11
30 38 10 8 22 110 12
38 44 12 8 28 140 12
44 50 14 9 36 160 14
50 58 16 10 45 180 16
58 65 18 11 50 200 18
65 75 20 12 56 220 20
75 85 22 14 63 250 22
85 95 25 14 70 280 22
95 110 28 16 80 320 25
110 130 32 18 90 360 28
130 150 36 20 100 400 32
150 170 40 22 - - 36
170 200 45 25 - - 40
200 230 50 28 - - 45
230 260 56 32 - - 50
260 290 63 32 - - 50
290 330 70 36 - - 56
330 380 80 40 - - 63
380 440 90 45 - - 70
440 500 100 50 - - 80
DIMENSÕES DE CHAVETAS EM mm
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ÁRVORE CHAVETA
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1,25 ⋅ π ⋅ σ R 1,25 ⋅ π ⋅ σ e
Sines
1 1
32 ⋅ Mf ⋅ S 3
32 ⋅ Mf ⋅ S 3
Vida Infinita d = ou vida finita d =
π ⋅ σ FAD
LIM
π ⋅ σ FAD
Soderberg
1 1
1 3 1 3
2 2 2 2 2 2
32 ⋅ S Mt Mf 32 ⋅ S Mt Mf
Vida infinita d= + ou vida finita d= +
π σ LIM
FAD σE π σ FAD σE
L
h) Cálculo da Deflexão Admissível y = ( NR =número normalizado)
NR
Mt ⋅ L
j) Cálculo do ângulo de torção ϕ =
It ⋅ G
π ⋅L
k) Cálculo do ângulo de torção admissível ϕ =
720
1
m) Cálculo da velocidade crítica ηcrít = 300 ⋅
y máx
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real
≤ ηcrít OK
> ηcrít reprojetar o " d "
1
10.000.000 ⋅ d 2
o) Cálculo do espaçamento máximo entre mancais Lmáx =
n
Mt
q) Cálculo da força na chaveta T = Escolha do b e h da chaveta (tabela (3.1))
R
r) Cálculo do comprimento mínimo da chaveta
3 ⋅T ⋅ S 2 ⋅T ⋅ S T ⋅S 4 3
Cisalhamento L = Compressão L = Composta L = ⋅ + 2
σR ⋅b σR ⋅h 1,25 ⋅ σ R h 2
b
ou
3 ⋅T ⋅ S 2 ⋅T ⋅ S T ⋅S 4 3
Cisalhamento L = Compressão L = Composta L = ⋅ + 2
σE ⋅b σE ⋅h 1,25 ⋅ σ E h 2
b
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3.10. EXERCÍCIOS
3.10.1 Calcule o diâmetro da árvore da figura abaixo pelos critérios Estático, Sines e
Soderberg, e verifique a Deflexão, Ângulo de Torção, Velocidade Crítica e Espaçamento
Máximo entre Mancais e calcule a chaveta paralela para fixação da engrenagem na
mesma, sendo ambas em aço SAE1040 laminado. Sabe-se que o fator de segurança é
S=2,5 em relação à Tensão Limite de Escoamento, a força resultante na engrenagem é
F=500kgf e o ângulo de pressão da engrenagem é θ = 20º com a vertical, sabe-se
também que a Tensão Limite à Fadiga completamente corrigida é σ FAD
2
LIM
= 1200 kgf cm , o
diâmetro primitivo da engrenagem é Dp = 30cm , NR = 2000 e n = 1800rpm .
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c. Croqui de Carregamento
f. Cálculo do Diâmetro
Estático
1
3
S
De equação (3.4): d= ⋅ 1024 ⋅ Mf 2 + 768 ⋅ Mt 2
1,25 ⋅ π ⋅ σ e
1
2,5 3
⋅ 1024 ⋅ (11.111) + 768 ⋅ (7.050 )
2 2
d=
1,25 ⋅ π ⋅ 3000
d = 4,42cm
Sines
1 1
32 ⋅ Mf ⋅ S 3
32 ⋅ 11.111 ⋅ 2,5 3
Da equação (3.7): d= = => d = 6,18cm
π ⋅ σ FAD
LIM
π ⋅ 1.200
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Soderberg
Da equação (3.9):
1 1
1 3 1 3
2 2 2 2 2 2
32 ⋅ S Mt Mf 32 ⋅ 2,5 7.050 11.111
d= + = +
π σ FAD
LIM
σE π 1.200 3000
d = 5,61cm
Adotando o maior => d=6,2cm
i. Verificação da Deflexão
Da equação (1.21A):
y max = 0,048cm > y = 0,045cm => reprojetar
500 ⋅ 40 ⋅ 50
0,045 =
π ⋅d 4
(
⋅ 50 2 + 40 2 − 90 2 )
6 ⋅ 2.100.000 ⋅ ⋅ 90
64
d = 6,32cm
1
Da equação (3.11): ηcrít = 300 ⋅
y máx
1
η crít = 300 ⋅ => η crít = 1603 rpm
0,035
1
1800 = 300 ⋅ => y max = −0,027cm
y máx
500 ⋅ 40 ⋅ 50
0,027 =
π ⋅d 4
(
⋅ 50 2 + 40 2 − 90 2 )
6 ⋅ 2.100.000 ⋅ ⋅ 90
64
d = 7,18cm
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3 ⋅T ⋅ S 3 ⋅ 1.964 ⋅ 2,5
L= => L = => L = 1,42cm
σE ⋅b 3.000 ⋅ 2,0
Compressão, da equação (3.21):
2 ⋅T ⋅ S 2 ⋅ 1.964 ⋅ 2,5
L= => L = => L = 2,73cm
σE ⋅h 3.000 ⋅ 1,2
Composta, da equação (3.26):
T ⋅S 4 3 1.964 ⋅ 2,5 4 3
L= ⋅ + 2 => L = ⋅ + => L = 2,46cm
1,25 ⋅ σ E h 2
b 1,25 ⋅ 3.000 1,2 2
2,0 2
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