Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
7.1. Concreto
A massa específica do concreto simples deve ser considerada igual a 2.400 kg/m3
para concreto simples e 2.500 kg/m3 para o concreto armado.
O coeficiente de dilatação térmica do concreto pode ser admitido igual a 10-5 /ºC.
2
fct,m = 0,3fck 3
2
fctk,inf = 0,21fck 3
2
fct,m = 0,39fck 3
Os valores médios de resistência à tração do concreto obtidos pela nova norma são
bem próximos aos obtidos pela norma de 1978, no caso dos valores característicos
inferior e superior a diferença passa a ser considerável.
5,0
4,0
NB1 78
Fct (MPa)
1,0
0,0
15 20 25 30 35 40
Fck (MPa)
O módulo de elasticidade tangente inicial e que deve ser usado para avaliação do
comportamento global da estrutura (estabilidade global) pode ser calculado pela
expressão:
E ci = 5.600 fck
E cs = 4.760 fck
2
εcd
σcd = 0,85fcd εcd − 0,85 fcd
4
εε
2%o 3,5%o
7.2. Aço
O coeficiente de dilatação térmica do aço pode ser admitido igual a 10-5 /ºC.
O diagrama tensão deformação de cálculo do aço pode o abaixo tanto para os aços
com ou sem patamar de escoamento:
σsd
fyd
TRAÇÃO
3,5‰
ε‰
εyd 10‰
COMPRESSÃO
fycd
Diante do acima exposto fica claro que não se deve mais considerar o trecho
parabólico considerado na versão de 1978.
8. COMPORTAMENTO CONJUNTO DOS MATERIAIS
fbd = η1 η2 η3 fctd
Onde:
fctd = fctk,inf/γc = 0,21 fck2/3/γc (fctd e fck em MPa)
η1 = 1,0 para barras lisas;
η1 = 1,4 para barras dentadas;
η1 = 2,25 para barras nervuradas;
η2 = 1,0 para situações de boa aderência;
η2 = 0,7 para situações de má aderência;
η3 = 1,0 para φ ≤ 32 mm;
η3 = (132 - φ)/100, para φ > 32 mm;
φ é o diâmetro da barra, em milímetros.
φf yd
lb =
4fbd
Concreto
Situação
20 25 30 35 40 45 50
Boa aderência 44 φ 38 φ 34 φ 30 φ 28 φ 26 φ 24 φ
Má aderência 63 φ 54 φ 48 φ 43 φ 40 φ 37 φ 34 φ
9. SEGURANÇA E ESTADOS LIMITES
Estados limites são aqueles que se superados supõe o não cumprimento dos
requisitos de projeto sejam eles relativos à segurança ou à utilização.
A revisão da NBR 6118 possui agora uma metodologia mais completa para definição
das ações e combinações de ações para o ELU e o ELS.
Ações permamentes:
Ações Variáveis:
Diretas: cargas verticais de uso, vento, cargas móveis, impacto lateral, força
longitudinal de frenagem ou aceleração, força centrífuga, água.
As ações que atuam sobre uma estrutura devem ser levadas em conta de maneira
diferenciada quando se verificam os estados limites último e de serviço. O estudo
detalhado das combinações foge ao escopo do presente curso, sendo entretanto
importante entender a lógica básica de seu equacionamento:
Normais
Especiais ou de Construção
Excepcionais
Nas combinações para ELU os valores característicos das ações são majorados por
coeficientes γf. Quando existe mais de uma ação variável a baixa probabilidade de
ocorrência simultânea dessas ações é levada em conta por meio do coeficiente de
simultaneidade ψ0 que é aplicado às ações secundárias (de menor valor). Por
exemplo:
Quase Permanentes
Frequentes
Raras
Nas combinações para ELS os valores das ações permanentes são levados em
conta com seus valores característicos. Dependendo do tipo de combinação (quase
permanente, frequente ou rara) as ações variáveis são reduzidas pelos coeficientes
ψ1 e ψ2. Por exemplo:
11. RESISTÊNCIAS
No método dos estados limites enquanto que os valores característicos das ações
devem ser multiplicados por coeficientes de majoração as resistências dos materiais
devem ser divididos por coeficientes de minoração:
fk
fd =
γm
Concreto Aço
Combinações γc γs
Normais 1,4 1,15
Especiais ou de Construção 1,2 1,15
Excepcionais 1,2 1,0
A largura das vigas de concreto armado não deve ser menor que 12 cm. No caso de
vigas parede a largura mínima é de 15 cm. Estes limites podem ser diminuídos até
um mínimo absoluto de 10 cm em casos excepcionais desde que respeitadas
adequadas condições de execução.
Os furos em vigas devem distar das faces no mínimo duas vezes o cobrimento ou 5
cm.
No caso dos furos que atravessam as vigas na direção da altura estes não devem
ter diâmetros superiores a 1/3 da largura. Deve ser verificada necessariamente a
redução da capacidade portante ao cisalhamento e à flexão na região da abertura.
A instabilidade lateral de vigas, assunto não tratado na norma de 1978, deve ser
evitada adotando-se para a largura das vigas os seguintes valores:
l0
b≥
50
b ≥ β fl h
Onde:
b = largura na zona comprimida
h = altura da viga
l0 = comprimento entre contraventamentos laterais
β fl = coeficiente de forma (tabela 15.1)
Tabela 15.1. – Valores de β fl
Tipologia da Viga β fl
0,40
0,20
Onde:
Zona comprimida
A norma atual apresenta limitações claras de dutilidade das vigas que não
constavam da norma de 1978.
x
≤ 0,5 (fck ≤ 35 MPa)
d
x
≤ 0,4 (fck > 35 MPa)
d
x
δ ≥ 0,44 + 1,25 (fck ≤ 35 MPa)
d
x
δ ≥ 0,56 + 1,25 (fck > 35 MPa)
d
Esse critério se diferencia da norma de 1978 uma vez que não é mais necessário
verificar a inclinação do diagrama de momentos na região do corte das barras
conduzindo a uma diminuição nos comprimentos das barras cortadas.
Tabela 17.3. – Taxas mínimas de armadura de flexão para vigas (γc = 1,4 e γs =
1,15)
Valores de ρmín
Forma da Seção Classe de Concreto
20 25 30 35 40 45 50
Retangular 0,150 0,150 0,173 0,201 0,230 0,259 0,288
T
0,150 0,150 0,150 0,150 0,158 0,177 0,197
(mesa comprimida)
T
0,150 0,150 0,153 0,178 0,204 0,229 0,255
(mesa tracionada)
São aceitos pela norma atual dois modelos de cálculo da resistência à força cortante
um com bielas a 45º (Modelo I) e outro com bielas entre 30 e 45º (Modelo II).
Vsd ≤ VRd2
Onde:
Vsd é a força cortante de cálculo na seção.
VRd3 = Vc + Vsw, é a força cortante de cálculo, relativa à ruína por tração diagonal,
onde Vc é a parcela de força cortante absorvida por mecanismos complementares
ao da treliça e Vsw é a parcela resistida pela armadura transversal.
f
α V 2 = 1 − ck fck em MPa
250
VRd3 = Vc + Vsw
2 bw ⋅ d
Vc = Vco = 0,6 ⋅ fctd ⋅ b w ⋅ d = 0,126 ⋅ fck 3 ⋅ (na flexão simples)
γc
A sw
Vsw = ⋅ 0,9 ⋅ d ⋅ fywd ⋅ (senα + cos α )
S
Onde:
α = ângulo da armadura transversal (entre 45 e 90º)
A sw f
ρ sw = ≥ 0,2 ct,m
b w ⋅ S ⋅ senα fywk
> 5 mm
> 4,2 mm para telas soldadas desde que tomadas precauções contra a corrosão
< 1/10 bw
< 12 mm para barras lisas
Nas vigas com altura maior que 60 cm deve ser colocada armadura de pele com
área de no mínimo 0,10% Ac, alma composta de barras de alta aderência.
A nova norma NBR 6118:2003 apresenta instruções mais detalhadas para cálculo
das flechas, incluindo uma metodologia que leva em conta o fato das vigas de
concreto armado trabalharem parcialmente no estádio I e parcialmente no estádio II.
M 3 M 3
(EI) eq = E cs r
Ic + 1 − r III ≤ E csIc
Ma Ma
Onde:
α ⋅ fct,m ⋅ Ic
Mr = (Momento de fissuração)
yt
y t = distância do centro de gravidade da seção à fibra mais tracionada
α = 1,2 para seções T ou duplo T ou 1,5 para seções retangulares
Ic = momento de inérciada seção bruta de concreto
Es
III = momento de inércia da seção no estádio II, calculo com α e =
E cs
Ma = momento fletor na seção
∆ξ
αf =
1 + 50ρ´
Onde:
A´
ρ´= s
b⋅d
∆ξ = ξ( t) − ξ( t 0 )
Tempo (t)
0 0,5 1 2 3 4 5 10 20 40 ≥ 70
em meses
ξ( t) 0 0,54 0,68 0,84 0,95 1,04 1,12 1,36 1,64 1,89 2
ΣPi t 0i
t0 =
ΣPi
Onde:
Pi = parcelas de carga
t 0i = idade em que se aplicou Pi
Deslocamento a Deslocamento
Tipo de Efeito Razão da limitação
Considerar limite
Visual Total l/250
Aceitabilidade
Sensorial Vibrações sentidas no Devido a cargas
l/350
piso acidentais
Efeitos estruturais em Superfícies que devem
Total l/250
serviço drenar água
Efeitos em elementos Alvenarias, caixilhos e Após a construção dos
l/500 ou 10 mm
não estruturais revestimentos elementos
Para cada elemento da armadura deve ser considerada uma área de concreto Acr
constuída por um retângulo cujos lados não distam mais de 7,5 φ do eixo da
armadura.
φ i σ si 3σ si
wk =
12,5η1 E si fct,m
φ i σ si 4
wk = + 45
12,5η1 E si ρ ri
Onde:
Nas vigas usuais, com altura menor que 1,2 m, pode-se considerar atendida a
condição de abertura de fissuras em toda a pele tracionada se a abertura de fissuras
calculada na região das barras mais tracionadas for verificada e se existir a
armadura lateral mínima.
Entretanto houve uma séria mudança nos limites de abertura de fissura sendo que a
norma anterior era mais restritiva e especificava 0,1 mm para meio agressivo,
0,2 mm para meio não agressivo e 0,3 mm para peças protegidas.
13. CRITÉRIOS PARA O PROJETO DE PILARES
b
≥ 19 18 17 16 15 14 13 12
(cm)
No caso da NBR 6118 de 1978 a dimensão mínima era de 20 cm, sendo que com a
majoração adicional das cargas também poderia ser reduzida a 12 cm.
Admite-se que o efeito das imperfeições locais esteja atendido se for respeitado o
momento mínimo:
le
λ=
i
No caso de pilar engastado na base e livre no topo, o valor de le = 2l . Nos demais
casos adotar o maior dos seguintes valores:
le = l0 + h
le = l
25 + 12,5e1 / h
λ1 =
αb
sendo:
35
≤ λ l ≤ 90
αb
MB
α b = 0,60 + 0,40 ≥ 0,40
MA
Onde:
α b = 1,0
MC
α b = 0,80 + 0,20 ≥ 0,85
MA
α b = 1,0
Para os casos nos quais se deve considerar o efeito de 2aordem são aceitos três
métodos: geral (obrigatório para λ > 140), pilar-padrão com curvatura aproximada (λ
≤ 90), pilar-padrão com rigidez capa aproximada (λ ≤ 90), pilar-padrão acoplado a
diagramas momento curvatura.
le 2 1
Md, tot = α bM1d, A + Nd ≥ M1d, A
10 r
1
sendo a curvatura na seção crítica, que pode ser avaliada pela expressão
r
aproximada:
1 0,005 0,005
= ≤
r h(ν + 0,5) h
Sendo:
N sd
ν=
( A C fcd )
M1d, A ≥ M1d,mín
Onde:
e
NSd,eq = NSd 1 + β
h
MSd,eq = 0
Sendo:
NSd
ν=
A c f cd
e MSd
=
h NSdh
1
β=
d'
(0,39 + 0,01α ) − 0,8
h
−1
α= se α S < 1 em seções retangulares;
αS
α = αS se α S ≥ 1 em seções retangulares;
α=6 se α S > 6 em seções retangulares;
α = −4 em seções circulares.
d’
nv nv
h
d’
nh
α α
MRd,x MRd,y
+ =1
MRdx,x MRdy,y
Onde:
α é um expoente cujo valor depende de vários fatores, entre eles o valor da força
normal, a forma da seção, o arranjo da armadura e de suas porcentagens. Em geral
pode ser adotado α = 1 , a favor da segurança. No caso de seções retangulares
pode-se adotar α = 1,2 .
13.5. Detalhamento de Pilares
N
A s,mín = 0,15 d ≥ 0,40% ⋅ A c
f yd
A s,max = 8%A c
O diâmetro das barras longitudinais não deve ser inferior a 10 mm e nem superior
1/8 da menor dimensão transversal.
A armadura mínima exigida para pilares foi reduzida à metade do valor especificado
na norma de 1978, enquanto que a máxima armadura permitira passou de 6 a 8%.
Em seções poligonais, deve existir pelo menos uma barra em cada vértice; em
seções circulares, no mínimo seis barras distribuídas ao longo do perímetro.
- 4 cm;
- quatro vezes o diâmetro da barra ou duas vezes o diâmetro do feixe ou da luva;
- no mínimo 1,2 vezes o diâmetro máximo do agregado, inclusive nas emendas.
O espaçamento máximo entre eixos das barras deve ser menor ou igual a duas
vezes a menor dimensão no trecho considerado, sem exceder 400 mm.
A armadura transversal de pilares, constituída por estribos e, quando for o caso, por
grampos suplementares, deve ser colocada em toda a altura do pilar, sendo
obrigatória sua colocação na região de cruzamento com vigas e lajes.
O diâmetro dos estribos em pilares não deve ser inferior a 5 mm nem a 1/4 do
diâmetro da barra que constitui a armadura longitudinal.
A sw f ct,m
ρ sw = ≥ 0,2
b w ⋅ S ⋅ senα f ywk
O espaçamento longitudinal entre estribos, medido na direção do eixo do pilar, para
garantir o posicionamento, impedir a flambagem das barras longitudinais e garantir a
costura das emendas de barras longitudinais nos pilares usuais deve ser igual ou
inferior ao menor dos seguintes valores:
- 20 cm;
- menor dimensão da seção;
- 24 φ para CA-25, 12 φ para CA-50.
Pode ser adotado o valor φ t < φ /4 desde que as armaduras sejam constituídas do
mesmo tipo de aço e o espaçamento respeite também a limitação:
φt 2 1
s máx = 90.000
φ fyk
Quando houver necessidade de armaduras transversais para cortantes e torção,
esses valores devem ser comparados com os mínimos especificados para vigas,
adotando-se o menor dos limites especificados.
Se houver mais de uma barra a ser protegida contra a flambagem junto à mesma
extremidade do estribo suplementar, seu gancho deve envolver um estribo principal,
o que deve ser claramente indicado no projeto estrutural.
13.6. Pilares-Parede
Os pilares parede são aqueles pilares que tem a sua menor dimensão igual a 1/5 da
maior.
Nos pilares parede pode-se ter uma região que apresenta não retilinidade maior que
a do eixo do pilar como um todo. Nessas regiões surgem efeitos de 2ª ordem
maiores, chamados de efeitos de 2ª ordem localizados. O efeito de 2ª ordem
localizado, além de aumentar a flexão longitudinal nessa região, aumenta também a
flexão transversal, havendo a necessidade de aumentar os estribos nessas regiões,
como será visto adiante.
Os esforços localizados de 2a ordem de pilares-parede podem ser desprezados se,
para cada uma de suas lâminas forem obedecidas as seguintes condições:
b) A esbeltez λ i de cada lâmina deve ser menor que 35, podendo o cálculo dessa
esbeltez ser efetuado por meio da expressão a seguir:
l
λ i = 3,46 ei
hi
Onde:
Topo Topo
l
le = ≥ 0,3l
l le = l l 1 + (β / 3 ) 2
b b
β = l/b
Base Base
Topo Topo
l
le = se β ≤ 1
1+ β2
l l l l e = 2b ≤ l
le = se β > 1
b 2β b
β = l/b
Base Base
Onde:
ai = largura da faixa i
Ni = força normal na faixa i, calculada a partir de nd(x)
Myid = momento fletor na faixa i
m1yd , h e nd(x) são definidos na figura abaixo:
Para determinação dos esforços é admitida a análise linear com e sem redistribuição
e análise plástica (charneiras plásticas).
x
δ ≥ 0,44 + 1,25 (fck ≤ 35 MPa)
d
x
δ ≥ 0,56 + 1,25 (fck > 35 MPa)
d
Valores de ρmín
Armadura Classe de Concreto
20 25 30 35 40 45 50
Negativas 0,150 0,150 0,173 0,201 0,230 0,259 0,288
Positiva
0,101 0,101 0,116 0,135 0,154 0,173 0,193
(armada em duas direções)
Positiva
0,150 0,150 0,173 0,201 0,230 0,259 0,288
(armada em uma direção)
Vsd ≤ VRd1
[ ]
VRd1 = τ Rd k (1,2 + 40 ρ1) + 0,15 σ cp b w d
Onde:
fctk,inf
τRd = 0,25
γc
k = 1 quando 50% da armadura inferior não chega até o apoio
k = 1,6 − d > 1 quando mais de 50% da armadura inferior chega até o apoio
A s1
ρ1 = (menor que 0,02)
bwd
A s1 = Área de armadura que se estende d + lb,nec além da seção considerada
N sd
σ cp =
Ac
N sd = Compressão longitudin al na seção (protensão ou carregamen to)
Embora a norma contenha prescrições para pilares internos com efeito de momento,
pilares de borda e pilares de canto, apenas o caso de pilares internos com
carregamento simétrico será aqui tratado.
F
τ Sd = Sd
u⋅d
Onde:
dx + dy
d = altura útil média =
2
u = perímetro do contorno crítico em análise (C, C´ou C´´)
FSd = Força ou reação concentrada de cálculo
Para as lajes submetidas à punção com ou sem armadura deverá ser verificada a
tensão resistente de compressão diagonal do concreto no contorno C:
τ Sd ≤ τRd2
f
τRd2 = 0,27 1 − ck fcd
250
Nas lajes sem armadura de punção deverá ser verificada a tensão resistente no
contorno C´ como segue:
τ Sd ≤ τRd1
20
⋅ (100 ⋅ ρ ⋅ fck ) 3
1
τRd1 = 0,131 +
d
Onde:
ρ = ρx ⋅ ρy
dx + dy
d=
2
ρ = taxa de armadura aderente de flexão (a lagura a considerar corresponde à largura
do pilar acrescida de 3d para cada um dos lados.
No caso de lajes com armadura de punção a tensão resistente na superfície crítica
C´deve ser calculada como segue:
τ Sd ≤ τRd3
20 d A sw f yd senα
( )
1
τRd3 = 0,101 + ⋅ 100 ⋅ ρ ⋅ f 3 + 1,5
d
ck
Sr u⋅d
Onde:
S r = espaçament o radial da armadura de punção ≤ 0,75d
A sw = armadura de punção num contorno completo paralelo a C´
α = ângulo de inclinação da armaudra
u = perímetro de C´
f ywd ≤ 300 MPa para conectores
f ywd ≤ 250 MPa para estribos em lajes de espessura menor que 15 cm
f ywd ≥ 250 MPa para estribos em lajes de espessura maior que 15 cm
Para proteção contra colapso progressivo deverá ser disposta uma armadura de
flexão devidamente ancorada além do contorno C´ e atravessando o contorno C, tal
que:
A s f yd ≥ Fsd
Onde:
As é a soma das áreas das barras que cruzam cada uma das faces do pilar.
Segundo a NBR 6118:2003 a análise das vibrações pode ser feita em regime linear.
f > fcrit
Quando a ação crítica é originada numa máquina a frequência crítica passa a ser a
da máquina.
Nesse caso, pode não ser suficiente afastar as duas frequências. Principalmente
quando a máquina é ligada, durante o processo de aceleração da mesma é
usualmente necessário aumentar a massa ou o amortecimento da estrutura para
absorver parte da energia envolvida.
Em casos especiais uma análise dinâmica mais acurada deve ser feita.
fcrit
Caso
(Hz)
Ginásio de esportes 8,0
Salas de dança ou de concerto sem cadeiras fixas 7,0
Escritórios 3,0 a 4,0
Salas de concerto com cadeiras fixas 3,4
Passarelas de pedestres ou ciclistas 1,6 a 4,5
16. ESFORÇOS GLOBAIS DE SEGUNDA ORDEM
Segundo a versão atual esses efeitos de segunda ordem podem ser desprezados se
o parâmetro α1 estiver dentro de certos limites, como segue:
Nk
α = H tot
E csIc
Sendo:
α1=0,2+ 0,1 se n ≤ 3
α1=0,6 se n ≥ 4
Onde:
n= número de níveis de barras horizontais (andares) acima da fundação ou de
um nível pouco deslocável do subsolo
Htot = altura total da estrutura, medida a partir do topo da fundação ou de um nível
pouco deslocável do subsolo;
Nk = somatória de todas as cargas verticais atuantes na estrutura (a partir do nível
considerado para o cálculo de Htot), com seu valor característico;
EcsIc = somatória dos valores de rigidez de todos os pilares na direção considerada.
No caso de estruturas de pórticos, de treliças ou mistas, ou com pilares de
rigidez variável ao longo da altura, pode ser considerado o valor da expressão
EcsIc de um pilar equivalente de seção constante.
Outra maneira de avaliar a importância dos esforços de segunda ordem global é por
meio do coeficiente γz, válido para estruturas reticuladas de no mínimo quatro
andares.
1
γz =
∆M tot, d
1−
M1, tot, d
Onde:
M1,tot,d = Momento de tombamento, ou seja, a soma dos momentos de todas as
forças horizontais da combinação considerada, com seus valores de
cálculo, em relação à base da estrutura;
∆Mtot,d = Soma dos produtos de todas as forças verticais atuantes na estrutura, na
combinação considerada, com seus valores de cálculo, pelos
deslocamentos horizontais de seus respectivos pontos de aplicação,
obtidos da análise de 1ª ordem;
Considera-se que a estrutura é de nós fixos se for obedecida a condição: γz ≤ 1,1.
Uma solução aproximada para determinação dos esforços globais de 2ª ordem
consiste na avaliação dos esforços finais (1ª ordem + 2ª ordem) a partir da
majoração dos esforços horizontais na combinação de carregamento considerada
por 0,95 γz. Esse processo é válido para γz ≤ 1,3.