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CONCRETO I

Subtítulo
1.1- CONCRETO
Concreto: agregados + cimento + água + aditivos.
Sua resistência depende: do consumo de cimento, fator
água-cimento, grau de adensamento, tipo de agregado.
 
Concreto armado = concreto + barras de aço.
 
CONCRETO PROTENDIDO
concreto armado + cabos de
aço de alta resistência, os quais
sofrem tensão prévia
(protensão).
1.2 –VIABILIDADE DO CONCRETO
ARMADO
• Aderência entre o concreto e a armadura;

• Valores próximos dos coeficientes de dilatação térmica


do concreto e da armadura; e

• Proteção das armaduras feita pelo concreto envolvente.


1.3 - HISTÓRICO
É atribuída ao francês Joseph Louis Lambot a primeira
construção de concreto armado: um barco que foi
construído em 1855. Outro francês, François Coignet,
publicou em 1861 o primeiro trabalho descrevendo
aplicações e uso do concreto armado.
1.4 – VANTAGENS E DESVANTAGENS
DO CONCRETO ARMADO
1.4.1 VANTAGENS

• Boa resistência a maioria das solicitações;


• Tem boa trabalhabilidade, por isso se adapta a várias
formas;
• Permite obter estruturas monolíticas. Existe aderência
entre o concreto já endurecido e o que é lançado
posteriormente, o que facilita a transmissão de esforços;
• É um material durável quando bem executado;
• Apresenta durabilidade e boa resistência ao fogo;
• Possibilita a utilização de pré-moldagem;
• É resistente a choques e vibraçãoes e efeitos térmicos.
1.4 – VANTAGENS E DESVANTAGENS
DO CONCRETO ARMADO
1.4.2 DESVANTAGENS

• Peso específico elevado;


• As reformas e adaptações são muitas vezes de difícil
execução;
• São necessários um esquema de formas e a utilização de
escoramentos (quando não se faz uso da pré-moldagem)
que geralmente precisam permanecer no local até que o
concreto alcance resistência adequada;
• É bom condutor de calor e som, exigindo em caso
específicos , associação com outros materiais para sanar
esses problemas;
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.1 - CONCRETOS DA ABNT NBR 6118

Segundo a ABNT NBR 8953, os concretos a serem usados


estruturalmente estão divididos em dois grupos,
classificados de acordo com sua resistência característica à
compressão (fck),. A letra C representa classe de concreto
seguida da resistência característica à compressão, em
Mpa.
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
CLASSES DE CONCRETO ESTRUTURAL – NBR 6118/2014
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO

1.5.2 – MASSA ESPECÍFICA

NBR 6118 - (ρc) entre 2 000 kg/m3 e 2 800 kg/m3.

Caso não conhecida:

Concreto simples - 2 400 kg/m3


Concreto armado - 2 500 kg/m3
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO

1.5.2 – MASSA ESPECÍFICA

NBR 6118 - (ρc) entre 2 000 kg/m3 e 2 800 kg/m3.

Caso não conhecida:

Concreto simples - 2 400 kg/m3


Concreto armado - 2 500 kg/m3
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO

1.5.3 – COEFICIENTE DE DILATAÇÃO TÉRMICA

1,0 X 10-5/°C – NBR 6118/2014 (8.2.3)


1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO

1.5.4 – RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO

A resistência à compressão simples, denominada fc.

Para estimá-la são moldados e ensaiados corpos de provas


através, conforme a NBR 5738 – Procedimentos para
moldagem e cura de corpos de prova; e

rompidos como estabelece a ABNT NBR 5739 - Concreto -


Ensaios de compressão de corpos-de-prova cilíndricos
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.4 – RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO

O corpo-de-prova padrão brasileiro é o cilíndrico, com 15cm


de diâmetro e 30cm de altura, e a idade de referência para o
ensaio é 28 dias.
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.4 – RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO

Após ensaio de um número muito grande de corpos-de-prova,


pode ser feito um gráfico com os valores obtidos de f c versus a
quantidade de corpos-de-prova relativos a determinado valor de f c,
também denominada densidade de freqüência.

A curva encontrada denomina-se Curva Estatística de Gauss ou


Curva de Distribuição Normal para a resistência do concreto à
compressão.
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.4 – RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO

Curva de Gauss para a resistência do concreto à compressão


1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.4 – RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO

fck – resistência característica do concreto a compressão;


fcm – resistência média do concreto a compressão;
s – desvio padrão.

fck = fcm – 1,65.S


1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.4 – RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO

O desvio-padrão S corresponde à distância entre a abscissa de


fcm e a do ponto de inflexão da curva (ponto em que ela
muda de concavidade).

O valor 1,65 corresponde ao quantil de 5%, ou seja, apenas


5% dos corposde-prova possuem fc < fck, ou, ainda, 95% dos
corpos-de-prova possuem fc ≥ fck.
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.4 – RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO

Definição de fck
Defini-se fck como sendo o valor da resistência que tem 5%
de probabilidade de não ser alcançado, em ensaios de
corpos-de-prova de um determinado lote de concreto.
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.4 – RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO

Definição de fck
Defini-se fck como sendo o valor da resistência que tem 5%
de probabilidade de não ser alcançado, em ensaios de
corpos-de-prova de um determinado lote de concreto.
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.4 – RESISTÊNCIA A TRAÇÃO

A resistência à tração indireta fct,sp e a resistência à tração


na flexão fct,f devem ser obtidas de ensaios realizados
segundo a ABNT NBR 7222 e a ABNT NBR 12142,
respectivamente (ABNT NBR 6118 - 8.2.5).
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.5 – RESISTÊNCIA A TRAÇÃO

A resistência à tração indireta fct,sp e a resistência à tração


na flexão fct,f devem ser obtidas de ensaios realizados
segundo a ABNT NBR 7222 e a ABNT NBR 12142,
respectivamente (ABNT NBR 6118 - 8.2.5).
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.5 – RESISTÊNCIA A TRAÇÃO

A resistência à tração direta fct pode ser


considerada igual a 0,9 fct,sp ou 0,7 fct,f ou, na falta
de ensaios para obtenção de fct,sp e fct,f, pode ser
avaliado o seu valor médio (fct,m) ou característico
(fctk) por meio das equações seguintes:
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.5 – RESISTÊNCIA A TRAÇÃO

Concreto de classes até C50


1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.5 – RESISTÊNCIA A TRAÇÃO

Concreto de classes C55 até C90


1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.6 – MÓDULO DE DEFORMAÇÃO

Sabe-se da Resistência dos Materiais que a relação entre tensão e


deformação, para determinados intervalos, pode ser considerada linear (Lei
de Hooke); ou seja, σ = E ε , sendo σ a tensão, ε a deformação específica e E
o Módulo de Elasticidade ou Módulo de Deformação Longitudinal.
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.6 – MÓDULO DE DEFORMAÇÃO
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.6 – MÓDULO DE DEFORMAÇÃO

O módulo de deformação tangente inicial é obtido


segundo ensaio descrito na NBR 8522 – Concreto –
Determinação do módulo de deformação estática e
diagrama tensão-deformação.

Quando não forem feitos ensaios e não existirem dados


mais precisos sobre o concreto, para a idade de
referência de 28 dias, pode-se estimar o valor do
módulo de elasticidade inicial usando a expressão:
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
 
Eci=αE.5600. - para fck de 20 Mpa a 50 Mpa

Eci= 21,5. 103 . αE. ( + 1,25)1/3 - para fck de 25 Mpa a


90 Mpa

αE = 1,2 para basalto e diabásio;


αE = 1,0 para granito e gnaisse;
αE = 0,9 para calcáreo;
αE = 0,7 para arenito.
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.6 – MÓDULO DE DEFORMAÇÃO

Módulo de deformação tangencial inicial (ECI)

Módulo de deformação tangencial inicial Eci


1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
 
1.5.6 – MÓDULO DE DEFORMAÇÃO

Módulo de Elasticidade Secante (Ecs)

Utilizado nas análises elásticas do projeto,


especialmente para determinação de esforços
solicitantes e verificação de limites de serviço, deve ser
calculado pela expressão:

Ecs= αi. (0,8+0,2. ). Eci ≤ Eci


1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.6 – MÓDULO DE DEFORMAÇÃO

Módulo de Elasticidade Secante (Ecs)

Na avaliação do comportamento de um
elemento estrutural ou seção transversal,
pode ser adotado módulo de elasticidade
único, à tração e à compressão, igual ao
módulo de deformação secante Ecs.
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.7 – COEFICIENTE DE POISSON

A relação entre a deformação transversal


e a longitudinal é denominada coeficiente
de Poisson e indicada pela letra ν. Para
tensões de compressão menores que 0,5
fc e de tração menores que fct, pode ser
adotado ν = 0,2.
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.7 – COEFICIENTE DE POISSON

Deformações longitudinais e trasnversais


1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.8 – MÓDULO DE ELASTICIDADE TRASNVERSAL

O módulo de elasticidade transversal Gc é igual a


Ecs/2,4 (ABNT NBR 6118 - 8.2.9).
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.9 – DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO

Para tensões de compressão menores que 0,5 fc, a ABNT


NBR 6118 - 8.2.10, admite uma relação linear entre
tensões e deformações, adotando-se para módulo de
elasticidade o valor secante como apresentado em 1.5.6.
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.9 – DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO - COMPRESSÃO
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.9 – DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.9 – DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO – TRAÇÃO

Para o concreto não fissurado, pode ser adotado


o diagrama tensão-deformação bilinear de tração.
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.9 – DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO – TRAÇÃO
.
1.5 – PROPRIEDADES DO CONCRETO
1.5.10 – FLUÊNCIA e RETRAÇÃO

A fluência é uma deformação que depende do carregamento.


Corresponde a uma contínua (lenta) deformação do concreto, que
ocorre ao longo do tempo, sob ação de carga permanente.

A retração do concreto é uma deformação independente de


carregamento. Corresponde a uma diminuição de volume que
ocorre ao longo do tempo devido à perda d'água que fazia parte da
composição química da mistura da massa de concreto.
.
1.6- PROPRIEDADES DO AÇO
O aço, assim como outro material, tem coeficiente de
dilatação térmica, pode ser representado por um diagrama
tensão-deformação, possui módulo de elasticidade, etc.
Apresenta, também, uma propriedade específica, que é o
coeficiente de aderência.
1.6- PROPRIEDADES DO AÇO
1.6.1 - CATEGORIA DOS AÇOS DE ARMADURA PASSIVA

Nos projetos de estruturas de concreto armado deve ser


utilizado aço classificado pela ABNT NBR 7480, com o
valor característico da resistência de escoamento nas
categorias CA-25, CA-50 e CA-6010 (ABNT NBR 6118 -
8.3.1). Estes aços, e respectivas resistências características
à tração (fyk).
1.6- PROPRIEDADES DO AÇO
1.6.1 - CATEGORIA DOS AÇOS DE ARMADURA PASSIVA
1.6- PROPRIEDADES DO AÇO
1.6.2 – COEFICIENTE DE ADERÊNCIA

Os fios e barras podem ser lisos ou providos de


saliências ou mossas. A capacidade aderente entre o aço
e o concreto está relacionada ao η1
1.6- PROPRIEDADES DO AÇO
1.6.2 – COEFICIENTE DE ADERÊNCIA
1.6- PROPRIEDADES DO AÇO
1.6.3 – MASSA ESPECÍFICA

Pode-se adotar para massa específica do aço de armadura


passiva o valor de 7 850 kg/m3 (ABNT NBR 6118 - 8.3.3).
1.6- PROPRIEDADES DO AÇO
1.6.4 – COEFICIENTE DE DILATAÇÃO TÉRMICA

O valor 10-5/ºC pode ser considerado para o coeficiente de


dilatação térmica do aço, para intervalos de temperatura
entre -20ºC e 150ºC (ABNT NBR 6118 - 8.3.4).
1.6- PROPRIEDADES DO AÇO
1.6.4 – COEFICIENTE DE DILATAÇÃO TÉRMICA

O valor 10-5/ºC pode ser considerado para o coeficiente de


dilatação térmica do aço, para intervalos de temperatura
entre -20ºC e 150ºC (ABNT NBR 6118 - 8.3.4).
1.6- PROPRIEDADES DO AÇO
1.6.5 – MÓDULO DE ELASTICIDADE

Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o


módulo de elasticidade do aço pode ser admitido igual a
210 GPa (ABNT NBR 6118 - 8.3.5).
1.6- PROPRIEDADES DO AÇO
1.6.6 – DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO

O diagrama tensão-deformação do aço e os valores


característicos da resistência ao escoamento fyk, da
resistência à tração fstk e da deformação na ruptura εuk
devem ser obtidos de ensaios de tração realizados
segundo a ABNT NBR ISO 6892-1. O valor de fyk para os
aços sem patamar de escoamento é o valor da tensão
correspondente à deformação permanente de 2‰
(ABNT NBR 6118 - 8.3.6).
1.6- PROPRIEDADES DO AÇO
1.6.6 – DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO

O diagrama tensão-deformação do aço e os valores


característicos da resistência ao escoamento fyk, da
resistência à tração fstk e da deformação na ruptura εuk
devem ser obtidos de ensaios de tração realizados
segundo a ABNT NBR ISO 6892-1. O valor de fyk para os
aços sem patamar de escoamento é o valor da tensão
correspondente à deformação permanente de 2‰
(ABNT NBR 6118 - 8.3.6).
1.6- PROPRIEDADES DO AÇO
1.6.6 – DIAGRAMA TENSÃO X DEFORMAÇÃO
1.6- PROPRIEDADES DO AÇO
1.6.7 – CARACTERÍSTICAS DE DUTILIDADE

Os aços CA-25 e CA-50, que atendam aos valores


mínimos de fst/fy e εuk indicados na ABNT NBR 7480,
podem ser considerados de alta dutilidade. Os aços
CA-60 que obedeçam também às especificações dessa
Norma podem ser considerados como de dutilidade
normal (ABNT NBR 6118 - 8.3.7).
1.6- PROPRIEDADES DO AÇO
1.6.7 – CARACTERÍSTICAS DE DUTILIDADE

Os aços CA-25 e CA-50, que atendam aos valores


mínimos de fst/fy e εuk indicados na ABNT NBR 7480,
podem ser considerados de alta dutilidade. Os aços
CA-60 que obedeçam também às especificações dessa
Norma podem ser considerados como de dutilidade
normal (ABNT NBR 6118 - 8.3.7).
1.6- PROPRIEDADES DO AÇO
1.6.7 – CARACTERÍSTICAS DE DUTILIDADE

Para que um aço seja considerado soldável, sua


composição deve obedecer aos limites estabelecidos na
ABNT NBR 8965.
A emenda de aço soldada deve ser ensaiada à tração
segundo a ABNT NBR 8548. A força de ruptura mínima,
medida na barra soldada, deve satisfazer o especificado na
ABNT NBR 7480 e o alongamento sob carga deve ser tal
que não comprometa a dutilidade da armadura. O
alongamento total plástico medido na barra soldada deve
atender a um mínimo de 2% (ABNT NBR 6118 - 8.3.9).
1.6- PROPRIEDADES DO AÇO
1.6.8 – CLASSIFICAÇÃO DA ARMADURA

Barras: obtidas por laminação a quente, sem deformação


a frio posterior. Possuem diâmetro nominal superior a 5.0
mm.

Fios: obtidos por deformação a frio (processo de


trefilação). Possuem diâmetro nominal igual ou inferior a
10.0 mm
1.6- PROPRIEDADES DO AÇO
1.6.8 – CLASSIFICAÇÃO DA ARMADURA
1.6- PROPRIEDADES DO AÇO
1.6.8 – CLASSIFICAÇÃO DA ARMADURA
1.6- PROPRIEDADES DO AÇO
1.6.8 – CLASSIFICAÇÃO DA ARMADURA
ARMADURA LONGITUDINAL- AS,MÍN E AS, MÁX
ARMADURA LONGITUDINAL- AS,MÍN E AS, MÁX

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