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2. MATERIAIS
2.1 CONCRETO
2.1.1 Classes
Esta Norma se aplica aos concretos compreendidos nas classes de resistência dos grupos I
e II, da ABNT NBR 8953, até a classe C90.
Resistência característica à
Grupo I de resistência
compressão (MPa)
C20 20 MPa
Concreto Armado 1 | Prof. Esp. Emílio Augusto de Queiroz Velois
2
C25
25 MPa
C30
30 MPa
C35
35 MPa
C40
40 MPa
C45
45 MPa
C50
50 MPa
Resistência característica à
Grupo I de resistência
compressão (MPa)
C55 55 MPa
C60 60 MPa
C70 70 MPa
C80 80 MPa
C90 90 MPa
A classe C20, ou superior, se aplica ao concreto com armadura passiva e a classe C25, ou
superior, ao concreto com armadura ativa. A classe C15 pode ser usada apenas em obras
provisórias ou concreto sem fins estruturais, conforme a ABNT NBR 8953.
O concreto estrutural deve ter resistência característica à compressão aos 28 dias (fck)
mínimo de 20 MPa para estruturas em concreto armado podendo chegar até 90 MPa.
Esta Norma se aplica aos concretos de massa específica normal, que são aqueles que,
depois de secos em estufa, têm massa específica (ρc) compreendida entre 2000 kg/m³ e
2800 kg/m³.
Se a massa específica real não for conhecida, para efeito de cálculo, pode-se adotar para o
concreto simples o valor 2400 kg/m³ e para o concreto armado, 2500 kg/m³.
Para efeito de análise estrutural, o coeficiente de dilatação térmica pode ser admitido como
sendo igual a 10-5/°C.
A evolução da resistência à compressão com a idade deve ser obtida por ensaios
especialmente executados para tal. Na ausência desses resultados experimentais, pode-se
adotar, em caráter orientativo, os valores indicados em 12.3.3.
Nrup
fcj=
A
onde:
fck=fcm−1,65∗s
A resistência à tração indireta fct,sp e a resistência à tração na flexão fct,f devem ser obtidas
em ensaios realizados segundo as ABNT NBR 7222 e ABNT NBR 12142, respectivamente.
6∗L
∗F
3
fct , f =
b∗h ²
Ft
fct=
A
A resistência à tração direta fct pode ser considerada igual a 0,9 fct,sp ou 0,7 fct,f, ou, na
falta de ensaios para obtenção de fct,sp e fct,f, pode ser avaliado o seu valor médio ou
característico por meio das seguintes equações:
onde:
fct,m e fck são expressos em megapascal (MPa).
sendo
fckj ≥ 7 MPa, estas expressões podem também ser usadas para idades diferentes de 28 dias.
onde:
fctk ,inf =0,7∗fct ,m
fctk ,¿ 1,3∗fct , m
σ
E=
ε
O módulo de elasticidade (Eci) deve ser obtido segundo o método de ensaio estabelecido
na ABNT NBR 8522, sendo considerado nesta Norma o módulo de deformação tangente
inicial, obtido aos 28 dias de idade.
Quando não forem realizados ensaios, pode-se estimar o valor do módulo de elasticidade
inicial usando as expressões a seguir:
Eci=αe∗5600 √ fck
( )
1/ 3
fck
Eci=21,5∗10³∗αe∗ +1,25
10
sendo:
onde
O módulo de deformação secante pode ser obtido segundo método de ensaio estabelecido
na ABNT NBR 8522, ou estimado pela expressão:
Concreto Armado 1 | Prof. Esp. Emílio Augusto de Queiroz Velois
9
Ecs=αi∗Eci
sendo:
0,2∗fck
ai=0,8+ ≤ 1,0
80
A Tabela 3 apresenta valores estimados arredondados que podem ser usados no projeto
estrutural.
Classe de
C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50 C60 C70 C80 C90
resistência
Eci
25 28 31 33 35 38 40 42 43 45 47
(GPa)
Ecs
21 24 27 29 32 34 37 40 42 45 47
(GPa)
αi 0,85 0,86 0,88 0,89 0,90 0,91 0,93 0,95 0,98 1,00 1,00
No cálculo das perdas de protensão, pode ser utilizado em projeto o módulo de elasticidade
inicial Eci.
O módulo de elasticidade em uma idade menor que 28 dias pode ser avaliado pelas
expressões a seguir:
fckj 0,5
Eci (t)=⌈ ⌉
fck
0,3
fckj
Eci (t)=⌈ ⌉
fck
onde:
Para tensões de compressão menores que 0,5 fc e tensões de tração menores que fct, o
coeficiente de Poisson ν pode ser tomado como igual a 0,2 e o módulo de elasticidade
transversal Gc igual a Ecs/2,4.
a) Compressão
Para tensões de compressão menores que 0,5 fc, pode-se admitir uma relação linear entre
tensões e deformações, adotando-se para módulo de elasticidade o valor secante dado pela
expressão constante em 8.2.8.
εc2 = 2,0 ‰;
εcu = 3,5 ‰
90−50 4
ε cu=2,6 ‰+ 35 ‰∗( )
100
fck
fcd=
γc
fctk , inf
fctd=
γc
Especiais ou de
1,2 1,15
construção
Segundo a NBR as resistências dos materiais devem ser minoradas pelo coeficiente:
γm=γm 1∗γm 2∗γm 3
γm2 – Parte do coeficiente de ponderação das resistências γm, que considera a diferença
entre a resistência do material no corpo de prova e na estrutura.
γm3 – Parte do coeficiente de ponderação das resistências γm, que considera os desvios
gerados na construção e as aproximações feitas em projeto do ponto de vista das
resistências.
Exercício 1
C20
C40
C50
C70
C90
2.2 AÇO
2.2.1 Categoria
Nos projetos de estruturas de concreto armado deve ser utilizado aço classificado pela
ABNT NBR 7480, com o valor característico da resistência de escoamento nas categorias
CA-25, CA-50 e CA-60. Os diâmetros e seções transversais nominais devem ser os
estabelecidos na ABNT NBR 7480.
De acordo com a ABNT NBR 7480:2007 o aço para armadura passiva é dividido em:
De acordo com a ABNT NBR 7480:2007, as armaduras para concreto armado podem
ser classificadas em:
Segundo o processo de fabricação, as barras são obtidas por laminação a quente e os fios
são obtidos por trefilação ou processo equivalente. As barras são classificadas nas
categorias CA-25 e CA-50. Os fios são da categoria CA-60.
Para os efeitos desta Norma, a capacidade aderente entre o aço e o concreto está
relacionada ao coeficiente η1, cujo valor está estabelecido na abaixo.
TIPO DE SUPERFÍCIE η1
Lisa 1
Entalhada 1,4
Nervurada 2,25
Pode-se adotar para a massa específica do aço de armadura passiva o valor de 7850
kg/m3.
O valor de 10−5 /°C pode ser considerado para o coeficiente de dilatação térmica do aço,
para intervalos de temperatura entre -20 °C e 150 °C.
onde:
σ =E∗ε
σ
ε=
E
fyd
εyd =
Es
fyk
fyd=
γs
Exercício 2
CA-25
CA-50
CA-60
BIBLIOGRAFIA