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Perguntas e Respostas
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7. No que consiste o recebimento do concreto?
Consiste em duas etapas:
aceitação do concreto no estado fresco
aceitação definitiva do concreto.
A aceitação no estado fresco consiste na verificação da conformidade das propriedades
especificadas para o concreto fresco por ocasião da descarga da betoneira, que via de
regra se resume ao ensaio de abatimento pela NBR NM 67 (“slump”). Durante a aceitação
do concreto fresco é verificada a documentação relativa ao preparo do concreto.
A aceitação definitiva do concreto consiste na verificação da conformidade de todas as
propriedades especificadas para o concreto, inclusive o atendimento à resistência à
compressão especificada e verificada em ensaio conforme a NBR 5739.
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consumos mínimos de cimento por metro cúbico de concreto de acordo com a
ABNT NBR 12655.
11. Quais são os parâmetros ou requisitos de durabilidade especificados na norma
NBR 6118 para o concreto?
Esses parâmetros referem-se aos valores de relação água/cimento máximo permissíveis
bem como classes mínimas de resistência do concreto, em função das classes de
agressividade a que a estrutura de concreto vai ser submetida. Eles aparecem nas
tabelas 6.1 e 7.1 da NBR 6118, a seguir transcritas:
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NOTAS:
CA Componentes e elementos estruturais de concreto armado
CP Componentes e elementos estruturais de concreto protendido
NOTAS:
CA Componentes e elementos estruturais de concreto armado
CP Componentes e elementos estruturais de concreto protendido
14. Quais são as classes de agressividade, por exemplo, de Brasília, Rio de Janeiro
e São Paulo?
Em Brasília a classe genérica de agressividade é I, devido a baixa umidade relativa do ar,
no Rio de Janeiro é III, por se tratar de região litorânea, ao passo que em São Paulo é II,
mas isso pode variar, devendo-se sempre levar em conta os microclimas.
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15. Limitar somente a relação água/cimento e a classe de resistência do concreto
não é suficiente para garantia da durabilidade?
Não. A limitação da relação a/c reduz a porosidade, ao passo que o teor mínimo de
cimento assegura quantidade mínima de pasta para cobrir os agregados e essa decisão
teve respaldo de normas internacionais.
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agentes químicos de degelo, sais, água
salgada, água do mar, ou respingos ou
borrifação desses agentes.
Tabela 4 - Requisitos para concreto exposto a soluções contendo sulfatos
Máxima
Sulfato solúvel relação Mínimo fck
Condições de Sulfato solúvel
(SO4) presente água/cimento, (para concreto
exposição em em água (SO4)
na água em massa, com agregado
função da presente no
para concreto normal ou leve)
agressividade solo
ppm com agregado MPa
% em massa
normal*
Fraca 0,00 a 0,10 0 a 150 -- --
Moderada** 0,10 a 0,20 150 a 1 500 0,50 35
Severa*** Acima de 0,20 Acima de 1 500 0,45 40
*Baixa relação água/cimento ou elevada resistência podem ser necessárias para a obtenção de
baixa permeabilidade do concreto ou proteção contra a corrosão da armadura ou proteção a
processos de congelamento e degelo.
**Água do mar.
***Para condições severas de agressividade, devem ser obrigatoriamente usados cimentos
resistentes a sulfatos.
Tabela 5 - Teor máximo de íons cloreto para proteção das armaduras do concreto
18. Por que não contemplar outras adições, além de sílica ativa e metacaulim?
Porque essas adições são geralmente em baixo teores e utilizadas em concretos
de alto desempenho (CAD), onde há um controle tecnológico de qualidade mais
rigoroso.
Porque a norma deve ser sempre cautelosa e conservadora e não generalizar
exemplos pontuais de sucesso.
Porque em concretos convencionais não há garantia de que haja homogeneidade
de escórias e pozolanas (centrais brasileiras são em sua maioria dosadoras).
Porque a norma atual NBR 12654 não estabelece requisitos claros para escória.
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Porque não há garantia de finura adequada da escória para garantir por sua vez a
hidratação desse componente.
Porque não é pratica corrente pelas concreteiras em geral a realização de estudos
específicos de viabilidade técnica para estabelecimento da quantidade de adições
a ser utilizada, sem prejuízo às propriedades do concreto. Atualmente, parte do
cimento tem sido substituída por adições, sem comprovação de seu desempenho.
Porque o padrão brasileiro é de cimentos que já contemplam adições de escória ou
pozolana, onde há garantia de bom desempenho desses componentes.
20. Com que freqüência devem ser realizados os ensaios de abatimento para
aceitação do concreto na obra?
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Tempo de concretagem 3 dias de concretagem1)
1)
Este período deve estar compreendido no prazo total máximo de 7 dias, que inclui eventuais interrupções para tratamento de juntas.
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25. Em que se baseia o critério de aceitação do concreto pelo ensaio de
resistência à compressão?
Pelas formulações estatísticas estabelecidas na norma em função do tipo de controle
calcula-se a resistência característica à compressão estimada (fck est). Esse valor deve
sempre ser maior ou igual à resistência característica estabelecida pelo projetista
estrutural, ou seja, para aceitação definitiva do concreto, em todos os casos: fck est > fck.