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16/02/2023 20:26 Ead.

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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL –


CONCRETOS E ARGAMASSAS
CONTROLE DE QUALIDADE
DO CONCRETO
Autor: Me. Ítalo Vale Monte Júnior
Revisor: Paula De Lima Salum

INICIAR

introdução
Introdução
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Nesta unidade você estudará o controle de qualidade do concreto como importante


ferramenta para atingir a durabilidade das estruturas de concreto armado, requerida nos
projetos estruturais.

Os processos construtivos evoluem constantemente para atender as necessidades dos


usuários. Do mesmo modo, os materiais são modificados por necessidades econômicas e
ambientais, seja para garantir maior desempenho ou reduzir o impacto ao meio ambiente.

Nesse sentido, destaca-se a influência da dosagem do concreto para garantir as


propriedades necessárias à boa aplicação e desempenho requeridos ao material, diante dos
cenários de inovação na construção civil.

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Aspectos Gerais Sobre a


Dosagem do Concreto

A dosagem é o estudo do proporcionamento dos materiais constituintes do concreto para


atender características específicas da mistura, como: a trabalhabilidade, a resistência e a
durabilidade. Ao proporcionamento dos materiais constituintes do concreto é dado o nome
de traço.

A boa trabalhabilidade do concreto é alcançada quando a mistura tiver a consistência


adequada à aplicação do material e a capacidade de reter os agregados e a água de
amassamento. Essas características não são parâmetros especificados no projeto estrutural,
e sim alcançados com um proporcionamento adequado dos materiais constituintes do
concreto.

Neville (2016, p. 754) comenta que o projeto estrutural impõe dois parâmetros para a
dosagem do concreto: a resistência e a durabilidade.

Nesse sentido, a normalização brasileira, por meio da NBR 6118 (ABNT, 2014) e da NBR
12655 (ABNT, 2015), define limites para orientar os projetistas das estruturas e tecnologistas
do concreto quanto à resistência e durabilidade, relacionando esses parâmetros ao tipo de
sistema estrutural e a classe de agressividade à qual a estrutura será exposta quando
construída.

A agressividade do meio ambiente se relaciona às ações físicas e químicas que atuam sobre
as estruturas de concreto (ABNT, 2014, p. 16), sendo adotadas quatro classes com ações de
agressividade de fraca a muito forte, conforme demonstrado no Quadro 3.1.

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Classificação geral
Classe de Risco de
do tipo de
agressividade Agressividade deterioração da
ambiente para
ambiental estrutura
efeito de projeto

I Fraca Rural Submersa Insignificante

II Moderada Urbana a,b Pequeno

Marinha a Industrial
III Forte a,b Grande

Industrial a,c
IV Muito forte Elevado
Respingos de maré

a Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (uma

classe acima) para ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas
e áreas de serviço de apartamentos residenciais e conjuntos comerciais ou
ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura).

b Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (uma classe acima) em

obras em regiões de clima seco, com umidade média relativa do ar menor ou igual a
65%, partes da estrutura protegidas de chuva em ambientes predominantemente
secos ou regiões onde raramente chove.

c Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia,

branqueamento em indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes,


indústrias químicas.
Quadro 3.1 - Classe de agressividade ambiental (CAA)
Fonte: ABNT (2014, p. 17).

A definição da classe de agressividade ambiental servirá para estabelecer parâmetros


adotados na dosagem do concreto, além de orientar o projetista da estrutura.

Observa-se nas Tabelas 3.1 e 3.2 que o consumo de cimento e sua proporção com a água
(a/c), além da resistência à compressão do concreto, são os critérios utilizados na dosagem
da mistura que influenciam a durabilidade da estrutura.

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Classe de agressividade (Tabela 6.1, da NBR


6118)
Concreto a Tipo b, c
I II III IV

Relação CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45


água/cimento em
massa CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45

Classe de CA > C20 > C25 > C30 > C40


concreto (ABNT
NBR 8953) CP > C25 > C30 > C35 > C40

a O concreto empregado na execução das estruturas deve cumprir os requisitos

estabelecidos na ABNT NBR 12655.

b CA corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto armado.

c CP corresponde a componentes e elementos estruturais de concreto protendido.

Tabela 3.1 - Correspondência entre a classe de agressividade e a qualidade do concreto


Fonte: Adaptada de ABNT (2014, p. 18).

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Classe de agressividade
Concreto a Tipo b, c
I II III IV

Relação CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45


água/cimento em
massa CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45

Classe de CA > C20 > C25 > C30 > C40


concreto (ABNT
NBR 8953) CP > C25 > C30 > C35 > C40

Consumo de
cimento Portland
por metro cúbico CA e CP ≥ 260 ≥ 280 ≥ 320 ≥ 360
de concreto
(kg/m³)

CA   Componentes e elementos estruturais de concreto armado

CP   Componentes e elementos estruturais de concreto protendido


Tabela 3.2 - Correspondência entre a classe de agressividade e a qualidade do concreto
Fonte: Adaptada de ABNT (2015, p. 12).

De acordo com Neville (2016, p. 760), a resistência à compressão média necessária a uma
determinada idade, em geral aos 28 dias, determina a relação água/cimento nominal do
concreto. Nesse caso, é necessário entendermos a diferença entre a resistência de dosagem
e a resistência característica do concreto, especificada no projeto estrutural.

Tutikian e Helene (2011, p. 428) esclarecem que a resistência média prevista na dosagem não
é diretamente o f ck (previsto em projeto), e sim o f cmj, que é calculado pela Equação 1:

f cmj  = f ck  +  1, 65 .  Sd               (Eq.1)

Em que:

é a resistência média do concreto à compressão, prevista para a idade j dias, em


f cmj
megapascals (MPa);

f ck é a resistência característica do concreto à compressão, aos j dias, em megapascals (MPa);


e

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S d é o desvio padrão da dosagem, em megapascals (MPa).

É indicada a idade de j dias, pois cabe ao projetista estrutural, em conjunto com o


tecnologista do concreto, a indicação dessa idade para avaliação da resistência do concreto,
visto que esse parâmetro deverá ser função das características do sistema construtivo
(TUTIKIAN; HELENE, 2011, p. 428).

O desvio padrão (S d) utilizado na Equação 1 para o cálculo do f cmj depende das condições de
preparo do concreto na obra, e foi prescrito pela ABNT NBR 12655 (ABNT, 2015, p. 17) em
três formas:

Condição A (S d = 4,0 MPa) — aplicável a todas as classes de resistência do concreto;


cimento e agregado medidos em massa; água de amassamento medida em massa
ou volume com dispositivo dosador e corrigido em função da umidade dos
agregados;
Condição B (S d = 5,5 MPa) — aplicável às classes de resistências C10 a C20; cimento
medido em massa; água de amassamento medida em volume com dispositivo
dosador e os agregados medidos em massa combinado com volume, levando em
conta a umidade da areia;
Condição C (S d = 7,0 MPa) — aplicável apenas aos concretos com classe de
resistências C10 e C15; cimento medido em massa; os agregados medidos em
volume; a água de amassamento medida em volume e sua quantidade corrigida em
função da estimativa de umidade dos agregados.

Percebe-se que a dosagem do concreto reúne informações estabelecidas no projeto


estrutural e procedimento teórico-experimental para definir o proporcionamento dos
materiais que servirão à boa aplicação do material, além de inibir os mecanismos de
deterioração do concreto como a lixiviação, o ataque por sulfatos e a reação álcali-agregado.

A lixiviação acontece pela dissolução dos compostos hidratados da pasta de cimento por
ação de águas puras, carbonáticas ou chuvas ácidas, e nesse caso a dosagem do concreto
ajudaria evitando a ocorrência da fissuração plástica. Já as expansões deletérias do concreto
por sulfatos e álcali-agregado podem ser evitadas modificando os constituintes da mistura,
no caso o cimento e o agregado.

O ataque por sulfato acontecerá por solo e água contaminada por sulfato, podendo ser
evitado com cimento resistente a sulfato. E a reação álcali-agregado ocorre devido à
reatividade de agregados aos álcalis do cimento, sobre a ação de umidade da estrutura,
podendo ser evitada analisando previamente se o agregado não é reativo, de acordo com
método de ensaio prescrito na ABNT NBR 15577-4.

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praticar
Vamos Praticar
O estudo da durabilidade das estruturas de concreto armado e protendido tem evoluído graças ao
maior conhecimento dos mecanismos de transporte de líquidos e de gases agressivos nos meios
porosos, como o concreto.

MEDEIROS, M. H. F.; ANDRADE, J. J. O.; HELENE, P. Durabilidade e vida útil das estruturas de concreto
(Capítulo 22). In: ISAIA, G. C. (Org). Concreto : ciência e tecnologia. 1. ed. São Paulo: IBRACON, v. 1. p.
773-808. 2011.

Responda a alternativa correta em relação aos requisitos de durabilidade do concreto prescritos na


ABNT NBR 6118 e ANBT NBR 12655.

a) O aumento no consumo de cimento reduz a possibilidade da reação álcali-agregado.


b) O ataque por sulfatos no concreto ocorre apenas quando a estrutura sofre fissuração
plástica.
c) Quanto menor a relação água/cimento maior poderá ser a classe de agressividade do
concreto.
d) Consumo de cimento inferior a 200 kg/m³ é indicado apenas para estruturas de concreto
na classe agressividade I.
e) A baixa resistência do concreto promove maior resistência ao ataque por sulfatos.

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Aplicações de Métodos
de Dosagem

As recorrentes mudanças nas características dos materiais alteraram as propriedades do


concreto ao longo do tempo. Muitas vezes essas mudanças ocorreram por necessidades
econômicas e sustentáveis da indústria do cimento.

O cimento Portland — que atualmente é composto por adições minerais e apresenta maior
controle no processo de fabricação, se comparado ao cimento produzido no século XIX — é
um dos exemplos da evolução dos materiais que alteraram as propriedades do concreto.

Assim, o estudo da dosagem do concreto é necessário para concebermos misturas


adequadas ao uso do concreto.

Método ACI-ABCP
O método de dosagem ACI–ABCP é uma adaptação brasileira do método americano de
dosagem, prescrito pelo American Concrete Institute, feita pela Associação Brasileira de
Cimento Portland.

De acordo com Bauer (2019, p. 247-250), o método ACI-ABCP se limita ao uso de agregados
britados e areia de rio, tem consistência semiplástica à fluida e é aplicado a concretos com
classe de resistência C12 a C35 e não a concretos com agregados leves.

O método ACI-ABCP pode ser descrito em quatro etapas. A primeira é caracterizada pelo
reconhecimento das propriedades físicas dos materiais:

massas específicas do cimento, areia e brita;

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resistência normal do cimento aos 28 dias;


massa unitária compactada da brita;
módulo de finura da areia;
e diâmetro máximo da brita.

Na segunda etapa, são definidos parâmetros de dosagem do concreto.

Primeiro, calcula-se a resistência de dosagem do concreto, aos j dias, pela Equação 1 (


f cmj  =  f ck  +  1, 65 .  S d).

Logo após o cálculo de f cmj, define-se a relação água/cimento (a/c) por observação na Figura
3.1.

Figura 3.1 - Gráficos para determinação da relação (fator) água/cimento em função das
resistências do concreto e cimento aos 28 dias
Fonte: Adaptada de Bauer (2019, p. 247-250).
Projeta-se o valor do f cj, identificado na abscissa do gráfico, sobre a reta da resistência
normal do cimento que será utilizado na produção do concreto. Ao tocar a reta, esse ponto é
projetado de interseção sobre a ordenada do gráfico, identificando assim a relação
água/cimento.

Referindo-se ao a / c identificado no gráfico, Bauer (2019, p. 247-250) reforça que é necessário


confirmar a adequação do parâmetro aos critérios de durabilidade estabelecidos na ABNT
NBR 6118 e na ABNT NBR 12655, de acordo com a classe de agressividade a qual a estrutura
de concreto armado será construída.

Na terceira etapa, são calculados os consumos dos materiais. Inicia-se com a definição da
quantidade de água aproximada no traço, a partir da observação na Tabela 3.3, relacionando
o abatimento do concreto com o diâmetro máximo do agregado graúdo e identificando o
consumo de água (Ca) em litros por metro cúbico de concreto.

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Água para agregado com dimensões (litro/m 3 )


Abatimento (mm)
9,5 19 25 32 38

40-60 220 195 190 185 180

60-80 225 200 195 190 185

80-100 230 205 200 195 190


Tabela 3.3 - Consumo aproximado de água (litros / m³)
Fonte: Adaptada de Bauer (2019, p. 247-250).

Na sequência, calcula-se o consumo de cimento (C c), dividindo o consumo de água (C a) pela


relação água/cimento (a / c), de acordo com a Equação 2:
Ca
Cc  =               (Eq. 2)
a/c

Para calcular o consumo de brita (C b), inicialmente é necessário observar, na Tabela 3.4, o
volume de brita (V b), relacionando o módulo de finura da areia com o diâmetro máximo da
brita.

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Dimensão máxima do agregado (mm)


Módulo de finura
9,5 19 25 32 38

1,8 0,645 0,770 0,795 0,820 0,845

2,0 0,625 0,750 0,775 0,800 0,825

2,2 0,605 0,730 0,755 0,780 0,805

2,4 0,585 0,710 0,735 0,760 0,785

2,6 0,565 0,690 0,715 0,740 0,765

2,8 0,545 0,670 0,695 0,720 0,745

3,0 0,525 0,650 0,675 0,700 0,725

3,2 0,505 0,630 0,655 0,680 0,705

3,4 0,485 0,610 0,635 0,660 0,685

3,6 0,465 0,590 0,615 0,640 0,665


Tabela 3.4 - Volume compactado de agregado graúdo por metro cúbico de concreto
Fonte: Adaptada de Bauer (2019, p. 247-250).

Na sequência, calcula-se o consumo de brita (C b), multiplicando a massa unitária compactada


(MUcomp) da brita pelo seu volume (V b) identificado na Tabela 3.4, de acordo com a Equação
3:
Cb  =  Vb .  MUcomp           (Eq. 3)

Ao final da terceira etapa, calcula-se o volume de agregado miúdo (V m) considerando que é o


volume de material restante para completar a produção de 1 m³ de concreto, de acordo com
a Equação 4:

( )
Cc Cb Ca
Vm  =  1 − + +         (Eq. 4)
γc γb γa

Em que:

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C c, C b, C a são os consumos do cimento, brita e água, respectivamente.

γ c, γ b, γ a são as massas específicas do cimento, brita e água, respectivamente.

De modo semelhante à brita, calcula-se o consumo de agregado miúdo (C m), multiplicando o


volume de agregado miúdo (V m) pela sua massa específica (γ m), de acordo com a Equação 5:

Cm  =  Vm .  γm         (Eq. 5)

Por fim, na quarta etapa, apresenta-se o traço dividindo o consumo dos materiais pelo
consumo do cimento, de acordo com a Equação 6:
Cc Cm Cb Ca
: : :           (Eq. 6)
Cc Cc Cc Cc

O método de dosagem ACI-ABCP, por ser em grande parte teórico, antes de utilizar o traço
calculado na obra, é recomendado experimentá-lo em laboratório. Deve-se verificar o
abatimento do concreto e a resistência à compressão aos 28 dias.

praticar
Vamos Praticar
A dosagem é um simples processo de escolha de componentes adequados do concreto e de
determinação de suas quantidades relativas com o objetivo de produzir um concreto, o mais
econômico possível, que atenda a determinadas propriedades mínimas, especialmente resistência,
durabilidade e consistência.

NEVILLE, A. M. Propriedades do Concreto . 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2016. p. 755. [Minha
Biblioteca].

Um determinado traço de concreto apresentou os consumos de cimento, areia, brita e água


equivalentes a: Cc = 410 kg/m³; Cm = 800 kg/m³; Cb = 975 kg/m³; Ca = 205 kg/m³. Responda a
alternativa correta sobre o consumo dos materiais desse concreto.

a) São necessários 123 kg de cimento no traço para produzir 300 litros de concreto.
b) A relação água/cimento é igual a 2.
c) São necessários 159 kg de areia no traço para produzir 300 litros de concreto.

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d) A relação aglomerantes/agregados é igual a 4.


e) O consumo desses materiais resulta no traço 1:2,3: 3,5: 0,50, em massa.

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Evolução no Controle
da Resistência do
Concreto

Por muito tempo avaliou-se o concreto apenas por suas características mecânicas,
resultando em observações macroscópicas do material em sua grande maioria. Contudo, foi
possível conhecer melhor o comportamento do material a partir dos estudos em nível
microscópico.

Avaliação da Microestrutura do Concreto


A complexa interação entre os materiais do concreto produz efeitos que só são possíveis
explicar analisando a microestrutura do material. Desse modo, a evolução na tecnologia do
concreto ocorreu reconhecendo três fases do material: a fase agregado graúdo, fase pasta de
cimento e zona de transição na interface entre a pasta de cimento e o agregado graúdo.

Fase Agregado Graúdo


A fase agregado influencia a densidade de massa, rigidez e trabalhabilidade do concreto,
conduzidos principalmente pela massa unitária, resistência e rugosidade do agregado
graúdo.

Segundo Mehta e Monteiro (2014, p. 27), a composição química e mineralógica do agregado


graúdo possivelmente influencia menos do que as características físicas como volume,
tamanho e distribuição dos poros. Contudo, Neville (2016, p. 317), referindo-se ao agregado
miúdo, comenta que no caso do calcário existe uma reação química com a pasta de cimento
formando uma zona de transição mais densa.

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Características como a forma e a textura do agregado graúdo influenciam a aderência com a


pasta de cimento. Desse modo, o seixo rolado (cascalho natural), com formato arredondado
e textura lisa, promoverá menor resistência de aderência com a pasta de cimento do que a
brita, com formato achatado e textura rugosa, conforme demonstra a Figura 3.2.

Figura 3.2 - Características do agregado graúdo – a) Cascalho natural; b) Pedra britada


Fonte: Vladimir Bilobaba / 123RF.
No caso de agregados graúdos leves, como a argila expandida com formato arredondado
(Figura 3.3), a baixa resistência do agregado e a alta porosidade serão limitantes para
concretos com elevada resistência.

Figura 3.3 - Características da argila expandida


Fonte: Anton Starikov / 123RF.
De todo modo, a argila expandida poderá ser aplicada em concreto leve estrutural (CLV), um
concreto especial.

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reflita
Reflita
Os agregados reciclados podem ser resíduos
industriais granulares que tenham
propriedades adequadas ao uso, como
agregado ou proveniente do beneficiamento de
entulho de construção ou demolição
selecionado para esta aplicação.

Se os agregados reciclados podem substituir os


agregados naturais, qual o motivo desse
material ainda ser pouco utilizado em
concretos com função estrutural? Reflita sobre
esse importante assunto para a
sustentabilidade da construção civil.

Fonte: Sbrighi Neto (2011, p. 237).

Outro aspecto importante que merece atenção na fase agregado é a formação de película de
água na superfície do agregado graúdo quando ocorre a exsudação do concreto. Essa
película pode reduzir a aderência do agregado graúdo com a pasta de cimento

Mehta e Monteiro (2014, p. 28) se referem ao fenômeno comentando que a dimensão e o


formato do agregado graúdo podem afetar a resistência do concreto devido à maior
tendência do acúmulo do filme de água na superfície do concreto, conduzindo ao
enfraquecimento da zona de transição.

Fase Pasta de Cimento


A pasta de cimento tem importante papel nas características do concreto nos estados fresco,
por controlar a viscosidade do material, e endurecido, por conferir resistência mecânica.

Mehta e Monteiro (2014, p. 29) descrevem a evolução da hidratação da pasta de cimento


mencionando a formação de etringita em poucos minutos e de hidróxido de cálcio
(portlandita) em poucas horas, além da possibilidade de transformação da etringita em
monossulfoaluminato hidratado alguns dias depois, a depender da relação alumina-sulfato
do cimento Portland.

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Segundo Paulon e Kirchheim (2011, p. 591), o hidróxido de cálcio (portlandita) é constituído


de 20% a 25% do volume de sólidos na pasta de cimento hidratada e possui a forma de
grandes cristais prismáticos hexagonais, conforme ilustrado na Figura 3.4.

Figura 3.4 - Características da argila expandida


Fonte: Adaptada de Paulon e Kirchheim (2011, p. 591).
A solução iônica sulfato/alumina da solução de hidratação favorece a formação do tiossulfato
hidratado (etringita) na forma de cristais prismáticos acicular (MEHTA; MONTEIRO, 2014, p.
32), conforme ilustrado na Figura 3.5.

Figura 3.5 - Morfologia da etringita e monossulfato hidratado


Fonte: Adaptada de Mehta e Monteiro (2011, p. 29).
O reconhecimento da morfologia dos sólidos na pasta de cimento hidratada auxilia o estudo
da reatividade dos cimentos com materiais constituintes do concreto, principalmente as
adições minerais.

De acordo com Cincotto (2011, p. 385), as principais técnicas de avaliação quantificam a água
quimicamente combinada e produtos hidratados; determinam a evolução do calor de reação,
além da evolução do endurecimento pela resistência mecânica em pasta.

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Zona de Transição na Interface Pasta de


Cimento/Agregado Graúdo
A zona de transição é a região de contato entre a pasta de cimento Portland hidratada e o
agregado. Essa região é de importante interesse na tecnologia do concreto devido à
ocorrência de microfissuração na zona de transição quando o concreto é submetido a um
estado de tensão.

Segundo Neville (2016, p. 316), durante a mistura do concreto as partículas de cimento seco
são incapazes de se acomodar de maneira adensada junto às partículas relativamente
grandes do agregado, promovendo maior porosidade nessa região do que na própria pasta
de cimento.

Um resultado contrário ao comentado por Neville (2016, p. 316) foi constatado por Vargas,
Restrepo-Baena e Tobón (2017, p. 386) em concretos leves com agregados graúdos de pedra-
pomes e argila expandida. É demonstrado na Figura 3.6 os produtos de hidratação do
cimento Portland (C-S-H e CH) na zona de transição de um concreto produzido com agregado
graúdo de argila expandida.

Figura 3.6 - Zona de transição do concreto com argila expandida


Fonte: Adaptada de Vargas, Restrepo-Baena e Tobón (2017, p. 386).
Segundo Vargas, Restrepo-Baena e Tobón (2017, p. 381), os agregados leves contribuíram
para a formação de uma zona de transição mais densa e mais fina quando comparada à zona
de transição de um concreto convencional.

Nesse sentido, as superpozolanas, como a sílica ativa, o metacaulim e a cinza da casca do


arroz, quando adicionadas ao concreto promovem uma melhora notável na resistência à
compressão, devido ao refinamento dos poros e dos cristais presentes na pasta de cimento,
melhorando a resistência da matriz na zona de transição (DAL MOLIN, 2011, p. 293).

Percebe-se que o conhecimento das fases agregado, pasta de cimento e zona de transição na
interface é fundamental para aumentar as resistências mecânicas dos concretos,
particularmente em se tratando de concreto especiais com elevada resistência e baixa
densidade.

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praticar
Vamos Praticar
A resistência e durabilidade do concreto são de suma importância para sua utilização. O fato de que
a resistência na região de contato entre a pasta de cimento e o agregado possa ser menor do que a
resistência do agregado ou da pasta fará com que ela se torne uma zona débil de desenvolvimento
da resistência do concreto (PAULON; KIRCHHEIM, 2011, p. 588).

PAULON, V.; KIRCHHEIM, A. P. Nanoestrutura e microestrutura do concreto endurecido (Capítulo 16).


In: ISAIA, G. C (Org). Concreto : ciência e tecnologia. 1. ed. v. 1, p. 585-614. São Paulo: IBRACON,
2011.

Indique a alternativa correta em relação à microestrutura do concreto.

a) As adições minerais no concreto aumentam a porosidade da matriz cimentícia.


b) Características físicas do agregado, como a textura e a forma, não interferem na
resistência do concreto.
c) A zona de transição é uma região dentro do agregado graúdo.
d) A temperatura do concreto fresco aumenta com o uso de adições minerais.
e) As adições minerais melhoram as resistências na zona de transição do concreto.

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Aplicação do Controle
Tecnológico do
Concreto

O controle tecnológico do concreto é o conjunto de ações para garantir a qualidade


requerida ao material, sendo normalmente realizado por empresa especializada. Nesse
sentido, a ABNT NBR 12655 (ABNT, 2015) prescreve os critérios para aceitação do concreto na
obra, seja o material produzido no próprio canteiro ou usina.

Formação dos Lotes e Amostragem do


Concreto
Para iniciar o controle da resistência do concreto é necessário definir a formação dos lotes da
estrutura de concreto, ou seja, dividir a estrutura em lotes sob as mesmas condições (classe
de resistência, família, procedimentos e equipamento), de acordo com o Quadro 3.2.

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Solicitação principal dos elementos da estrutura


Limites superiores
Compressão ou
Flexão simples
compressão e flexão

Volume de concreto 50 m³ 100 m³

Número de andares 1 1

Tempo de concretagem 3       dias de concretagem 1)

1) Este período deve estar compreendido no prazo total máximo de 7 dias, que inclui

eventuais interrupções para tratamento de juntas.


Quadro 3.2 - Valores para formação de lotes de concreto
Fonte: Adaptado de ABNT (2015, p. 16).

Durante a operação de concretagem que forma um lote, devem ser coletadas amostras
aleatoriamente, formando exemplares constituídos por dois corpos de prova (mesma
amassada) para cada idade de rompimento, sendo os dois corpos de prova moldados no
mesmo ato. A resistência do exemplar será a maior entre os dois corpos de prova.

Tipos de Controle de Resistência do


Concreto
O controle da resistência do concreto pode ser feito por amostragem parcial ou por
amostragem total, sendo a amostra representada por um volume de concreto retirado do
lote para fornecer informações relativas aos ensaios.

Controle do Concreto por Amostragem Total


Imaginemos a concretagem de uma laje com volume total de concreto de 50 m³, sendo o
fornecimento do concreto realizado por caminhão betoneira com 5 m³, em cada caminhão,
totalizando 10 caminhões betoneira para realizar toda concretagem. Desse modo, cada
caminhão betoneira será uma amostra do lote que é a laje. Logo, quando são retirados
exemplares de todas as amostras que compõem o lote, dizemos que se trata de uma
amostragem total.

Ainda nessa situação fictícia da amostragem total (laje com 50 m³ de concreto), deseja-se
avaliar a resistência à compressão do concreto nas idades de 7 e 28 dias. Assim, temos 10

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exemplares (cada caminhão), totalizando 40 corpos de prova, visto que são moldados 2
corpos de prova para cada idade de ruptura, em cada exemplar.

Nesse caso, em que todas as betonadas (amostras) são representadas por exemplares, o
valor da resistência característica estimada à compressão do concreto (fck,est) é a própria
resistência do exemplar (fc, betonada) que representa o concreto da betonada.

Controle Estatístico do Concreto por Amostragem Parcial


A logística da operação de controle tecnológico é dificultada em situações que necessitam de
grandes quantidades de corpos de prova em um mesmo lote, além de elevar o custo do
controle. Nesses casos, é permissível realizar o controle da resistência com base em cálculos
estatísticos.

Imaginamos novamente aquela situação fictícia da concretagem da laje com volume total de
50 m³, só que agora a produção do concreto será na obra pela de betoneira com capacidade
de 400 litros. Nesse caso, se o controle da resistência do concreto fosse por amostragem
total, seriam necessárias 125 betonadas [125 = 50 m³ / 0,40 m³] para completar toda a
concretagem da laje, sendo moldados 600 corpos de prova, visto que para cada betonada
são moldados 2 corpos de prova por idade de ruptura.

Em cenários semelhantes a esse, são retirados exemplares de betonadas distintas, com no


mínimo seis exemplares para os concretos do grupo I (classes de resistência até C50,
inclusive) e de 12 exemplares para os concretos do grupo II (classes de resistência superior a
C50).

O cálculo da resistência característica à compressão (fck,est), na idade especificada, para


lotes com número de exemplares 6 ≤ n < 20, é dado pela Equação 7:
f1  +  f2  +  . .  . +  fm − 1
fck, est  =  2 x  −  fm      (Eq. 7)
m−1

Em que:

m é igual a n/2. Despreza-se o valor mais alto de n se for ímpar;

f1, f2, ..., fm são os valores das resistências dos exemplares, em ordem crescente; e

fck,est deve ser superior ao valor calculado pela Equação 8:


fck, est  =  ψ6 .  f1        (Eq. 8)

Adota-se o valor de Ψ6 em função da condição de preparo do concreto e do número de


exemplares da amostra, de acordo com a Tabela 3.5.

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Condição Número de exemplares (n)


de
preparo 2 3 4 5 6 7 8 10 12 14 16

A 0,82 0,86 0,89 0,91 0,92 0,94 0,95 0,97 0,99 1,00 1,02

B ou C 0,75 0,80 0,84 0,87 0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 1,00 1,02

NOTA: Os valores de n entre 2 e 5 são empregados para casos excepcionais (conforme


6.2.3.3).
Tabela 3.5 - Valores para Ψ 6
Fonte: Adaptada de ABNT (2015, p. 20).

Quando o número de exemplares que representa um lote corresponde a n ≥ 20, o cálculo do


f ck , est é realizado pela Equação 9:

f ck , est  =  f cm  −  1, 65 .  Sd         (Eq. 9)

Em que f cm é a resistência média dos exemplares do lote e Sd é o desvio padrão dessa


amostra de n exemplares, calculado pela Equação 10:
n


1
Sd  =   ∑ ( fi  − fcm )2         (Eq. 10)
n − 1i = 1

A aceitação dos lotes de concreto para a amostragem parcial e dos exemplares para a
amostragem total ocorre quando o valor estimado da resistência característica ou o valor de
cada exemplar de uma amostragem total atender à resistência especificada no projeto
estrutural (ABNT, 2015, p. 20).

praticar
Vamos Praticar
Todo o concreto a ser aplicado em obra deverá, inicialmente, ser dividido em lotes, ou seja, em
porções definidas e identificadas pelas peças estruturais a serem concretadas. O concreto que

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compõe o lote deverá ter sido produzido nas mesmas condições, com os mesmos materiais e,
preferencialmente, pela mesma equipe, além de ser empregado o mesmo traço com a mesma
trabalhabilidade, necessariamente.

RECENA, F. A. P.; PEREIRA, F. M. Produção e Controle de Concreto em Obras (Capítulo 15). In: ISAIA, G.
C (Org). Concreto : ciência e tecnologia. 1. ed. v. 1. p. 537-584. São Paulo: IBRACON, 2011.

Indique a alternativa correta, relativa ao controle tecnológico nas idades de 7 e 28 dias, para uma
edificação térrea com volume de concreto dos pilares equivalente a 6 m³ (produzido na obra –
controle por amostragem parcial, com n = 6) e as vigas/lajes com volume de 45 m³, sendo esse
concreto fornecido por usina (controle por amostragem total) em caminhões betoneira com
capacidade de 5 m³ cada.

a) O número de corpos de prova do controle de resistência dos pilares será maior do que o
controle das vigas/lajes.
b) O fck estimado para os dois lotes será definido por cálculos estatísticos.
c) A resistência à compressão de cada exemplar é calculada pela média das resistências dos
dois corpos de prova que formam o exemplar.
d) O controle da resistência do concreto da edificação é formado por dois lotes.
e) Deve ser moldado um corpo de prova para cada exemplar do concreto.

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indicações
Material
Complementar

LIVRO

Tecnologia do Concreto
Editora : Bookman
Autores : NEVILLE, A. M.; BROOKS, J. J.
ISBN : 978-85-8260-072-6
Comentário : O capítulo 19 (Dosagem) do livro “Tecnologia do
concreto” aborda fatores importantes sobre a dosagem do
concreto, além de exemplificar métodos de dosagem distintos.

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WEB

Dosagem Experimental do Concreto


Ano : 2017
Comentário : O vídeo demonstra um método teórico-experimental
de dosagem do concreto, inclusive com preparo do concreto,
ensaio de abatimento e moldagem de corpos de prova.

ACESSAR

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conclusão
Conclusão
Observamos nesta unidade que a tecnologia do concreto mudou bastante com o estudo da
microestrutura do material, o que permitiu conhecer melhor o comportamento do concreto
sob estado de tensão, resultando em misturas que possibilitam melhor desempenho do
material.

Essas observações em nível microestrutural podem ampliar a capacidade resistente do


material e, consequentemente, influenciam o aumento da durabilidade das estruturas de
concreto armado, visto que o concreto funciona como barreira física e química contra a
corrosão das armaduras.

A dosagem eficiente do concreto associada ao controle da resistência é essencial para a


manutenção do desempenho e a durabilidade das estruturas.

referências
Referências
Bibliográficas
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concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12655 : Concreto de cimento Portland


– Preparo, controle, recebimento e aceitação - Procedimento. Rio de Janeiro, 2015.

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álcali-agregado. Rio de Janeiro, 2018.

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