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Dosagem de concreto

Prof: Alexandre L. Oliveira, Dr.


Premissas básicas de dosagem
Classe de agressividade
ambiental
NBR 6118

Classe de Classi cação geral do tipo de Risco de


agressividade Agressividade ambiente para efeito de deterioração da
ambiental projeto estrutura

Rural
I Fraca Insigni cante
Submersa

II Moderada Urbana Pequeno

Marinha
III Forte Grande
Industrial

Industrial
IV Muito forte Elevado
Respingo de maré
fi
fi
Classe de agressividade x
qualidade do concreto
NBR 6118

Classe de agressividade
Concreto Tipo
I II III IV
CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45
a/c
CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45
Classe CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40
concreto CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40
Premissas de dosagem

✤ Calculista que de ne os valores (a/c, resistência, módulo) -


obedecendo os requisitos mínimos de norma e em função de
particularidades de projeto.

✤ Fck

O que é Fck = ?
fi
Histograma de frequências

200
Número de ocorrência

150

100

50

0
Idade
Histograma de frequências
Distribuição normal - curva de Gauss
200
Número de ocorrência

150

100

50

0
Idade
Histograma de frequências
Resistência característica (fck)
Média (fcj)
fcj - Resistência de dosagem
Número de ocorrências

50% 95% 50%


5%

Resistência
Propriedadeà compressão
analisada
Dosagem de Concreto
Cálculo da resistência de dosagem

fck + MPa
fcj = 25
31,8 1,65 S
. 4d fck = 25 MPa

- Condição A: Proporcionamento em massa; correção da umidade; assistência de profissional habilitado.


Sd = 4 MPa

- Condição B: Cimento proporcionado em massa; agregados em volume; correção da umidade; assistência de


profissional habilitado
Sd = 5,5 MPa

- Condição C: Cimento proporcionado em massa; agregados em volume; controle da umidade feito de forma expedita.
Sd = 7,0 MPa

Sugestões de Sd - NBR 12655 (Concreto de Cimento Portland - Preparo, controle, recebimento, e aceitação - Procedimento

Histograma de frequências
fck = 25 MPa
fcj = 32 MPa

95%
5%

Resistência à compressão
Dosagem de Concreto

Condição A: aplicável às classes C10 a C80;

Condição B: aplicável às classes C10 a C20. A umidade deve ser determinada pelo
menos 3 vezes durante o serviço do mesmo turno de concretagem. Aceita-se que
concretos da classe C25 seja dosados por essa condição desde que os agregados sejam
medidos em massa combinada com volume (dosados em volume mas a massa da
padiola verificada e corrigida periodicamente através de pesagens realizadas na
própria obra).

Condição C: aplicável apenas para as classes C10 e C15. No caso da classe C15, exige
que o consumo mínimo de cimento seja 350kg/m3 de concreto.

Dosagem de Concreto
Problema no uso do desvio padrão

!
Dosagem de Concreto
Emprego do CV para dosagem de concreto
CV é o coeficiente de variação da resistência à compressão do concreto em %.

Esse coeficiente de variação pode ser determinado por série histórica de valores tal qual sugerido na
NBR 12655-96 ou, na sua ausência, empregando-se os valores abaixo em função das condições de
preparo do concreto:

Condição A: CV= 10% Sd


Condição B: CV= 15% CV =
Condição C: CV= 20%
fcj

f ck
f cj =
(1 − 1,65.CV / 100) fcj = fck + 1,65.Sd

Dosagem de Concreto
Dosagem empírica

Dosagem experimentais
Dosagem de Concreto
Método IPT/EPUSP
Dosagem de Concreto
Método IPT/EPUSP

✤ Três concreto (rico, A


f = !
médio e pobre) - cj Ba / c

consumo de cimento

✤ Produz-se os concretos,
procede-se os ajustes
necessários, molda-se
CPs - avalia-se
propriedade desejadas
C = 1000 / (k5 + k6 . m)

✤ Construção do grá co m = k3 + k4 . a/c

de dosagem !
fi
Método IPT/EPUSP

✤ Traços empregados

1 : 3,5 Quais as proporções de areia (a) e brita (p)

?
1 : 5,0
1 : 6,5
m = aproporção
+p
agregados (massa)
pedra
areia
Método IPT/EPUSP

✤ Etapa 1 (De nição do teor de argamassa ideal)

LAB
1 : 3,5
1 : 5,0 Traço piloto Pedra Argamassa

1 : 6,5
fi
Desdobrar o traço

✤ Teor de argamassa ( )

1+a proporção argamassa


=
1+m proporção concreto

a+p

empregados Adotar
baixo =mercado 42%
40 - 45%= 50 - (55% )
(concretos
inicial usinados)
𝛂
𝛂
𝛼
𝛂
𝛂
Traço piloto ( : , )

✤ Teor de argamassa inicial ( inicial) = 42%

1+a
=
1+m

1+a
0,42 = a = (0,42 . 6) - 1 = 1,52
1+5

p = 5 - 1,52 = 3,48
𝛼
𝛂
1
5
0
Traço piloto ( : , ) - LAB.

= 42 %
água
1 : 1,52 : 3,48 : 0,60
água (a/c) H (%) =
materiais secos

?
água

pedra a/c
H0,10
(%) = 0,60
a/c
areia 11 ++ m
5
cimento

H (%) = mantém
H (%)
quase
= adotar
que constante
10% (8 a 12%)
𝛼
1
5
0
Traço piloto ( : , ) - LAB.

= 42 % dcim = 3,00 kg/dm3


dareia = 2,65 kg/dm3
1 : 1,52 : 3,48 : 0,6 dpedra = 2,65 kg/dm3
(cim : areia: pedra : água)

1 kg cimento 1 + 1,52 + 3,48 + 0,6


= 2,82 litros
3 2,65 2,65

X 15 litros
X = 5,31 kg cimento
adotar 5,0 kg cimento
𝛼
1
5
0
Traço piloto ( : , ) - LAB.

Traço unitário Qtd. de material/virada (kg) Qtd. adicionar (kg)


(%)
cimento areia pedra cimento areia pedra cimento areia
42 1,00 1,52 3,48 5,00 7,60 17,40 - -

= 45
1: 1,7: 3,3
1+a (cim : areia: pedra)
0,45 = X = 5,27 kg
1+5
3,3 17,4 kg
a = 1,70
p = 3,30 1,0 X
𝛼
𝛼
1
5
0
Traço piloto ( : , ) - LAB.

Traço unitário Qtd. de material/virada (kg) Qtd. adicionar (kg)


(%)
cimento areia pedra cimento areia pedra cimento areia
42 1,00 1,52 3,48 5,00 7,60 17,40 - -
45 1,00 1,70 3,30 5,27

= 45
1: 1,7: 3,3
1+a (cim : areia: pedra)
0,45 = X = 5,27 kg
1+5
3,3 17,4 kg
a = 1,70
p = 3,30 1,0 X
𝛼
𝛼
1
5
0
Traço piloto ( : , ) - LAB.

Traço unitário Qtd. de material/virada (kg) Qtd. adicionar (kg)


(%)
cimento areia pedra cimento areia pedra cimento areia
42 1,00 1,52 3,48 5,00 7,60 17,40 - -
45 1,00 1,70 3,30 5,27 8,96

= 45
1: 1,7: 3,3
1+a (cim : areia: pedra)
0,45 = X = 5,27 kg
1+5
3,3 17,4 kg
a = 1,70
p = 3,30 1,0 X
𝛼
𝛼
1
5
0
Traço piloto ( : , ) - LAB.

Traço unitário Qtd. de material/virada (kg) Qtd. adicionar (kg)


(%)
cimento areia pedra cimento areia pedra cimento areia
42 1,00 1,52 3,48 5,00 7,60 17,40 - -
45 1,00 1,70 3,30 5,27 8,96 17,40

= 45
1: 1,7: 3,3
1+a (cim : areia: pedra)
0,45 = X = 5,27 kg
1+5
3,3 17,4 kg
a = 1,70
p = 3,30 1,0 X
𝛼
𝛼
1
5
0
Traço piloto ( : , ) - LAB.

Traço unitário Qtd. de material/virada (kg) Qtd. adicionar (kg)


(%)
cimento areia pedra cimento areia pedra cimento areia
42 1,00 1,52 3,48 5,00 7,60 17,40 - -
45 1,00 1,70 3,30 5,27 8,96 17,40 0,27 1,36

= 45
1: 1,7: 3,3
1+a (cim : areia: pedra)
0,45 = X = 5,27 kg
1+5
3,3 17,4 kg
a = 1,70
p = 3,30 1,0 X
𝛼
𝛼
1
5
0
Traço piloto ( : , ) - LAB.

Traço unitário Qtd. de material/virada (kg) Qtd. adicionar (kg)


(%)
cimento areia pedra cimento areia pedra cimento areia
42 1,00 1,52 3,48 5,00 7,60 17,40 - -
45 1,00 1,70 3,30 5,27 8,96 17,40 0,27 1,36

= 48
1: 1,88: 3,12
1+a (cim : areia: pedra)
0,48 = X = 5,57 kg
1+5
3,12 17,4 kg
a = 1,88
p = 3,12 1,0 X
𝛼
𝛼
1
5
0
Traço piloto ( : , ) - LAB.

Traço unitário Qtd. de material/virada (kg) Qtd. adicionar (kg)


cimento areia pedra cimento areia pedra cimento areia
42 1,00 1,52 3,48 5,00 7,60 17,40 - -
45 1,00 1,70 3,30 5,27 8,96 17,40 0,27 1,36
48 1,00 1,88 3,12 5,57 10,47 17,40 0,30 1,51
51
54
57
60
𝛼
1
5
0
Traço piloto ( : , ) - LAB.

Traço unitário Qtd. de material/virada (kg) Qtd. adicionar (kg)


cimento areia pedra cimento areia pedra cimento areia
42 1,00 1,52 3,48 5,00 7,60 17,40 - -
45 1,00 1,70 3,30 5,27 8,96 17,40 0,27 1,36
48 1,00 1,88 3,12 5,57 10,47 17,40 0,30 1,51
51 1,00 2,06 2,94 5,92 12,19 17,40 0,35 1,72
54 1,00 2,24 2,76 6,30 14,12 17,40 0,39 1,93
57 1,00 2,42 2,58 6,74 16,32 17,40 0,44 2,20
60 1,00 2,6 2,40 7,25 18,85 17,40 0,51 2,53
𝛼
1
5
0
Parte Experimental - LAB

✤ Produção do concreto piloto (1:5)

✤ Ajuste do teor de argamassa (até a mistura se apresentar coesa e


com argamassa su ciente) - determinação teor de argamassa ideal
( ideal)

✤ adotado = ideal +
2 a 4% (aumento devido a perda de argamassa
para as fôrmas, tubulação, etc)
𝛼
𝛼
𝛼
fi
Parte Experimental - LAB

✤ Produzir os três concreto (1:3,5 / 1:5,0 / 1:6,5) - empregando-se o


adotado

✤ Ajustar a água nos três concretos até se chegar no slump desejado


(com isso de ne-se três relações a/c distintas)

✤ Determinar as massas especí cas dos três concretos ( concreto) para


a obtenção do consumo de cimento real

✤ Moldagem de corpos de prova para a determinação da resistência


à compressão nas idades desejadas
𝛼
fi
fi
𝛿
Veri car material - Leitura complementar no SIGAA

Prof. Dr. Alexandre Lima de Oliveira


fi
Dosagem de concreto (Parte )
Prof: Alexandre L. Oliveira, Dr.

2
Método experimental
IPT/EPUSP

EngTudo - David Grubba


AULA 10 - DOSAGEM DO CONCRETO (MÉTODO IPT-USP) # CURSO MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

https://youtu.be/ssdvMxQxJvI

Resultados do programa
experimental

= 54% c a p a/c concreto C (kg/m3) fc (MPa)

1:3,5 1,0 1,43 2,07 0,40 2.490 508 60

1:5,0 1,0 2,24 2,76 0,60 2.400 364 45

1:6,5 1,0 3,05 3,45 0,75 2.350 285 20


𝜸
𝛼
Curva de Abrams
fcd (MPa)
70

60

50

40

30

20

10

C (Kg/m³) 0
00 a/c
600 500 400 300 200 100 0.0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9
01
02
03
04
05
06
07
08

Curva de Priskulnik e Kirilos m (Kg) Curva de Lyse


Resultados do programa
experimental

Classe de agressividade
Concreto Tipo
I II III IV
CA ≤ 0,65 ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,45
a/c
CP ≤ 0,60 ≤ 0,55 ≤ 0,50 ≤ 0,45
Classe CA ≥ C20 ≥ C25 ≥ C30 ≥ C40
concreto CP ≥ C25 ≥ C30 ≥ C35 ≥ C40
Resultados do programa
experimental
fck = 25 MPa
fcj = 32 MPa a/c ≤ 0,60

95%
5%

Resistência à compressão
Curva de Abrams
fcd (MPa)
1: 5,4 : 0,63 70
= 54%
60
1 : 2,46 : 2,94 : 0,63 50

350 : 861 : 1021 : 220,5 (material/m3) 40


32 30
a/c = 0,63 > 0,6 (limite NBR 6118)
20

10
350 0,63
C (Kg/m³) 0
00 a/c
600 500 400 300 200 100 0.0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9
01
02
03
04
05
06 5,4
07
08

Curva de Priskulnik e Kirilos m (Kg) Curva de Lyse


𝛼
Curva de Abrams
fcd (MPa)
1: 5,1 : 0,60 70
= 54%
60
1 : 2,29 : 2,81 : 0,60 50

360 : 824 : 1012 : 210 (material/m3) 40


36
30
Fck 👍
20
a/c 👍
10
360
C (Kg/m³) 0
00 a/c
600 500 400 300 200 100 0.0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9
01
02
03
04
05
06 5,1
07
08

Curva de Priskulnik e Kirilos m (Kg) Curva de Lyse


𝛼
Veri car material - Leitura complementar no SIGAA

Prof. Dr. Alexandre Lima de Oliveira


fi

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