Betão Armado I
Teoria
Por acção entende-se una força ou um conjunto de forças que actuam sobre as estruturas. Em
Portugal, a qualificação e quantificação das acções sobre as estruturas é feita no Regulamento de
Segurança e Acções Rara Estruturas de Edifícios e Pontes (RSA) -Dec.- Lei no. 235/83 de 31 de
Maio de 1983. Segundo este é possível definir três grandes grupos de acções, em função do tempo de
actuação sobre as estruturas, a saber:
Acções Permanentes (P) -são acções que assumem valores constantes, ou com pequena variação em
tomo do seu valor médio, durante ou praticamente toda a vida útil da
estrutura - Valores característicos
Acções Variáveis (V) - são acções que assumem valores com variação significativa em tomo do seu
valor médio durante a vida útil da estrutura -Valores característicos e
reduzidos.
Acções de Acidente (A) - são acções que só com muita fraca probabilidade de ocorrência assumem
valores significativos, durante a vida útil da estrutura- Valores Nominais
Assim, para cada uma das diferentes acções é possível agrupá-las a um dos três grupos, isto é:
-Vento (W)
-Neve (S)
-Sismo (E)
-Pressões hidrostáticas
-Incêndios
-Choques de veículos
Critérios de combinação
- Estados limites Últimos: de cuja ocorrência resultam prejuízos muito severos para a
estrutura;
-Estados Limites de Utilização: de cuja ocorrência resultam prejuízos pouco severos para
estrutura.
Os estados limites últimos são independentes da sua duração, enquanto que os estados limites
de utilização são definidos tendo em conta urna duração (permanência durante urna certa
parcela do período de vida da estrutura). Assim, a verificação de estruturas aos estados limites
de utilização serão verificados para uma ou várias das seguintes combinações:
Estados Limites
B 20
B – representa Betão
20 – Tensão característica de rotura de um provete à compressão ao fim de 28 dias (f)
c – concrete ( betão )
k – tensão característica
Eurocódigo 2 ( EC2 )
C16 / 20 – B20
Concrete
Provetes cúbicos – 20 x 20
Provetes cilíndricos – 15 x 30
Efeito Cintagem
- não deixa um cubo deformar para os lados, assim resiste mais à compressão.
- A tensão de rotura do betão deve ser determinada por ensaios de cubos de 20 cm de aresta
ou por ensaios de cilindros de 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura, sendo os ensaios
realizados aos 28 dias de idade.
Idade do
3 7 14 28 90 360 α
Betão ( dias )
Coeficiente de
0.40 0.65 0.85 1.00 1.20 1.35 1.45
Endurecimento
Por vezes tem interesse considerar a variação da tensão de rotura do betão com a idade, sendo
conhecido experimentalmente.
Quando não é preciso uma grande precisão, utilizámos os valores do coeficiente de
endurecimento (relação entre as tensões de rotura aos j dias e aos 28 dias de idade).
Classe do
B15 B20 B25 B30 B35 B40 B45 B50 B55
Betão
fctm 1.6 1.9 2.2 2.5 2.8 3.1 3.4 3.7 4.0
fctk 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 2.2 2.4 2.6 2.8
fck - valor característico da tensão de rotura por compressão, referida a provetes cilíndricos.
Exemplo :
B20 B25
Classe do
B15 B20 B25 B30 B35 B40 B45 B50 B55
Betão
Ec,28 26.0 27.5 29.0 30.5 32.0 33.5 35.0 36.0 37.0
O valor médio do módulo do módulo de elasticidade do betão aos j dias de idade, Ecj, pode
em geral ser estimado a partir do valor médio da tensão de rotura à mesma idade, fcmj pela
expressão:
Os valores de cálculo da tensão de rotura do betão à compressão, fcd, são definidos a partir
dos correspondentes valores característicos, referidos a provetes cilíndricos, dividindo estes
valores por um coeficiente de segurança γc tomado igual a 1.5.
No caso de compressão:
fck
fcd =
γ betão
Exemplo:
No caso de tracção:
fctk
fctd =
γ betão
Quadro de Resumo:
Classe do
B15 B20 B25 B30 B35 B40 B45 B50 B55
Betão
fctd 0.80 0.93 1.07 1.20 1.33 1.47 1.60 1.73 1.87
A tracção no betão é na maior parte das vezes desprezável, porque é muito inferior em relação
à sua resistência à compressão.
Só se utiliza 35% do valor de tensa de rotura porque o betão vai perdendo qualidades ao longo
do seu tempo de vida.
Cálculo Orgânico
Ec 0.85 fcd
d x 1 Fc 0.8x Fc 0.4x
E.n
2 z
Es Fs = σs * As Fs
∑F=0→Fc = Fs
Equação de Compatibilidade :
εs εs
=
x d−x
Armaduras Ordinárias
Características Gerais:
- Processo de fabrico:
-aço natural laminado ( N ) – Liso ( L ) / Rugoso ( R )
-aço endurecido a frio por torção, tracção, trefilagem ou
laminagem a frio ( E )
- Características geométricas:
- Forma da secção transversal
- Dimensões da secção transversal
- Configuração da superfície: Lisa, rugosa (nervurada ou
deformada)
- Características mecânicas:
- Módulo de elasticidade
- Tensão de cedência ou tensão limite convencional de
proporcionalidade a 0,2%
- Tensão de rotura
- Extensão após rotura
- O comportamento em ensaios de dobragem
-resistência à fadiga (quando necessário)
- Características de aderência:
-aderência normal ( liso )
-alta aderência. ( sup. Rugosa )
Tipos de Aço
A235
fsyk
L – superfície lisa
R – superfície rugosa
N – laminado a quente
E – endurecido a frio
Quadro de Resumo:
Diagrama de Ensaio
σs Diagrama de Cálculo
σsr = fsuk
fsyk
fsyd
E = tgα
Es (%0 )
Esyd Esyk Esp 10 %0 Esr
Diagrama de Ensaio
σs Diagrama de Cálculo
fsyk
fsyk
fsyd =
1.15
fsyd
Es = tgα
Es (%0 )
2 %0 Esyd 10 %0 Esr
No caso do alumínio ( fig.b ) e de muitos outros materiais dúcteis, o início do escoamento não
é caracterizado pelo trecho horizontal do diagrama (trecho este conhecido como patamar de
escoamento)
Em vez disso as tensões continuam aumentando embora não mais de maneira linear até que a
tensão última é alcançada. Começa então a estricção que pode levar à ruptura. Para esses
materiais se define um valor convencional para a tensão σe.
A tensão convencional de escoamento é obtida tomando-se no eixo das abcissas a deformação
específica ε = 0,2% (ou ε = 0,002), e por esse ponto traçando-se uma recta paralela ao trecho
linear inicial do diagrama (Fig. a). A tensão (σe corresponde ao ponto de intersecção dessa
recta com o diagrama; é definida como tensão convencional a 0,2%.
σ σ=E.ε
fsyd
E = 200 Gpa
Acções
R.E.B.A.P – Artigo 30.º ( RSA )
Então temos:
Ec
E= - artigo 17.º α =10 × 10 −6 /º C
2
O funcionamento do betão é diferente em relação a uma acção lenta, do que em relação a uma
acção rápida.
Graficamente:
σ = E.ε
ε
Artigo 31.2º – Se a estrutura é reticulada cuja as dimensões não excedam os 30 m , não considero a
acção da temperatura.
Retracção do Betão
R.E.B.A.P – ANEXO I
Artigo 32.1º
Artigo 32.2º
Perante este artigo considera-se que em casos correntes, que os efeitos finais da retracção são
assimiláveis aos de um abaixamento lento e uniforme de temperatura de 15ºC.
Aplicados aos artigos 31.1 e 31.2, sendo o módulo de elasticidade reduzido para metade.
Fluência do Betão
R.E.B.A.P – ANEXO I
εc – deformação total
εi – deformação inicial
εz – deformação de fluência
sendo :
εz ≈ 2εi
εc = εi + εz
εc ≈ 3εi
Armaduras principais – são das armaduras dimensionadas de acordo com o REBAP, para
resistir a esforços transversos e torção.
- armadura de suspensão
- cintas de pilares
Agrupamento de Armaduras
- Os varões de um agrupamento devem ser dispostos de tal modo que, numa dada direcção,
não existam mais de 2 varões em contacto.
φn = ∑φi
2
i ≤ 55 mm
Exemplo:
Ø32
Ø25 φn = 32 2 + 25 2 + 32 2
Ø32
Agrupamento de Armaduras
77.1)
77.2)
- 2 cm
- Ø dos varões em causa - Utilizar o maior valor !
Nota : o que condiciona igualmente o espaçamento das armaduras é o diâmetro dos inertes
que serão contabilizados pela seguinte maneira : 1,5 * dimensão máxima do inerte
78.1)
78.2)
Peças laminares : são aquelas cujas apresentam dimensões diferentes. Lajes, paredes
2 – 0.5 ( por ser B30 ) – 0.5 ( por ser laminar ) = 1 Cm – K.O ! → 1.5 é o mínimo!
Quando o recobrimento é maior que 5 Cm o betão pode fendilhar então deve ser colocada
uma armadura de pele ( armadura secundária )
Existem diâmetros mínimos para as curvas interiores, caso não sejam respeitados , provocará
micro-fissuração que diminuirá as capacidades do aço. Pode também originar o esmagamento
do betão que se encontra dentro dos ferros, ou ainda provocar o rompimento do recobrimento.
- aço da armadura
- tipo de dobra
- diâmetro da armadura
Os esforços aplicados nas armaduras serão transmitidos ao betão através da aderência, devido
a existir esta aderência surge o betão armado.
Esta aderência também é fundamental para definir um compartimento de amarração a partir
de um ponto.
A aderência é quantificada através de uma tensão de rotura de aderência, cujos valores
dependem das características de aderência das armaduras, da classe do betão e das condições
de envolvimento das armaduras pelo betão.
80.2 )
- numa peça com alturas superiores a 25 cm e se a armadura estiver colocada abaixo do meio
da peça, também é considerada boa aderência, assim como se a armadura estiver 30 cm mais
abaixo do betão.
≥25 Cm O.C.A
≤ 25 Cm ≥ 45 º a 90º
B.C.A
Tipos de amarração:
As, cal
lb, net = lb × × α1 ≤ lbmin lb
As, ef
Fad F
em que: Fad = F
α1 – coeficiente que toma o valor de 0.7 no caso de amarrações curvas em tracção, e igual á
unidade nos restantes casos.
fbd – valor de cálculo da tensão de rotura da aderência, definido pelo artigo 80º.
84.1) As emendas dos varões de armaduras ordinárias podem ser realizadas por :
- sobreposição
- soldadura
- por meio de dispositivos mecânicos especiais.
Devem ser usadas o menos possível e em zonas que os varões estejam sujeitos a tensões
pouco elevadas.
84.2)
15Ø
lb,o = α2 . lb,net ≥
20 Cm
No caso de varões comprimidos as emendas de sobreposição devem ser feitas apenas por
troços rectos, tendo comprimentos de sobreposição lb,o de acordo com o artigo 81.
85.2)
45 Cm
Lsobreposição ≥
Garantir que tenho 5 varões transversais.
≥ 45 Cm
a1 a2 Vão livre + ⅓ a1 + ⅓ a2
h
Lteórico ≤
l Livre
l Livre + d
⅓ a1
Viga Encastrada :
Vigas em Consola
Isolada
Llivre + d/2
h Lteórico ≤
Llivre + h/2
Llivre
½d
Contínua
Lteórico = Llivre + ½ a2
Llivre
a2
Vigas Contínuas
d/2
≤
a/2
a
Vigas T
- Resiste a M+ em vigas T como vigas quadradas, se o eixo neutro tiver na lajeta resiste igual
a uma peça quadrada!
- São mais económicas, utilizar sempre que possível
- Boa opção estrutural
Bz M+
Lv1 Lv2
balma ≤ ½ Llivre
1/10 lo
balma + 2/10 lo
bz ≤
li
h≥ → Altura mínima
20 × η
Depende : - do vão
- condições de apoio
α=1
α = 0.8
α = 2.4
A235 → η = 1.4
A400 → η = 1.0
A500 → η = 1.8
Armadura Mínima
0.6 × b × d
Amin ≥ ≤ 0.0015 × b × d
fyk
Armadura Máxima
Amáx ≤ 0.04 * b * h
Vigas
lbnet al
A “ decalaje “ tem a ver com o esforço transverso, tendo como razão o cálculo do esforço
transverso, para isso apoia-se no modelo da Treliça de MORSH.
1 2
1 2 Toda esta barra tem que resistir ao esforço mais desfavorável, para isso
utilizo o diagrama de momento.
Dispensa lbnet al
α = 90º
al = 0.45 x cotgθ
R.E.B.A.P – Artigo 92
Estribos Verticais:
2
Vsd ≤ .τ 2.bw.d
3
al = d
Armadura de Alma
Vamos evitar grandes volumes de betão de forma a absorver esforços de tracção, controlando
a fendilhação.
2 Tipos de Armadura de suspensão : Lajes com a mesma espessura que as vigas ( embebidas)
Quando as cargas estão a ser transmitidas abaixo do
C.G das vigas
Neste caso a viga apesar de levar o estribo principal, leva a armadura de suspensão ( que
também são estribos )
Asw Asw
Asw(Total ) = et + susp Para Lajes
s s
Rvs
Asw(susp) =
fsyd
Vp b2/2
b2 Vs ≥
ext
h1/2
Asw Asw
Asw(Total ) = et + ap.indirecto
s s
Rvs
Asw(susp)a.ind =
fsyd * ext
Se :
1/3
Lbnet
Amarrar para o lado para controlar uma possível fendilhação, absorvendo as tracções
verticais, estou a “ cozer “ a fenda !
Apoios directos
2/3 Lbnet
≥ 10 Ø / 2/3 lbnet
li
h≥ → Altura mínima
30 × η
Depende : - do vão
- condições de apoio
A235 → η = 1.4
A400 → η = 1.0
A500 → η = 1.8
li
h≥ → Altura mínima
180 × η
Deformações do Betão
Vrd1 – Valor de cálculo do esforço transverso resistente sem armadura de esforço transverso.
Vrd2 – Valor máximo do esforço transverso que pode ser suportado sem esmagamento das
bielas fictícias de betão.
Verificação de Segurança :
Vsd ≤ Vrd2
Vsd ≤ Vrd3
Se :
Asl
pl = ≤ 0.02 - se dispensamos a armadura, entramos com a armadura depois da dispensa.
b.d
Armadura de tracção.
Se : Vrd1 > Vsd , não calcular Vrd2 e Vrd3 – O betão resiste por si só – Estribo mínimo.
- Z = 0.9 × d
- Se Asl é contínua : Cotgθ = 2.5/ tg θ = 0.4
b × z × υ × fcd
Vrd2 = > Vsd - Se Asl é dispensada : Cotgθ = 2.0 / tg θ = 0.5
cotgθ + tgθ
fck
- υ = 0.7 − > 0.5 fck em Mpa
200
Asw Vsd
≥ cm 2 /m
s 0.9 × d × fywdxcotg θ Limitações de θ :
68.2 > θ > 21.8
0.4 > cotg θ > 2.5
Verificação Suplementar
63.4 > θ > 26.6
maior cotgθ → menor θ ► menor quantidade de armadura de esforço transverso, maiores tensões no betão.
E.C – 5.4.2.2
Asw
ρw = ≥ ...
s.bw
1
- Se Vsd ≤ Vrd2 slmax ≤ 0.8d / < 30 cm
5
1 2
- Se Vrd2 < Vsd ≤ Vrd2 stmax ≤ 0.6d / < 30 cm Sl ( Longitudinal )
5 3
1
- Se Vsd ≤ Vrd2 stmax ≤ d ou 80 cm ( o menor )
5
1 2
- Se Vrd2 < Vsd ≤ Vrd2 stmax ≤ 0.6d / < 30 cm
5 3
Escolher diametro
st ≤
Asw/s
Perguntas de Exame
- Estados limites Últimos: de cuja ocorrência resultam prejuízos muito severos para a
estrutura;
-Estados Limites de Utilização: de cuja ocorrência resultam prejuízos pouco severos para
estrutura.
Os estados limites últimos são independentes da sua duração, enquanto que os estados limites
de utilização são definidos tendo em conta urna duração (permanência durante urna certa
parcela do período de vida da estrutura). Assim, a verificação de estruturas aos estados limites
de utilização serão verificados para uma ou várias das seguintes combinações:
B 25
B – representa Betão
25 – Tensão característica de rotura de um provete à compressão ao fim de 28 dias (f)
c – concrete ( betão )
k – tensão característica
Eurocódigo 2 ( EC2 )
C20 / 25 – B25
Concrete
Provetes cúbicos – 20 x 20
Provetes cilíndricos – 15 x 30
Efeito Cintagem
- não deixa um cubo deformar para os lados, assim resiste mais à compressão.
Tipos de Aço
A235
fsyk
L – superfície lisa
R – superfície rugosa
N – laminado a quente
E – endurecido a frio
σs 435
εsyd = = = 2.18 %. σs = fsyd
Es 200E^3
Quadro de Resumo:
Tem por vezes interesse considerar a variação da tensão de rotura do betão com a
idade.Como se podem obter esses valores? Dê uma ideia dessa variação ao longo do tempo.
- A tensão de rotura do betão deve ser determinada por ensaios de cubos de 20 cm de aresta
ou por ensaios de cilindros de 15 cm de diâmetro e 30 cm de altura, sendo os ensaios
realizados aos 28 dias de idade.
Idade do
3 7 14 28 90 360 α
Betão ( dias )
Coeficiente de
0.40 0.65 0.85 1.00 1.20 1.35 1.45
Endurecimento
Por vezes tem interesse considerar a variação da tensão de rotura do betão com a idade, sendo
conhecido experimentalmente.
Quando não é preciso uma grande precisão, utilizámos os valores do coeficiente de
endurecimento (relação entre as tensões de rotura aos j dias e aos 28 dias de idade).
Classe do
B15 B20 B25 B30 B35 B40 B45 B50 B55
Betão
fctm 1.6 1.9 2.2 2.5 2.8 3.1 3.4 3.7 4.0
fctk 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0 2.2 2.4 2.6 2.8
fck - valor característico da tensão de rotura por compressão, referida a provetes cilíndricos.
Exemplo :
B20 B25
Diga exemplificando o que entende por valor característico e por valor de cálculo das
características resistentes de um dado material.
Os valores de cálculo da tensão de rotura do betão à compressão, fcd, são definidos a partir
dos correspondentes valores característicos, referidos a provetes cilíndricos, dividindo estes
valores por um coeficiente de segurança γc tomado igual a 1.5.
No caso de compressão:
fck
fcd =
γ betão
Exemplo:
No caso de tracção:
fctk
fctd =
γ betão
Quadro de Resumo:
Classe do
B15 B20 B25 B30 B35 B40 B45 B50 B55
Betão
fctd 0.80 0.93 1.07 1.20 1.33 1.47 1.60 1.73 1.87
Porque razão se impõe um valor mínimo para o recobrimento das armaduras? Como
é medido? De que factores depende?
78.1)
78.2)
Peças laminares : são aquelas cujas apresentam dimensões diferentes. Lajes, paredes
2 – 0.5 ( por ser B30 ) – 0.5 ( por ser laminar ) = 1 Cm – K.O ! → 1.5 é o mínimo!
Quando o recobrimento é maior que 5 Cm o betão pode fendilhar então deve ser colocada
uma armadura de pele ( armadura secundária )
Armaduras principais – são das armaduras dimensionadas de acordo com o REBAP, para
resistir a esforços transversos e torção.
- armadura de suspensão
- cintas de pilares
Diga o que entende por retracção do Betão. Para os casos correntes de estruturas de
betão armado, como pode ser feita simplificadamente a determinação dos esforços
actuantes devidos à retracção?
Retracção do Betão
R.E.B.A.P – ANEXO I
Artigo 32.1º
Artigo 32.2º
Perante este artigo considera-se que em casos correntes, que os efeitos finais da retracção são
assimiláveis aos de um abaixamento lento e uniforme de temperatura de 15ºC.
Aplicados aos artigos 31.1 e 31.2, sendo o módulo de elasticidade reduzido para metade.
Diga o que entende por fluência do betão? Quais as principais consequências deste
efeito numa estoutra de betão? Em que tipo de estruturas este efeito assume a maior
importância
Fluência do Betão
R.E.B.A.P – ANEXO I
εc – deformação total
εi – deformação inicial
εz – deformação de fluência
sendo :
εz ≈ 2εi
εc = εi + εz
εc ≈ 3εi
Os esforços aplicados nas armaduras serão transmitidos ao betão através da aderência, devido
a existir esta aderência surge o betão armado.
Esta aderência também é fundamental para definir um compartimento de amarração a partir
de um ponto.
A aderência é quantificada através de uma tensão de rotura de aderência, cujos valores
dependem das características de aderência das armaduras, da classe do betão e das condições
de envolvimento das armaduras pelo betão.
O comprimento de amarração de referência é o comprimento recto necessário para amarrar a
força As.fyd num varão, admitindo uma tensão de cedência constante e igual a fbd.
As, cal
lb, net = lb × × α1 ≤ lbmin lb
As, ef
Fad F
em que: Fad = F
fbd – valor de cálculo da tensão de rotura da aderência, definido pelo artigo 80º.
80.2 )
- numa peça com alturas superiores a 25 cm e se a armadura estiver colocada abaixo do meio
da peça, também é considerada boa aderência, assim como se a armadura estiver 30 cm mais
abaixo do betão.
≥25 Cm O.C.A
≤ 25 Cm ≥ 45 º a 90º
B.C.A
As
ρ= × 100
b×d
p não deve ser inferior a 0.25 para A235 , 0.15 para A400 e 0.12 para A500.
Sendo :
Armadura Máxima
Amáx ≤ 0.04 * b * h
Vigas
Lajes
Diga o que entende por “ armadura de alma “. Segundo o REBAP em que situações
deve ser obrigatoriamente utilizada e porquê?
Armadura de Alma
Vamos evitar grandes volumes de betão de forma a absorver esforços de tracção, controlando
a fendilhação.
- Resiste a M+ em vigas T como vigas quadradas, se o eixo neutro tiver na lajeta resiste igual
a uma peça quadrada!
- São mais económicas, utilizar sempre que possível
- Boa opção estrutural
Bz M+
Lv1 Lv2
Balma ≤ ½ Llivre
1/10 lo
balma + 2/10 lo
bz ≤
Por que razão no REBAP se impõe um valor mínimo para a altura de lajes maciças e
de que factores depende?
li
h≥ → Altura mínima
30 × η
Depende : - do vão
- condições de apoio
A235 → η = 1.4
A400 → η = 1.0
A500 → η = 1.8
Assim o REBAP especifica que a armadura longitudinal de tracção das vigas só pode ser
interrompida desde que garanta a absorção das forcas de tracção correspondentes a um
diagrama obtido por translação, paralela ao eixo da viga, do diagrama Msd/z, em que Msd é
o valor de calculo do momento actuante numa secção e z é o braço das forças internas na
secção.
lbnet al
A “ decalaje “ tem a ver com o esforço transverso, tendo como razão o cálculo do esforço
transverso, para isso apoia-se no modelo da Treliça de MORSH.
1 2
1 2 Toda esta barra tem que resistir ao esforço mais desfavorável, para isso
utilizo o diagrama de momento.
Dispensa lbnet al
α = 90º
al = 0.45 x cotgθ
R.E.B.A.P – Artigo 92
Estribos Verticais:
2
Vsd ≤ .τ 2.bw.d
3
al = d
O que representa Vrd1( EC2 ) e enuncie alguns dos factores de que depende.
τrd - valor de referência para cálculo do esforço transverso resistente de elementos sem
armadura de esforço transverso.
b- base
d – altura útil
Asl
pl = ≤ 0.02 - se dispensamos a armadura, entramos com a armadura depois da dispensa.
b.d
Armadura de tracção.
Se : Vrd1 > Vsd , não calcular Vrd2 e Vrd3 – O betão resiste por si só – Estribo mínimo.
- Z = 0.9 × d
- Se Asl é contínua : Cotgθ = 2.5/ tg θ = 0.4
b × z × υ × fcd
Vrd2 = > Vsd - Se Asl é dispensada : Cotgθ = 2.0 / tg θ = 0.5
cotgθ + tgθ
fck
- υ = 0.7 − > 0.5 fck em Mpa
200
Vrd2 – Valor máximo do esforço transverso que pode ser suportado sem esmagamento das
bielas fictícias de compressão de betão.
Depende de :
b- base
v- factor de eficácia.
Como explica que uma viga só de betão armado só com armadura de flexão e sem
nenhuma armadura transversal resista a um determinado esforço transverso.
Para se verificar tal situação temos que verificar a condição : Vsd < Vrd1, assim o betão
resiste por si só.
Mas existem excepções, em que apesar desta situação acontecer temos que utilizar uma
armadura mínima de esforço transverso.
As, cal
lb, net = lb × × α1 ≤ lbmin lb
As, ef
Fad F
em que: Fad = F
α1 – coeficiente que toma o valor de 0.7 no caso de amarrações curvas em tracção, e igual á
unidade nos restantes casos.
fbd – valor de cálculo da tensão de rotura da aderência, definido pelo artigo 80º.
As emendas dos varões das armaduras ordinárias podem ser feitas por sobreposição,
por soldadura ou por meio de dispositivos mecânicos especiais.
No caso de emendas por sobreposição, diga como é quantificado o comprimento de
sobreposição de varões de armaduras ordinárias, mencionando os factores que
influenciam.
84.2) As emendas dos varões de armaduras ordinárias podem ser realizadas por :
- sobreposição
- soldadura
- por meio de dispositivos mecânicos especiais.
Devem ser usadas o menos possível e em zonas que os varões estejam sujeitos a tensões
pouco elevadas.
84.2)
15Ø
lb,o = α2 . lb,net ≥
20 Cm
No caso de varões comprimidos as emendas de sobreposição devem ser feitas apenas por
troços rectos, tendo comprimentos de sobreposição lb,o de acordo com o artigo 81.
≥ 45 Cm
Os estribos inclinados são teoricamente a armadura ideal para o esforço transverso , pois
conseguem controlar bem a fendilhação, diminuindo o valor dos esforços de compressão das
bielas de betão e o valor do deslocamento do diagrama dos esforços de tracção.
Em relação aos varões inclinados, embora com a direcção das tensões principais de tracção,
têm o inconveniente de se verificar a fendilhação das bielas de betão que nelas se apoiam, não
devendo ser utilizado junto às faces da viga e não tendo assim praticamente contribuição para
a limitação da abertura de fendas devido as esforço transverso.
O regulamento sugere que no caso da sua utilização, seja atribuída aos estribos uma fracção
apreciável do esforço transverso às armaduras (pelo menos 2/3 do valor a absorver por
armaduras transversais)
No caso de cargas aplicadas à parte inferior das vigas, para além das armaduras
transversais calculadas a partir do diagrama de esforço transverso, são usados estribos
adicionais.
Justifique convenientemente o uso destes estribos e indique como se calculam.
Situação :
Neste caso a viga apesar de levar o estribo principal, leva a armadura de suspensão ( que
também são estribos )
Armadura Total :
Asw Asw
Asw(Total ) = et + susp
s s
Armadura de Suspensão:
Rvs
Asw(susp) =
fsyd
Em que modelo estrutural se baseia o EC2 para fazer o estudo do esforço transverso?
Descreva sucintamente esse modelo.
Morsh idealizou a treliça constituída por dois banzos paralelos, um banzo comprimido de
betão e um banzo traccionado constituído pelas armaduras longitudinais.
Estes banzos estavam ligados entre si por diagonais comprimidas a 45º e diagonais
traccionadas formando um ângulo α com a horizontal, constituídas pela armadura transversal.
Esquema:
81.3 – “ Nas zonas de amarração dos varões, o betão deve ser cintado por uma
armadura transversal (estribos ou cintas) distribuída ao longo da zona de amarração, no
caso de varões traccionados com amarrações recta, e concentrada junto aos extremos
dos varões, nos restantes casos. “
b) O que tem a dizer sobre a eficiência das vigas T na resistência aos momentos
negativos e esforços transversos.
Nas estruturas reticuladas cuja maior dimensão em planta não exceda 30 metros,
pode ser dispensada a determinação dos efeitos devido à retracção do betão. Justifique tal
procedimento.
Este facto é justificado visto as acções produzidas pela retracção tem carácter de acção
permanente, os coeficientes ψ a tomar nas suas combinações devem ser tomados iguais à
unidade; por motivo idêntico, pode dizer-se que os coeficientes de segurança a aplicar
deverão ser 1.0 ou 1.5, conforme os respectivos efeitos sejam favoráveis ou desfavoráveis à
segurança.
Elaborado por :
12 / Janeiro / 2004