Você está na página 1de 20

REOLOGIA DO CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL PARA APLICAÇÃO

RESIDENCIAL

Alexandre Thomaz Magalhães¹


Rogerson Pontes²
Amanda Mariano Pedroso³

Resumo: O Concreto Auto-Adensável (CAA) vem sendo utilizado no Brasil, a partir


do ano 2000, contudo, de forma restrita. O CAA é um tipo de concreto que possui
características como sua grande fluidez e alta trabalhabilidade, ou seja, é um concreto
altamente plástico, o qual dispensa o uso de vibradores durante a etapa de
preenchimentos de formas, pois a ação do seu próprio peso acarreta no seu
adensamento, facilitando o lançamento além de seu bombeamento. Os materiais tais
como, cimento, areia, brita, água, adições e aditivos, são os mesmos materiais
utilizados em um concreto convencional, a diferença está na proporção que o CAA
recebe durante a dosagem, sendo a utilização do aditivo no traço imprescindível para
que o concreto obtenha as características de autoadensabilidade. Atualmente é
possível encontrar no mercado brasileiro, diversos tipos de aditivos com a finalidade
de analisar o comportamento reológico no concreto. Neste estudo, utilizou-se duas
amostras de aditivos sendo eles o aditivo plastificante Mira 120 e o aditivo
superplastificante Tecflow 8000, ambos com proporção de 2% e 5%, no qual
possibilitou verificar qual amostra apresentou um melhor desempenho em relação a
fluidez e coesão, bem como o impacto na resistência mecânica final. No teste de
espalhamento e de resistência à compressão, as amostras que utilizaram do aditivo
plastificante Mira 120 com 2% e 5% obtiveram melhores resultados quando
comparados à amostra com aditivo superplastificante Tecflow 8000.
Palavra Chave: Aditivos químicos. Alta trabalhabilidade. Sistema de paredes de
concreto.

Data da aprovação:

1 INTRODUÇÃO

A construção civil, sendo um dos principais setores industriais do país, tem


como objetivo contribuir para o bem-estar da sociedade, com o intuito de preservar o
meio ambiente, por meio de obras de Engenharia Civil nos segmentos de
infraestrutura e edificações. A construção civil passa por um déficit financeiro, com 20
trimestres consecutivos de perdas, em virtude de uma grande crise econômica,
___________________________
¹ Acadêmico do 10º período do curso de Engenharia Civil, Centro de Ensino Superior dos Campos
Gerais – CESCAGE, Ponta Grossa – PR, e-mail: magalhaes.alexandre96@gmail.com.
² Acadêmico do 10º período do curso de Engenharia Civil, Centro de Ensino Superior dos Campos
Gerais – CESCAGE, Ponta Grossa – PR, e-mail: rogpontes@live.co.uk.
³ Eng. Dra., Professora do curso de Engenharia Civil do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais
– CESCAGE, Ponta Grossa – PR, e-mail: amandapdrs26@gmail.com.
1

fazendo com que investidores congelem os projetos de grande porte e aguardem a


retomada do mercado financeiro (TECNOSIL, 2018).
Por outro lado, retomou-se as construções de casas, apartamentos e
condomínios. Os indicadores Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC)
mostram que os lançamentos residenciais cresceram 30,1% no terceiro trimestre de
2018, em relação ao mesmo período de 2017 (CBIC, 2017).
Como forma de economizar, tanto empresas como seus investidores, têm
optado por métodos construtivos com baixo custo e curto prazo para finalização da
obra, propiciando o aumento da aquisição e o fortalecimento do mercado (TECNOSIL,
2018).
Segundo Tecnosil (2018) um dos métodos construtivos utilizados atualmente
por algumas empresas de construção civil, os quais tem melhor custo benefício, é o
método construtivo de paredes de concreto, que vem da utilização de formas, muitas
vezes sendo metálicas, o que favorece o reaproveitamento desta, em várias outras
obras, respeitando seu estado de conservação, onde utilizam telas de aço no seu
interior como reforço estrutural, aplicando sobre ela toda sua tubulação de elétrica e
hidráulica, e então, o uso do concreto usinado em toda a sua dimensão. Mas, para
que esse método seja eficaz, é necessário que o concreto utilizado apresente
resistência e fluidez, preenchendo toda a extensão da forma, de maneira que evitem
falhas na concretagem. Considerando, também, o fato de que essa metodologia tenha
um grande avanço nos próximos anos.
A norma ABNR NBR 16055/2010, é responsável pelos requisitos e
procedimentos de execução do método de construção de parede de concreto moldada
in loco, pode-se observar que, a norma exige um controle tecnológico para o CAA,
realizando teste de espalhamento conforme a ABNT NBR 15823/2017, para o caso
de moldagens da parede in loco.
O concreto é o material mais utilizado no mundo, com a estimativa de ocupar o
primeiro lugar a partir de 2025, superando a geração de água potável. No Brasil, em
2012, as concreteiras produziram 51 milhões de m³. Dada a importância do material,
no primeiro trimestre de 2019, foi produzido 12,7 milhões de toneladas de cimento, de
acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC). De todo este volume
não se considera apenas o concreto convencional (CCV), mas outros concretos, que
possuem características específicas, como o concreto auto-adensável (CAA).
Reologia é o ramo da ciência que estuda a deformação e o escoamento da
matéria, os quais envolvem fenômenos de elasticidade, plasticidade e viscosidade,
quando submetida a esforços exercidos por forças externas (TANNER, 1988;
MANRICH E PESSAN, 1987). O termo reologia foi definido somente em 1929 por E.
C. Bingham.
Sobre reologia do concreto, Calado et al (2015) explica que é necessário
entender que quanto maior a viscosidade, maior a resistência ao escoamento, e assim
menor a taxa de deformação. Este conceito corrobora com a definição de Isaac
Newton, onde viscosidade de um fluido é a medida da resistência interna ou fricção
interna de uma substância ao fluxo quando submetida a uma tensão. Quanto mais
viscosa, mais difícil de escoar e maior o seu coeficiente de viscosidade (VAN WAZER,
1966).
O CAA é utilizado no Brasil desde os anos 2000, e aos poucos vem ganhando
espaço na construção (ITAMBÉ, 2009), sendo utilizado no método construtivo de
paredes de concreto. O aspecto diferencial do CAA é a reologia, permitindo que ao
ser empregado, preencha a forma ou qualquer outro modelo e serviço, de modo que
2

não necessite esforço físico de mão de obra no adensamento, tendo sua aplicação
rápida e limpa, e com custos baixos.
A ABNT NBR 15823/2017, é a norma responsável pela determinação dos
ensaios do CAA, estabelece o método para avaliação da fluidez do concreto auto-
adensável, através da sua determinação e tempo de escoamento, utilizando o cone
de Abrams, conforme recomenda-se a norma ABNT NBR NM 67:1998, confeccionado
em uma chapa de 1,5mm de espessura com tamanho de 90 cm x 90 cm, e uma forma
de tronco de cone com 30 cm de altura, diâmetro superior a 10 cm e inferior 20 cm e
bases abertas.
A norma ABNT NBR 15823/2017, estabelece o tempo em que o concreto leva
para percorrer a distância de 20cm (T20), o qual deve ser inferior a 1,5s, e para a
distância de 40cm (T40), deve ser inferior a 2,5s, possuindo um parâmetro de
caracterização da capacidade do material fluir pela grade e a câmara horizontal.
Assim, observa-se as diferenças de um concreto facilmente trabalhável e outro
com o bombeamento árduo. Na figura 01, apresenta-se as curvas de fluxo, com a
definição dos comportamentos reológicos.

Figura 01: Curva de fluxo: (a) Fluido Newtoniano, (b) Comparativo curvas de fluxo CC e CAA.

(a) (b)

Fonte:Calado et al (2015).

Conforme Calado et al (2015) expõem, a tensão de escoamento está


relacionada ao espalhamento. Quanto maior for a tensão, menor será a fluidez, com
a dificuldade de escoar (caso do CCV), o concreto está perdendo trabalhabilidade.
Com tensão muito pequena, o CAA se comporta quase com um fluido Newtoniano. O
CAA, comporta-se como um fluído, e é caracterizado pela viscosidade.
Segundo Reinhardt & Wüstholz (2006) fluidos newtonianos, no qual a tensão
de cisalhamento é diretamente proporcional à taxa de cisalhamento, (TATTERSALL
& BANFILL, 1983; GOMES, 2002) afirmam que ao contrário do fluido newtoniano, o
CAA em seu estado fresco, começam a fluir somente após a tensão de cisalhamento
exceder a tensão de escoamento. Afirmam ainda que, neste caso, dois parâmetros
são necessários para descrever a curva de fluidez, sendo eles a tensão de
cisalhamento mínima, que caracteriza o momento em que o concreto começa a fluir,
e a viscosidade plástica, caracterizando a viscosidade e a coesão.
3

Figura 02: velocidade do fluxo do concreto.

Fonte:Calado et al (2015).

Para o CAA, o aspecto da reologia pode ser verificado através de ensaio de


espalhamento. A velocidade de fluxo é relacionada com a viscosidade plástica, sendo
esta, a descrição da resistência do concreto ao fluir, devido ao atrito interno. A figura
02 ilustra esta situação.
Entretanto para que esse concreto tenha a fluidez desejável e não perca a
resistênciamecânica, o uso de aditivos superplastificantes ou retardantes, bem como
a utilização de fibras de polipropileno, tem sua máxima importância para o resultado
do concreto aplicado (TECNOSIL, 2018).
Os materiais utilizados para a confecção do CCV, são exatamente os mesmos
utilizados no CAA, a principal diferença está na proporção que recebe no momento da
dosagem. A produção do CAA requer uma quantidade maior de agregados miúdos e
um consumo maior de cimento, podendo assim, utilizar adições como fíler de rochas
graníticas, para diminuir o consumo.
O agregado miúdo está condicionada à demanda de água, pois possui um fator
essencial para a influência sobre a coesão e fluidez do concreto, os agregados que
possuem partículas arredondadas e lisas são preferíveis para a produção do CAA,
pois aumentam sua fluidez da mistura para a mesma quantidade, quanto mais
angulosas forem as partículas de agregado miúdo, maior será a resistência ao
cisalhamento das argamassas, dificultando a deformidade do concreto (OKAMURA e
OUCHI, 2003).
Segundo Gomes e Maestro (2005), o CAA necessita da adição de finos e
quanto menor o módulo de finura do agregado miúdo, mais adequado para a produção
de concretos de elevada coesão. O módulo de finura do agregado miúdo não deve ter
variações superiores a +-0,20 para garantir sua estabilidade das propriedades
reológicas durante a produção.
É relevante memorar que é preciso realizar um controle rigoroso na umidade
do agregado miúdo, que consiste em uma das principais causas de variações da
fluidez da mistura (OTAVIANO, 2007). Segundo Domone (2003), erros de 0,5% na
estimativa da umidade relativa dos agregados, podem alterar o consumo de água em
até 8kg/m³ de concreto, podendo modificar o resultado do espalhamento em até
45mm, afetando negativamente as propriedades mecânicas e durabilidade.
Segundo Gomes e Maestro (2005) a recomendação para a dimensão máxima
do agregado graúdo seja inferior a 2/3 do cobrimento do espaçamento entre as barras
ou grupos de barras e a ¾ do cobrimento mínimo de concreto ás armaduras, isto é,
não utiliza tamanhos superiores a 19mm, sendo habituais a utilização entre 12,5mm
e 19mm.
4

A distribuição granulométrica do agregado influencia o empacotamento dos


grãos, podendo alterar a fração granulométrica das britas que serão incorporadas em
uma mistura de concreto e está relacionada principalmente ao módulo de elasticidade
do concreto e a retração por secagem, sendo menos deformáveis e com menores
possibilidades de fissuras causadas por retração na secagem do concreto com mais
agregados e com menor teor de argamassa (MEHTA e MONTEIRO, 1994).
É importante constatar, também, que as características principais do CAA, são
alcançadas pelo uso de aditivos, pois possui melhoras significativas em suas
características, sendo assim, a presença de aditivo na produção do CAA é
indispensável, mas é necessário selecionar quais tipos serão utilizados, e qual a
quantidade para ser aplicado no traço do CAA. (GOMES, 2002).
Deste modo, qual aditivo e qual proporção utilizada apresentará melhores
resultados na análise reológica?
Ao aditivos superplastificantes são conhecidos por serem capaz de reduzir
altos teores de água, até quatro vezes a mais comparados ao aditivo plastificante para
uma dada mistura, o mesmo pode ser classificados em dois tipos, sendo eles o de 2ª
geração, constituídos de polímeros sintéticos sulfonados e os de 3ª geração que são
os policarboxilatos.
Segundo Nunes (2001), os aditivos mais recomendados para obtenção do
CAA, são os superplastificantes de terceira geração, pois eles possuem uma maior
redução de água, maiores resistência iniciais e utilizando esse tipo de aditivo à base
de policarboxilato, tem facilitado muito os avanços nessa área.
Tendo por objetivo principal desse trabalho, analisar o comportamento
reológico do CAA, utilizando um traço comercial para obtenção do CAA e duas
amostras de aditivos, um aditivo plastificante polifuncional redutor de água combinado
com elevada resistência inicial e um aditivo superplastificante com alta redução de
água.
Diante disso, será realizado testes de abatimento Slump Test e Flow Test, bem
como seu desempenho ao utilizar o teste da Caixa L, analisando os resultados obtidos
e indicando qual dosagem apresentou melhora em relação a fluidez e coesão.
Considerando que a resistência e durabilidade dependem das condições inicias do
concreto fresco, foi verificado a resistência mecânica de corpos de prova moldados
com as diferentes dosagens para CAA.

2 MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa foi realizada utilizando método descritivo e experimental, utilizando
um traço de concreto fornecido por uma construtora da cidade de Ponta Grossa que
trabalha com método executivo de paredes de concreto.

2.1 CIMENTO PORTLAND


De acordo com as especificações exigidas pela norma brasileira NBR 15823-
2/2017, qualquer tipo de cimento Portland pode ser utilizado na produção do CAA. No
concreto estudado foi utilizado o cimento Portland CPV ARI, que possui alta
reatividade em baixas idades em função do grau de moagem que é submetido. O
cimento continua ganhando resistência até os 28 dias, atingindo valores mais
elevados que os demais, propiciando maior rendimento ao concreto NBR 15823-
2/2017.
5

2.2 ADITIVOS QUÍMICOS PARA CONCRETO


2.2.1 Aditivo plastificante
Conforme a Tecnosil (2010), o aditivo é um material utilizado na dosagem do
concreto, que possui a finalidade de modificar suas características, fazendo com que
sua empregabilidade e manuseio sejam facilitados, proporcionando vantagens no
estado fresco e endurecido do concreto, dependendo do tipo de aditivo utilizado. A
norma ABNT 11768/2011, é responsável pelos requisitos que os aditivos devem
apresentar, para serem aplicados a mistura. Para a dosagem do aditivo, a norma
recomenda que deve ser aplicada uma porcentagem, recomendada pelo fabricante, à
quantidade massa de material cimentício, não sendo maior que 5% da massa contida
no concreto.
O aditivo plastificante polifuncional redutor de água - Mira 120 do fabricante
Grace Construction Products, é um produto que possui uma característica de redução
de água e uma elevada resistência inicial, com coloração marrom escuro e um aspecto
líquido com uma massa especifica fornecida pela NBR 10908 de 1,100-1,160g/cm³
com a dosagem recomendada pelo fabricante de 0,4% a 1,0% sobre o peso do
cimento Portland (s.p.c). O material foi fornecido pela construtora na cidade de
Carambeí-PR, que utiliza o mesmo para dosagem do CAA para paredes de concreto.

2.2. Aditivo plastificante


O aditivo superplastificante para concreto – Tecflow 8000 do fabricante Grace
Construction Products possui característica de alta redução de água, aumento na
fluidez e na coesão do concreto, facilitando adensamento e o lançamento, além de
possibilitar atingir elevadas resistências iniciais e finais. Possui coloração alaranjada
e aspecto líquido, com uma massa especifica de 1,080-1,120g/cm³ com uma dosagem
recomendada pela fabricante de 0,3% a 2,0% s.p.c. A amostra foi fornecida pela
concreteira da cidade de Ponta Grossa-PR, que utiliza o mesmo para obtenção do
CAA.

2.4 AGREGADO MIÚDO E GRAÚDO


Os agregados graúdos e miúdos utilizados para o traço em questão, foram
fornecidos pela empresa que possui usinas de concreto auto adensável em suas
obras, e que colaborou para a elaboração dos experimentos fornecendo os materiais.
Os agregados miúdos tais como areia fina e areia média, representados na figura 04,
foram adquiridos da empresa de mineração Rogalski e os agregados graúdos, que foi
utilizado a brita nº 0, representado na figura 06, foi adquirido pela pedreira Boscardin,
ambas localizadas em Ponta Grossa-PR.
A figura 03 apresenta um gráfico da curva granulométrica dos agregados
miúdos, fornecido pela própria empresa de mineração. No qual apresenta um módulo
de finura igual a 1,73mm e dimensão máxima de 2,4mm.
6

Figura 03 – Análise granulométrica do agregado miúdo.

Fonte: Fornecido pela empresa de mineração Rogalski (Ponta Grossa-PR).

2.5 TRAÇO DO CAA


Para realização do presente artigo, foram utilizados quatro tipos de dosagens
do aditivo para o CAA, porém todas com a mesma quantidade de materiais, a
diferença está na proporção e a amostra de aditivo recebida em cada uma delas.
Utilizou-se o aditivo plastificante com 2% e 5% na dosagem sobre a massa de
materialcimentício e utilizou-se o aditivo superplastificante com as mesmas
porcentagens de adição. Desta forma, foi possível a realização de testes de
espalhamento e caixa L e o teste de compressão a resistência de 28 dias.
O traço utilizado para o estudo desse artigo, foi um traço comercial de uma
empresa de construção, que trabalha com parede de concreto na cidade de
Carambeí-PR. Na tabela 01, pode-se observar a proporção de materiais utilizado
nesse traço, para obtenção do concreto.

Tabela 01 – Traço de concreto auto-adensável.

Materiais Traço Quantidade


Cimento Portland CPV Ari 1 350 Kg
Areia Média 1,6 560 Kg
Areia Fina 1,2 430 Kg
Brita Graduada 0 2,5 880 Kg
Aditivo 2% 0,02 7L
Aditivo 5% 0,05 17,5 L
Água 0,5 180 L
Fonte: Elaborada pela equipe de projetos da empresa.

O primeiro ensaio executado, foi a “Caixa L”, representado na figura 04, que
tem como finalidade, medir a fluidez do concreto simultaneamente à sua capacidade
de superar empecilhos e permanecer coeso, ele imita uma possível caixaria onde será
dispersado o concreto e os obstáculos são as ferragens das armações.
Conforme a norma ABNT NBR 15823/2017, o equipamento consiste em uma
caixa com formato de L, possuindo uma porta móvel separando a parte vertical e
7

horizontal, em sua divisória, barras de aço fixada simulam as armaduras da estrutura.


Deve-se apoiar a caixa no chão, de maneira que esteja nivelado, preencher a parte
vertical com o CAA até que chegue ao topo, aguardar um minuto e abrir a porta para
que o concreto escoe na horizontal, deve-se anotar medidas de 20cm e 40cm, e
quando aberto, cronometrar a passagem do concreto a essas medidas.
Quanto mais fluído estiver o CAA, em relação ao percentual de aditivo utilizado
no traço, mais nivelada terminará e mais rápido chegará as marcações de 20cm e
40cm. É muito importante observar a movimentação do concreto durante o ensaio,
pois se estiver segregado ao passar pelos obstáculos, o agregado graúdo demorará
a fluir, enquanto a argamassa do concreto chegará primeiro no final da caixa.

Figura 04 – Caixa L.

Fonte: ABNT NBR 15823/2017.


O terceiro e último teste realizado foi o Slump Flow Test, o qual é utilizado para
medir a capacidade do CAA de fluir livremente sem segregar, a medida de fluidez é o
diâmetro do círculo formado pelo concreto. O teste é composto por uma base que
deve ser um quadrado de 100 cm x 100 cm, ao centro deve-se colocado o cone,
preencher seu interior com concreto (FIGURA 05).
O adensamento deve ser feito pela força da gravidade, não devendo ter
nenhum tipo de compactação, é importante que haja a observação da ocorrência ou
não de segregação. O espalhamento muito baixo, indica que o concreto está pouco
fluido e se a medida estiver elevada, deve-se tornar o concreto mais coeso (NBR
15823-2/2017).
O resultado ideal para o CAA está entre 60cm e 80cm e o tempo para atingir a
marcação de 50cm (t500) entre 2 e 7 segundos.

Figura 05 – Teste de espalhamento.

Fonte: GOMES (2009).


8

Para se obter resultados de acordo com as propriedades mecânicas do


concreto, foram ensaiados 10 corpos de provas para cada tipo de aditivo (Superflow
8000 e Mira 120), com as porcentagens de adição de 2% e 5%, que respectivamente
são o mínimo e máximo de adição na dosagem do CAA, recomendável pela norma
NBR 11768,totalizando 40 corpos de prova moldados. Foram moldados de acordo
com a ABNT NBR 5738/2015, também deve ser utilizado os moldes metálicos
específicos para a moldagem com dimensões de 10cm x 20cm, preenchendo com
duas camadas sucessivas de concreto, cada uma delas recebendo 12 golpes com a
haste de socamento.
Na figura 06 é possível verificar os moldes de corpos de provas utilizados para
o estudo com dimensões de 10 cm x 20 cm.

Figura 06 – Moldes de corpos de prova de concreto 10cm x 20cm.

Fonte: Elaborada pelo autor.


Segundo a ABNT NBR 5738/2015, que indica que os corpos de prova
necessitam preparação para os ensaios à compressão axial, é imprescindível preparar
as bases, de tal modo que se tornem superfícies planas e perpendiculares ao eixo
longitudinal do corpo de prova. A preparação das bases pode ser feita por meio de
retificação que consiste na remoção de uma fina camada do material das bases, sendo
feita de tal modo que se garanta a integridade estrutural das camadas adjacentes à
camada removida e proporcione uma superfície lisa e livre de ondulações e
abaulamentos.
O capeamento consiste no revestimento dos topos dos corpos de prova com
uma fina camada material apropriado, a espessura da camada de capeamento não
pode exceder 3mm em cada base, seu acabamento deve ser liso e plano após o
endurecimento (NBR 5738/2015).
Para realização do capeamento, é necessário para preparação da base, a
utilização do disco de Neoprene com dureza nominal de 60 shore, para os ensaios
foram utilizados discos com 10,4 cm de diâmetro e 0,1 cm de espessura.
Segundo a norma NBR 5739 que regulamenta o Ensaio de compressão de
corpos de prova cilíndricos, afirma que, até a idade de ensaio, no caso 28 dias, deve
se manter os corpos de prova em processo de cura úmida. Para o ensaio de
compressão, fora utilizado uma prensa hidráulica da marca EMIC modelo PCE100C
com capacidade de 1000KN, disponibilizado pelo laboratório da instituição de ensino
CESCAGE.
Os corpos de prova devem ser limpos e secas, e após ser posicionado no
centro do prato inferior da prensa. A carga de ensaio deverá ser aplicada
9

continuamente e sem interrupções, com velocidade de carregamento de 0,3 Mpa/s a


0,8 Mpa/s, e só deverá ser concluído o rompimento quando a prensa constatar a
primeira fissura e seu travamento no valor definido no mostrador eletrônico em KN.
Para se estabelecer os resultados da resistência do corpo de prova, deve-se
fazer os cálculos de resistência, onde a resistência à compreensão será obtida
dividindo a carga da ruptura pela área da seção transversal do corpo de prova,
devendo o ser expresso o resultado com aproximação de 0,1 Mpa.
Na figura 07 é possível verificar os corpos de prova após o desmolde, sendo
preparados para o ensaio de compressão.

Figura 07 – Corpos de prova prontos e preparados para o ensaio de compressão.

Fonte: Elaborada pelo autor.

A figura 08 traz a prensa utilizada para o ensaio de compressão do concreto.

Figura 08 –Prensa de compressão para concreto - EMIC PCE100C.

Fonte: Elaborada pelo autor.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foi trabalhado com um traço comercial do CAA para uma resistência final de
25Mpa, utilizado por uma empresa de construção, que trabalha com esse concreto
para a execução de residências de paredes de concreto, utilizando dois modelos de
aditivos, sendo eles, um plastificante e outro superplastificante. No momento da
10

mistura, é possível notar um aspecto consistente, mas logo ao adicionar o aditivo,


esse adquire rapidamente uma fluidez, garantindo uma alta trabalhabilidade.
Diante dos resultados obtidos, o traço utilizado possui características
significativas de um concreto convencional, logo após adicionar uma pequena
proporção de aditivo, pode-se notar uma grande fluidez.

3.1 CONSISTÊNCIA
3.1.1 Aditivo superplastificante com 2% e 5% de adição.
Ao realizar os testes de espalhamento e caixa L conforme a ABNT NBR
15823/2017, houveram resultados não satisfatórios para o aditivo superplastificante,
que é o recomendável para CAA, segundo Nunes (2001).
Houve um excesso de água visualizados nas bordas do espalhamento. Observou-se
que, quanto maior a porcentagem de aditivo utilizada em relação ao peso do cimento
no traço do CAA, maior foi a retenção de água, ou seja, apresentou exsudação nos
testes de Slump Flow e baixa resistência a compressão no final dos 28 dias.
Segundo Tutikian e Dal Molin (2008), quanto maior o teor de aditivo utilizado
na dosagem, maior será o retardamento inicial da pega, assim como, riscos de
segregação e perda da consistência na mistura.
Em relação os agregados graúdos, Okamura e Ouhi (2003), relatam que, a alta
viscosidade do CAA é uma exigência para que os agregados possam fluir através dos
obstáculos, garantindo um fluxo contínuo. Havendo a segregação, essa propriedade
não poderá ser atingida. De acordo com Gomes e Barros (2009), a resistência à
segregação é a capacidade do CAA evitar a segregação, separando os agregados
graúdos dos demais materiais, melhorando uniformemente a mistura.
A capacidade de autoadensabilidade do concreto, é dirigida de forma pela
deformidade, que depende de uma tensão mínima necessária para que haja fluidez
do concreto, impedindo contato entre os agregados evitando bloqueios, e depende
também, da resistência a segregação representada pela estabilidade da mistura
(TATTERSALL & BANFILL, 1983).
O aditivo plastificante obteve resultados similares, porém a resistência final
obteve resultados melhores, atingindo 25 Mpa em 28 dias com traço de CAA com
adição de 5% do aditivo.
No teste de espalhamento não apresentou resultados satisfatórios para um
CAA, não teve trabalhabilidade e fluidez em seu estado fresco.
Efetivamente verificou-se que o aditivo superplastificante obteve um aspecto
mais fluído do que o aditivo plastificante evidenciados na dosagem do CAA. Na
realização do teste de espalhamento obteve os seguintes resultados, conforme a
tabela 2.

Tabela 02 – Resultados do teste de espalhamento com o aditivo superplastificante.


Materiais Espalhamento (SF) T500 Caixa L
Aditivo SuperplastificanteTecflow
50cm 6,2s 20cm – 20s
8000 com 2%
Aditivo SuperplastificanteTecflow
63cm 2,8s 20cm – 12s
8000 com 5%
Fonte: Elaborado pelo autor.
Com a proporção de 5% de aditivo na dosagem, obteve um melhor resultado
no espalhamento, onde atingiu a marca de 50cm em 2,8 segundos, 45% mais rápido
11

que a segunda amostra com 2%. Podemos notar os resultados nas figuras 09 e 10,
onde é possível identificar uma exsudação ao redor da amostra, isso é ocasionado
pela presença do aditivo superplastificante, que diminui a relação água/cimento do
concreto, e no centro é possível perceber uma grande concentração dos agregados
graúdos.

Figura 09 – Teste de espalhamento do aditivo superplastificante com 5%.

Fonte: Elaborado pelo autor.


Figura 10 – Teste de espalhamento do aditivo superplastificante com 2%.

Fonte: Elaborado pelo autor.


No teste da caixa L, ambas amostras não chegaram na marcação de 40cm,
como pode-se verificar abaixo, na figura 13, os agregados graúdos não fluíram pelas
malhas de aço, ou seja, isso provocaria segregações as estruturas de concreto após
serem aplicadas na obra.
12

Figura 11 – Teste da caixa em L.

Fonte: Elaborado pelo autor.


3.1.2 Aditivo plastificante com 2% e 5% de adição.

Pode-se notar abaixo na tabela 3, os resultados obtidos nos testes com o aditivo
plastificante.

Tabela 03 – Resultados do teste de espalhamento com o aditivo plastificante.


Materiais Espalhamento T500 Caixa L
Aditivo Plastificante Mira 120 com 2% Não foi possível realizar
Aditivo Plastificante Mira 120 com 5% 53cm x 53cm 4,2s 20cm – 8s
Fonte: Elaborado pelo autor.
A amostra com 2% de aditivo não teve fluidez para realizar os testes de
espalhamento, foi apenas realizado com a amostra de 5%, no qual os resultados foram
semelhantes as amostras anteriores. Como podemos verificar nas figuras a seguir.

Figura 12 – Teste slump com amostra de CAA com 2% de aditivo plastificante.

Fonte: Elaborado pelo autor.


13

Figura 13 – Teste de espalhamento com amostra de CAA com 5% de aditivo plastificante.

Fonte: Elaborado pelo autor.

No ensaio da caixa L, apresentou as mesmas características das amostras


anteriores, a baixa fluidez fez com que os agregados graúdos não passassem pela
malha de aço.
Segundo Melo (2017), a realização do teste de Slump Flow, como descrito na
parte 2 da ABNT NBR 15823/2017, conforme é especificado na ABNT NBR
16055/2010, não é suficiente para que possa garantir a qualidade do CAA, pois não
atinge todas as características reológicas para a autoadensabilidade.

3.2 RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO


A resistência do CAA e do CCV, com o tempo é similar, porém, o baixo fator
a/c, possui uma tendência em que o CAA apresente um desenvolvimento maior na
resistência, de acordo com Klug et al (2003). Com relação ao módulo de deformação,
o CAA apresenta uma diminuição nos resultados comparados ao CCV, devido a
menor quantidade de agregados e maior presença finos em sua composição, que por
fim, ocasiona uma redução de vazios e de porosidade. Já Gomes (2002) não
encontrou diferenças no módulo de deformação.
Segundo Bezerra (2009), para o ensaio de verificação da resistência do
concreto através da compressão artificial, afirma que alguns cuidados com os corpos
de prova devem ser seguidos, afim de reparar quaisquer danos nas faces dos moldes,
podendo eles alterar a resistência final do ensaio. É necessário que elas estejam
niveladas e lisas, visando evitar que não haja concentração de tensão e
consequentemente a divergência entre resistência real e a apresentada após os
ensaios. Barbosa et al, (2009), afirma que o sistema não colado, sendo o material
utilizado para isto o elastômero tipo Neoprene confinado, caracterizando a utilização
de um material como almofada para as bases dos corpos de prova, podendo este
material estar confinado ou não. Ruduit (2006) ainda afirma que a utilização do
Neoprene com reforço metálico, apresenta resultados similares ao se comparar com
o capeamento de enxofre.
Para Neville e Brooks (2013), os procedimentos de cura dos corpos de prova
consistem em controle de temperatura e movimento da água de dentro para fora do
concreto e vice e versa. Ainda a cura é explicada pelo fato que a hidratação do cimento
só pode ocorrer em capilares preenchidos de água, por essa a preocupação de evitar
a perda de água pelos poros do concreto. Segundo a NBR 5738/1994 estabelece para
14

um melhor ganho de resistência na cura de submersão, a utilização de hidróxido de


cálcio saturado, e água livre de impurezas e não apresentar diferença em
temperaturas maior que 11 graus em relação a temperatura do concreto. Para Bauer
(2008), a cura submersa do concreto, é o método ideal.
Após finalizar os testes de espalhamento, foram realizados os rompimentos dos
corpos de provas com idades de 28 dias, para verificar se houve impacto na
resistência final, com a utilização dos aditivos. Como foram moldados 10 corpos de
prova para cada tipo de amostra, obteve-se 10 resultados de resistência. A média dos
resultados segue abaixo no gráfico 01.

Gráfico 01 – Resultados à compressão do concreto auto-adensável com idade de 28 dias.

TE S TE DE RE S I S TÊ NCI A DO S CO RP O S
DE P ROVAS DE I DADE S DE 2 8 DI AS .
Mira 120 - 2% Mira 120 -5% Tecflow 8000 - 2% Tecflow 8000 - 5%
25,76

20,16
19,69

18,68

MIRA 120 - 2% MIRA 120 -5% TECFLOW 8000 - TECFLOW 8000 -


2% 5%

Fonte: Elaborado pelo autor.

Analisando os resultados apresentados no gráfico, apenas uma amostra obteve


a resistência final superior a 25Mpa, que foi a amostra com 5% de aditivo plastificante
Mira 120, as demais, obtiveram resultados inferiores.
O concreto como um todo, possui vazios causados por exsudação ou pelo
adensamento realizado de forma incorreta ou incompleto, o percentual de vazios
presentes na mistura do concreto é de 1% a 10%, resultados apresentados por
Tukitian (2004). Já as misturas com valores iguais a 10%, são os que apresentam
maiores falhas e resistências mais baixas.
Conforme Gomes e Dal Molin (2009), a permeabilidade da pasta é o que possui
um efeito maior na permeabilidade final, pois, as partículas dos agregados estão
inteiramente envolvidas na mistura da pasta de cimento do concreto.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A motivação da elaboração deste documento, partiu do acompanhamento da
moldagem das paredes de concreto em um determinado residencial, que utilizavam o
concreto auto-adensávelpara preencher as formas por completo sem a utilização de
muita mão de obra, apenas o necessário para o lançamento in loco. Desde então
surgiu a curiosidade e a vontade de estudar as vantagens e quais as funções dos
aditivos ao serem adicionados no concreto.
15

A seguir, discutimos sobre quais melhorias serão necessárias ser realizadas


para que o traço CAA tenha melhores resultados. Uma das principais é selecionar os
matérias agregados com mínimo de resíduos possíveis e com a granulometria
recomendável e fixar em 40% do agregado miúdo em sua composição e 50% do
agregado graúdo do volume dos sólidos, conforme recomenda-se Okamura (1997) e
Gomes (2002), comparar a diferença dos tipos de cimentos para ser utilizado no CAA
e ter um resultado melhor nos testes de compressão, segundo Neville (1997), quanto
menor for a finura do cimento, maior contribuição para um ganho de resistência ele
terá, devido a maior velocidade de hidratação.
Após a análise dos resultados obtidos pelo teste de compressão dos corpos de
prova, foi possível observar que os valores médios de resistência do concreto auto-
adensável se obtiveram com aditivo Mira 120 com 5% de adição em seu traço, e o
menor resultado com aditivo Tecflow 8000 com adição de 2% em composição de seu
mesmo traço.
Com base nesses resultados, apenas um dos traços atingiu o FCK de 25 Mpa,
que foi com a adição de Mira 120 com 5%. O estudo pode concluir que, todos os traços
do concreto e a proporção de aditivos utilizada, não podem ser classificados como
auto-adensável adequado para a aplicação em paredes de concreto, pois ocasionou
instabilidade no traço e formando segregação, indicando relação com a resistência a
compressão.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10908: Aditivos para
argamassa e concreto – Ensaios de caracterização. Rio de Janeiro, ABNT, 2008.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11768: Aditivos para


concreto de cimento Portland. Rio de Janeiro, ABNT, 1192.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Câmaras úmidas e


tanques para cura de corpos de prova de argamassa e concreto.
NBR 9479. Rio de Janeiro, 1994.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5733: Cimento


Portland de alta resistência inicial. Rio de Janeiro 1991

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15823: Concreto


auto-adensável. Rio de Janeiro, ABNT, 2017.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Concreto–


Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. NBR 5738.
Rio de Janeiro,2008.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Concreto auto–


adensável: parte 1: Classificação, controle e aceitação no estado
fresco. NBR 15823/2010-1. Rio de Janeiro,2010

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS NBR 16055/2012:


Parede de concreto moldada no local para a construção de edificações —
Requisitos e procedimento. Rio de Janeiro, 2012.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Concreto – Ensaio de


Compressão de corpos de prova cilíndricos.NBR 5739. Rio de
Janeiro, 2007.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 67: Concreto –


Determinação da Consistência pelo Abatimento do Tronco de Cone. Rio de
Janeiro, 1998.

BAUER, L. A. F. Materiais da construção. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. 538 p.

BARBOSA, F. R, MOTA, J. M. F, COSTA e SILVA, A. J. e OLIVEIRA, R. A.


Análise da Influência do Capeamento de Corpo-de-Prova Cilíndrico na
Resistência à Compressão do Concreto. Anais do 51º Congresso Brasileiro de
Concreto, 2009.

BEZERRA, A. C. S. Influência das Variáveis de Ensaio nos Resultados de


Resistência à Compressão de Concretos: Uma Análise Experimental e
Computacional. 2007. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Universidade
Federal de Minas Gerais.
CALADO ET AL. Concreto Auto-Adensavel, mais que uma alternative ao
Concreto Convencional. Editora da Universidade de Pernanbuco. Recife, 2015.

O USO DO CONCRETO AUTOADENSÁVEL NO BRASIL. ITAMBÉ, 2009.


Disponível em: <https://www.cimentoitambe.com.br/o-uso-do-concreto-
autoadensavel-no-brasil/>Acessoem 14 de Set de 2019.

CÂMARA BRASILEIRA DA INDUSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Vendas e


lançamentos de imóveis na capital paulista sobem em setembro, mostra
Secovi-SP. CBIC, 2018. Disponível em: <https://cbic.org.br/vendas-e-lancamentos-
de-imoveis-na-capital-paulista-sobem-em-setembro-mostra-secovi-sp/> .Acesso em:
11 de Out de 2019.

CONCRETO AUTO-ADENSÁVEL: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS E


APLICAÇÕES. Tecnosil, 2018. Disponível em:
<https://www.tecnosilbr.com.br/concreto-auto-adensável -principais-caracteristicas-e-
aplicacoes-2>. Acesso em: 20 de Out. de 2019.

DOMONE, P.L. Self-compacting concrete: an analyses of 11 years of cases


studies. In: Cement& Concrete Composits, n- 28, p. 197-208, 2006.

GÓMES, J .F ; MAESTRO, M.B. Guia práctica para lautilización dei hormigón


autocompactante. Instituto Espanol dei cemento y sus aplicaciones. Madrid, 2005.

GOMES, P. C. C. Optimization and Characterization of High-Strength Self-


Compacting Concrete.Tese (Doutorado em Engenharia Civil) – Curso de
PósGraduação em Engenharia Civil, Universitat Politècnica de Catalunya,
Barcelona, 2009.
GOMES, P.C.C ; BARROS, A.R. Métodos de dosagem de concreto
autoadensável. São Paulo: PINIm 2009. 165p.

KLUG,Y;HOLSCHEMACHER.Comparisonofthehardenedpropertiesofselfcompac
tingand normal vibrated. Edição: O. Wallevikand I, Nielsson. In:
INTERNATIONAL RILEM SYMPOSIUM ON SELF-COMPACTING CONCRETE, 3st,
2003, Reykjavik. Proceedings… France: RILEM Publications, 2003, p.596-605.

MANRICH, S.; PESSAN, L. A. Reologia: conceitos básicos. São Carlos: Gráfica


UFSCar,1987. p.

MEHTA P. K. MONTEIRO, P. J. M. Concreto: estrutura, propriedades e


materiais. 1994. 573 f. São Paulo: PINI, 1994.

NEVILLE, A. M. Propriedades do Concreto. Ed. PINI Ltda, 1997.

NEVILLE, A. M.; BROOKS, J. J. Tecnologia do concreto. 2. ed. Porto Alegre:


Bookman, 2013. 448 p.

NUNES, S.C.B. Betão Auto-Compactível: Tecnologia e Propriedades.


PósGraduação em Estruturas de Engenharia Civil – Faculdade de Engenharia,
Universidade do Porto, Porto. 2001, p.198.
REINHARDT, H.; WÜSTHOLZ, T, Influência do conteúdo e da composição dos
agregados no comportamento reológico do concreto auto-adensável, Vol. 39,
pp 683-693, 2006.

RUDUIT, F. R. Resistência à Compressão de Amostra de Concreto:


Comparação de Resultado entre a Preparação de Topos com Capeamento de
Enxofre Derretido e Retificação. 2006. Trabalho de Diplomação, Universidade
Federal do Rio Grande do Sul.

OKAMURA, H.; OUCHl, M. Self-compacting concrete. In: Journal of Advanced


Concrete Technology, Vol. 1, n. 1, p. 5-15, 2003.

OKAMURA, H. (1997), “Hormigón autocompactante de altas prestaciones” (in


English), Concrete International, 19 (7), pp. 50-54.

TANNER, R. I. Engineering rheology. New York: Oxford University, 1988. 451p.


TUTIKIAN, B. F.; DAL MOLIN, D. C. Concreto auto-adensável. Porto Alegre: Pini,
2008.
TUTIKIAN, Bernardo Fonseca. Método para Dosagem de Concretos Auto-
Adensáveis. 2004. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, Porto Alegre-RS, 2004.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos primeiramente a Deus, que desde o primeiro momento em que
fomos abençoados ao poder cursar Engenharia Civil. Obrigado por nos transmitir
força, foco e fé, que nos acompanharam ao longo desses anos e que não nos
permitiram desistir em momento algum nem nos momentos mais difíceis. Serei
eternamente grato à Deus e a Nossa Senhora Aparecida, por todas as bençãos sobre
a minha família e por proporcionar tranquilidade aos corações daqueles que
acompanharam nossa trajetória.
Aos agradecimentos de Alexandre Thomaz Magalhães: Quero agradecer e
dedicar toda a vitória aos meus pais, Marcos da Silva Magalhães e Sonia Maria
Thomaz Magalhães, que me ensinaram que devemos nos dedicar e dar sempre o
melhor de si em tudo que eu fizesse, em qualquer situação. A união da força e carinho
de minha mãe, e do fazer sempre o melhor de si, do meu pai, me formaram o que sou
hoje, alguém que tenta colocar de maneira plena seu coração por completo em tudo
o que faz. Agradeço a vocês pelo que sou hoje, e dedico todo esse esforço à vocês,
é tudo por vocês! E também ao meu Irmão, Eduardo Kauan Magalhães, que não
poderia faltar, agradeço a todo o apoio e obrigado por tê-lo em minha vida, sei que
nada seria de mim sem vocês!
Aos agradecimentos de Rogerson Pontes: Quero agradecer aos meus pais
Vilmar Pontes e Cleci Biagini Pontes, por serem essenciais na minha vida, por todo
amor, incentivo, apoio incondicional e que apesar das dificuldades encontradas ao
longo do caminho, sempre me ajudaram na realização do meu sonho. Agradeço aos
meus irmãos Roberson e Karine e também minha namorada Ingrid, por me
incentivarem a ser uma pessoa melhor e sempre estarem presente quando eu mais
precisei.
Agradecemos ao apoio de toda a equipe onde trabalhamos, da Construtora
Pizolato, em especial ao Engenheiro Civil responsável Thiago Rangel Ribeiro, por todo
o apoio na construção desse artigo de TCC e também pelos ensinamentos que nos
deu em época de estagio que levaremos como aprendizagem para nossa carreira
profissional.
Agradecemos também em especial a um grande amigo, Wilian Alves da Silva
(In Memorian) que no tempo em que trabalhamos juntos, nos encontros do dia a dia
no canteiro de obra, seu carisma e determinação, mostrou-nos o verdadeiro sentido
da vida, que não devemos desistir dos nossos objetivos, conselhos, aprendizados e
também quando precisávamos de ajuda nos momentos difíceis ou que não sabíamos
resolver, você sempre estava disposto a ajudar! Sempre lembraremos de sua pessoa,
de sua alegria e de seu cumprimento: “E aí Fioti”.
Agradecemos a nossa orientadora Prof.ª Dra. Amanda Mariano Pedroso, pela
sua disponibilidade, paciência e palavras de incentivo em momentos difíceis que
foram fundamentais para realizar e prosseguir este estudo. Salientamos o apoio
incondicional prestado, a forma interessada, extraordinária e pertinente como
acompanhou a realização deste trabalho, principalmente em laboratório. Obrigado
pelo seu tempo cedido a nós.
A profª Marcia Abdala, obrigado pelo apoio e disponibilidade demonstrados
foram fundamentais para a concretização deste trabalho de conclusão de curso.

Você também pode gostar