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RESIDENCIAL
Data da aprovação:
1 INTRODUÇÃO
não necessite esforço físico de mão de obra no adensamento, tendo sua aplicação
rápida e limpa, e com custos baixos.
A ABNT NBR 15823/2017, é a norma responsável pela determinação dos
ensaios do CAA, estabelece o método para avaliação da fluidez do concreto auto-
adensável, através da sua determinação e tempo de escoamento, utilizando o cone
de Abrams, conforme recomenda-se a norma ABNT NBR NM 67:1998, confeccionado
em uma chapa de 1,5mm de espessura com tamanho de 90 cm x 90 cm, e uma forma
de tronco de cone com 30 cm de altura, diâmetro superior a 10 cm e inferior 20 cm e
bases abertas.
A norma ABNT NBR 15823/2017, estabelece o tempo em que o concreto leva
para percorrer a distância de 20cm (T20), o qual deve ser inferior a 1,5s, e para a
distância de 40cm (T40), deve ser inferior a 2,5s, possuindo um parâmetro de
caracterização da capacidade do material fluir pela grade e a câmara horizontal.
Assim, observa-se as diferenças de um concreto facilmente trabalhável e outro
com o bombeamento árduo. Na figura 01, apresenta-se as curvas de fluxo, com a
definição dos comportamentos reológicos.
Figura 01: Curva de fluxo: (a) Fluido Newtoniano, (b) Comparativo curvas de fluxo CC e CAA.
(a) (b)
Fonte:Calado et al (2015).
Fonte:Calado et al (2015).
2 MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa foi realizada utilizando método descritivo e experimental, utilizando
um traço de concreto fornecido por uma construtora da cidade de Ponta Grossa que
trabalha com método executivo de paredes de concreto.
O primeiro ensaio executado, foi a “Caixa L”, representado na figura 04, que
tem como finalidade, medir a fluidez do concreto simultaneamente à sua capacidade
de superar empecilhos e permanecer coeso, ele imita uma possível caixaria onde será
dispersado o concreto e os obstáculos são as ferragens das armações.
Conforme a norma ABNT NBR 15823/2017, o equipamento consiste em uma
caixa com formato de L, possuindo uma porta móvel separando a parte vertical e
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Figura 04 – Caixa L.
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Foi trabalhado com um traço comercial do CAA para uma resistência final de
25Mpa, utilizado por uma empresa de construção, que trabalha com esse concreto
para a execução de residências de paredes de concreto, utilizando dois modelos de
aditivos, sendo eles, um plastificante e outro superplastificante. No momento da
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3.1 CONSISTÊNCIA
3.1.1 Aditivo superplastificante com 2% e 5% de adição.
Ao realizar os testes de espalhamento e caixa L conforme a ABNT NBR
15823/2017, houveram resultados não satisfatórios para o aditivo superplastificante,
que é o recomendável para CAA, segundo Nunes (2001).
Houve um excesso de água visualizados nas bordas do espalhamento. Observou-se
que, quanto maior a porcentagem de aditivo utilizada em relação ao peso do cimento
no traço do CAA, maior foi a retenção de água, ou seja, apresentou exsudação nos
testes de Slump Flow e baixa resistência a compressão no final dos 28 dias.
Segundo Tutikian e Dal Molin (2008), quanto maior o teor de aditivo utilizado
na dosagem, maior será o retardamento inicial da pega, assim como, riscos de
segregação e perda da consistência na mistura.
Em relação os agregados graúdos, Okamura e Ouhi (2003), relatam que, a alta
viscosidade do CAA é uma exigência para que os agregados possam fluir através dos
obstáculos, garantindo um fluxo contínuo. Havendo a segregação, essa propriedade
não poderá ser atingida. De acordo com Gomes e Barros (2009), a resistência à
segregação é a capacidade do CAA evitar a segregação, separando os agregados
graúdos dos demais materiais, melhorando uniformemente a mistura.
A capacidade de autoadensabilidade do concreto, é dirigida de forma pela
deformidade, que depende de uma tensão mínima necessária para que haja fluidez
do concreto, impedindo contato entre os agregados evitando bloqueios, e depende
também, da resistência a segregação representada pela estabilidade da mistura
(TATTERSALL & BANFILL, 1983).
O aditivo plastificante obteve resultados similares, porém a resistência final
obteve resultados melhores, atingindo 25 Mpa em 28 dias com traço de CAA com
adição de 5% do aditivo.
No teste de espalhamento não apresentou resultados satisfatórios para um
CAA, não teve trabalhabilidade e fluidez em seu estado fresco.
Efetivamente verificou-se que o aditivo superplastificante obteve um aspecto
mais fluído do que o aditivo plastificante evidenciados na dosagem do CAA. Na
realização do teste de espalhamento obteve os seguintes resultados, conforme a
tabela 2.
que a segunda amostra com 2%. Podemos notar os resultados nas figuras 09 e 10,
onde é possível identificar uma exsudação ao redor da amostra, isso é ocasionado
pela presença do aditivo superplastificante, que diminui a relação água/cimento do
concreto, e no centro é possível perceber uma grande concentração dos agregados
graúdos.
Pode-se notar abaixo na tabela 3, os resultados obtidos nos testes com o aditivo
plastificante.
TE S TE DE RE S I S TÊ NCI A DO S CO RP O S
DE P ROVAS DE I DADE S DE 2 8 DI AS .
Mira 120 - 2% Mira 120 -5% Tecflow 8000 - 2% Tecflow 8000 - 5%
25,76
20,16
19,69
18,68
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A motivação da elaboração deste documento, partiu do acompanhamento da
moldagem das paredes de concreto em um determinado residencial, que utilizavam o
concreto auto-adensávelpara preencher as formas por completo sem a utilização de
muita mão de obra, apenas o necessário para o lançamento in loco. Desde então
surgiu a curiosidade e a vontade de estudar as vantagens e quais as funções dos
aditivos ao serem adicionados no concreto.
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KLUG,Y;HOLSCHEMACHER.Comparisonofthehardenedpropertiesofselfcompac
tingand normal vibrated. Edição: O. Wallevikand I, Nielsson. In:
INTERNATIONAL RILEM SYMPOSIUM ON SELF-COMPACTING CONCRETE, 3st,
2003, Reykjavik. Proceedings… France: RILEM Publications, 2003, p.596-605.