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Ministério da Educação José de A. Freitas Jr.

| Materiais de Construção I
AGLOMERANTES AGLOMERANTES José de A. Freitas Jr. | Materiais de Construção I
Universidade Federal do Paraná
Setor de Tecnologia
Departamento de Construção Civil AGLOMERANTES

DEFINIÇÃO
São produtos capazes de provocar a aderência dos materiais.

Materiais de Construção
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MODO DE ENDURECER:
( TC-030)
• Quimicamente inertes:
AGLOMERANTES • Endurecem por simples secagem.
• Ex: argilas, betumes.

• Quimicamente ativos:
Prof. José de Almendra Freitas Jr.
• Endurecem pela ação de reações químicas.
freitasjose@terra.com.br • Ex: cimento Portland, Cal aérea
Versão 2017

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AGLOMERANTES AGLOMERANTES
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MODO DE ENDURECER: CLASSIFICAÇÃO QUANTO A RELAÇÃO COM A ÁGUA:

• Quimicamente ativos: AGLOMERANTES AÉREOS:


Endurecem devido a reações químicas.
Depois de endurecidos, não resistem bem quando imersos na água.
• Aéreos – Devem ser usados apenas em contato com o ar.
• Necessitam da presença do ar para endurecer; Ex.: Cal aé
aérea, Gesso de Paris.
• Hidráulicos –
• Não necessitam da presença do ar para endurecer; AGLOMERANTES HIDRÁULICOS:
• Hidráulicos simples; Depois de endurecidos, resistem bem a água.
• Hidráulicos compostos; O endurecimento dos aglomerantes hidráulicos se dá por ação
• Hidráulicos mistos; exclusiva da água (reação de hidratação).
• Hidráulicos com adições. Ex.: Cal hidráulica, Cimento aluminoso, Cimento Portland.

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AGLOMERANTES CLASSIFICAÇÃO AGLOMERANTES CLASSIFICAÇÃO

AGLOMERANTES HIDRÁULICOS SIMPLES: AGLOMERANTES HIDRÁULICOS COMPOSTOS:


Um único produto aglomerante, não tendo mistura. Misturas de um aglomerante simples com
subprodutos industriais ou produtos naturais de
Ex.:
baixo custo.
• Cimento Portland (CP
(CP I)
I)
Ex.:
• Cimento aluminoso
• CP IV - mistura de cimento Portland com pozolana
• Gesso hidrá
hidráulico
• CP III - mistura de cimento Portland e escória
• Cal hidrá
hidráulica
• CP II F - mistura de cimento Portland e pó de
calcário

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AGLOMERANTES CLASSIFICAÇÃO
AGLOMERANTES CLASSIFICAÇÃO
AGLOMERANTES HIDRÁULICOS:
AGLOMERANTES HIDRÁULICOS COM
AGLOMERANTES HIDRÁULICOS MISTOS: ADICÕES:
Mistura de dois aglomerantes simples. Aglomerantes hidráulicos simples + adições para
Ex.: modificar certas características.
• Gesso com Cal aérea •Diminuição: permeabilidade, calor de hidratação,
retração ou preço.
•Mistura de CP com cimento aluminoso - tem
pega muito rápida. •Aumento: resistência a agentes agressivos,
plasticidade ou resistência a baixas temperaturas.
•Dar coloração especial.

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AGLOMERANTES - TEMPOS DE INÍCIO E FINAL DE PEGA


AGLOMERANTES
APARELHO DE VICAT Luis J. Vicat, 1786-1861
TEMPOS DE INÍCIO E FINAL DE PEGA
Definições:
Pega - período inicial de solidificação pasta
Iní
Início de pega – Momento que a pasta começa a endurecer
Fim de pega - Momento que a pasta já está completamente
sólida

Endurecimento – Período de tempo em que o material


ganha resistência, mesmo após o final de pega.
Ensaios
(MB-3433, NM 43) - Determinação da Água da Pasta de Consistência Normal
(MB-3434) - Determinação dos Tempos de Pega

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AGLOMERANTES - TEMPOS DE INÍCIO E FINAL DE PEGA TEMPO DE INÍCIO DE PEGA


APARELHO DE VICAT
Agulha p/
Final de
Final de pega =
pega tempo até que
acessório anular
Iní
Início de pega = não provoque
tempo até
até que a nenhuma marca
agulha de Vicat Agulha p/
Iní
Início de
penetre na pasta escala pega
(4+
(4+1)mm da base
Agulha com
acessório anular
amostra = 500 g de
para verificação do
cimento e água =
pasta consistência final de pega
normal, NM43

(José
(JoséA.A.Freitas
FreitasJr.)
Jr.) Define-
Define-se os tempos de pega como o intervalo de tempo
transcorrido desde a adiç
adição de água ao cimento Arquivo: Filmes concreto / Cimentos/ Inicio de pega

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TEMPO DE FINAL DE PEGA AGLOMERANTES - TEMPOS DE INÍCIO E FINAL DE PEGA

Classificação (AFNOR):

AGLOMERANTES TEMPO DE INÍCIO DE EXEMPLO


PEGA
De pega rápida Menos de 8 minutos Gesso de Paris
Cimento Romano
De pega semi-lenta De 8 a 30 minutos Alguns cimentos
naturais
Cimento Portland
De pega lenta De 30 minutos a 6 horas Cimento aluminoso
Cimento pozolânico
Cimento metalúrgico
Cal aérea

O concreto ou argamassa deve estar aplicado e


adensado dentro das formas antes do início da pega.
Arquivo: Filmes concreto / Cimentos/ Final de pega

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MASSAS ESPECÍFICA E UNITÁRIA: MASSAS ESPECÍFICA E UNITÁRIA:

Massa Específica: ME = Massa / volume real Massa Específica: ME = Massa / volume real
NBR NM 23
Massa Unitária: MU = Massa / volume aparente Massa específica de materiais em pó é 65 g de
(Volume aparente inclui os vazios entre os grãos) determinada utilizando o frasco de cimento
Frasco de
“Le Châtelier” e balança de precisão. Le Châtelier

AGLOMERANTE MASSA ESPECÍFICA MASSA UNITÁRIA Balança


(t/m3, kg/l ou g/cm3) (t/m3, kg/l ou g/cm3)
Cimento Portland 3,00 a 3,15 ≅ 1,42 250 ml de
gasolina
Cal hidratada 2,25 a 2,30 0,48 a 0,64
Gesso 2,55 a 2,60 0,65 a 0,80

Henry Le Châtelier, 1850 -1936

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SUPERFÍCIE ESPECÍFICA : SUPERFÍCIE ESPECÍFICA : Permeâmetro Blaine


NBR NM 76
Superfície Específica: SE Caracteriza a finura, Quanto maior o valor do
Blaine, mais fino é o pó do aglomerante,
SE = áreas dos grãos / MU mais rápida é sua hidratação.
Área dos grãos: soma áreas todos os grãos contidos na MU • K é a constante do aparelho;
• ε é a porosidade da camada;
Área dos grãos calculada a partir do diâmetro médio das
• t é o tempo medido (s)
partículas determinado pelo permeâmetro Blaine.
• ρ é a massa específica do cimento (g/cm³)
AGLOMERANTE SUPERFÍCIE ESPECÍFICA • η é a viscosidade do ar à temperatura do
(m2/kg) ensaio – tabela da norma (Pa/s)
Cimento Portland 240 a 300 • S é a superfície específica
Cal hidráulica ≈ 650
K ε3 t ITAMBÉ
Sílica ativa 20.000 S= × ×
ρ (1 − ε ) 0,1η Roger L. Blaine, 1943 -

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SUPERFÍCIE ESPECÍFICA : Permeâmetro Blaine SUPERFÍCIE ESPECÍFICA : Granulômetro a laser


Entrada de ar
Amostra Abrir o registro e aspirar o
líquido, levantando para a A difração do laser mede a
marca A, fechando o registro. intensidade da luz dispersa
por um grupo de partículas
Com a subpressão formada numa gama de
no tubo, o ar é forçado a fluir ângulos (Catita, 2006)
através da amostra e o fluido
(Coutinho, J. S.) Distribuição granulométrica dos cimentos a partir do
vai lentamente voltando a Granulômetro a Laser
posição de equilíbrio.
O cronômetro deve ser
Fluido acionado quando o nível do
fluido passar pela marca B e
desligado quando atingir a
marca C, anotando-se o
tempo
(F.Bauer)
(Alécio Mattana Jr., Marienne do Rocio de Mello Maron da Costa)

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AGLOMERANTES AÉREOS CAL = Cal Aérea É um aglomerante aé


aéreo

É o produto resultante da calcinação de pedras calcárias a uma


temperatura inferior ao do início de sua fusão (cerca de 900oC).
Depois de endurecidos, não resistem bem quando
imersos na água. Etapas da cal:

Devem ser usados apenas em contato com o ar.


Rocha a) Calcinação ar
Calcária
CaCO3 + calor CaO + CO2
Em geral precisam de componentes do ar para (900oC)
Alterações físicas:
endurecer. 44 % do peso
Perde
Exemplos principais: 12 a 20 % do volume

Cal aérea CaCO3 = Carbonato de Cálcio


Gesso CaO = Cal, Cal Virgem ou Cal viva

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CAL = Cal Aérea É um aglomerante aé


aéreo CAL = Cal Aérea Extinç
Extinção da cal
Etapas da cal:
b) Extinção da cal
CaO + H2O Ca(OH)2 + calor
Muitíssimo

Ca(OH)2 = Cal extinta, Cal hidratada ou Hidróxido de Cálcio


Alteração física:
Recupera a maior parte do peso e volumes perdidos.

O Hidróxido de cálcio é o aglomerante.

Arquivo: Filmes concreto / CAL / Slaking rocklime

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CAL = Cal Aérea CAL = Cal Aérea DESIGNAÇÃO DOS PRODUTOS


Etapas da cal: CAL VIRGEM ou CAL VIVA = Calcário calcinado
c) Endurecimento ou recarbonatação
ar ar CaO
Ca(OH)2 + CO2 CaCO3 + H2O

CAL HIDRATADA = Cal Virgem depois da hidratação


Ca(OH)2 = hidróxido de cálcio
Ca(OH)2
CaCO3 = carbonato de cálcio

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CAL = Cal Aérea


CAL = Cal Aérea
Cal virgem é classificada conforme o óxido predominante:
Rendimento -> ganho de volume da cal virgem ao hidratar.
Cal virgem cálcica:
Cal gorda:
CaO - entre 100% e 90% dos óxidos totais; Rendimento em pasta >1,82
Calcários com impurezas < 5 %
Cal virgem magnesiana: Produz maior volume de pasta, mais plástica, homogênea e mais expansiva.

CaO - entre 90% e 65% dos óxidos totais;


Cal magra:
Cal virgem dolomítica: Rendimento em pasta <1,82
Calcários com impurezas > 5 %
CaO - entre 65% e 58% dos óxidos totais. Produz menor volume de pasta, mais seca, grumosa e menos expansiva.
Dolomita → CaCO3.MgCO3

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PRODUÇÃO DA CAL Produção em Rio Branco do Sul-PR


CALCÁRIO Reservas no Brasil:
C.Natucci, E. M. Araújo, F. Mitsuhasi;
G. Balbinot, G. Lorenci e J.G.Yared

Paraná
Paraná Mina de calcá
calcário Britagem do calcá
calcário

C = Calcário - CaCO3
D = Dolomito - CaCO3.MgCO3 Separaç
Separação do
material menor Forno de barranco

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PRODUÇÃO DA CAL Produção em Rio Branco do Sul-PR CALCINAÇÃO DA CAL: CaO


Forno intermitente simples a lenha ou carvão
Forno de barranco

Costantin Filho, R. Scheidt, Silvio Almeida Cintra)


(alunos: J. de Camargo, J. Lima Neto,’M.
Forno de barranco Queima de serragem

(Freitas Jr., J.)


(Freitas Jr., J.)
Peneiramento da cal Estoque

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CALCINAÇÃO DA CAL: CaO CALCINAÇÃO DA CAL: CaO


Forno horizontal contínuo giratório
Forno vertical
Permanência no forno por 5 horas
contínuo
Equipamentos muito flexíveis
Tempo de
operação: 36
horas

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CAL VIRGEM CV CaO HIDRATAÇÃO DA CAL Ca(OH)2


Exigências químicas:

Compostos CV-E CV-C CV-P


Anidrido Fábrica ≤ 6,0% ≤ 12,0% ≤ 12,0%
carbônico (CO2) Depósito ou obra ≤ 8,0% ≤ 15,0% ≤ 15,0%
Óxidos totais na base não volátil ≥ 90,0% ≥ 88,0% ≥ 88,0%
(CaO total + MgO total) 1)
Água Fábrica ≤ 3,0% ≤ 3,5% ≤ 3,0%
combinada 2) Depósito ou obra ≤ 3,6% ≤ 4,0% ≤ 3,6%
1) O teor de óxidos totais na base não-voláteis (CaO total + MgO total) deve ser calculado como segue:
%(CaO total + MgO total) base de não-voláteis= [%(CaO total + MgO total) / (100 - % perda ao fogo) ] x 100
Cal em final de hidratação em Industrias: Equipamento vertical
2) O teor de água combinada deve ser calculado como segue: caixa de madeira, típica de para hidratação de cal.
Água combinada = % perda ao fogo - % CO2 obra.
www.metso.com

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HIDRATAÇÃO DA CAL Ca(OH)2 CAL HIDRATADA CH Ca(OH)2


Fluxograma da fabricação da cal hidratada: Cal virgem como
matéria-prima, hidratação, classificação granulométrica,
Exigências químicas – NBR 7175: CH I CH II CH III
moagem e estoque de cal hidratada.
Anidrido carbônico CO 2 – na fábrica ≤ 5% ≤ 5% ≤ 13%
Hidratadores Anidrido carbônico CO 2 – no depósito ou na obra ≤ 7% ≤ 7% ≤ 15%
horizontais
Óxido não hidratado calculado ≤ 10% Não exigido ≤ 15%
Óxidos totais na base de não voláteis (CaO + MgO) ≥88% ≥88% ≥88%

Exigências físicas – NBR 7175: CH I CH II CH III


Finura (% retida acumulada) - #0,6mm n° 30 ≤ 0,5% ≤ 0,5% ≤ 0,5%
Finura (% retida acumulada) - #0,075mm n° 200 ≤ 15% ≤ 15% ≤ 15%
Estabilidade Ausência de Ausência de Ausência de
cavidades ou cavidades ou cavidades ou
protuberâncias protuberâncias protuberâncias

Retenção de água ≥80% ≥80% ≥70%


Plasticidade ≥110 ≥110 ≥110
Incorporação de areia ≥2,5 ≥2,5 ≥2,2

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HIDRATAÇÃO DA CAL CAL Adulteração da cal:


Impurezas:
Tempos para extinção: • Partículas de carvão - riscos pretos
• Contaminação por calcário
• Pasta obtida da cal em pedra
• Partículas de sílica
7 a 10 dias após a extinção (adição de água); • Núcleos duros de CV na CH = vesículas
• Pasta obtida de cal pulverizada
20 a 24 horas após a extinção (adição de água);
•Pasta obtida de cal magnesiana
Duas semanas após a adição de água (a
hidratação do óxido de magnésio é muito lenta). (Prof. Mércia Barros)

(Aulas USP)
Dissolução em HCl (20%)
(Aulas USP)

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CAL Impacto Ambiental:


CAL Impacto Ambiental:
CO2 – Efeito estufa:
Reservas: Energia: • Descarbonatação:
• Calcário: • Óleo combustível; p/ uma tonelada de CaCO3
Muito amplas. • Madeira; • 560 kg CaO
• Bagaço de cana; • 440 kg CO2 - Reabsorvido na recarbonatação
• Forno descontínuo: • Massa de CO2 = 80% da massa de CaO
2 kcal/g • Combustível:
• Forno contínuo: 1 tonelada de CaO gera
0,9 kcal/g 300 Kg de CO2 - Forno contínuo
640 kg de CO2 – Forno descontínuo

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CAL Usos em argamassas: CAL Usos em argamassas:


• Areia + cal hidratado + cimento Portland + água: • Areia + cal hidratado + cimento Portland + água:
Assentamento de blocos ou tijolos cerâmicos Revestimento bruto - emboço;
Chapisco;

Preparo em obra Aplicaç


Aplicação manual
Assentamento Chapisco
Aumenta aderência do
substrato com o emboç
emboço

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CAL Usos em argamassas: Emboç


Emboço com argamassa de cal projetada
• Areia + cal hidratado + cimento Portland + água:
Revestimento bruto = emboço;

Alisamento com ré
régua
Revestimento convencional
de uma alvenaria
Arquivo: Filmes concreto / Revestimentos paredes/ Emboço projetado

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CAL Usos em argamassas: Reboco com calfino


• Cal hidratado + água:
Revestimento fino – reboco (calfino)

Preparo da
pasta de cal Aplicaç
Aplicação de calfino
com água

Arquivo: Filmes concreto / CAL / CALFINO

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GESSO ou GESSO DE PARIS GESSO ou GESSO DE PARIS


Produto da desidratação parcial da gipsita - (CaSO4. 2H20) Gipsita
É um aglomerante aé
aéreo,
reo, não suporta contato com a água apó
após endurecido.
CaSO4. 2H2O
2(CaSO4. 2H2O) + calor 2(CaSO4.1/2 H2O) + 3H2O
190oC hemidrato 16% da massa
da gipsita Uso na medicina
Gesso de Estucador
CaSO4 CaSO4 Gesso Rápido
H2O Gesso de Paris www.caer.uky.ed

Estrutura cristalina

Edurecimento do gesso: Cristais ≅ 15 µm

2(CaSO4.1/2 H2O) + 3H2O 2(CaSO4.2H2O) Construção civil

gipsita
Relação estequeométrica água/hemidrato = 0,19
Usual >0,45 para dar trabalhabilidade à pasta

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GESSO
GESSO no BRASIL
ou GESSO DE PARIS
Prosseguindo o aquecimento além dos 200 0C: Extração da gipsita
200 0C

anidrita solúvel - muito higroscópica, (absorve umidade


ao ar, transformando-se em hemidrato. Britagem da Gipsita
600 0C

anidrita insolúvel - praticamente inerte, endurecendo


lentamente quando em contato com água.
1.000 a 1.200 0C
GESSO DE PAVIMENTACAO endurece em 12 a 14 h,
também chamado GESSO LENTO ou GESSO Jazidas de Gipsita
HIDRÁULICO, resistência 100% superior ao gesso de
Paris.

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GESSO ou GESSO DE PARIS GESSO ou GESSO DE PARIS


Tipos de fornos
Linha para produção de gesso em pó
Três sistemas:
Forno tipo panela
• Trituração (em extinção)
• Britador de mandíbulas, rolos ou de impactos; Panelões de aço circulares,
• Moinho de martelos. abertos, com grande
diâmetro e pequena altura.
• Calcinação – 200oC
•(Calcinar depois de moer ou moer depois de calcinar?) Normalmente assentados sobre uma fornalha de
alvenaria, utilizam lenha para combustão. Pás agitadoras
• Fornos contínuos ou descontínuos;
homogeneízam a calcinação e os controles de
• Moagem temperatura e tempo de residência do material no forno
• Moinho Raymond, vertical ou de cone; são realizados empiricamente, através da observação
• Equipamento de graduação. visual.
www.gessofortedobrasil.com.b

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GESSO ou GESSO DE PARIS GESSO ou GESSO DE PARIS


Tipos de fornos
Tipos de fornos
Forno Tipo Rotativo

www.gessofortedobrasil.com.b
Tubo giratório de aço,
revestido internamente
Forno Tipo Marmita com material refratário, de
grande extensão e
pequena inclinação.
Panelões fechados (cubas), onde o calor gerado na parte
O minério moído entra em contato direto com a chama,
inferior é conseguido com a queima de óleo BPF ou lenha. que sai do maçarico, no lado da alimentação.
A temperatura pode ser controlada através de pirômetros. O minério sendo calcinado desce, por gravidade, toda a
Um sistema de palhetas internas, na cuba, garante a extensão do forno e o tempo de residência é controlado
homogeneidade do material. pela velocidade de rotação do tubo.
www.gessofortedobrasil.com.b

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GESSO ou GESSO DE PARIS GESSO ou GESSO DE PARIS

Tipos de fornos

Forno Tipo Marmita Girató


Giratório

(Coutinho, J. S.; FEUP, 2002)


Tubo giratório de aço, com
interior revestido com material
refratário. Extensão depende
do volume de produção.
www.projetecnet.com.br
Operação intermitente.
O minério moído não entra em contato direto com a chama.
Temperatura de calcinação
Podem ser controlados por computadores ou operados
empiricamente. Podem ter controle de tempo, temperatura,
perda de massa e controlar a pressão interna. Produtos obtidos da gipsita, de acordo com as temperaturas.

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Resistências médias à compressão em


GESSO ou corpos-de-prova secos e saturados de gesso GESSO ou GESSO DE PARIS
de paris, conservados 28 dias em ar seco.
GESSO DE PARIS Calor de hidratação
(Coutinho, J. S.; FEUP, 2002)

Maior quantidade de
água de amassamento
reduz a resistência.

Usual 45% da massa de


gesso em água para dar
trabalhabilidade à pasta

Também a absorção
de água pelo gesso já
endurecido reduz a
resistência.
Relação estequeométrica água/hemidrato = 0,19 (Aulas USP)

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GESSO ou GESSO DE PARIS GESSO no BRASIL


Tempo de pega Pólo gesseiro – PE: 94% da produção

Jazidas de
Gipsita

3.000 km frete p/
regiões SE e Sul

Para Curitiba o frete representa +- 50% do custo e das emissões de CO2

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GESSO GESSO ou GESSO DE PARIS


ou GESSO DE PARIS Propriedades:
Imagem O gesso é atacado bactérias redutoras de sulfato, que
MEV(5000x) de utilizam o sulfato como agente oxidante, reduzindo-o a sulfeto;
pasta de gesso
É corrosivo ao aço.
Propriedades:

- Pega rápida – minutos


- Solúvel em água após endurecido
- Resistência mecânica diminui com o teor de umidade Bactérias redutoras
- Grande coeficiente de dilatação térmica (2 x concreto) de sulfato no gesso
- Baixa condutibilidade térmica (isolante)

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GESSO ou Sistema “Drywall”


Produç
Produção de chapas de gesso acartonado
GESSO DE PARIS www.drywall.org.br

Chapas de gesso
acartonado

www.placo.com.br

Arquivo: Filmes concreto / Gypsun – Drywall / fabrica PLACO

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GESSO Chapas de gesso


Chapas de gesso GESSO ou GESSO DE PARIS
acartonado “Drywall” acartonado – “Drywall”
ou GESSO DE PARIS
Chapas fabricadas por processo de laminação contínua de uma mistura de
gesso, água e aditivos entre duas lâminas de cartão.
NBR 14715:2001, NBR 14716:2001 e NBR 14717:2001.

www.drywall.org.br
(Coutinho,J. S.)

Tipos de Chapas – cores:


Standard (ST) – Branca – (áreas secas)
Resistente à Umidade (RU) – Verde
Resistente ao Fogo (RF) – Rosa
Chapas acartonadas - dimensões:
L= 60,0 ou 120,0 cm
C = 240,0 ou 360,0 cm
Espessuras: 7; 10 12,5; 15, 20 e 25 mm

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Chapas de gesso acartonado - drywall GESSO ou GESSO DE PARIS


Placas de gesso autoportantes

(Aluno: Bruno H. R. Mortari) (Aluno: Bruno H. R. Mortari)

Forro executado com placas em gesso de 60 X 60 cm.


As placas têm encaixe "macho e fêmea" e são chumbadas com
Arquivo: Filmes concreto / Elevações / Drywall Pré requisitos para a montagem estopa (juta cardada) e fixadas ao teto com arame galvanizado.

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GESSO ou GESSO DE PARIS GESSO ou GESSO DE PARIS Peças decorativas

Divisórias
em blocos

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GESSO Revestimento com pasta de


Revestimento em gesso projetado
gesso
ou GESSO DE PARIS
Aplica-se uma única camada de
pasta sobre superfícies de
interiores, conferindo um aspecto
liso, bem acabado e apresenta uma
elevada resistência mecânica.

(Quinália, E., Tècne julho de 2005)


Arquivo: Filmes concreto / Gypsun - Drywall/ Como aplicar gesso projetado

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GESSO
AGLOMERANTES HIDRÁULICOS
ou GESSO DE PARIS Impacto Ambiental:

Reservas:
Depois de endurecidos, resistem bem a
• Muito amplas;
água.
• Duração ........ O endurecimento dos aglomerantes
Consumo de Energia: hidráulicos se dá por ação exclusiva da água
• O menor dentre os aglomerantes; (reação de hidratação).
CO2 – Efeito estufa : Exemplos principais:
• Queima de Combustíveis - 0,15 a 0,20 kcal/g gesso; • Cimento Portland,
• 1 tonelada de gesso gera 400 Kg de CO2 • Cimento aluminoso
• Desidratação parcial libera H2O. • Cal hidráulica

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CAL HIDRÁULICA = Calcá


Calcário argiloso calcinado.
calcinado CAL HIDRÁULICA x CIMENTOS
Temperatura de calcinação 900 a 1.000ºC
A cal hidráulica apresenta muita cal livre.
É um aglomerante hidrá
hidráulico
Cimentos bem menos.
Características inferiores, em geral, ao Cimento Portland
Aumento da hidraulicidade
A cal hidráulica apresenta cal livre.
Aumento resistência mecânica e da impermeabilidade
Grau de hidraulicidade: componentes argilosos
CaO
(SiO2+Al2.O3+Fe2O3) ou (SiO2+Al2.O3+Fe2O3)
CaO + MgO CaO (só cal livre)
ÍNDICE DE Teores de argila Tipo de cal hidráulica Fim de pega
HIDRAULICIDADE no calcário
(suposto puro) (%)
0,10 a 0,16 5,3 a 8,2 Fracamente hidráulica 4 semanas
0,16 a 0,31 8,2 a 14,8 Medianamente hidráulica 2 semanas
0,31 a 0,42 14,8 a 19,1 Hidráulica propriamente dita 1 semana
0,42 a 0,50 19,1 a 21,8 Eminentemente hidráulica 2 dias

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CAL HIDRÁULICA CAL HIDRÁULICA Características e vantagens:


Utilizações:
-Argamassas de assentamento ou revestimento Características Químicas Benefício para as argamassas Contribuição para a
-Para a produção de blocos e caldas em que é empregue construção a recuperar
Permite reparar fissuras em
-Tratamento de solos Confere resistência mecânica paredes de alvenaria sem
-Substituto do filer em pavimentos betuminosos Resistência média a compressão a
considerável às argamassas em
que é usada.
prejuízo da sua resistência.
Boa capacidade resistente de
28 dias > 8MPa rebocos e alvenarias.
Colabora na resistência Reparação de defeitos
mecânica das caldas de injeção. estruturais de alvenarias
Boa relação resistência tração / Comportamento dúctil Não introdução de esforços nos
resistência à compressão suportes.
Argamassas “suaves” e sem Absorção de esforços
Endurecimento lento e retração retração. provocados por oscilações dos
pouco significativa suportes durante um longo
Baixa fissuração dos rebocos.
período de tempo.
Adaptação sem fissuras a
deformações originadas por
Restauraç
Restauração de obra Módulo de elasticidade baixo oscilações dos suportes ou Bom aspecto.
elementos de construção, ou Conforto visual e táctil.

CIMPOR
antiga: Coimbra-
Coimbra-Portugal variações dimensionais por
ações térmicas.
“cimento amarelo”
amarelo”

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CAL HIDRÁULICA CAL HIDRÁULICA


Características e vantagens:
Características e vantagens:
Características Químicas: Benefício para as Contribuição para a
argamassas e caldas em que construção a recuperar Características Físicas: Benefício para as argamassas e Contribuição para a
é empregue caldas em que é empregue construção a recuperar
Permite o trabalho em zonas e Rebocos com resistência e Argamassas com melhor Rebocos bem aderentes ao
climas úmidos coesão mesmo quando trabalhabilidade suporte
Pega hidráulica Endurecimento da espessura aplicados sob condições de Permeabilidade ao vapor de
da argamassa umidade desfavoráveis água
Elevada porosidade das Evita eflorescências e
Baixo calor de hidratação com Baixa fissuração dos rebocos e Proteção contra a entrada de Superfície específica
liberação lenta conseqüente impermeabilidade umidade pelo exterior argamassas umidade ascensional
> 6.500 cm2/g
Boa capacidade de relaxação Ausência de fissuração Evita condensações em
de tensões rebocos interiores
Compatibilidade das “Adaptação” dos rebocos às Caldas de injeção muito fluídas Reparação de defeitos
argamassas com os materiais deformações naturais das estruturais de alvenarias.
do suporte ou alvenarias construções antigas Disfarce de manchas e
Cal livre > 10% vestígios de siluetas.
Progressão do endurecimento As fissuras provocadas por
ao longo do tempo por ações em que se ultrapassou a Retenção de água Boa progressão da hidratação Melhoria da aderência ao
carbonatação resistência mecânica da mesmo quando aplicadas sobre suporte.
argamassa são naturalmente suportes absorventes. Hidratação adequada.
Capacidade de auto-
regeneração recuperadas CIMPOR
CIMPOR

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CIMENTO NATURAL Aglomerante hidrá


hidráulico
CIMENTO NATURAL Aglomerante hidrá
hidráulico
Romanos desenvolveram um cimento altamente durável.
Resulta do cozimento de calcá
calcários argilosos (teor argila + - 25%) Combinação de cal com "pozolana", (cinza vulcânica na zona
de Pozzuoli , junto a Nápoles e ao Monte Vesúvio), permitia
Não apresenta cal livre. A cal hidráulica apresenta cal livre. obter um cimento que oferecia maior resistência à ação da
água.
Tipos:
•De pega rápida -(cimento Romano) - Cozimento temperatura < 1000oC;
•De pega lenta- Cozimento a 1450oC;
•De pega semi-lenta- intermediário entre os 2 anteriores.

A rapidez da pega dos cimentos Romanos é atribuída a presença do


teor mais elevado de aluminato de cálcio.
Alvenaria de pedras ou tijolos cerâmicos
Resistência dos cimentos naturais é baixa, (50% do CP), devido a
assentados com argamassa de cimento
composição do calcário não uniforme.
pozolânico.

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CIMENTO NATURAL
CIMENTO NATURAL Aglomerante hidrá
hidráulico
Na França e na Alemanha é empregado em condutos (esgotos,
Pantheon (Roma) - Construído pelo imperador Marco água, vedação de fugas e veios de água); nos EUA é empregado
Agrippa, reconstruído por Adriano 110 -125 d.c em pavimentação de estradas de rodagem.
No Brasil não é empregado e nem fabricado.
Sofre pequena retração, bom para argamassas e pastas.
Cúpula (43,3 m
diâmetro) em
concreto leve de
10 MPa.

www.rosendalecement.net

Cúpula em concreto maciço com cimento e pozolanas,


onde foram utilizados agregados leves (pedra pome). www.rosendalecement.net www.rosendalecement.net www.rosendalecement.net

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CIMENTO NATURAL x Cimento Portland CIMENTO ALUMINOSO


É um aglomerante hidrá
hidráulico
Produção:
(R. W. Lesley; J. B. Lober, and G. S. Bartlett,

International Trade Press, Chicago, 1924.)


History of the Portland Cement Industry,

Fundição de calcário (CaCO3) e bauxita (Al2O3), (teor bauxíta


inferior a 30%), moída misturadas, em fornos de alta
www.cement.org

temperatura, resfriado, britado e moído.


Características:
• Cura rápida - em 24horas resistência superiores a 45 MPa;
• Aglomerante de preço elevado;
• Emprego delicado - elevadíssimo calor de hidratação;
• Não desprende cal livre, (o CP desprende + - 20%);
• Produz concretos/argamassas com alta resistência ao calor,
até 1200ºC;
Declínio da produção de cimento natural e o crescimento da • Alta resistência a abrasão e corrosão;
produção de cimento Portland. • Endurecimento normal em temperaturas baixas.

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CIMENTO ALUMINOSO CIMENTO ALUMINOSO


APLICAÇÕES: Argamassa centrifugada de
• Concretos refratários; alta resistência química
• Rápida cura e altas resistências iniciais e finais; para proteção de tubos de
esgoto
• Pisos para tráfego após 6 horas;
www.cimentfondu.com

• Chumbamentos;
• Reparo em cabeça de protensão, 24h pode protender,
(CP=7 dias);
• Concretagens junto ao mar para aproveitar maré baixa;
www.cimentfondu.com

• Pré-moldados para uso imediato;


Pisos industriais
• Rejuntamento e assentamento de tijolos refratários;
Rápido endurecimento
• Mistura ao cimento Portland para acelerar endurecimento. e cura (6 horas)

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CIMENTO ALUMINOSO
Endurece em baixas CIMENTO
temperaturas. ALUMINOSO
Concreto em fundações de
base francesa na Antártida

www.cimentfondu.com
www.cimentfondu.com

Ciment Fondu®

Suporta altas temperaturas.


Concreto em instalações
de siderurgia

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CIMENTO ALUMINOSO CIMENTO ALUMINOSO

Argamassas para
assentamento de tijolos
refratários em churrasqueiras
e lareiras para suportar o calor
www.cimentfondu.com

Cimento aluminoso, apresenta


excelentes propriedades a altas
temperaturas, estabilidade
volumétrica e resistência ao
choque térmico.
Arquivo: Filmes concreto / Cimentos/ Cimento Aluminoso Lafarge

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CIMENTO PORTLAND (CP) Primeira aplicaç


aplicação do cimento Portland
Argamassa resistente para o farol de Eddystone
É um aglomerante hidrá
hidráulico (Alvenarias com argamassas usuais não aguentavam o tranco...)

Material obtido pela cozedura até


até a fusão incipiente de
uma mistura calcá
calcário-
rio-argilosa (clí
(clínquer).
Arquivo: Filmes concreto / Cimentos/ Farois da bretanha

Engenheiro John Smeaton, 1756, procurava


aglomerante que endurecesse na presença de
www.cimentoitambe.com.br

água, para facilitar o trabalho de reconstrução


do farol de Eddystone, na Inglaterra.
Verificou que mistura calcinada de calcário e
argila tornava-se, depois de seca, tão
resistente quanto as pedras utilizadas nas
construções.
Estão fichando estagiários lá.......

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CIMENTO PORTLAND (CP) CIMENTO PORTLAND (CP)

Um pedreiro, Joseph Aspdin, 1824,


patenteou a descoberta, batizando de Produção
cimento Portland, referência a um tipo nacional
de pedra muito usada em construções
na região de Portland, Inglaterra.

www.cimentoitambe.com.br
No pedido de patente constava que o
calcário era moído com argila, em
meio úmido, até transformar-se em pó.
A água era evaporada e os blocos da
mistura seca eram calcinados em
fornos e depois moídos bem finos.
www.cimentoitambe.com.br

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CIMENTO PORTLAND (CP) CIMENTO PORTLAND (CP)


É um aglomerante hidrá
hidráulico

FABRICAÇÃO DO CIMENTO PORTLAND

Matérias Primas: Ex. Cia Cimento Rio Branco (Votorantin)

90,0 % de Calcário
9,50 % de Argila
Produção mundial 0,50 % de Minério de Ferro

www.cimentoitambe.com.br

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CIMENTO PORTLAND (CP) CIMENTO PORTLAND (CP)


Matérias Primas: Matérias Primas:
Mina de calcá
calcário

Mina de argila

Britagem do calcário
Jazida Rio Bonito – ITAMBÉ
ITAMBÉ
Cia Cimento Rio Branco (Votorantin)

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CIMENTO PORTLAND (CP) - PRODUÇÃO


CIMENTO PORTLAND (CP)
Homogeneização do calcário:

Chegada do
calcá
calcário britado Saí
Saída para
moagem

(1,5 a 3%)

Cia Cimento Itambé

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CIMENTO PORTLAND (CP) - PRODUÇ


PRODUÇÃO CIMENTO PORTLAND (CP) - PRODUÇÃO

PUC - RJ

Arquivo: Filmes concreto / Cimentos/ Cement Manufacturing Process

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CALCÁRIO CIMENTO PORTLAND (CP) CIMENTO PORTLAND (CP) - PRODUÇÃO


PRODUÇÃO
Moinho de rolos para moagem daVista
matéria
de dentroprima:
do forno
VAI P/ SECAGEM E FORNO

CaCO3
MgO SiO2

ITAMBÉ
ARGILAS
Al2O3 Fe2O3 Si O2

FORNO
Moagem da farinha

MIN. FERRO Fe2O3 Cia Cim. Rio Branco Votorantin

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CIMENTO PORTLAND (CP) - PRODUÇÃO CIMENTO PORTLAND (CP) - PRODUÇÃO


ESQUEMA DA SECAGEM, MOAGEM
VEM DO MOINHO DE FARINHA E SECAGEM

Vista de dentro do forno


DA FARINHA E DO FORNO

clínquer ITAMBÉ

(Coutinho, J. S.; FEUP, 1988)


VAI P/
MOINHO DE
BOLAS
FORNO
Cia Cim. Rio Branco Votorantin

clínquer

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CIMENTO PORTLAND (CP)


Vista de dentro do forno de clínquer
Moinho de bolas
VEM DOFORNO

Cia Cim. Rio Branco Votorantin


Silo de estocagem de Clí
Clínquer
clí
clínquer + gesso
Silos de armazenagem
Cia Cim. Rio Branco Votorantin

do clí
clínquer moí
moído

Interior do
moinho de
bolas
Arquivo: Filmes concreto / Cimentos/ Non Infrared Video Footage inside a very hot kiln

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CIMENTO PORTLAND (CP)


CIMENTO PORTLAND (CP) ADIÇÃO DE GESSO
Moinho de bolas
O gesso (gipsita) é
Gesso
adicionado de 1,5 a 3%, ao
clínquer para retardar os
efeitos da hidratação
prematura do C3A.
(falsa pega e perda de
ITAMBÉ
trabalhabilidade)
Moagem Clí
Clínquer + Gesso
ITAMBÉ

Moinho de bolas

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CIMENTO PORTLAND (CP) COMPOSTOS DO CLÍNQUER DE CIMENTO PORTLAND


Silos de armazenagem
do clí
clínquer moí
moído Clínquer → quatro compostos anidros principais
2 silicatos e 2 aluminatos

Notação: C3S -3CaO.SiO2 - Silicato tri-cálcico


Silos de armazenagem ITAMBÉ

das adiç
adições C - CaO
C2S - 2CaO.SiO2 - Silicato di-cálcico
Distribuiç
Distribuição à granel S - SiO2

Cia Cim. Rio Branco Votorantin


A - Al2O3 C3A - 3CaO.Al2O3 - Aluminato tri-cálcico

F - Fe2O3 C4AF - 4CaO.Al2O3.Fe2O3 - Ferro Aluminato


tetro-calino
Ensacadeira
automá
automática

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FORMAÇÃO DO CLÍNQUER COMPOSTOS DO CLÍNQUER

Alita

Estrutura de um clínquer Belita


de cimento Portland
relativamente comum
observado ao
microscópio ótico:

(Donald A. St John, Alan W. Poole and Ian Sims, 1998)

Alita (silicato tricálcico): cristais amarelados, de forma aproximadamente


hexagonal.
Belita (essencialmente silicato bicálcico) – cristais, arredondados.
Transformação sofridas pela farinha crua até se transformar em clínquer.
(Jackson,1998)

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COMPOSIÇÃO TÍPICA DE UM CLÍNQUER DE CARACTERIZAÇÃO DO CIMENTO PORTLAND


CIMENTO PORTLAND
Difração de Raios – X:
67% CaO (C
C), 22% SiO2 (S
S), 5% Al2O3 (A
A), 3% Fe2O3 (F
F) e Técnica utilizada para a identificação das fases constituintes do clínquer.

3% de outros óxidos. Microscopia Ótica e Eletrônica de Varredura:


Observação morfológica das amostras.
Fases cristalinas anidras metaestáveis na temperatura
ambiente e estáveis ao serem hidratados Ensaio de Lixiviação:
Visa simular as condições de exposição do cimento ao meio ambiente.
Alita (C3S): 42-60%
Belita (C2S): 14-35% Ensaio de solubilização:
Visa complementar o ensaio de lixiviação, se o resíduo é inerte ou não.
Aluminato tricálcico (C3A): 6-13%
Ensaio de Resistência Mecânica à Compressão:
Ferroaluminato tetracálcico (C4AF): 5-10%
É o controle de qualidade fundamental do produto. Limites mínimos de
Outros compostos em menor quantidade resistência à compressão exigidos para 3,7 e 28 dias.

Na2O, MnO, K2O, magnésio, enxofre, fósforo

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HIDRATAÇÃO DO CIMENTO PORTLAND HIDRATAÇÃO DO CIMENTO PORTLAND

Estágios: Estágios:
Estagio I:I Em contato com a água ocorre uma rápida
III Durante o Estágio II a concentração de íons Ca2+
Estagio III:
dissolução dos grãos do cimento. Sobem as concentrações de
continua a aumentar, reiniciando lentamente a hidratação dos
álcalis solúveis, Ca2+, SO42- e íons OH em solução, resultando
grãos de cimento atrás da barreira.
em um pH de 12 a13.
Com a supersaturação de Ca2+, seguida da precipitação de
II Os íons Ca2+, SO42- e íons OH reagem com os
Estagio II: Ca(OH)2 ocorre uma rápida hidratação dos grãos de cimento
silicatos e aluminatos para formar gel de C-S-H e etringita, gerando gel de C-S-H e etringita.
formando uma barreira em torno dos grãos de cimento não A formação de gel de C-S-H e o intertravamento das
hidratados, retardando novas hidratações, permitindo um partículas promovem a pega e o endurecimento.
período de trabalhabilidade durante o qual o concreto deve ser
lançado e assentado.

( K. Luke) ( K. Luke)

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HIDRATAÇÃO DO CIMENTO PORTLAND ENDURECIMENTO DO CIMENTO PORTLAND


Reações Químicas: Notaç
Notação:
ão:
Diversos cristais são observados na pasta de
2C3S + 6H → C3S2H3 + 3CH + 120 cal/g C - CaO
cimento Portland hidratada:
2C2S + 4H → C3S2H3 + CH + 62 cal/g S - SiO2
A - Al2O3
•Estruturas Fibrilares: C3A + CSH2 → Etringita + 300 cal/g
F - Fe2O3
C-S-H Pega:é o início do endurecimento H - H2O
(passagem do estado plástico para o sólido)
Endurecimento: resulta da hidratação progressiva dos S - SO3
•Estruturas Prismáticas:
http://lebeton.free.fr/ciment.html

C-H compostos anidros do cimento


C-S-H
C-H (Portlandita)
Etringita SEQUÊNCIA DE HIDRATAÇ
HIDRATAÇÃO
E ENDURECIMENTO
•Etringita: C6ASH32

•Monossulfato: C4AS.H12

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ENDURECIMENTO DO CIMENTO PORTLAND ENDURECIMENTO DO CIMENTO PORTLAND

CRESCIMENTO DOS CRISTAIS


C-S-H
Desenvolvimento microestrutural, durante a hidratação, de um grão
de cimento. (Scrivener, 1989)

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PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS DO CLÍNQUER PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS DO CLÍNQUER


42 a 60% do clínquer Resistência mecânica x efeitos da hidratação
C3S É responsável pela resistência nos primeiros dias de idade da pasta.
Os cimentos ricos em C3S tem resistência inicial mais alta.
dos compostos anidros do clínquer.
(alita) Hidrata com velocidade mediana e não libera muito calor.
14 a 35% do clínquer. Belita
C2S C2S endurece lentamente nos primeiros 28 dias.
Segue aumentando a resistência e em 2 anos atinge a resistência do C3S.
(belita)
Intensidade de sua reação é lenta, sendo pequeno o calor desenvolvido Alita
6 a 13% do clínquer.
Pega quase instantânea com intensidade rápida de reação com grande produção de
C3A calor.
Tem pequena resistência mecânica.
Resiste mal a águas agressivas.

(Zampieri, 1989)
Importância ao cimento Portland é tornar possível menores temperaturas do forno.
5 a 10% do clínquer.
Tem pega em poucos minutos mas não instantânea como o C3A.
C4AF Comparado ao C3A Resistência ligeiramente inferior.
Desenvolve menos calor de hidratação e é mais resistente a ação de águas
agressivas.
A alumina por ele fixada é menos nociva que a alumina ligada exclusivamente à cal.
(Aulas USP)

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PROPRIEDADES DOS COMPOSTOS DO CLÍNQUER


ALTERAÇÃO DA PEGA DO CIMENTO PORTLAND
COMPOSIÇÃO x RESISTÊNCIA
Fatores que afetam:
Aluminatos: Pega inicial (C3A cristaliza rápido);
Belita A B C
Finura: mais fino, final de pega e endurecimento mais rápido;
C3S 49 30 56
C2S 25 46 15 Gesso (SO3): (<3%) adicionado ao clínquer para retardar pega
C3A 12 5 12 inicial do C3A;
Alita
C4AF 8 13 8 Temperatura ambiente: As reações de hidratação ganham
velocidade com o aumento da temperatura;
Temperatura e finura Mal armazenamento: absorção de umidade retarda o inicio
28
constantes da pega absorção de CO2 acelera o inicio de pega.
(Aulas USP)

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ALTERAÇÃO DA PEGA DO CIMENTO PORTLAND CIMENTO PORTLAND – RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO


NBR 7215 – Determinação da Classe do Cimento Portland
Fatores que afetam:
Aditivos: Corpo-de-prova cilíndrico 50 x 100mm
Traço- 1 : 3 : a/c =0,48 (Areia Normal)
• Cloreto de cálcio:
Enchimento dos moldes – 4 camadas com 30 golpes
≤1 % retarda pega, em quantidades superiores acelera Rompimento – 1 / 3 / 7 / 28 dias
• Cloreto de sódio:
Varia, em alguns CP retarda em outros a acelera
• Carbonatos alcalinos e anidrido carbônico:
Aceleração forte (1 a 2%, início de pega em poucos minutos)
• Hidróxidos de sódio, de potássio ou de silicato de sódio:
Notável aceleração
• Açúcar:
Solução de 1 % impede a pega

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CIMENTO PORTLAND – RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO CIMENTO PORTLAND - CALOR DE HIDRATAÇÃO


NBR 7215 – Determinação da Classe do Cimento Portland Fatores que afetam:
Corpo-de-prova capeado
com enxofre • Composição química – C3S mais calor que C2S;
• Finura do cimento – mais fino, mais rápido hidrata;
• Adições – pozolanas menos calor.
Idade Calor de hidratação
(calorias/g)
3 dias 41 a 90
7 dias 46 a 97
Cimentos CP I, II e III: CP V - ARI: 28 dias 61 a 109
25, 32 e 40 MPa aos 28 dias 1 dia ≥ 14 MPa
3 dias ≥ 24 MPa 90 dias 72 a 114
CP IV:
25 ou 32 MPa aos 28 dias 7 dias ≥ 34 MPa 180 dias 74 a 116

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CIMENTO PORTLAND - CALOR DE HIDRATAÇÃO


CIMENTO PORTLAND - CALOR DE HIDRATAÇÃO
Cinética das velocidades das reações:
• C3A > C3S > C4AF > C2S
• A reatividade é influenciada pela finura e o
resfriamento do clínquer;
• O C3A tem sua hidratação retardada pela adição
do gesso;
• Reações complexas (C2S reage mais rápido

(Domone, 1994)
quando C3S está presente devido a presença de
OH- na solução);
• C3A e C4AF competem pelos sulfatos (gesso).
Tempo de dormência depende da quantidade de gesso
(Weiss, J.; 2005)

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CIMENTO PORTLAND - CALOR DE HIDRATAÇÃO


CIMENTO PORTLAND Finura e Calor de Hidratação
CALOR DE HIDRATAÇÃO

Comportamento dos compostos Contribuição para o cimento


Composto Velocidade Calor Resistência Liberação
da reação liberado Mecânica de calor
C3S Moderada Moderado Alta Alta
C2S Lenta Baixo Inicial baixa, final alta Baixa
C3A + CSH2 Rápida Muito alto Baixa Muito alta
C4AF + CSH2 Moderada Moderado Baixa Moderada
(Weiss, J.; 2005) (Aulas USP)

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CIMENTO PORTLAND - EXPANSIBILIDADE PASTA DE CIMENTO PORTLAND – RETRAÇÃO


Problemas do cimento que causam expansão: Pasta - pseudo-sólidos - aparência de sólidos - rede de
-Periclásio - cristais de MgO – Excesso temperatura ou poros muito finos contendo ar ou água.
tempo no forno. %MgO < 6,5% Propriedades diferentes das dos sólidos devido à presença
- Excesso de gesso adicionado de tensões capilares de água no interior dos poros.
- Excesso de CaO no clínquer – carência de argila Tensões tendem a desaparecer quando o corpo pseudo-
sólido está seco ou saturado de água.

(Neville, A.; 1995)


Quantidades de retração muito variável :

Pasta pura - 1,5 a 2,0 mm/m


Argamassas - 0,6 a 1,5 mm/m
Agulha de Le Châtelier, usada para Concretos -0,2 a 0,7 mm/m
avaliar a expansibilidade. e ≤ 0,5 cm
Henry Le Châtelier, 1850 -1936 (Granato-BASF)

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PASTA DE CIMENTO PORTLAND – RETRAÇÃO SÓLIDOS NA PASTA DE CIMENTO

Fatores que influenciam:


• Estruturas C-S-H
• Cimento - mais fino, maior retração nas primeiras horas;
• Traç
Traço – maior quantidade de agregados, menor retração; • Cristais de
hidróxido de
• Qtd. água de amassamento - mais água, maior retração;
cálcio – CH
• Aditivos retardadores aumentam;
• Dimensões das peças – mais volumosas, mais retração; • Etringita
• Procedimentos de Cura - mais tempo, menor retração;
• Umidade mé
média do ar – mais seco, mais retração. • Monossulfato

(Mehta e Monteiro,1994)

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SÓLIDOS NA PASTA DE CIMENTO SÓLIDOS NA PASTA DE CIMENTO

Estruturas – CSH Cristais de hidróxido de cálcio – CH


• Cristais grandes hexagonais de Ca(OH)2;
• Estruturas fibrilares; • Volume: 20 a 25%;
• Formadas pela hidratação dos silicatos; • Responsáveis pH elevado da pasta (pH≅ 13);
• Altíssima resistência mecânica; • Porosos;
• Quimicamente bastante estáveis; • Baixa resistência mecânica;
• Baixa porosidade; • Solúveis em água;
• 50 a 60 % do volume da pasta. • Muito reativos quimicamente.
(Andión et al., 2001)

2C3S + 6H → C3S2H3 + 3CH + 120 cal/g


2C2S + 4H → C3S2H3 + CH + 62 cal/g

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SÓLIDOS NA PASTA DE CIMENTO SÓLIDOS NA PASTA DE CIMENTO


Etringita – C6AS.H32 Monossulfato hidratado – C4AS.H18
• Produto da hidratação dos aluminatos e do gesso (SO3); • Produto da hidratação dos aluminatos e do gesso;
• Cristais muito porosos com baixa resistência mecânica; • Cristais porosos em forma de “pétalas de rosa”;
• São os primeiros cristais da pasta a se formar; • Quimicamente instáveis;
• Formação pode causar falsa pega; • Forma-se sob concentração baixa de sulfatos
• Representam 15 a 20 % do (SO3 do gesso);
volume de sólidos. • Porosos;
• Baixíssima resistência
mecânica;
• Solúveis em água.

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ADIÇÕES ao CIMENTO PORTLAND ADIÇÕES ao CIMENTO PORTLAND


Pozolanas - Cinzas volantes – Classe C

Pó proveniente de fornos que queimam carvão mineral (termoelétricas)


Usina
AÇÃO POZOLÂNICA = SiO2 + Ca(OH)2 + H2O → Estruturas C-S-H termo-
termo-elé
elétrica
a carvão mineral
Propriedade NBR 12653
CLASSE C (José Freitas Jr.)

SiO2+Al2O3+Fe2O3 (% mínimo) 70,0


SO3 (% máximo) 5,0
Teor de umidade (% máximo) 3,0
Cinzas volantes:
“FLY ASH”
Perda ao fogo (% máximo) 6,0

(José Freitas Jr.)


Álcalis disponível em Na2O (% máximo) 1,5
Coleta das cinzas volantes
Tamanho dos grãos e S.E. semelhante aos do cimento Portland

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ADIÇÕES ao CIMENTO PORTLAND ADIÇÕES ao CIMENTO PORTLAND


Pozolanas - Cinzas volantes – Classe C Escória granulada de Alto Forno - AÇÃO CIMENTANTE
• Retardam o ganho de resistência mecânica; • Resíduo do alto-forno siderúrgico;
• Resfriada com jatos de água;
• Reduzem o calor de hidratação; • Presença de C2S e C3S;
• Melhoram a trabalhabilidade; • Grãos c/ 45 µm e 500 m²/kg de finura Blaine;
• Minimiza a permeabilidade do concreto; • Reduz custos;
• Diminuem ocorrência das reações álcali-agregado. • Consome resíduo industrial nocivo ao meio ambiente.

Minério de ferro – Fe2O3


Cástinas - CaCO3 SiO2 Fe2O3
Cinzas Coque de carvão mineral-C
volantes
ALTO-
ALTO-FORNO
aumentadas Resfriamento c/
SIDERÚ
SIDERÚRGICO jatos de água
5.500 vezes.

Escória Granulada
Aciaria C3S C2S ....
(MBinc.) Pozolana (conversor)
(José Freitas Jr.)

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ADIÇÕES ao CIMENTO PORTLAND


Escória granulada de Alto Forno - AÇÃO CIMENTANTE ADIÇÕES ao CIMENTO PORTLAND
• Esfriada com jatos de água Filer carbonático – pó de calcário
• Não prejudica resistência mecânica
• Possível colocar altos % no cimento – CPIII – 65% • Inerte quimicamente – CaCO3;
• Aumenta a resistência aos sulfatos • Não prejudica resistência mecânica;
• Melhora a trabalhabilidade e o acabamento;
• Redução de custos;
• 5 a 10 % do cimento.

Agregado de escória
(Escória resfriada ao ar)

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TIPOS DE CIMENTO Limites em % de massa TIPOS DE CIMENTO Limites em % de massa


Sigla Classe clínquer + Sulfato Escória Pozolana Filer (a) Sigla Classe Clínquer + Sulfato Escória Pozolana Filer
CIMENTO de cálcio CIMENTO de cálcio (a)
CP I 25 / 32 / 40 100 0 CP II - E 25 /32 /40 94 a 56 6 a 34 - 0 a 10
CP II - Z 25 /32 /40 94 a 76 - 6 a 14 0 a 10
CP I - S 25 / 32 / 40 99 a 95 1a5
CP II CP II - F 25 /32 /40 94 a 90 - - 6 a 10
CP I (a) Teor do CaCO3 do filer deve ser de no mínimo 85%
CIMENTO PORTLAND (a) Teor do CaCO3 do filer deve ser de no mínimo 85%
Determinações químicas Limites em % de massa
CIMENTO PORTLAND COMPOSTO Determinações químicas Limites em % de massa
CP I CP I -S
COMUM Resíduo insolúvel - RI ≤ 1,0 ≤ 5,0 CP II - E
CP II - E CP II - Z CP II - F
Cimento Portland Composto com Resíduo insolúvel - RI ≤ 2,5 ≤ 16 ≤ 2,5
NBR 5732 Perda ao fogo – PF ≤ 2,0 ≤ 4,5
escória Perda ao fogo – PF ≤ 6,5
Óxido de magnésio - MgO ≤ 6,5 CP II – Z Óxido de magnésio - MgO ≤ 6,5
CP I
Trióxido de enxofre – SO3 ≤ 4,0 Cimento Portland Composto com Trióxido de enxofre – SO3 ≤ 4,0
Cimento Portland Comum
Dióxido de carbono – CO2 ≤ 1,0 ≤ 3,0 pozolana
CP I – S Dióxido de carbono – CO2 ≤ 5,0
CP II – F
Cimento Portland Comum Características e propriedades Unidade Limites de Classe Cimento Portland Composto com filer Características e propriedades Unidade Limites de Classe
com Adição
25 32 40 25 32 40
Finura Resíduo na peneira 200 % ≤ 12 ≤ 12 ≤ 10 Finura Resíduo na peneira 200 % ≤ 12 ≤ 12 ≤ 10
Superfície específica (Blaine) m2/kg ≥ 240 ≥ 260 ≥ 280 Superfície específica (Blaine) m2/kg ≥ 240 ≥ 260 ≥ 280
NBR 11578

Tempo de início de pega h ≥ 1,0 Tempo de início de pega h ≥ 1,0


o do Tempo de fim de pega (*) h ≤ 10,0 Tempo de fim de pega (*) h ≤ 10,0
Nã aliza Expansibilidade À quente mm ≤ 5,0
rci
À quente mm ≤ 5,0

m e À frio mm ≤ 5,0 Expansibilidade


À frio mm ≤ 5,0
co 3 dias de idade MPa ≥ 8,0 ≥ 10,0 ≥ 15,0 3 dias de idade MPa ≥ 8,0 ≥ 10,0 ≥ 15,0
Resistência à Resistência à
compressão 7 dias de idade MPa ≥ 15,0 ≥ 20,0 ≥ 25,0 7 dias de idade MPa ≥ 15,0 ≥ 20,0 ≥ 25,0
compressão
28 dias de idade MPa ≥ 25,0 ≥ 32,0 ≥ 40,0 28 dias de idade MPa ≥ 25,0 ≥ 32,0 ≥ 40,0

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TIPOS DE CIMENTO PORTLAND DE ALTO-FORNO CIMENTO Limites em % de massa

CIMENTO TIPOS DE Sigla Classe clínquer + Sulfato Escória Pozolana Filer


de cálcio (a)
CIMENTO Limites em % de massa CIMENTO CP IV 25 / 32 85 a 55 15 a 40 15 a 40 0a5
Sigla Classe clínquer + Sulfato Escória Filer ou material
CP III de cálcio granulada carbonático (a)
CP IV (a) Teor do CaCO3 do filer deve ser de no mínimo 85%

CP III 25 / 32 / 40 65 a 25 35 a 70 0a5 Determinações químicas Limites em % de massa


Resíduo insolúvel - RI -
(a) Teor do CaCO3 do filer deve ser de no mínimo 85% CIMENTO
NBR 5735 Perda ao fogo – PF ≤ 4,5
Determinações químicas Limites em % de massa
PORTLAND Óxido de magnésio - MgO ≤ 6,5

Resíduo insolúvel - RI ≤ 1,5


POZOLÂNICO Trióxido de enxofre – SO3 ≤ 4,0
Dióxido de carbono – CO2 ≤ 3,0
Perda ao fogo – PF ≤ 4,5
Trióxido de enxofre – SO3 ≤ 4,0
NBR 5736 Características e propriedades Unidade Limites de Classe
25 32
Dióxido de carbono – CO2 ≤ 3,0
Finura Resíduo na peneira 200 % ≤ 8,0 ≤ 8,0
Características e propriedades Unidade Limites Superfície específica (Blaine) m2/kg

Finura Resíduo na peneira 200 % ≤8% Tempo de início de pega h ≥ 1,0


Tempo de início de pega h ≥1 Tempo de fim de pega (*) h ≤ 12,0
Expansibilidade a quente mm ≤5 À quente mm ≤ 5,0
Expansibilidade
Classes 25 32 40 À frio mm ≤ 5,0
Resistência à 3 dias de idade MPa ≥8 ≥ 10 ≥ 12 3 dias de idade MPa ≥ 8,0 ≥ 10,0
Resistência à
compressão compressão 7 dias de idade MPa ≥ 15,0 ≥ 20,0
7 dias de idade MPa ≥ 15 ≥ 20 ≥ 23
28 dias de idade MPa ≥ 25,0 ≥ 32,0
28 dias de idade MPa ≥ 25 ≥ 32 ≥ 40
91 dias de idade MPa ≥ 32,0 ≥ 40,0

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TIPOS DE CIMENTO Limites em % de massa


Sigla clínquer + Sulfato de Filer ou material carbonático (a) TIPOS DE CIMENTO PORTLAND
CIMENTO cálcio
CP V - ARI 100 a 95 0a5
Cimento Portland CP (RS) - (Resistente a sulfatos - NBR 5737)
CP V - ARI Determinações químicas Limites em % de massa
Cimentos - CP I, II, III, IV ou V-ARI podem ser resistentes aos
NBR 5733 Resíduo insolúvel - RI ≤ 1,0
Perda ao fogo – PF ≤ 4,5 sulfatos, atendendo pelo menos uma das condições:
CIMENTO Óxido de magnésio - MgO ≤ 6,5
Trióxido de enxofre – SO3 • Teor de C3A do clínquer e teor de adições
PORTLAND Quando C3A do clínquer ≤ 8% ≤ 3,5
carbonáticas de no máximo 8% e 5% em massa;
de ALTA Quando C3A do clínquer > 8% ≤ 4,5
Dióxido de carbono – CO2 ≤ 3,0
RESISTÊNCIA • Cimentos do tipo alto-forno que contiverem entre 60% e 70% de
INICIAL Características e propriedades Unidade Limites escória granulada de alto-forno, em massa;
Finura Resíduo na peneira 200 % ≤6%
Superfície específica (Blaine) m2/kg 300
• Cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre 25% e 40% de
Tempo de início de pega h ≥1 material pozolânico, em massa;
Tempo de final de pega h ≤ 10
Expansibilidade a quente mm ≤5
• Cimentos com antecedentes de resultados de ensaios de
Expansibilidade a quente mm ≤5 longa duração ou de obras que comprovem resistência aos
Resistência à 1 dias de idade MPa ≥ 14,0 sulfatos.
compressão
3 dias de idade MPa ≥ 24,0
7 dias de idade MPa ≥ 34,0

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TIPOS DE CIMENTO CIMENTO PORTLAND TIPOS DE CIMENTO PORTLAND


de ALTA RESISTÊNCIA INICIAL Cimento Portland de
CP V - ARI - RS RESISTENTE A SULFATOS Baixo Calor de Hidratação (BC)
NBR 5733 Determinações químicas Limites em % de massa (NBR 13116)
Resíduo insolúvel - RI ≤ 1,0
e Perda ao fogo – PF ≤ 4,5
Designado por siglas e classes de seu tipo, acrescidas de BC.
NBR 5737 Óxido de magnésio - MgO ≤ 6,5
Geram até 260 J/g aos 3 dias e até 300 J/g aos 7 dias de
Trióxido de enxofre – SO3 ≤ 3,5
Dióxido de carbono – CO2 ≤ 3,0 hidratação
Características e propriedades Unidade Limites Podem ser qualquer um dos tipos básicos.
Finura Resíduo na peneira 200 % ≤6%
Superfície específica (Blaine) m2/kg 300 Ex: CP III-32 BC ou CP IV-32 BC
Tempo de início de pega h ≥1
Tempo de final de pega h ≤ 10
Ensaio NBR 12006 - Determinação do Calor de Hidratação
Expansibilidade a quente mm ≤5 pelo Método da Garrafa de Langavant.
Expansibilidade a quente mm ≤5
Resistência à 1 dias de idade MPa ≥ 14,0
Retarda o desprendimento de calor em peças de grande
compressão
3 dias de idade MPa ≥ 24,0 massa de concreto, evitando fissuras de origem térmica,
7 dias de idade MPa ≥ 34,0 devido ao calor desenvolvido durante a hidratação do cimento.

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TIPOS DE CIMENTO PORTLAND


TIPOS DE CIMENTO PORTLAND
Resistências à compressão dos cimentos brasileiros.
Cimento Portland Branco
(CPB)
Exigências físicas e mecânicas para o
cimento Portland Branco NBR 12.989/93
Escala Logarítmica

Características e Unidade Limites


propriedades CPB-25 CPB-32 CPB-40 CPB
Resíduo na peneira de 45 µm % ≤ 12 ≤ 12
Tempo de início de pega h ≥1 ≥1
Expansibilidade a quente mm ≤5 ≤5
≥ 8,0 ≥ 10,0 ≥ 15,0 ≥ 5,0
Resistência à compressão MPa ≥ 15,0 ≥ 20,0 ≥ 25,0 ≥ 7,0
≥ 25,0 ≥ 32,0 ≥ 40,0 ≥ 10,0
Brancura % ≥ 78 ≥ 82

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TIPOS DE CIMENTO PORTLAND CIMENTO PORTLAND (CP)


Cimento Portland Branco (CPB) Impacto Ambiental:

Reservas - Calcário:
• Muito amplas;
• Duração ........
Consumo de Energia:
• 90% - energia térmica gerada pelo combustível
(secagem, aquecimento e calcinação das matérias
primas) – representa 25% do custo de produção;
• 10% - energia elétrica (25% moagem das matérias-
primas, 40 % do clínquer, 20 % operações do forno e
Concreto de CPB fck 50 MPa, Ponte Irineu Bornhausen resfriador) – representa 50% do custo de produção;
Brusque - SC

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CIMENTO PORTLAND (CP) CIMENTO PORTLAND (CP)


Impacto Ambiental: Impacto Ambiental:
CO2 – Efeito estufa:
• Queima de Combustíveis - 0,65 a 0,9 kcal/g clínquer;
Adição de Resíduos ao cimento:
• Adições reduzem % de clínquer;
Para 1 tonelada de clínquer gera 300 Kg de CO2
Minimizam emissões de CO2 por kg de cimento;
• Calcinação Calcário – MUITO CO2 • Resíduos industriais que iriam para aterros;
(CaCO3+ calor -> CaO + CO2) Cinzas Volantes – CP IV – 40% Cinzas Volantes;
Para 1 tonelada de clínquer gera 600 kg de CO2; Escórias de alto forno – CP III – 70% Escória;

• CO2 Total : 900 kg/tonelada de clínquer; Filer carbonático – CP II F – 10 % Filer.

• Indústria do cimento → 7% das emissões de CO2 mundiais.

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CIMENTO PORTLAND (CP) Impacto CIMENTO PORTLAND (CP) Impacto Ambiental:


Ambiental: Coprocessamento de resíduos:
Emissões de CO2 por tipo de cimento: • Fonte de Receita para as cimenteiras;
• Queima no forno de resíduos diversos;
Resíduos com poder calorífico;
Tipo Adição kg CO2/tonelada
Resíduos altamente tóxicos.
CP II F 10 % Filer 820
CP II Z 24 % Pozolana + Filer 700
CP II E 40% Escória + Filer 580
CP III 75 % Escória 290
CP IV Cinzas Volantes 530
CP V 5 % Filer 860

(Sindicato Nacional da Indústria do Cimento)

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CIMENTO PORTLAND (CP) CIMENTO PORTLAND (CP) Impacto Ambiental:


Coprocessamento de resíduos:
Impacto Ambiental:
• Queima de resíduos com poder calorífico
Coprocessamento de resíduos: • 1.000.000 t queimados em 2008;
• Queima de pneus, borras de tintas, resíduos de plásticos ...
• Queima no forno de resíduos diversos; • 33.000.000 pneus queimados em 2008.
• Resíduos com poder calorífico;
Minimiza o consumo de combustível;
• Co-incineração de resíduos altamente tóxicos;
Solventes de indústria química, tintas, compostos
clorados e fluorados.
Queima a 1.450/2.000oC decompõe
completamente as moléculas, não gerando gases
tóxicos.
(Sindicato Nacional da Indústria do Cimento)

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CO-PROCESSAMENTO DE RESÍDUOS EM FORNOS Em quanto a bomba de concreto não vem....


ROTATIVOS DE clínquer (Cimento Portland)

AFR ou matéria-prima é um combustível


Pneus alternativo com especificação conhecida de
poder calorífico e máximo de contaminantes.

Quí
Químicos

Plá
Plásticos

Análises de laboratório de cada resíduo


Borras Ácidas asseguram que nada possa afetar o cimento
ou aumentar a emissão de gases
PUC - RJ Arquivo: Filmes concreto / Flmes engraçados/ cementing_in_africa_02

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Materiais de Construção I
AGLOMERANTES

Referências bibliográficas:

Apostilas USP – Aglomerantes

CONCRETE, Microstucture, Properties and


Materials, P. Kumar Mehta e Paulo J. M. Monteiro,
McGraw-Hill, 2006

Cia. Cimento Itambé

Cia. Cimento Rio Branco - Votorantim

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