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CONCRETO

LEVE
Beatriz Cleffs • Daniel Calixto • Eduardo
Fagundes
Lucas Gouvêa • Maria Clara Barreto
ASPECTOS
HISTÓRICOS
PRÉ-CIMENTO PORTLAND

• Usos remotos que remetente a ligante e/ou


agregados de origem vulcanicas;
• Três grandes construções: Porto de Cosa,
Coliseu e Panteão;
• Porto de Cosa com alta durabilidade (2000
anos).
COLISEU
Concreto com agregados leves em paredes e
estrutura de fundação.

COBERTURA DO PANTEÃO
Estrutura de diferentes massa específicas.
U.S.S SELMA USO DE AGREGADO
LEVE
• Comprimento de 123,3 m e 2000
m³ de concreto.
• Resistência à compressão de 35

MPa e massa específica de 1700


Kg/m³.
• Concretos convencionais com
resistência à compressão de 15
MPa.
SOUTHWESTERN
BELL TELEPHONE
COMPANY
USO ESTRUTURAL

• Primeiras aplicações em edifícios de


múltiplos andares.
• Projetado originalmente com 14
pavimentos e capacidade para adição de
mais 8.
• Possibilidade de até mais 14 pavimentos
ao se utilizar concreto leve.
PRÉ-FABRICADOS
Forte utilização nos anos 50. Uma das formas mais
vantajosas de aplicação.

NO BRASIL
Empresas do grupo Rabello, CINASA E CINASITA (atual
CINEXPAN).
CONCEITUAÇÃO
CONCEITUAÇÃO

COMPARAÇÃO DIFERENÇAS VANTAGENS


Mais leve Agregados leves Menor volume da peça
Densidade menor que 2000 Ajuste do traço Menor peso específico
kg/m³ Incorporação de bolhas Reduz necessidade de aço
*Convencional: entre 2500
kg/m³
e 2300 kg/m³
CONCEITUAÇÃO

CONCRETO LEVE CONCRETO LEVE AERADO CONCRETO LEVE


ESTRUTURAL CELULAR
Agregados leves Incorporação de bolhas Adição de espuma
2000 kg/m³ a 1600 kg/m³ Aditivo no amassamento 1850 kg/m³ e 300 kg/m³
Maior potencial de flutuação 1200 kg/m³ a 1000 kg/m³ Isolamento Termoacústico
Isolamento Termoacústico Baixa resistência à compressão
PROCESSO
PRODUTIVO
DOSAGEM
• Traço e Dosagem; mesmos métodos do concreto convencional
• Agregados porosos; mudança do fator água cimento
• Consumo de cimento; cerca de 300 kg/m³
• Aditivos devem ser adicionados por último
• Norma ACI 213R-03 determina métodos de dosagem

MÉTODO DAS MASSAS MÉTODO DOS


VOLUMES

Agregados convencionais Agregados leves miúdos e


miúdos e agregados leves graúdos
graúdos
AGREGADOS

SINTERIZAÇÃO
• Aquecimento da mistura
• Grelha móvel
• Agregado com poros abertos e não recobertos
• Massa específica entre 900 kg/m³ e 650 kg/m³
• Clínquer irregular; processo de britagem
SINTERIZAÇÃ
O
AGREGADOS

FORNO ROTATIVO
• Alteração na composição química
• Temperatura entre 1000°C e 1350°C
• Vitrificação do agregado
• Agregado encapado
• Baixa porosidade e permeabilidade
FORNO
ROTATIVO
CURA

CURA ÚMIDA
• Aplicação direta de água
• Obras menores
• Menos controle de umidade
CURA ÚMIDA
CURA

CURA TÉRMICA
• Câmaras de controle de umidade
• Aumento da resistência do concreto
• Peças pré moldadas
• Mais eficiente
CURA
TÉRMICA
PROPRIEDADES
PROPRIEDAD
ES
• As propriedades dos concretos estão relacionadas com o
desempenho de seus constituintes e a ligação entre eles.
• A substituição do agregado graúdo tradicional por agregados
leves promove alterações consideráveis nas propriedades dos
concretos, que dependem, essencialmente, das características
desses novos agregados.
RESISTÊNCIA À RESISTÊNCIA À MÓDULO DE
COMPRESSÃO TRAÇÃO DEFORMAÇÃO

PROPRIEDADES PROPRIEDADES
DURABILIDADE
TÉRMICAS ACÚSTICAS
RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO E MASSA
ESPECÍFICA
• O valor da massa específica é inversamente proporcional à
dimensão;
• resistência do concreto controlada pela resistência do
agregado. Fonte: Rossignolo; Agnesini, 2005

RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
• A resistência à tração dos concretos leves se apresenta com
menor valor em comparação ao concreto convencional.

Fonte: Rossignolo; Agnesini, 2005


MÓDULO DE DEFORMAÇÃO
• Módulo de deformação do concreto leve varia entre 50% e
80% do valor do módulo encontrados para os concretos
convencionais.

PROPRIEDADES TÉRMICAS E
ACÚSTICAS
• Seu uso reduz a absorção e a transferências térmicas e
acústicas;
• Muito utilizado nas fachadas e na cobertura das edificações.
DURABILIDADE
• Apresenta resistência semelhante se comparado com os
concretos feitos com agregados convencionais, demonstrando,
assim, a baixa influência do agregado na resistência do
concreto leve à penetração e difusão de íons cloretos.
APLICAÇÕES
PLATAFORMAS MARÍTIMAS
• Grande versatilidade e
durabilidade
• Suporta os mais variados
ambientes, sendo alguns,
extramente agressivos.

Ponte do Brooklyn.
PONTES
• Possibilita redução de cargas na estrutura
• Alargamento das vias de rodagem.
Plataforma Petrolífera South Arne
RECUPERAÇÃO
ESTRUTURAL
Redução dos custos de manuseio, transporte e montagem.

Museu Guggenheim

EDIFICAÇÕES
• Melhoria no de desempenho térmico
• Otimização acústica.
ESPECIFICAÇÕES
mínima de 800
kg/m³
NBR 12655:2006
máxima de 2000
kg/m³
CONCRETO SEM
FINOS
Com a utilização de britas em sua composição, o concreto
sem finos apresenta uma densidade que varia de 1450
kg/m³ a 1650 kg/m³.
CONCRET NBR 13438:2013
O • Composição: agregados, cimento, água e minúsculas
CELULAR bolhas de ar;
• As bolhas de ar incorporadas na matriz de cimento
reduzem a massa específica do concreto para 1200 a
2000 kg/m³.

Tabela 3 da NBR 13438:2013


CONCRETO COM AGREGADOS
ou concreto leve estrutural
LEVES

PRINCIPAIS NORMA NM 35 RESISTÊNCIA À


CARACTERÍSTICAS COMPRESSÃO
• preparados por
• Resistência mecânica e a (valores mínimos):
expansão, calcinação e
durabilidade semelhante às sinterização de produtos; -> 28 MPa
dos concretos tradicionais; • constituídos por -> 21 MPa
• leveza. -> 17 MPa
materiais naturais.
CONCRETO COM AGREGADOS
ou concreto leve estrutural
LEVES

Fonte: NM 35
ENSAIOS
CONSIDERAÇÕES
GERAIS
• Realizados nos laboratórios de Engenharia Civil da Universidade Tecnológica Federal do Paraná –
Campus Campo Mourão.
• 12 corpos de prova para ensaios de compressão e determinação do módulo de elasticidade, 12 para ensaios
de massa específica e absorção de água, feitos de cimento CP II-Z 32.
• Metade das amostras produzida com a argila expandida para comparação com concreto convencional.
• O traço utilizado nos ensaios foi uma matriz de cimento e areia na proporção 1 para 3 em massa, o fator
água/cimento foi 0,6 para a trabalhabilidade do material pudesse ser mantida e para argila expandida foi
aplicado 30% em massa.
• Os processos de moldagem e cura dos corpos de prova foram feitos conforme a NBR 5738,
conforme demonstrado.
• Depois de 24 horas da realização da moldagem, foram retirados das formas e enviados para a cura
úmida e lá permaneceram por 28 dias, até a data dos ensaios.
• A argila expandida foi distribuida de maneira uniforme nos corpos de prova para que não ocorresse
concentração de agregados na superfície.

Corpos de prova moldados Corpos de prova em cura Distribuição dos agregados no concreto leve
RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO
• Os ensaios de
compressão foram
realizados seguindo a
norma NBR 5739
• Máquina universal de
ensaios do laboratório da
UTFPR

Corpo de prova após o ensaio de compressão

Corpo de prova durante o ensaio de compressão


RESISTÊNCIA À
COMPRESSÃO

Resultados do ensaio Resultados do ensaio


Concreto Leve Concreto Convencional
RESISTÊNCIA À Resultados

COMPRESSÃO
• O concreto convencional apresentou-
se 23% mais resistente do que o
concreto leve.
• O concreto convencional apresentou
resistência inferior a 20 MPa
definidos como mínimo pela NBR
6118 em virtude do traço escolhido.
MÓDULO DE
ELASTICIDADE
• O ensaio com relação ao módulo de elasticidade foi
realizado seguindo a NBR 8522.
• O ensaio consiste na aplicação de três ciclos de
carregamento até 30% da capacidade de carga total
estimada do corpo de prova, mantendo-o carregado por
60 segundos. Depois, é descarregado até chegar em 0,5
MPa e mantido por mais 60 segundos.
MÓDULO DE
ELASTICIDADE

Resultados do ensaio de Elasticidade Resultados do ensaio de Elasticidade


Concreto Leve Concreto Convencional
MÓDULO DE Resultados

ELASTICIDADE
• O concreto convencional apresentou
aumento de quase o dobro no módulo
de elasticidade
• O concreto leve é menos rígido e
possui maior capacidade de se
deformar quando tensionado
igualmente ao concreto convencional.
ABSORÇÃO DE ÁGUA E
MASSA ESPECÍFICA

• Os ensaios de absorção de água e


determinação da massa específica
ocorreram conforme a norma NBR 9778
• Acontecem três pesagens:
• Corpo de prova saturado
• Corpo de prova imerso
• Corpo de prova em estufa por 72h

corpo de prova imerso em água durante ensaio


ABSORÇÃO DE ÁGUA E
MASSA ESPECÍFICA

O cálculo da absorção de água foi definido pela E para determinação da massa específica temos:
fórmula:

onde:
onde: ρs = massa específica seca
A = absorção de água ms = massa da amostra seca
msat = massa da amostra saturada msat = massa da amostra saturada
ms = massa da amostra seca em estufa. mi = massa da amostra imersa em água.
ABSORÇÃO DE ÁGUA E
MASSA ESPECÍFICA

Resultados do ensaio Resultados do ensaio


Concreto Leve Concreto
Convencional
ABSORÇÃO DE ÁGUA E
Resultados
MASSA ESPECÍFICA

• O concreto leve apresentou resultados de maior absorção de água devido a

porosidade do agregado utilizado.


• A absorção de água pode gerar consequências na durabilidade do concreto e

acelerar o processo de corrosão da armadura nas estruturas de concreto armado.


• Para proteger o concreto das condições ambientais em estruturas aparentes, é

considerada a aplicação de revestimentos.


ABSORÇÃO DE ÁGUA E
Resultados
MASSA ESPECÍFICA

• O concreto leve apresentou massa específica 40% menor do que o concreto

convencional, diferença essa sendo responsável pela argila expandida no material.


• Para que o concreto com agregado de argila expandida seja utilizável nas

construções, é necessário que sua massa específica sofra uma redução, que se torna
um facilitador para a produção, o transporte e o lançamento do concreto, pois

diminui o esforço necessário por parte das máquinas e operários, levando a uma

maior produtividade.
FATOR DE EFICIÊNCIA

Fatores de eficiência que relacionam a resistência à compressão e a massa


específica dos concretos

• O concreto leve, mesmo possuindo uma resistência mecânica menor do que o convencional,
possui um fator de eficiência 22% maior, devido sua significativa redução da massa
específica.
• Pode fornecer melhor desempenho nas estruturas e reduzir custos nos projetos.
FATOR DE EFICIÊNCIA

Resultado fator de Resultado fator de


eficiência eficiência
Concreto Leve Concreto Convencional
AGRADECIMEN
TOS
À nossa querida colega Ingrid, pelo apoio moral e incentivo
durante todas as etapas de confecção desse trabalho.

Aos integrantes do grupo, pelo esforço e dedicação de horas de


reuniões e ensaios varando a madrugada.

Vai tomar no cu, professor <3


BIBLIOGRAFI
A
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