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UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

CIV 360 – MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL II

RELATÓRIO 05 – BLOCOS DE CONCRETO

Daniel Jésus Gonçalves dos Reis – 87641

Relatório apresentado ao Departamento de


Engenharia Civil da Universidade Federal de Viçosa,
como parte das exigências propostas pela disciplina
CIV 360 – Materiais de Construção Civil II.

Professor: Leonardo Gonçalves Pedroti

Viçosa – MG
2021
RESUMO

Neste relatório serão apresentados todos procedimentos feitos dos ensaios de


características de dimensionais, resistência característica à compressão, a absorção
de água para blocos de concreto e pavimentação. Os ensaios utilizaram as seguintes
normas: NBR 6136:2016, NBR 9781:2013 e NBR 12118:2013. Cada um dos ensaios
será explicado, os métodos e materiais utilizados, análise dos resultados da pesquisa
de representativa de um lote.

Palavras-chave: Bloco de concreto, peça de concreto, resistência característica.


SUMÁRIO
1 Considerações Iniciais ......................................................................................... 3
1.1 Introdução ...................................................................................................... 3

1.2 Objetivos ........................................................................................................ 3

2 Procedimentos Experimentais .............................................................................. 4


2.1 Materiais......................................................................................................... 4

2.1.1 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria de acordo com ABNT
NBR 6136:2016.................................................................................................... 4
2.1.2 Peças de concreto para pavimentação de acordo com ABNT NBR
9781:2013 ............................................................................................................ 4

2.2 Métodos ......................................................................................................... 4

2.2.1 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria de acordo com ABNT
NBR 6136:2016.................................................................................................... 4
2.2.2 Peças de concreto para pavimentação de acordo com ABNT NBR
9781:2013 .......................................................................................................... 10

3 Resultados ......................................................................................................... 12
3.1 Exercício: Blocos vazados de concreto simples para alvenaria de acordo com
ABNT NBR 6136:2016 ........................................................................................... 12

3.2 Exercício: Peças de concreto para pavimentação de acordo com ABNT NBR
9781:2013 .............................................................................................................. 15

4 Considerações Finais ......................................................................................... 17


5 Referências Biliográficas .................................................................................... 18
3

1 Considerações Iniciais

1.1 Introdução

Detalhadamente o ensaio foi realizado no PER II do laboratório de Materiais de


Construção Civil da UFV, no dia 19 de abril de 2021. É importante se atentar as
exigências dos blocos de concreto, que são normalizados e possuem dimensões
coordenadas, para a execução de alvenaria modulares, ou seja, com alvenaria com
dimensões múltiplas do módulo. Além disso, peças de concreto são usadas para
pavimentação de via urbana, pátios de estacionamento ou similares e é importante
realizar a análise da qualidade dos pavimentos em bloco de concreto pré-moldados,
como resistência característica à compressão, dimensões e absorção. É importante o
realizar os ensaios para a aceitação ou rejeição dos lotes. Os blocos de concreto para
pavimentação são fabricados para atender a dois níveis de resistência característica
à compressão (fpk):

• fpk ≥ 35 MPa, para solicitações normais de tráfego


• fpk ≥ 50 MPa, para solicitações de tráfego pesado intenso

A amostra representativa do lote deve ter no mínimo 6 peças para lote de até 300 m²,
e uma peça adicional para cada 50 m² suplementar, até perfazer o máximo de 32
peças.

Os procedimentos feitos para os ensaios dos blocos vazados de concreto simples


para alvenaria e blocos de concreto para pavimentação foram utilizados de acordo as
seguintes normas: NBR 6136:2016, NBR 9781:2013 e NBR 12118:2013.

1.2 Objetivos

O relatório tem como objetivo a realização dos exercícios de aplicações presentes na


apostila de aula de prática, e analisar um bloco com relação ao ensaio de resistência
à compressão e absorção da água.
4

2 Procedimentos Experimentais

2.1 Materiais

2.1.1 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria de acordo com

ABNT NBR 6136:2016

• Bloco de concreto
• Máquina universal
• Régua metálica com aproximação de ± 0,5 mm
• Balança
• Estufa com temperatura a (105 ± 5) ºC
• Pasta de cimento
• Espátula
• Pano

2.1.2 Peças de concreto para pavimentação de acordo com ABNT NBR

9781:2013

• Máquina universal
• Pasta de enxofre ou argamassa
• Espátula
• Água
• Placa de aço com diâmetro de 90 mm

2.2 Métodos

2.2.1 Blocos vazados de concreto simples para alvenaria de acordo com

ABNT NBR 6136:2016

Para vazados de concreto simples para alvenaria foram realizados os seguintes


ensaio: Características geométricas, resistência à compressão e absorção.

Conforme a tabela 2.2.1.1 seguinte:


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Tabela 2.2.1.1 – As tolerâncias permitidas nas dimensões dos blocos


Dimensões nominais do bloco
Família 20 x 40
Largura (mm) 190
Altura (mm) 190
Inteiro 390
Meio 190
Comprimento (mm)

2/3 -
1/3 -
Amarração L -
Amarração T -
Compensador A 90
Compensador B 40
Canaleta inteira 390
Meia canaleta 190

Fonte: Laboratório de Materiais de Construção

Nota: As tolerâncias permitidas nas dimensões dos blocos são de ± 2,0 mm para a
largura e ± 3,0 mm para a altura e para o comprimento.

Os blocos vazados de concreto devem atender aos limites de resistência, absorção e


retração estabelecidos na tabela 2.2.1.2:

Tabela 2.2.1.2 – Características dos blocos


Características dos blocos
Classificação Classe Resistência Absorção (%) Retração
característica Agregado normal Agregado leve (%)
à compressão Individual Média Individual Média
axial (MPa)
Com função A fbk ≥ 8,0 ≤ 9,0 ≤ 8,0 ≤ 16,0 ≤ 13,0 ≤ 0,065
estrutural B 4,0 ≤ fbk ≤ 8,0 ≤ 10,0 ≤ 9,0
Com ou semi C fbk ≥ 3,0 ≤ 11,0 ≤ 10,0
função
estrutural

Fonte: Laboratório de Materiais de Construção

• Com função estrutural A:

Para aplicação abaixo do nível do solo, devem ser utilizados blocos Classe A.

• Com função estrutural B:

Para uso em elementos de alvenaria acima do nível do solo.

• Com ou sem função estrutural C:

Permite-se o uso de blocos com função estrutural classe C, com largura de 90 mm,
para edificações de no máximo um pavimento.
6

Permite-se o uso de blocos com função estrutural classe C, com largura de 115 mm,
para edificações de no máximo dois pavimentos.

Permite-se o uso de blocos com função estrutural classe C, com largura de 140 mm e
190 mm, para edificações de até cinco pavimentos.

Os blocos com largura de 65 mm têm seu uso restrito para alvenaria sem função
estrutural.

Para a inspeção devem ser constituídos lotes compostos por blocos com as mesmas
características, produzidos sob as mesmas condições e com os mesmos materiais,
cabendo ao fabricante a indicação, no documento de entrega, das seguintes
informações:

• Data de fabricação
• Identificação do lote
• Resistência característica à compressão axial (fbk)
• Dimensões nominais
• Classe

Lote deve ser composto de no máximo um dia de produção, limitado a 40.000 blocos.

Para a realização de ensaios de recebimento deve ser formada uma amostra com o
tipo de bloco predominante (preferencialmente o inteiro) de acordo com a tabela
2.2.1.3:

Tabela 2.2.1.3 – Amostragem para os blocos

Tamanho da amostra (Quantidades mínimas de blocos para cada ensaio)


Número de Número de blocos da amostra Nº mínimo de blocos para Nº de blocos
blocos do lote ensaio dimensional e resistência para ensaios
à compressão de absorção e
Prova Contra prova Critério Critério área líquida
estabelecido estabelecido
em 6.5.1 em 6.5.2
Até 5.000 7 ou 9 7 ou 9 6 4 3
5.001 a 8 ou 11 8 ou 11 8 5 3
10.000

Acima de 9 ou 13 9 ou 13 10 6 3
10.000

Fonte: adaptada de ABNT NBR 6136:2016


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O cálculo da resistência característica: o valor característico da resistência à


compressão pode ser determinado de duas formas:

• Quando o valor do desvio padrão da fábrica é desconhecido:

O valor da resistência característica à compressão (fbk), referida à área bruta, deve


ser estimado por:

𝑓𝑏(1) + 𝑓𝑏(2) + ⋯ + 𝑓𝑏(𝑖 − 1)


𝑓𝑏𝑘 , 𝑒𝑠𝑡 = 2 [ ] − 𝑓𝑏(𝑖)
𝑖−1

Onde: (equação 2.2.1.1)

Sendo: i = n/2, se n for par;

i = (n-1)/2, se n for ímpar.

Onde: fb(1), fb(2)...., fb(i), são os valores de resistência à compressão individual dos
corpos de prova da amostra, em ordem crescente.

n é igual ao número de corpos de prova da amostra

Para a determinação da resistência característica da amostra (fbk), o valor do fbk deve


ser igual a fbk,est , não sendo admitido valor de fbk inferior a ψ6 x fb(1), ou seja, se o
resultado for inferior, adota-se para fbk o valor ψ6 x fb(1), 𝑓𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 = 𝜓1 ∗ 𝑓𝑏1, ser retirados
da tabela 2.2.1.4:

Tabela 2.2.1.4 – Amostragem para os blocos


Valores de ψ6 em função da quantidade de blocos
Qde de 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 18
blocos
ψ6 0,89 0,91 0,93 0,94 0,96 0,97 0,98 0,99 1,00 1,01 1,02 1,04

Fonte: Laboratório de Materiais de Construção

• Quando o valor do desvio padrão da fábrica é conhecido:

Neste caso, o valor da resistência característica à compressão (fbk), referida à área


bruta, deve ser estimado por:

𝑓𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 = 𝑓𝑏𝑚 − 1,65 ∗ 𝑠, onde: (equação 2.2.1.2)

𝑓𝑏𝑚 = É a resistência média;


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𝑠 = É o desvio padrão do fabricante.

Para se fazer a aceitação ou a rejeição do lote de blocos deve-se observar o disposto


no item 7 da ABNT NBR 6136.

O lote deve ser aceito pelo consumidor sempre que foram atendidas simultaneamente
as seguintes condições:

a) Por simples constatação visual, atendendo ao descrito em norma;


b) Verificar se as dimensões nominais de todos os blocos da amostra atendem a
norma;
c) Verificar se as características físico – mecânicas atendem ao especificado no
projeto e a norma.

A espessura mínima de qualquer parede do bloco deve atender à tabela 2. A tolerância


permitida nas dimensões das paredes é de -1,0 mm para cada valor individual.

Tabela 2.2.1.5 – Dimensões dos blocos

Fonte: Laboratório de Materiais de Construção

• Ensaio de resistência à compressão dos blocos vazados de concreto:


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Foi ensaio um lote 6 blocos vazados de concreto, seguintes passos, de acorda com
a NBR 6136:2016 – Blocos vazados de concreto simples para alvenaria –
Requisitos.

Cada um bloco da face de trabalho dos corpos de prova foi capear com pasta de
cimento capazes de apresentar no momento do ensaio, resistência à compressão
superior à prevista para o bloco a ensaio. A espessura média do capeamento não
deve exceder 3 mm. O corpo de prova será ensaiado no estado seco ao ar.

Medição das dimensões das faces de trabalho com aproximação de ± 0,5 mm para o
ensaio de máquina universal, uma régua de metálica com graduação milímetros e as
dimensões (comprimento, largura e altura).

O corpo de prova centralizado foi entrar os pratos da máquina de ensaio, quando


carregar-se até a ruptura à razão de (0,05 ± 0,01) MPa/s e é a seção transversal do
corpo de prova. A carga de ruptura necessária para o rompimento foi registrada.

A tensão de ruptura à compressão de cada corpo de prova é calculada pela equação


2.2.1.3:

𝑃
𝜎𝑟 = 𝐴 𝑀𝑃𝑎, onde: (equação 2.2.1.3)

𝜎𝑟 = É a tensão de ruptura à compressão em (MPa);

𝑃 = É a carga de ruptura em (kgf);

𝐴 = É a seção transversal bruta do corpo de prova (cm²).

• Ensaio de absorção de água dos blocos vazados de concreto:

Logo, após serem recebidos no laboratório, corpos de provas devem ser pesados,
anotando a massa na condição seco ao ar.

Colocando para secar em estufa com temperatura a (105 ± 5) ºC por 24 horas. Após
retidos dos corpos de prova da estufa aguardar o resfriamento e pesar-se, anotando-
se a massa na condição seco em estufa (Ms).

Os corpos de provas devem permanecer imersos em água durante 24 horas, estando


a água do recipiente à temperatura ambiente. Depois os corpos de prova devem ser
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retirados e colocados em bancada com o auxílio de um pano limpo e úmido, realizada


do bloco vazados de concreto saturado, a massa na condição saturado superfície
seca (Mu). Os resultados das pesagens devem ser expressos em gramas.

O valor da absorção de água de cada corpo de prova, expresso em porcentagem, é


calculada pela equação 2.2.1.4:

𝑀𝑢−𝑀𝑠
𝐴𝐴(%) = ∗ 100, onde: (equação 2.2.1.4)
𝑀𝑠

𝐴𝐴(%) = Índice de absorção d´água em (%);

𝑀𝑢 = Massa úmida em (kg);

𝑀𝑠 = Massa seca em (kg).

2.2.2 Peças de concreto para pavimentação de acordo com ABNT NBR

9781:2013

Para peças de concreto para pavimentação foram realizados os seguintes ensaios:


Resistência à compressão.

• Ensaio de resistência à compressão das peças de concreto para


pavimentação:

Foi ensaiado peças pré-moldadas de acordo com a NBR 9780 – Peças de concreto
para pavimentação – Determinação da resistência à compressão.

Cada peça pré-moldada constitui um corpo de prova a menos que a largura da peça
exceda 140 mm, quando a mesma deverá ser cortada para atender a este limite.

Cada uma peça pré-moldada da face de trabalho dos corpos de prova foi capear com
pasta de argamassa ou enxofre, com média inferior a 3 mm. Após o endurecimento
das superfícies capeadas os corpos de provas de devem ser submergidos em água.

Em seguida, retirar os corpos de provas da água, as peças pré-moldada devem ser


dispostas sobre placas metálicas auxiliares de ensaio devidamente centralizadas. A
placa superior deve ficar em contato com a superfície de rolamento. As placas
auxiliares de ensaio devem ser fabricadas em aço e serem circulares com diâmetro
de 90 mm.
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O carregamento é aplicado continuamente a uma taxa entre 0,3 a 0,8 MPa/s, até a
carga de ruptura da peça.

A tensão de ruptura de cada corpo de prova é obtida dividindo-se a carga de ruptura


(P) pela área de carregamento (S) e multiplicando-se o resultado pelo fator “p”, função
da altura da peça, conforme a tabela 2.2.2.1:

Tabela 2.2.2.1 – Amostragem para os blocos

Altura nominal de peça (mm) Fator multiplicativo “p”


60 0,95
80 1,00
100 1,05

Fonte: Laboratório de Materiais de Construção

A resistência característica à compressão (fpk) da amostra é calculada por:

𝑓𝑏𝑘 = 𝑓𝑝 − 𝑡 ∗ 𝑠, onde:

𝑓𝑝 = Resistência média das peças ensaiadas, em (MPa);

𝑡 = Coeficiente de Student, fornecido pela tabela seguinte em função do tamanho da


amostra (n= nº de corpos de prova da amostra):

Tabela 2.2.2.2 – Amostragem para os blocos


Coeficiente de Student (nível de confiança de 80%)
n t n t n t n t
6 0,920 10 0,883 18 0,863 26 0,856
7 0,906 12 0,876 20 0,861 28 0,855
8 0,896 14 0,870 22 0,859 30 0,854
9 0,899 16 0,866 24 0,858 ≥ 32 0,842

Fonte: Laboratório de Materiais de Construção

𝑠 = Desvio padrão da amostra:


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3 Resultados

3.1 Exercício: Blocos vazados de concreto simples para alvenaria de acordo

com ABNT NBR 6136:2016

Em uma amostra composta de nove unidades de blocos vazados (2 vazios na seção


transversal bruta) de concreto simples (composto com agregados normais) para
alvenaria sem função estrutural, pertencentes à classe C, representativa de um lote
de 5.000 unidades, procedente de uma fábrica da região de Viçosa, realizaram-se os
ensaios previstos na NBR 12118. Os resultados obtidos nos ensaios estão resumidos
nas Tabela 94, 95, 96. Proceda à análise destes resultados com vistas à classificação
do material de acordo com a “NBR 6136: Blocos vazados de concreto simples para
alvenaria – Requisitos”.

Tabela 3.1.1 – Característica dimensionais para os blocos

Caracteristica dimensionais para os blocos


Corpo Comprimento Largura Altura(cm) Esp.das Esp.das Esp.
de (cm) (cm) paredes paredes Equivalente
prova longitudinal transversais (mm/m)
n.º (mm) (mm)
01 39,2 9,2 19,2 18 18 15 14 16 115
02 39,1 8,9 19,3 18 19 16 16 16 123
03 39,0 9,0 19,1 19 18 16 14 15 115
04 39,0 9,1 19,0 17 17 16 16 16 123
05 39,2 9,0 18,9 19 19 17 15 16 123
06 39,1 8,9 19,0 18 18 16 16 16 123
Média 120

Fonte: Laboratório de Materiais de Construção

As tolerâncias permitidas nas dimensões dos blocos são de ± 2,0 mm para a largura
e ± 3,0 mm para a altura e para o comprimento, aprovado.

A Espessura das paredes equivalente é calculada pela equação:

15 + 14 + 16
𝑒𝑠𝑝𝑝𝑒 =
0,39

𝑒𝑠𝑝𝑝𝑒 = 115 𝑚𝑚/𝑚

Faz-se o mesmo cálculo para as demais espessuras equivalentes.

A espessura média das paredes equivalente é calculada pela equação:


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115 + 123 + 115 + 123 + 123 + 123


𝑒𝑠𝑝𝑝𝑒𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
6

𝑒𝑠𝑝𝑝𝑒𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 120 𝑚𝑚/𝑚

A espessura equivalente deveria ser de no mínimo 135 mm/m.

Tabela 3.1.2 – Pesos dos blocos


Pesos dos blocos
Corpo de prova Peso sat. sup. Peso seco em Absorção (%)
n.º seca (kg) estufa (kg)
01 10,12 9,12 11,0
02 9,82 9,10 7,9
03 9,88 9,15 8,0
Média 9,0

Fonte: Laboratório de Materiais de Construção

A absorção de água é calculada pela equação:

10,12 − 9,12
𝐴𝐴(%) = ∗ 100
9,12

𝐴𝐴(%) = 11 %

Faz-se o mesmo cálculo para as demais absorções.

A absorção de água média é calculada pela equação:

11,0 + 7,9 + 8,0


𝐴𝐴(%)𝑚é𝑑𝑖𝑎 =
3

𝐴𝐴(%)𝑚é𝑑𝑖𝑎 = 9,0 %

A individual tem que ser menor ou igual de 11 % e a média tem que ser menor ou
igual de 10 %, o resultado foi reprovado.

Tabela 3.1.3 – Amostragem para os blocos


Resistência á compressão
DIMENSÕES REAIS ENSAIO DE COMPRESSÃO
Corpo de Face A Face B Seção Carga Tensão
prova n.º Comp. Largura Comp. Largura média máxima (MPa)
(cm) (cm) (cm) (cm) (cm2 ) (kgf)
01 39,0 9,1 39,2 8,9 351,89 8780 2,5
02 39,2 8,9 39,0 8,9 347,99 9830 2,8
03 39,1 9,1 39,1 9,2 357,76 7720 2,2
04 39,2 9,2 39,1 9,2 360,18 7370 2,0
05 39,0 9,1 39,1 9,2 357,31 10180 2,8
06 39,0 8,9 39,2 9,2 353,87 9130 2,6
14

Média

Fonte: Laboratório de Materiais de Construção

As tolerâncias permitidas nas dimensões dos blocos são de ± 2,0 mm para a largura
e ± 3,0 mm para a altura e para o comprimento, aprovado.

A área, a seção média e tensão são calculadas pela equação:

Área:

𝐴𝐴 = 9,1 ∗ 39,0

𝐴𝐴 = 354,90 𝑐𝑚²

𝐴𝐵 = 8,9 ∗ 39,2

𝐴𝐵 = 348,88 𝑐𝑚²

A seção média:

348,88 + 354,90
𝐴𝑀 =
2

𝐴𝑀 = 351,89 𝑐𝑚²

A tensão:

8780 1
𝜎𝑟 = ( )∗( )
351,89 10

𝜎𝑟 = 2,5 𝑀𝑃𝑎

Faz-se o mesmo cálculo para as demais áreas e calcula-se tensões.

Logo, a resistência característica à compressão (fbk) é calculada pela equação.

Condição 1:

2,0 + 2,2 + 2,5 + 2,6 + 2,8


𝑓𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 = 2 [ ] − 2,8
6−1

𝑓𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 = 2,04 𝑀𝑃𝑎


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Condição 2:

𝑓𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 = 0,89 ∗ 2,0

𝑓𝑏𝑘, 𝑒𝑠𝑡 = 1,78 𝑀𝑃𝑎

A resistência característica à compressão adotada será a da condição 1, que é menor


que 3 MPa. Portanto, o lote foi reprovado.

3.2 Exercício: Peças de concreto para pavimentação de acordo com ABNT

NBR 9781:2013

Em uma amostra composta de oito unidades de peças retangulares de concreto para


pavimentação (10 x 20 x 8 cm), representativa de um lote de 400 m² de pavimento,
procedente de uma fábrica da região de Viçosa, realizaram-se os ensaios previstos
na “NBR 9780: Peças de concreto para pavimentação – Determinação da resistência
à compressão - Método de ensaio”, conforme Tabela 99. Proceda a análise destes
resultados à luz da “NBR 9781 – Peças de concreto para pavimentação -
Especificação” e verifique em qual classe de tráfego estas peças se enquadram.

Nota: verifique também, se as dimensões estão de acordo com o preconizado na


especificação.

Tabela 3.2.1 – Resultados dos ensaios

Corpo de Largura (cm) Comprimento Altura(cm) Ensaio de compressão


prova n.º (cm) Força (kgf) Tensão
(MPa)
01 10,0 20,1 8,2 24810 39,0
02 10,1 20,0 8,0 26080 41,0
03 10,1 20,2 7,9 23860 37,5
04 10,0 19,8 8,0 22900 36,0
05 9,9 19,9 8,1 25760 40,5
06 10,1 20,1 8,0 25320 39,8
07 10,0 20,0 7,9 24170 38,0
08 9,9 19,9 8,0 24380 38,3
Média 38,8

Fonte: Laboratório de Materiais de Construção

Permitindo-se uma variação de 3 mm para o comprimento e a largura e de 5 mm para


a altura. Características geométricas para a aceitação, aprovado.

A tensão de carregamento é calculada pela equação:


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24810
𝑓𝑏 =
9
𝜋∗4

𝑘𝑔𝑓
𝑓𝑏 = 390
𝑐𝑚2

𝑓𝑏 = 39 𝑀𝑃𝑎

A tensão de média:

39,0 + 41,0 + 37,5 + 36,0 + 40,5 + 39,8 + 38,0 + 38,3


𝑓𝑝 =
8

𝑓𝑝 = 38,8 𝑀𝑃𝑎

A resistência característica à compressão (fpk) da amostra é calculada pela equação:

𝑓𝑏𝑘 = 𝑓𝑝 − 𝑡 ∗ 𝑠

𝑓𝑏𝑘 = 38,8 − 0,896 ∗ 1,653

𝑓𝑏𝑘 = 37,3 𝑀𝑃𝑎

fpk ≥ 35 MPa, para solicitações normais de tráfego, aceitação.


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4 Considerações Finais

O resultado dos ensaios das características dimensionais para os blocos vazados de


concreto para alvenaria teve uma espessura equivalente de 120 mm/m. A espessura
média das paredes equivalente não obedece ao valor médio mínimo de 135 mm/m.

No ensaio de absorção de água, a norma indica para o bloco vazados de concreto, o


valor individual tem que ser menor ou igual de 11 % e a média tem que ser menor ou
igual de 10 %, foi atingindo o valor de 9 %, apresentando resultado insatisfatório.

No resultado de ensaio de compressão, o bloco vazado de concreto teve uma


resistência característica à fbk,est = 2,04 MPa. Esse valor não está dentro dos
parâmetros estabelecidos pela norma, que utiliza o valor mínimo de 3,0 MPa.

Sobre o ensaio de compressão, as peças retangulares de concreto tiveram uma


resistência característica à compressão de fbk = 37,3 MPa, está em conformidade com
a norma, que especifica fpk ≥ 35 MPa para solicitações normais de tráfego.

Para o bloco de concreto para alvenaria, existe a possibilidade de se fazer uma contra
prova nessa amostragem para melhor analisar os resultados
18

5 Referências Biliográficas

Acadêmicos da Universidade Federal de Viçosa (Disponível em: <


file:///C:/Users/Usuario/Desktop/Materiais%202/Aditivo/CIV%20361%20-%20Materiai
s%20II-rev1.pdf>). Acesso em: 19 abril. 2021.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12118: Blocos vazaios


de concreto simples para alvenaria – Métodos de ensaio. Rio de Janeiro, 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6136: Blocos vazaios de


concreto simples para alvenaria – Requistos. Rio de Janeiro, 2016.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9781: Peças de


concreto para pavimentação – Especificação e métodos de ensaio. Rio de Janeiro,
2013.

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