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Resumo
A
busca por dos materiais e dosagens alternativos para produzir um concreto que
Abstract
T
he search for alternative materials and dosages to produce concrete that meets the
gravel showing 8% savings. As for the results of the compressive strength test, the con-
of elasticity and traction by diametrical compression, the proposed hybrid concrete ex-
pressed results close to those produced with gravel and in accordance with the standards.
It is concluded that the production of concrete with coarse hybrid aggregate is viable with
regard to the mechanical properties and sustainability of the region.
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CAPÍTULO 15
1. INTRODUÇÃO
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2. MATERIAIS E MÉTODOS
O estudo seguiu as seguintes etapas para o estudo das propriedades mecânicas dos
concretos produzidos, conforme Tabela 1.
Etapas Atividades
ABNT NBR NM ISO 2395:1997 - Peneira de ensaio e ensaio
de peneiramento – Vocabulário;
Análise dos agregados graúdos de acordo ABNT NBR NM 248:2003 - Agregados - Determinação da
com as normas. composição granulométrica;
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elaborados com três tipos de agregados graúdos, sendo: 100% brita, 100% seixo rola-
do e híbrido (50% brita e 50% seixo rolado). Assim, para a análise dos concretos foram
estabelecidos os ensaios de resistência à compressão axial, resistência à tração por com-
pressão diametral e módulo de elasticidade.
Para tal foi estabelecida a produção de 33 (trinta e três) corpos de prova cilíndricos
(100mm x 200mm), os quais foram 11 para cada modalidade de concreto, distribuídos
assim para cada ensaio:
a) 2 (dois) corpos de prova (CP) para rompimento a cada idade (3, 7, 14, e 28 dias)
para resistência à compressão axial, por tipo de concreto;
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
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CAPÍTULO 15
Agregado Miúdo (Areia) - O agregado miúdo natural utilizado foi uma areia natural de
de 2,82.
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CAPÍTULO 15
observar que a curva do agregado híbrido se posicionou entre as outras duas, formando
um agregado que, na matriz do concreto, preencherá os vazios deixados na sua pasta
quando comparado com um concreto produzido apenas com o seixo, e com a resistência
aproximada a do concreto com brita, fato este que será apresentado no item que trata dos
ensaios de resistência à compressão.
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CAPÍTULO 15
O método aplicado neste estudo foi o INT, para tanto o abatimento do tronco de cone
-
terminado como de referência em acordo ao descrito na norma ABNT NBR 8953:2015. A
quantidade de cada um dos outros componentes foi calculada tendo-se como objetivo a
obtenção de 15 corpos de prova para cada um dos três concretos analisados neste estudo.
O próximo passo foi determinar a quantidade de água para que se obtivesse a resistência
esperada, obtendo-se assim a relação de 1 : 1,65 : 2,350, e o relação água/cimento foi
Para a produção de 15 (quinze) corpos de prova por tipo de concreto, os valores te-
óricos, em massa, de cada componente são, Tabela 3:
Após as 24 horas de secagem os 33 (trinta e três) corpos foram capeados com uma
proporção de 1:1 de água e cimento e, novamente, após mais 24 horas os CP foram ar-
mazenados em caixa d’água para cura, podendo ser observado na Figura 6.
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CAPÍTULO 15
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Os três tipos de concretos foram produzidos com o mesmo traço, para manter este
como referência, porém, durante os ensaios de trabalhabilidade cada um apresentou um
consumo diferente de água, para que as premissas no abatimento (slumptest) de 100 ±
-
guinte forma:
Consumo de água
Teórico
Real (kg) Economia
(kg)
Brita 6,271 5,771 8,00%
entre seixo rolado e brita (MENDES, 2012), concluiu que os resultados apontam uma
maior absorção da brita quando comparada com o seixo rolado devido a diferença de po-
rosidade, culminando em maior consumo de água na produção de concreto para atingir
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CAPÍTULO 15
nos ensaios de resistência à compressão axial quando comparado aos demais concretos.
-
do à granulometria dos agregados graúdos. Este concreto consumiu 15,6 % a menos de
água que o concreto padrão produzido com brita, o que é explicado por (MEHTA e MON-
TEIRO, 2014) quando diz que a relação água/cimento/resistência no concreto pode ser
facilmente explicada como uma consequência natural do progressivo enfraquecimento da
matriz devido ao aumento da porosidade com o aumento da relação água/cimento.
Quanto à granulometria dos agregados graúdos o concreto híbrido apresenta um melhor
preenchimento visto que reúne as características do seixo rolado e da brita, quanto ao
tamanho dos grãos, que preenchem e se encaixam de forma a reduzir vazios existentes
na pasta quando comparado aos outros dois concretos apenas produzidos com 100% de
brita e 100% de seixo rolado.
Os resultados com menores valores são relativos ao seixo rolado, que são aceitáveis
por conta a sua rugosidade, que está ligada diretamente à aderência do agregado à ar-
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-
de.
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-
zido com brita possui o maior módulo de elasticidade, seguido pelo concreto com agrega-
das características dos agregados graúdos, no caso do seixo rolado, tendo o menor valor,
por possuir menor rigidez.
4. CONCLUSÃO
no caso do híbrido por ser menos poroso e absorver menos água que a brita.
O concreto com agregado graúdo híbrido somou características positivas do seixo ro-
lado e de brita quanto aos resultados de resistência, visto que a matriz apresentou exce-
lente interação com a superfície rugosa da brita e, além disso, esta matriz teve os espaços
vazios, ocasionados pela granulometria do seixo rolado, preenchidos pela brita, resultan-
do nos maiores valores de resistência em todas as idades analisadas neste estudo.
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convencional produzido com brita; os mesmos tiveram módulos bem semelhantes. Assim,
menores módulos de elasticidade implicam em concretos mais deformáveis e más conse-
O concreto com agregado graúdo híbrido, analisado do ponto de vista técnico, é ca-
paz de substituir o produzido com brita, sobretudo em questões estruturais por ter apre-
sentado valores superiores nos ensaios de resistência mecânica e acerca da aplicabilidade
-
cio de materiais, bem como aumentar as buscas por formas alternativas para o fabrico e
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM ISO 2395: 1997 - Peneira de ensaio e ensaio
de peneiramento – Vocabulário.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: 2007 - Concreto - Ensaios de compres-
são de corpos-de-prova cilíndricos.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7222: 2011 - Concreto e argamassa. Determi-
nação da resistência à tração por compressão diametral de corpos de prova cilíndricos.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8522: 2017 - Concreto - Determinação dos mó-
dulos estáticos de elasticidade e de deformação à compressão.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11578: 1991 Versão Corrigida: 1997 - Cimento
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