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UTILIZAÇÃO DO CONCRETO BORRACHA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Pedro Henrique Zitelli Romanini¹


Gerson de Marco²

RESUMO

Vários segmentos da sociedade têm se voltado para os conceitos da sustentabilidade,


pesquisando alternativas para minimizar os impactos causados pelo consumo, muitas vezes,
indiscriminado de matéria-prima e pelo grande volume de resíduos gerados. Na construção civil,
dentre algumas práticas, adotadas, menos agressivas ao meio ambiente está a utilização de resíduos,
sejam eles oriundos da construção civil ou de outras indústrias, para produção de componentes. De
acordo com pesquisas, são produzidos mais de 70 milhões de pneus anualmente, somente no Brasil,
onde grande parte são indevidamente descartados no meio ambiente. Diante estes apontamentos,
surgiu a possibilidade da utilização do resíduo de pneu inservível como agregado na produção de
concreto, reduzindo então a utilização de matéria prima (areia), colaborando para o descarte do pneu
inservível. Desta forma, o objetivo deste artigo é de avaliar estudos realizados sobre a aplicação de
resíduos de borracha de pneu na confecção de concretos para utilização em edificações. O trabalho
será realizado através da metodologia de levantamento bibliográfico através de bases de dados.

Palavras-chave: Sustentabilidade. Resíduos. Pneus. Concreto.

¹ Graduando do curso de Engenharia Civil da Universidade de Araraquara – UNIARA. Araraquara – SP. E-mail:
pedro.zitelli@hotmail.com

² Orientador. Docente do curso de Engenharia Civil da Universidade de Araraquara – UNIARA. Araraquara –


SP. E-mail: gdmarco@uniara.edu.br
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USE OF RUBBER CONCRETE IN CIVIL CONSTRUCTION

ABSTRACT

A lot of segments of society have turned to the concepts of sustainability, researching


alternatives to minimize the impacts caused by the often indiscriminate consumption of raw materials
and the large volume of waste generated. In civil construction, among some practices, adopted, less
aggressive to the environment is the use of waste, whether from civil construction or other industries
for the production of components. According to research, more than 70 million tires are produced
annually, only in Brazil, where a large part is improperly discarded in the environment. In view of
these notes, the possibility of using waste tire as an aggregate in the production of concrete arose, thus
reducing the use of raw material (sand), helping to dispose of the waste tire. Thus, the objective of this
article is to evaluate studies carried out on the application of tire rubber waste in the manufacture of
concrete for use in buildings. The work will be carried out using the bibliographic survey methodology
through databases.

Keywords: Sustainability. Wastes. Tires. Concrete.


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INTRODUÇÃO

Segundo o panorama da situação dos resíduos sólidos no Brasil, elaborado pela


Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais – ABRELPE,
do ano de 2017, em torno de 62% de todo o resíduo sólido gerado no Brasil teve como origem
as atividades de construção e de demolição, o que equivale a, aproximadamente, 45 milhões
de toneladas de resíduos de construção e demolição (RCD) gerados por ano num total de 71,6
milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos. Os dados apontam um total de 123 mil t/dia
de RCD, sendo cerca de 64 mil t/dia coletadas apenas na região Sudeste (51,75%)
(ABRELPE, 2017).
Vários segmentos da sociedade têm se voltado para os conceitos da sustentabilidade,
pesquisando alternativas para minimizar os impactos causados pelo consumo, muitas vezes,
indiscriminado de matéria-prima e pelo grande volume de resíduos gerados. Na construção
civil, dentre algumas práticas, adotadas, menos agressivas ao meio ambiente está a utilização
de resíduos, sejam eles oriundos da construção civil ou de outras indústrias, para produção de
componentes.
Dentre as diversas formas de reciclagem de resíduos estão os de construção e
demolição (RCD), garrafas PET, vidro, polpa de bambu, fibra de coco, pneu, dentre outros.
Quanto aos resíduos de pneus, estudos apontam que, são produzidos mais de 70 milhões de
pneus anualmente, somente no Brasil, onde grande parte são indevidamente descartados no
meio ambiente (ANIP, 2019, CEMPRE, 2020)
Diante deste contexto, surgiu a possibilidade da utilização do resíduo de pneu
inservível como agregado na produção de concreto, reduzindo então a utilização de matéria
prima (areia), colaborando para o descarte do pneu inservível.
De acordo com diversos estudos, além de benefícios ambientais, a utilização de
agregado de borracha na produção de concreto possibilita melhor trabalhabilidade, melhor
desempenho mecânico, proporcionando resistência e flexibilidade.

Ressalta-se que a Lei Federal nº. 12.305/2010 que institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos – PNRS, determina dentre outras diretrizes a implantação do sistema de
Logística Reversa para inúmeros resíduos, dentre eles o pneu inservível. Antes da aprovação
dessa lei apenas 10% dos pneus eram reciclados.
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Partindo destas informações, este artigo tem como objetivo avaliar estudos realizados
sobre a aplicação de resíduos de borracha de pneu na confecção de concretos para utilização
em edificações. Como objetivos específicos este artigo pretende, analisar pesquisas
desenvolvidas do uso da borracha reciclada como agregado no concreto; avaliar a
possibilidade de utilização de resíduos de borracha; investigar benefícios obtidos da utilização
de resíduos de borracha de pneu na confecção de concretos.

1. ASPECTOS GERAIS DA RECICLAGEM

O mundo contemporâneo se caracteriza por apresentar dois planos que, apesar de


contraditórios, se encontram nas discussões sobre as questões econômicas da humanidade: o
desperdício e o crescimento populacional. O desperdício vai de encontro à miséria que pode
ser vista principalmente em países subdesenvolvidos, ou em desenvolvimento como o Brasil.
O crescimento populacional se esbarra na ocupação desordenada do solo e na emissão sempre
crescente de resíduos que são lançados na natureza. Diante destes fatos, a forma de utilização
dos recursos naturais e a disposição do lixo na natureza precisam ser discutidas e gerenciadas.
As ações estão sendo tomadas e, como exemplo, citam-se as resoluções do CONAMA.
No combate aos problemas supracitados, a reciclagem é uma das propostas que mais
ganham estímulo. Hoje, no mercado, já existem vários produtos que são produzidos com
materiais reciclados: papel higiênico, embalagens de alumínio, embalagens e subprodutos do
aço e outros.
Apesar destes progressos, o acelerado desenvolvimento da sociedade leva, todos os
dias, ao meio ambiente, um grande número de materiais que descaracterizam paisagens e
polui os elementos vitais à sobrevivência do ser humano: o solo, o ar e a água.
Dentro da construção civil, é possível ver algumas formas de reciclagens de resíduos
industriais que se consolidaram como materiais para aplicações específicas. Dentre estes
materiais, pode-se citar a utilização das fibras de borracha no concreto.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. Concreto

O material de construção mais utilizado no mundo é o concreto, comumente composto


de cimento Portland, areia, brita e água, podendo ser classificado em concreto de densidade
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normal, quando em sua composição apresenta areia natural e pedregulhos ou agregados


britados; concreto leve, quando em sua composição apresenta agregados com menor
densidade de massa, e concreto pesado, quando apresenta em sua composição agregados de
alta densidade (MEHTA E MONTEIRO, 2008).

2.2. Produção de blocos de concreto

Souza (2001), indica alguns passos fundamentais para a produção de blocos com
qualidade como:
Ajustar os agregados: sendo que o principal parâmetro desse passo é a granulometria
dos agregados. Estes materiais devem ser combinados de modo a se conseguir o máximo grau
de compactação dos blocos durante a moldagem;
Estabelecer a resistência média a ser obtida;
Estimar os teores de agregado/cimento: quando os valores de traço são escolhidos
objetivando a resistência média visada, na idade de interesse;
Determinar a proporção de argamassa e da umidade ótima do traço médio que no
estado fresco deve apresentar bom aspecto superficial dos blocos, massa unitária elevada e
boa trabalhabilidade.

Confeccionar as misturas experimentais e ensaio dos blocos à compressão,


correlacionando os resultados e empregando um diagrama de dosagem.
De acordo com a norma NBR 12118:2006 os ensaios que devem ser realizados para
garantir a qualidade dos blocos de concreto: testes dimensionais, testes de resistência à
compressão, testes de absorção e testes de retração por secagem.

2.3. Agregados

A composição básica dos concretos de cimento Portland utilizados em aplicações de


engenharia civil é: Cimento; agregado miúdo; agregado graúdo e água, além da possibilidade
de contar com aditivos e adições, cujos empregos tornam-se cada vez mais frequentes nos
concretos atuais. A proporção entre os diversos constituintes é buscada pela tecnologia do
concreto, para atender simultaneamente as propriedades mecânicas, físicas e de durabilidade
requeridas para o concreto, além das características de trabalhabilidade necessárias para o
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transporte, lançamento e adensamento, condições estas que variam caso a caso (HELENE ET
AL, 2010).
Segundo Bauer (2008), os agregados compreendem 3/4 dos concretos e são os
materiais particulados de atividade química praticamente nula, constituídos de misturas de
partículas cobrindo extensa gama de tamanhos. Estes agregados são de origem natural e
artificial e suas características diferem muito de acordo com sua origem e sua formação
geológica.
A terminologia dos agregados é definida de acordo com a norma da ABNT NBR 9935
(2011), que classificam os agregados quanto à natureza. Esta norma define os termos relativos
a agregados mais comumente empregados em concreto e argamassa de cimento:
Agregado: material granular, geralmente inerte com dimensões e propriedades
adequadas para a preparação de argamassa e concreto.
Agregado natural: material pétreo, constituído ou recoberto por rochas ou pedras, que
pode ser utilizado como é encontrado na natureza, podendo ser submetido à lavagem,
classificação ou britagem.
Agregado artificial: material resultante de processo industrial, para uso como agregado
em concreto e argamassa.

Agregado reciclado: material obtido de rejeitos, subprodutos da produção industrial,


mineração, o processo de construção ou demolição da construção civil, incluindo agregados
recuperados de concreto fresco por lavagem.
Agregado especial: agregado cujas propriedades de origem artificial ou natural podem
conferir ao concreto ou argamassa um desempenho que permita ou auxilie no atendimento de
solicitações específicas em estruturas não usuais.
Areia: agregado miúdo originado através de processos naturais ou artificiais de
desintegração de rochas ou proveniente de outros processos industriais. É chamado de areia
natural se resultante de ação de agentes da natureza, de areia artificial quando proveniente de
processos industriais, de areia reciclada, quando proveniente de processos de reciclagem, e de
areia de britagem quando proveniente do processo de com diminuição mecânica de rocha,
conforme normas específicas.

2.4. Resíduos de Borracha de Pneus


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De acordo com Cempre (2020), o volume de resíduos sólidos produzido vem


aumentando de modo desordenado e prejudicial à natureza, uma vez que não são dados a ele
fins adequados. Um dos resíduos sólidos que mais vem preocupando ambientalistas,
sociedade e governo são os pneus inservíveis, os quais possuem materiais em sua composição
que demoram centenas de anos para se deteriorar. A indústria do processo de recauchutagem
de pneus gera resíduos que em sua maioria têm sido descartados sem nenhum controle. Este
fato contribui para aumentar a poluição ambiental e favorecer a proliferação de vetores
nocivos à saúde.
Depois que o norte-americano Charles Goodyear descobriu, no século XIX, o processo
de vulcanização, deixando cair borracha e enxofre casualmente no fogão, a demanda por esse
produto se multiplicou no mundo. Mais tarde, a Alemanha começou a industrializar borracha
sintética a partir do petróleo (temos informações que iniciou-se nos EUA, a partir das
dificuldades provocadas pela escassez de Borracha Natural na II Guerra Mundial). A reforma
de pneus e posteriormente a recuperação de energia foram as primeiras formas de reciclagem
de pneus. Com o avanço tecnológico, surgiram novas aplicações, como a mistura com asfalto,
em concentração de 15% a 25%, apontada hoje nos EUA como uma das melhores soluções
para o fim dos cemitérios de pneus (CEMPRE, 2020).

A substituição parcial de agregados naturais por resíduos de borracha de pneu colabora


duplamente com o meio ambiente, pois além de reciclar tal resíduo está poupando as reservas
finitas de agregados naturais e contribuindo com a qualidade ambiental.
De acordo com diversos estudos, os estudos da utilização de resíduos de borracha de
pneu em concretos de cimento Portland existem à cerca de uma década. Assim, são vários
trabalhos que visam além das contribuições ao meio ambiente, proporcionar enriquecimento
de diferentes propriedades aos materiais de cimento Portland, sejam pastas, argamassas ou
concretos (HELENE; TIBÉRIO, 2010; MASSOLLA ET. AL., 2012; OLIVEIRA ET. AL.,
2018).

2.5. As fibras de borracha utilizadas no concreto

Existe uma grande variedade de fibras que são utilizadas no concreto. Estas fibras são
comercializadas em formas, tamanhos e materiais diferentes. O principal objetivo de se
adicionar fibras ao concreto é provocar uma costura entre as infinitas seções que compõe o
sólido; combatendo, principalmente, as fissuras provocadas pela retração. Sob tensões
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aplicadas, essas fissuras se propagam rapidamente, sendo responsáveis pela ruptura do


material.
Segundo MEHTA & MONTEIRO (1994), a introdução de fibras de borracha não
melhorou significativamente a resistência à tração do concreto; mas melhorou o seu
comportamento no estágio pós-fissuração. Ou seja, o concreto reforçado com fibras de
borracha é mais tenaz e por isso mais resistente ao impacto.
As fibras de borracha são adicionadas em proporções à quantidade de agregados, ou
em substituições aos agregados, tanto graúdo como miúdo. Assim, o concreto com adição de
borracha tem teores de borracha de 15%, 30% e 45% do volume da mistura. Em todos os
casos é predominante a adição ser em relação ao volume da mistura, o que tem função da
massa específica da borracha resulta em grande variação na quantidade de borracha por metro
cúbico de concreto.

3. CARACTERIZAÇÃO DOS MATERIAIS

A coleta de materiais é feita no processo de recauchutagem. Para receber a nova capa


de borracha, o pneu sofre uma raspagem através de um cilindro de aço corrugado. Este
material se espalha pelo chão da fábrica, que em seguida é recolhido através de uma
mangueira de sucção, para uma câmara onde é mantido até juntar quantidade suficiente para
ser-lhe dado um destino. Os resíduos que ficam nas regiões onde a mangueira não alcança são
recolhidos manualmente e armazenados em tambores.

4. PROPRIEDADES MECÂNICAS

4.1. Resistência à compressão

Dentre os estudos realizados o concreto com adição de borracha, a preocupação


prioritária foi com a resistência à compressão. De uma maneira geral, observa-se que a
introdução de borracha ao concreto provoca uma diminuição da resistência à compressão.
Segundo TOPÇU (1994), a resistência à compressão diminui em torno de 50%, se adicionada
borrachas com granulometria fina e em torno de 60% se adicionado borracha com
granulometria grossa. Isto demonstra que a variação na resistência à compressão, também
depende da granulometria da borracha. A razão para redução da resistência pode ser atribuída
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a dois fatos: a redução da qualidade de material sólido com capacidade de suportar


carregamento e a concentração de tensões na pasta ao redor dos agregados de borracha.

4.2. Resistência à tração

A resistência à compressão é considerada índice de qualidade porque pode ser


relacionada com outras propriedades: módulo de elasticidade, durabilidade, absorção d’água
etc. A resistência à tração está dentre as principais propriedades que se relaciona com a
resistência à compressão. Para MEHTA & MONTEIRO (1994), esta relação não é perfeita,
pois se observa que ocorre uma diminuição da razão tração/compressão quando a compressão
aumenta. Na tração direta, a razão tração/compressão está entre 10% e 11% quando se trata de
concreto de baixa resistência. Para concreto de média resistência, a resistência à tração é cerca
de 8% a 9% da resistência à compressão; e para concretos de alta resistência, está em torno de
7% da resistência à compressão, ainda segundo MEHTA & MONTEIRO (1994).
Ao analisar estes dados, vê-se que a resistência à flexão teve maiores perdas. Ao se
avaliar resultados deve-se levar em conta a forma como a borracha foi introduzida: neste caso
15%, 30% e 45% em relação ao volume. A borracha utilizada nesta pesquisa é de pneu
triturado granularmente e peneirado separando nas devidas graduações a serem peneiradas. As
graduações são: 0 – 1 (mm) borracha fina e 1 – 4 (mm) borracha grossa.

4.3. Resistência ao impacto

O concreto borracha tem grande capacidade de absorver energia. Em seus ensaios, é


possível perceber que durante o impacto, uma força é aplicada num tempo infinitamente
pequeno. Assim é fundamental que o material tenha capacidade de sofrer deformações
localizadas antes de transferir o esforço ao resto da estrutura. Esta deformação pode ser
elástica ou plástica. Na deformação elástica há a recomposição da região do impacto,
enquanto na plástica a região de impacto fica danificada. Em ambos os casos este mecanismo
funciona como um amortecedor, absorvendo a energia cinética do elemento impactante.

4.4. Durabilidade
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Existem diversos fatores que influenciam a durabilidade do concreto. O principal deles


é a relação água/cimento (a/c). Uma alta taxa de a/c produz no concreto uma malha de vazios
interligados que servem de vias de acesso e condução interna para agentes que deterioram a
estrutura molecular do concreto. A absorção de água é um dos índices de qualidade do
concreto. Com ela é possível avaliar a tendência à deterioração gradativa que o concreto pode
sofrer.
O concreto com adição de borracha apresenta uma diminuição na quantidade de água
absorvida. Isto significa dizer que em meio saturado a durabilidade do concreto com borracha
é menor que o concreto convencional.

4.5. Resistência às altas temperaturas

Uma das preocupações importantes para o concreto com adições de borracha se refere
ao seu comportamento quando submetido a altas temperaturas, para avaliar a possibilidade de
um processo de combustão ser desencadeado. Para isso, foi feito um ensaio em relação a
temperatura de fulgor.
A temperatura de fulgor foi obtida mantendo-se três amostras (am1, am2 e am3), com
massa de aproximadamente 45 g cada uma, a uma temperatura de 100ºC por uma hora, em
estufas diferentes. Em seguida, fez-se variar a temperatura de cada uma de 10ºC em 10ºC até
a temperatura de 140ºC. A cada variação, as amostras passavam uma hora na temperatura
atingida, e ao fim do período analisava-se a textura e o cheiro exalado. Após 4 horas, a
amostra am1 foi mantida a temperatura de 140ºC. Fez-se variar ainda a temperatura das outras
duas amostras para 150ºC e 160ºC onde se manteve a temperatura da amostra am2 constante.
A amostra am3 teve ainda a sua temperatura variada para 170ºC e 180ºC onde foi mantida
constante. Sempre, em cada temperatura atingida a amostra passava 1 hora e, ao final do
período era verificada a sua textura.
A amostra am1, submetida a 140ºC durante 18 horas, não apresentou alteração em sua
textura e nem apresentou cheiro de alteração química. A amostra am2, submetida à
temperatura de 160ºC durante 16 horas, apresentou amolecimento, mas não apresentou cheiro
que representasse alteração química. Ao esfriar sua textura voltou ao normal. Assim definiu-
se a temperatura de amolecimento como sendo de 160ºC. A amostra am3, submetida à
temperatura de 180ºC durante 14 horas, apresentou textura de material carbonizado,
demonstrando queima total. Definiu-se, então, que a temperatura fulgor se encontra entre
160ºC e 180ºC.
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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1. Aplicação do concreto borracha na construção civil

Em estudo de Moreira, Fidelis e Dias (2014) ao utilizar o concreto com adição de


borracha em substituição do agregado miúdo, para a construção de uma ciclovia, verificou a
possibilidade de substituição do concreto normal.

Lauermann et. al (2018) em estudo com o objetivo de analisar aspectos de viabilidade


do uso de concreto com adição de resíduos de borracha de pneus para construção de passeios
públicos em município do noroeste do Rio Grande do Sul, constatou que, o concreto
agregado com borracha na faixa entre 10 e 15%, em proporção ao agregado fino ou miúdo, foi
apontado como o mais indicado para o uso pretendido.

Os autores ressaltam ainda que, quanto maior o uso de farelo de borracha no concreto,
maior será o custo do concreto em relação agregado convencional nas percentagens
analisadas.

De acordo com estudo de Thomas et al. (2016), a adição de borracha ao concreto


promove redução da resistência à compressão, o que limita a aplicabilidade do material em
edifícios estruturais. No estudo, os autores analisaram o potencial de resíduos de partículas de
borracha de pneu como um substituto parcial de agregados finos em concreto de resistência
normal e de alta resistência e a resistência à abrasão foi medida. A análise estatística foi
realizada para fortalecer os resultados obtidos nas experiências. Os resultados mostram que o
uso de partículas de borracha de pneus pode melhorar a resistência à abrasão do concreto e
garantir suas aplicações em pavimentos, pisos e estradas de concreto. Desta forma, o concreto
com adição de borracha pode ser aplicado em pavimentos, pisos, rodovias, estruturas
hidráulicas, ou em outras superfícies em que são aplicadas forças abrasivas durante o uso.

Um estudo foi realizado por Silveira et al. (2016) afim de analisar propriedades
mecânicas do concreto, elaborado a partir da substituição de parte do agregado miúdo por
borracha de pneu triturado a partir da substituição de 10% do volume de areia (agregado
miúdo) por borracha de pneu triturado. Segundo o estudo, os resultados mostraram que para
uma menor relação de tensão, o concreto sem borracha apresentou um número maior de ciclos
antes da ruptura do que o concreto com borracha. Com o aumento dos níveis da relação de
tensões, o concreto com borracha, com o mesmo consumo de cimento que o concreto
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convencional, apresentou melhor desempenho médio. Por outro lado, nos testes realizados
houve redução do módulo de elasticidade, o que é bastante desejável em situações que
envolvem ações de impacto e vibrações.

De acordo com os autores, além destas vantagens, a aplicação da borracha de pneu no


concreto contribui na reciclagem de um material poluente e que normalmente é descartado no
meio ambiente.

De acordo com estudo de Pinaffi et. al. (2013), o concreto produzido a partir da
substituição da areia por resíduos de pneus pode ser utilizado em obras que não necessitem de
uma resistência característica maior que 15 MPa. Foram moldados no estudo, 10 corpos de
prova para cada traço sem e com participação da borracha. Os traços consistiram de um piloto
para parâmetro e outros com teores de borracha de pneu substituindo o agregado miúdo nas
proporções de 15%, 20% e 30% em relação ao traço piloto. A substituição mais satisfatória
foi a de 15% apresentando resistência de 15 MPa aos 28 dias de idade. Como exemplos desta
aplicação, cita-se a regularização das lajes, produção de blocos vazados de concreto simples
para alvenaria sem função estrutural (NBR 7173/82), bancos de praças, pontos de ônibus,
postes pequenos de iluminação pública, entre outros.

Em estudo realizado por Dos Santos (2018), também corrobora com estudo de Pinaffi,
pois, ao analisar as propriedades mecânicas em substituição de agregados miúdos por
borracha de pneu triturada, constatou que, a trabalhabilidade é reduzida ao induzir a
incirporação de água para o slump convencional. Quanto ao ponto de vista tecnológico, os
teores com substituição acima de 10% levam a uma redução considerável de resistência a
compressão, porém, ao analizar a resistência a compressão diametral, as perdas chegaram a
valores menores, destacando os teores de resíduo de 5% e 10%. Desta forma, com a adição de
5% e 10%, são consideradas a utilização em pisos de ciclovias, calçadas para pedestres,
blocos para meios fios.

Thomas, Gupta (2016) comprovaram que o uso do pó da borracha em substituição do


agregado em concreto, atende as especificações da ABNT (Associação Brasileira de Normas
Técnicas) para valores até 20% acima do qual o material sofre perda de resistência de
compressão. Os autores afirmaram que se a borracha passar por um tratamento químico de
proteção é possível obter-se maiores resistência a compressão viabilizando ainda mais a
utilização deste resíduo
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Shendel et. al. (2012) analisaram a melhoria do solo com a adição de cimento,
borracha e cinza de casca de arroz (CCA). O solo com 5% e 10% de CCA aumentaram
respectivamente a resistência a compressão simples em 86% e 118% aos 28 dias, mas as
misturas que tiveram o aumento mais acentuado foram as que adicionaram 8% de cimento e
variando o resíduo de borracha em 1% e 3% elevando em 156% e 245% respectivamente a
resistência do solo aos 7 dias.

Silva, et. al (2019), afim de produzir um concreto com inserção de resíduo de borracha
de recauchutagem de pneu em teores de 6% e 9% em massa, para fabricação de placas de
pavimentação intertravada de baixo tráfego, verificou que o concreto com borracha
apresentou vantagens, tais como, redução da massa específica e diminuição dos custos de
produção em 4%. As análises apontam para a viabilidade técnica, econômica e ambiental
desta tecnologia, que contribui para gestão dos pneumáticos inservíveis e confecção de peças
de pavimentação de qualidade satisfatória de acordo com os padrões técnicos estabelecidos. O
procedimento experimental da pesquisa consistiu na avaliação do comportamento mecânico,
bem como, absorção de água, índice de vazios e massa específica do concreto. Também foram
feitas análises macroscópicas e microscópicas com a utilização de estereoscópio e
Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV), respectivamente.

A utilização da adição de borracha de pneus em ligantes asfálticos aplicados em obras


de pavimentação no Brasil se mostra como uma técnica promissora para aumentar a
durabilidade de das estradas e ruas. Conforme Cury et al. (2015), a utilização de misturas com
asfalto emborrachado tem sido evidenciada que estas apresentam um desempenho muito
superior às das misturas comuns.

Pioneira na fabricação do Asfalto Borracha no Brasil, a GRECA Asfaltos buscou


referências nos centros de estudos norte-americanos e sul-africanos adaptando a tecnologia às
condições brasileiras. Após inúmeros testes realizados em parceria com o centro de excelência
em desenvolvimento de pavimentos da UFRS, foi inaugurado, em agosto de 2001, o primeiro
trecho pavimentado com Asfalto Borracha no Brasil. Assim surgiu o Asfalto Ecológico,
também denominado comercialmente como ECOFLEX, que foi especialmente fabricado para
consumir pneus inservíveis e melhorar as propriedades do asfalto comum (GRECA, 2020).

Localizado entre Guaíba e Camaquã - RS, o trecho da BR-116, concessionado pela


Univias, estabeleceu uma nova era para as estradas do país. A GRECA Asfaltos acompanha
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ao longo dos anos o desempenho desse pavimento, que apresenta ainda excelentes resultados
(GRECA, 2020).

Seu comportamento em termos de retardar a reflexão de trincas é bem superior ao dos


revestimentos construídos com ligante tradicional e com ligante modificado por 3% de SBS
localizados no mesmo segmento teste. O segmento executado com ligante CAP – 20 já se
encontra com trincamento bastante acentuado enquanto o segmento com Ecoflex apresenta-se
praticamente sem trincas por fadiga, conforme figura (GRECA, 2009).

De acordo com Catapreta e Loyola (2018) o asfalto borracha vem se comportando


bastante flexível e elástico permitindo que o asfalto borracha se movimente com as cargas dos
veículos, esses movimentos faz com que não sejam geradas as trincas, ficando um pavimento
mais resistente e durável.

O fato de o ligante possuir borracha, o faz mais elástico, assim sendo o pavimento
apresenta uma flexibilidade maior, pronto para suportar amplas variações de temperatura e
tráfego pesado sem as conhecidas fissuras (LEÃO, 2013).

De acordo com o autor, o processo úmido consiste na mistura de cimento asfáltico e


borracha moída (5 a 25% do peso total de ligante - asfalto mais borracha) a uma temperatura
elevada (150 a 200°C), durante um determinado período de tempo (20 a 120 min). Essa
mistura é classificada como uma reação e forma um composto chamado asfalto-borracha
(asphalt-rubber), com propriedades reológicas diferentes do ligante original, podendo ainda
ser incorporados aditivos para ajustar a viscosidade da mistura (diluentes). O grau de
modificação do ligante depende de vários fatores, incluindo o tamanho e a textura da
borracha, a proporção de cimento asfáltico e borracha, o tempo e a temperatura de reação, a
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compatibilidade do ligante com a borracha (polaridades), a energia mecânica durante a


mistura e reação e o uso de aditivos (LEÃO, 2013).

Em estudo de Rosa et al. (2012) o asfalto modificado com borracha reciclada e asfalto
modificado com polímeros atenderam as especificações conseguindo melhorias em relação ao
CAP 50/70, destacando o asfalto modificado com 18% de borracha, pois garantiu uma maior
resistência, devido ao aumento no ponto de amolecimento e redução na penetração, já o
asfalto polimérico obteve um maior desempenho quando comparado ao asfalto com borracha.

De acordo com Catapreta e Loyola (2018), em contrapartida tem- se a desvantagem do


custo da matéria prima pronta e o controle tecnológico mais apurado para a produção. Porém,
para os autores, com a tecnologia usada no asfalto borracha, é possível unir situações que
viabilizam a economia-social, ambiental, e a qualidade nos transportes (CATAPRETA E
LOYOLA, 2018).

Segundo pesquisas, fazendo uma análise da vida útil desse trecho, ao longo do tempo
seu investimento inicial será recompensado pela sua menor manutenção. Ainda segundo a
Greca Asfaltos (2009) a cada km por quilômetro de rodovia com 7,2 m de largura e 4 cm
compactado são retirados 1000 pneus da natureza. Assim, com o objetivo de complementar os
benefícios do uso de misturas com asfalto borracha em relação às misturas convencionais,
essa análise simplificada, nos garante uma economia, em questão dessa escolha.

6. RESULTADOS ESPERADOS

Através dos objetivos, questiona-se quanto a hipótese do aproveitamento do resíduo de


borracha na fabricação de concreto, sendo esta, uma benfeitoria ao problema ambiental
devido ao descarte de milhões de pneus, e ao mesmo tempo, benéfica para as propriedades do
concreto.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com pesquisas, são produzidos mais de 70 milhões de pneus anualmente no


Brasil e grande parte são indevidamente descartados no meio ambiente.

Diante estes apontamentos, surge a possibilidade da utilização do resíduo de pneu


inservível como agregado na produção de concreto, reduzindo então a utilização de matéria
prima (areia), colaborando para o descarte do pneu inservível.

Do ponto de vista tecnológico, em relação ao concreto com substituição de areia pela


borracha, verificou-se que teores de substituição acima de 10% levam a uma redução
considerável de resistência à compressão. No entanto, ao analisar a resistência à compressão
diametral, verificou-se que as perdas chegaram a valores menores, destacando-se os teores de
resíduos de 5% e 10%. Assim, a resistências obtidas são compatíveis a necessidade de
serviços como piso de ciclovias, blocos para meios fios e calçadas para pedestres.

Constatou-se que o uso de concreto com adições de borracha de pneu pode ser uma
alternativa para minimizar o risco de surgimento de fissuras, quando comparadas a um
concreto convencional.

Desta forma, o objetivo deste foi alcançado, pois, foram encontrados diversos estudos
sobre a aplicação de resíduos de borracha de pneu na confecção de concretos para utilização
na construção civil.

De acordo com o estudo, o aproveitamento do resíduo de borracha na fabricação de


concreto, se torna uma benfeitoria ao problema ambiental devido ao descarte de milhões de
pneus, e ao mesmo tempo, se torna benéfica para as propriedades do concreto.

Cabe ressaltar a utilização deste componente na fabricação de asfalto borracha, que,


embora ressaltado por autores como inviável economicamente a curto prazo, a longo prazo
vem trazendo, através da inovação tecnológica, qualidade, economia e contribuição
ambiental. Ressalta-se ainda que, através da utilização da Ecoflex em pavimentos em diversos
locais do país atualmente, a GRECA Asfaltos já promoveu o destino correto a mais de 9
milhões de pneus inservíveis, transformando-os em um produto de desempenho excepcional.
17

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