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DE OBRAS-DE-ARTE ESPECIAIS
Coordenação de Estruturas/DPP/DNIT 1
PROPOSTA PARA MANUTENÇÃO DE OBRAS-DE-ARTE ESPECIAIS
1. Objetivo:
A manutenção das obras de arte, no tempo oportuno e de forma adequada, pode evitar
problemas ou deficiências, que conduzem a dispendiosas operações de restauração ou até
a interrupção do tráfego.
2. Referências:
3. Considerações preliminares:
3.1 Definições:
Transcritas da Norma DNIT 010/2004 – PRO; os nos entre parênteses correspondem aos
itens da norma.
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3.1.3 Reabilitação de pontes (3.6)
Conjunto de atividades que, além de recuperar e reforçar a ponte introduz modificações, tais
como aumento da capacidade de carga, alargamento, passeios laterais e barreiras de
segurança, que aumentam o conforto e a segurança dos usuários.
A NBR 6118 (NB 1/2003) dispõe sobre os requisitos para a durabilidade, considerando a
agressividade do meio ambiente, relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre
as estruturas de concreto, independentemente das ações mecânicas, das variações
volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e outras previstas no
dimensionamento das estruturas de concreto.
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Tabela 2 – Classes de agressividade ambiental em função das condições de exposição
(Tabela 2, NB-1/2003)
Micro-clima
1) 2) 3) 4)
Seco Úmido ou ciclos de Seco Úmido ou ciclos de
UR ≤ 65% Molhagem e secagem UR ≤ 65% Molhagem e secagem
Rural I I I II
Urbana I II I II
Marinha II III ---- III
Industrial II III II III
5)
Especial II III ou IV III III ou IV
Respingos de maré ---- ---- ---- IV
Submersa ≥ 3m ---- ---- ---- I
não úmido e agressivo
Solo ---- ----
agressivo I II, III, IV
1)
Salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de aptos. residenciais e conjuntos
comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura.
2)
Vestiários, banheiros, cozinhas, lavanderias industriais e garagens.
3)
Obras em regiões secas, como o nordeste do país, partes protegidas de chuva em ambientes
predominantemente secos.
4)
Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em
indústrias de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas.
5)
Macro clima especial significa ambiente com agressividade bem conhecida, que permitirá definir a
classe de agressividade III ou IV nos ambientes úmidos. Se o ambiente for seco, a classe de
agressividade será sempre II nos ambientes internos e III nos externos.
As obras-de-arte especiais, salvo casos muito bem definidos, devem ser consideradas, no
mínimo, na classe de agressividade II.
Classe de CA ≥ 20 ≥ 25 ≥ 30 ≥ 40
Concreto
(NBR 8953) CP ≥ 25 ≥ 30 ≥ 35 ≥ 40
NOTAS:
CA Componentes e elementos estruturais de concreto armado
CP Componentes e elementos estruturais de concreto protendido
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4. Conservação Rodoviária: Manutenção Preventiva ou Rotineira
O seu objetivo é sanar os defeitos toleráveis e outros que possam afetar, em parte, o
desempenho da obra (graves), considerados de acordo com a NORMA DNIT 010/2004-PRO
e adotar outras providências simples para aumentar a vida útil das estruturas, adiando a
execução da manutenção corretiva, de custos muito mais elevados. Considera-se que
abrange desde os trabalhos mais simples até os definidos como de recuperação de pontes.
Serviços indicados:
Roçada e corte de árvores, devendo se estender, de preferência, até os limites da faixa de
domínio. (SICRO II)
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Serviços indicados:
Retirada de todo o material, preso nas fundações, desobstruindo o curso d’água.
Serviços indicados:
Limpeza e varredura do tabuleiro e passeios, retirada de vegetação, limpeza de drenos e
guarda corpos. (SICRO II)
Serviços indicados:
Limpeza, desobstrução e recomposição dos elementos de captação (buzinotes).
No caso de inexistência ou insuficiência, deverá ser feito o seu dimensionamento em função
da área de captação. De acordo com o Manual de Projeto de OAEs: “em geral, diâmetros de
100mm, espaçado de 4m, fornecem soluções bastante conservadoras”.
Os tubos (buzinotes) com pontas em bisel, devem ficar salientes da estrutura de 10 a 15 cm.
(SICRO II)
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4.5 Drenagem deficiente das vigas caixão:
Drenagem deficiente das partes internas da estrutura onde houver possibilidade de acúmulo
de água.
Serviços indicados:
Limpeza, desobstrução e recomposição dos drenos (buzinotes) das vigas caixão, ou de
partes onde possa haver acúmulo de água. O Manual de Projetos de OAEs, recomenda a
adoção de buzinotes com diâmetro mínimo de 75mm, nos pontos de cada bacia de
captação. (SICRO II)
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Serviços indicados:
A solução ideal seria a construção de pingadeiras de acordo com o modelo padrão do
DNER (Fig. 7, pág 45, do Manual de Projetos de OAEs do DNER); este tipo, porém, é de
difícil execução e custo elevado.
Sugere-se a alternativa da figura abaixo, constituída de placas pré-moldadas em argamassa
armada, coladas na laje em balanço com adesivo estrutural; a parte inferior da placa deve
ficar 5,0 cm saliente da estrutura. A colocação deve ser cuidadosa, com a perfeita vedação
entre a estrutura e as placas.
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4.7 Eflorescências:
Hidrólise da pasta de cimento e dissolução dos produtos de cálcio pela ação de águas puras e
brandas. Teoricamente, a hidrólise da pasta continua até que a maior parte do hidróxido de
cálcio tenha sido retirada por lixiviação; isto expõe os outros constituintes cimentícios à
decomposição química. O processo produz géis de sílica e alumina com pouca ou nenhuma
resistência e perda significativa da resistência da pasta de cimento pela lixiviação da cal
(Mehta, 1994). O fenômeno causa o aumento da porosidade do concreto, sendo similar à
osteoporose do osso humano, e pode levar, em um espaço de tempo relativamente curto, o
elemento estrutural à ruína (Souza, 1999). Quando o produto lixiviado interaje com o CO2
presente no ar, resulta na precipitação de crostas brancas de carbonato de cálcio na superfície
do concreto. O pesquisador russo Skrylnikov (1933) chamava, figuradamente, esta forma de
deterioração de “a morte branca do concreto” (Moskvin, 1980).
Serviço/Intervenção:
Limpeza das superfícies de toda a estrutura de concreto, com jateamento de água com alta
pressão; pode ser necessária a utilização de escova de aço para a remoção completa das
eflorescências.
Pode ser necessária a recomposição do cobrimento das armaduras.
4.8 Manchas:
Ocorrência de manchas escuras no concreto, devido à contaminação por fungos, mofo, etc.,
principalmente nas superfícies expostas. Causam a redução do pH, desagregação superficial e
corrosão das armaduras.
Manchas Manchas
Serviço/Intervenção:
A limpeza das manchas pode ser feita através de jateamento de água com alta pressão.
Pode ser necessária a recomposição do cobrimento das armaduras.
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4.9 Esfoliação (desplacamento do concreto):
Ocorrência de lascas ou escamas que se destacam do concreto não resultantes de ataque
químico, devido a um ou mais dos fatores: choques, corrosão da armadura, pressão ou
expansão interior do concreto, etc.
Serviço/Intervenção:
Retirada do concreto em mau estado, com jateamento de areia/água com alta pressão e
apicoamento manual, se necessário, eliminando todo o material degradado até chegar no
concreto são.
Limpeza da armadura exposta e aplicação de pintura inibidora de corrosão.
Recomposição do cobrimento das armaduras.
Segregação Segregação
Serviço/Intervenção:
Limpeza das superfícies através de jateamento de água com alta pressão, eliminando toda a
sujeira, material solto, etc...
Recomposição do cobrimento com argamassa estrutural em pequenas áreas e concreto
projetado em grandes áreas.
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Serviço/Intervenção:
Retirada do concreto em mau estado, com jateamento de areia/água com alta pressão e
apicoamento manual, se necessário, eliminando todo o material degradado até chegar no
concreto são.
Limpeza de armaduras expostas e aplicação de pintura inibidora de corrosão.
Recomposição dos cobrimentos, procurando obedecer as prescrições da NB-1/2003,
conforme exposto a seguir.
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4.12 Corrosão de armaduras:
Viga Laje
Serviço/Intervenção:
Remover todo concreto deteriorado e limpar os produtos de corrosão das armaduras, com
jateamento água/areia de alta pressão.
Aplicar pintura inibidora de corrosão nas armaduras, depois da limpeza.
Reconstituir a armadura original, se houver redução maior que 10% no diâmetro das barras.
Recompor o cobrimento, procurando obedecer a NB-1/2003, com a utilização de argamassa
estrutural em pequenas áreas e concreto projetado em grandes áreas.
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Os sistemas de vedação/enchimento da junta devem acomodar a amplitude do movimento da
mesma. O material de vedação deve garantir a estanqueidade do tabuleiro, impedindo que a
água atinja a parte inferior da estrutura.
As fotos anteriores mostram alguns problemas causados pela falta de manutenção da junta
(principalmente pela deficiência do material de vedação): infiltração de água e entrada de
detritos, obstruindo as juntas, atingindo os aparelhos de apoio e a parte inferior da estrutura.
Verifica-se também a significativa presença de vegetação e manchas escuras.
Serviço/intervenção:
• Limpeza e desobstrução;
• se necessário, retirada manual da vegetação;
• limpeza com jateamento d’água com alta pressão, deixando a junta e o aparelho de
apoio livres de qualquer tipo de detrito/entulho;
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• no caso da inexistência do material de vedação, ou que o mesmo esteja em mau
estado ou perdido a elasticidade, deve ser procedida a sua colocação ou substituição
(Jeene ou similar);
• se necessário, deve ser feita a recuperação dos berços e aplicação de composto
polimérico, conforme as especificações do fabricante;
No caso de juntas de dilatação, com dispositivos metálicos fixados com parafusos - caso de
pontes de grandes proporções com grande movimentação da estrutura - deverá ser
verificada a fixação do dispositivo, reapertando os parafusos, quando necessário. Deve ser
verificado, também, o estado das pingadeiras, normalmente em chapas de aço inoxidável.
Serviço/intervenção:
Utilizar água com alta pressão para limpeza e retirada de detritos e qualquer material que
possa impedir o funcionamento como previsto no projeto. No caso dos aparelhos metálicos,
devem ser protegidos da oxidação por pintura e/ou camada de óleo inerte.
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4.15 Defeitos em barreiras e guarda-corpos:
Os danos nos guarda-corpos, na maioria dos casos, resultam de acidentes; como as
barreiras rígidas, podem ser, também, atacados por processos de deterioração do concreto
e do aço, resultando em fissuras, desplacamentos, armaduras expostas e oxidadas, etc...
Serviços indicados:
Recomposição dos guarda-corpos (pré-moldados); recuperação das barreiras rígidas.
(SICRO II)
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Serviços indicados:
Reparos na pista de rolamento, sem acréscimo de espessura. Em muitos casos pode ser
necessária a remoção de todo o pavimento asfáltico.
Uma solução que pode ser adotada é o micro revestimento asfáltico a frio com emulsão
modificada por polímero (DNER-ES 389/99). (SICRO II)
No caso de pavimento de concreto poderá ser feita a recomposição com argamassa
estrutural expansiva (graute).
5. Especificações:
A execução de cada serviço deve ser orientada pela especificação correspondente,
constante das Especificações Gerais Para Obras Rodoviárias do DNER. Para os
serviços não contemplados nas Especificações Gerais, são apresentadas no anexo A,
algumas Especificações Particulares.
6. Composições:
No anexo B, estão algumas composições de serviços que não constam do SICRO II.
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7. Reforço e reabilitação
7.1 Reforço:
7.2 Reabilitação:
BIBLIOGRAFIA:
3. CÁNOVAS, M.F. (1988) - “Patologia e terapia do concreto armado”, Editora Pini, São
Paulo, 522p.
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5. CASTRO, E.K., CLÍMACO, J.C.T.S., NEPOMUCENO, A.A. (1995) - "Desenvolvimento de
uma metodologia de manutenção de estruturas de concreto armado", 37ª Reunião Anual
do Instituto Brasileiro do Concreto - IBRACON, Anais, Vol.1, pp. 293-307, Goiânia, julho.
10. MOSKVIN, V.; IVANOV, F.; ALEKSEYEV, S.; GUZEYEV, E. (1983), “Concrete and
Reinforced Concrete Deterioration and Protection”, Mir Publishers, Moscow, Russia,
400p.
_________________________
Engº Plinio Boldo
CREA – 03294/D-RJ
Assessoria Técnica Siscon
Contrato PP – 188/2004-00
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Engº Eduardo Calheiros de Araújo
Coordenador de Estruturas
DPP/DNIT
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