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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ / ESCOLA POLITÉCNICA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL / CONCRETO ARMADO


PROFESSOR: CRISTIANO EDUARDO ANTUNES

III – PILARES EM CONCRETO ARMADO

1. INTRODUÇÃO

Pilares são elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical, em que as
forças normais de compressão são preponderantes.
Os pilares dos edifícios correntes, com estrutura em concreto armado, têm, em geral,
seções transversais constantes de piso a piso (concreto e aço). As seções transversais podem
apresentar a forma quadrada, retangular, circular ou de uma figura composta por retângulos
(seções L, T, U) (CAMPOS FILHO, 2014).

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É conveniente diferenciar os conceitos de pilar e pilar-parede. A diferenciação entre esses


dois elementos se dá através das dimensões da seção transversal, conforme a figura abaixo:

Fonte: Bastos, 2005.

Os pilares podem estar submetidos às seguintes solicitações:

Compressão Simples

Fonte: Bastos, 2005.

Flexão Composta Normal Flexão Composta Oblíqua

Fonte: Bastos, 2005. Fonte: Bastos, 2005.

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2. DIMENSÕES MÍNIMAS

Os valores mínimos para as dimensões da seção transversal de pilares são fixados pela
norma NBR 6118:2014. Segundo a norma, a mínima dimensão da seção transversal de um pilar
é de 19 cm.
Em casos especiais, permite-se dimensões entre 19 cm e 14 cm, desde que se
multipliquem os esforços solicitantes de cálculo, a considerar no dimensionamento, por um
coeficiente adicional, conforme a tabela:

Menor dimensão da seção transversal do pilar (b)


b (cm) ≥ 19 18 17 16 15 14
γn 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25

𝛾𝑛 = 1,95 − 0,05 ∙ 𝑏

Em todos os casos, não se pode ter pilares com área da seção transversal inferior a 360
cm².

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3. PRÉ-DIMENSIONAMENTO DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS

É comum a situação em que os pilares necessitam de dimensões da seção transversal


maiores que as mínimas. Nestes casos, pode-se utilizar o processo das áreas de influência para
se estimar as dimensões que o pilar irá necessitar.
O processo das áreas de influência baseia-se em uma estimativa das cargas verticais totais
nos pilares. Cada pilar tem a sua respectiva área de influência, obtida através do traçado das
mediatrizes dos pilares.

Fonte: Alva, sd.

Conhecendo-se a carga total distribuída nas lajes (q, em kN/m²) e o número de pavimentos
do edifício (n), pode-se obter a carga normal estimada do pilar (Nk*) através de:

𝑁𝑘∗ = 𝑞 ∙ 𝐴𝑖 ∙ 𝑛

Obtém-se a carga normal de cálculo estimada (Nd*) por:

𝑁𝑑∗ = 𝛾 ∙ 𝑁𝑘∗

com γ = 1,8 para pilares internos, γ = 2,2 para pilares de extremidades e γ = 2,5 para pilares de
canto.
Pode-se calcular a área da seção bruta de concreto (Ac) através da seguinte equação:

𝑁𝑑∗
𝐴𝑐 =
0,85 ∙ 𝑓𝑐𝑑 + 42 ∙ 𝜌

adotando-se para ρ um valor entre 0,015 e 0,020.

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4. COBRIMENTO DA ARMADURA

O cobrimento da armadura dos pilares varia conforme a classe de agressividade ambiental


(CAA), obtida através da seguinte tabela:

Classe de Risco de
Classificação geral do tipo de
agressividade Agressividade deterioração da
ambiente para efeito de projeto
ambiental estrutura

Rural
I Fraca Insignificante
Submersa
II Moderada Urbana 1), 2) Pequeno
Marinha 1)
III Forte Grande
Industrial 1), 2)
Industrial 1), 3)
IV Muito forte Elevado
Respingos de maré
1) Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) para
ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos
residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura).
2) Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) em: obras em regiões de
clima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuva em
ambientes predominantemente secos, ou regiões onde chove raramente.
3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em indústrias
de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas.

Após definida a CAA, o cobrimento é determinado pela seguinte tabela:

Classe de agressividade ambiental


Componente ou elemento I II III IV 2)
Cobrimento nominal (cnom)

Laje 1) 20 mm 25 mm 35 mm 45 mm
Viga 1) e Pilar 25 mm 30 mm 40 mm 50 mm
Em contato com o solo 3) 30 mm 40 mm 50 mm
1) Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, com
revestimentos finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento tais como
pisos de elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos, e outros tantos, as exigências desta tabela
podem ser substituídas pelo cobrimento nominal referente ao tamanho da barra ou feixe, respeitando um
cobrimento nominal mínimo de 15 mm.
2) Nas superfícies expostas a ambientes agressivos, como reservatórios, estações de tratamento de água e
esgoto, condutos de esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e intensamente
agressivos, devem ser atendidos os cobrimentos da classe de agressividade.
3) No trecho dos pilares em contato com o solo junto aos elementos de fundação, a armadura deve ter
cobrimento nominal ≥ 45 mm

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5. EFEITOS DE SEGUNDA ORDEM

Segundo Marino (2006), os efeitos de 2ª ordem são aqueles que se somam aos obtidos
numa análise de primeira ordem (em que o equilíbrio da estrutura é estudado na configuração
geométrica inicial), quando a análise do equilíbrio passa a ser efetuada considerando a
configuração deformada.

Fonte: Marino, 2006.

Os efeitos de segunda ordem em edifícios podem ser globais (no edifício), locais (nos
vários lances dos pilares) ou localizados (em regiões de pilares-parede).

Fonte: TQS, 2003

De acordo com a NBR 6118:2014, sob a ação das cargas verticais e horizontais, os nós
da estrutura de um edifício deslocam-se horizontalmente. Os esforços de segunda ordem

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decorrentes desses deslocamentos são chamados efeitos globais de 2ª ordem. Nas barras da
estrutura, como um lance de pilar, os respectivos eixos não se mantêm retilíneos, surgindo aí
efeitos locais de 2ª ordem que, em princípio, afetam principalmente os esforços solicitantes ao
longo delas.

6. CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS

De acordo com a deslocabilidade horizontal dos edifícios (efeitos de segunda ordem


globais), as estruturas podem ser classificadas em estruturas de nós fixos ou estruturas de nós
móveis.

6.1. Estruturas de nós fixos

As estruturas são consideradas, para efeito de cálculo, como de nós fixos quando os
deslocamentos horizontais dos nós são pequenos, e, por decorrência, os efeitos globais de 2ª
ordem são desprezíveis (inferiores a 10% dos respectivos esforços de 1ª ordem). Nessas
estruturas, basta considerar os efeitos locais e localizados de 2ª ordem.

Fonte: Bastos, 2005.

6.2. Estruturas de nós móveis

As estruturas de nós móveis são aquelas onde os deslocamentos horizontais não são
pequenos e, em decorrência, os efeitos globais de 2ª ordem são importantes (superiores a 10%
dos respectivos esforços de 1ª ordem). Nessas estruturas devem ser considerados tanto os
esforços de 2ª ordem globais como os locais e localizados.

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Fonte: Bastos, 2005.

Para classificar as estruturas em nós móveis ou fixos podem ser utilizados os seguintes
métodos simplificados, :
a) Parâmetro de instabilidade α;
b) Coeficiente γz, que permite avaliar a representatividade dos efeitos de 2ª ordem
global.
No presente curso serão estudadas apenas estruturas de nós fixos.

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7. COMPRIMENTO EQUIVALENTE DE FLAMBAGEM

Nas estruturas de nós fixos, pode-se considerar cada lance de pilar isoladamente, como
barra vinculada nas extremidades. O comprimento equivalente de flambagem dos pilares pode
ser encontrado por:
𝑙𝑒 = 𝑙0 + ℎ ≤ 𝑙

Fonte: Marino, 2006.

Se o pilar estiver em balanço, o comprimento equivalente é igual a le = 2 ∙ l


Perceba que o comprimento de flambagem de um pilar pode ser diferente nas direções X e Y.

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8. ÍNDICE DE ESBELTEZ

O índice de esbeltez dos pilares é calculado pela expressão:

𝑙𝑒
𝜆=
𝑖

Sendo i:

𝐼
𝑖=√
𝐴

Onde:
le: o comprimento equivalente do pilar na direção analisada
i: o raio de giração da seção transversal do pilar
I: rigidez da seção transversal
A: área da seção transversal

Para pilares com seção transversal retangular, a equação pode ser simplificada para:

𝑙𝑒
𝜆 = √12 ∙

Onde:
le: o comprimento equivalente do pilar na direção analisada
h: a altura da seção transversal do pilar na direção analisada

De acordo com o índice de esbeltez os pilares se classificam em:


a) Pilares curtos (λ < λ1): a análise dos efeitos locais de 2ª ordem pode ser
dispensada;
b) Pilares medianamente esbeltos (λ1 < λ ≤ 90): considerar os efeitos locais de 2ª
ordem. Essa consideração pode ser feita pelos métodos do pilar-padrão com
curvatura aproximada ou rigidez aproximada;
c) Pilares esbeltos (90 < λ ≤ 140): deve ser considerada a fluência e os efeitos locais
de 2ª ordem pelo método do pilar-padrão com curvatura real acoplado a diagramas
M, N e 1/r ou método geral;
d) Pilares muito esbeltos (140 < λ ≤ 200): consideração da fluência obrigatória e
utilização do método geral para os efeitos locais de 2ª ordem;
e) Pilares com λ > 200: não são permitidos pilares com tal esbeltez.

O que acima foi exposto pode ser representado pela seguinte figura:

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Fonte: Carvalho, 2013.

9. IMPERFEIÇÕES GEOMÉTRICAS

Segundo Marino (2006), de um modo geral, os carregamentos (carga permanente, carga


acidental, vento, etc) provocam nas estruturas solicitações (momento fletor, força normal, força
cortante, etc) e deformações (deslocamentos, rotações, etc).
É sabido porém, que, de uma forma genérica, as construções de concreto são
geometricamente imperfeitas, apresentando, antes do carregamento, deformações decorrentes
do processo construtivo.
As imperfeições podem ser de toda a estrutura, ou de lances dos pilares, conforme a figura
seguinte:

Fonte: Marino, 2006.

Para levar em consideração esta sorte de imperfeições geométricas, pode-se fazer uso do
momento mínimo de 1ª ordem.

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10. MOMENTO MÍNIMO DE 1ª ORDEM

O efeito das imperfeições locais nos pilares pode ser substituído em estruturas reticuladas
pela consideração do momento mínimo de 1ª ordem dado a seguir:

𝑀1𝑑,𝑚𝑖𝑛 = 𝑁𝑑 ∙ (0,015 + 0,03 ∙ ℎ)

onde:
h: é a altura total da seção transversal na direção considerada, em metros
Nd: é a força normal de cálculo, usualmente em kN
Nas estruturas reticuladas usuais admite-se que o efeito das imperfeições locais esteja
atendido se for respeitado esse valor de momento total mínimo. A este momento devem ser
acrescidos os momentos de 2ª ordem.
Para pilares de seção retangular, pode-se definir uma envoltória mínima de 1ª ordem,
tomada a favor da segurança, de acordo com a figura abaixo.

Fonte: ABNT, 2014.

Neste caso, a verificação do momento mínimo pode ser considerada atendida quando, no
dimensionamento adotado, obtém-se uma envoltória resistente que englobe a envoltória mínima
de primeira ordem.

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11. EFEITOS LOCAIS DE 2ª ORDEM

Os efeitos locais de 2ª ordem existem devido às deformações existentes ao longo do eixo


do pilar. Estas deformações ocorrem por ocasião dos esforços solicitantes (momentos fletores).

11.1. Dispensa da análise dos efeitos locais de 2ª ordem

Os efeitos locais de 2ª ordem podem ser desprezados quando a esbeltez do pilar em uma
direção for menor ou igual a um valor limite, isto é, quando λ ≤ λ1. Este valor limite pode ser
encontrado pela seguinte equação:

𝑒1
25 + 12,5 ∙
𝜆1 = ℎ
𝛼𝑏

sendo que:
35 ≤ λ1 ≤ 90

onde:
e1: maior excentricidade de 1ª ordem em módulo na direção considerada (não é a e1,min)
h: altura da seção transversal na direção analisada
αb: coeficiente que depende dos momentos fletores atuantes no pilar

O coeficiente αb, para pilares biapoiados, sem cargas transversais, deve ser calculado por:

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𝑀1,𝐵
𝛼𝑏 = 0,60 ± 0,40 ∙ ≥ 0,40
𝑀1,𝐴

Os momentos M1,A e M1,B são os momentos de 1ª ordem nos extremos do pilar. Deve ser
adotado para M1,A o maior valor absoluto ao longo do pilar biapoiado e para M1,B o sinal
positivo, se tracionar a mesma face que M1,A, e negativo em caso contrário. Se o pilar apresentar
ambos momentos fletores menores do que o momento mínimo, αb deve ser tomado igual a 1,00.

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12. DETERMINAÇÃO DOS EFEITOS LOCAIS DE 2ª ORDEM

O cálculo pode ser feito pelo método exato ou por métodos aproximados.

12.1. Método Geral

Consiste na análise não-linear de 2ª ordem efetuada com discretização adequada da barra,


consideração da relação momento-curvatura real em cada seção, e consideração da não-
linearidade geométrica de maneira não aproximada.

12.2. Método Aproximado 1 - Pilar Padrão com Curvatura Aproximada

O método do pilar padrão com curvatura aproximada pode ser empregado apenas no
cálculo de pilares com λ ≤ 90, seção constante e armadura simétrica e constante ao longo do
eixo. A não-linearidade geométrica é considerada de forma aproximada, supondo-se que a
deformação da barra seja senoidal. A não-linearidade física é considerada através de uma
expressão aproximada da curvatura na seção crítica. As equações a utilizar são:

𝑁𝑑
𝜈=
𝐴𝑐 ∙ 𝑓𝑐𝑑

1 0,005 0,005
= ≤
𝑟 ℎ ∙ (𝜈 + 0,5) ℎ

𝑙𝑒 2 1
𝑀𝑑,𝑡𝑜𝑡 = 𝛼𝑏 ∙ 𝑀1𝑑,𝐴 + 𝑁𝑑 ∙ ∙ ≥ 𝑀1𝑑,𝐴
10 𝑟

Sendo que 𝑀1𝑑,𝐴 é o maior entre os momentos atuantes no pilar e o M1d,min.


Onde:
ν: força normal adimensional
Nd: força normal de cálculo no pilar
Ac: área da seção transversal do pilar
fcd: resistência de cálculo do concreto à compressão
1/r: curvatura
h: altura da seção na direção considerada
M1d,a: momento de 1ª ordem de cálculo
M1d,min: momento mínimo de 1ª ordem
le: comprimento equivalente do pilar
Md,tot: momento total (1ª ordem + 2ª ordem local)

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12.3. Método Aproximado 2 - Pilar Padrão com Rigidez κ Aproximada

Pode ser empregado apenas no cálculo de pilares com λ ≤ 90, seção retangular constante,
armadura simétrica e constante ao longo do eixo. A não-linearidade geométrica é considerada
de forma aproximada, supondo-se que a deformação da barra seja senoidal. A não-linearidade
física é considerada através de uma expressão aproximada da rigidez.
A NBR 6118:2014 apresenta as seguintes equações para o método:

𝛼𝑏 ∙ 𝑀1𝑑,𝐴
𝑀𝑑,𝑡𝑜𝑡 = ≥ 𝑀1𝑑,𝐴
𝜆2
1−
120 ∙ 𝜅⁄𝜈

𝑀𝑑,𝑡𝑜𝑡
𝜅 = 32 ∙ (1 + 5 ∙ )∙𝜈
ℎ ∙ 𝑁𝑑

As equações podem ser simplificadas para:

𝑎 = 1,00

𝜆2 ∙ ℎ ∙ 𝑁𝑑
𝑏 = 0,2 ∙ ℎ ∙ 𝑁𝑑 − − 𝛼𝑏 ∙ 𝑀1𝑑,𝐴
19200

𝑐 = −0,2 ∙ 𝛼𝑏 ∙ 𝑀1𝑑,𝐴 ∙ ℎ ∙ 𝑁𝑑

−𝑏 + √𝑏 2 − 4 ∙ 𝑎 ∙ 𝑐
𝑀𝑑,𝑡𝑜𝑡 =
2∙𝑎

Sendo que 𝑀1𝑑,𝐴 é o maior entre os momentos atuantes no pilar e o M1d,min.


Onde:
Nd: força normal de cálculo no pilar
h: altura da seção na direção considerada
M1d,a: momento de 1ª ordem de cálculo
M1d,min: momento mínimo de 1ª ordem
Md,tot: momento total (1ª ordem + 2ª ordem local)
λ: esbeltez na direção considerada
αb: coeficiente definido previamente

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12.4. Método do pilar padrão para pilares da seção retangular, submetidos à flexão
composta oblíqua

Quando a esbeltez de um pilar de seção retangular submetido à flexão composta oblíqua


for menor ou igual a 90 nas duas direções principais, podem ser aplicados os métodos
aproximados 1 e 2 simultaneamente em cada uma das duas direções. A obtenção dos momentos
de 1ª ordem em cada direção é diferente, pois depende de valores distintos de rigidez e esbeltez.
Uma vez obtida a distribuição de momentos totais, de primeira e segunda ordem, em cada
direção, deve ser verificada, para cada seção ao longo do eixo, se a composição desses
momentos solicitantes fica dentro da envoltória de momentos resistentes para a armadura
escolhida. Essa verificação pode ser realizada em apenas três seções: nas extremidades A e B e
em um ponto intermediário onde se admite atuar concomitantemente os momentos Md,tot nas
duas direções (x e y).

12.5. Envoltória de momento mínimo com 2ª ordem

Para pilares de seção retangular, quando houver a necessidade de calcular os efeitos locais
de 2ª ordem, a verificação do momento mínimo pode ser considerada atendida quando, no
dimensionamento adotado, obtém-se uma envoltória resistente que englobe a envoltória mínima
com 2ª ordem, cujos momentos totais são calculados a partir dos momentos mínimos de 1ª
ordem. A consideração desta envoltória mínima pode ser realizada através de duas análises à
flexão composta normal, calculadas de forma isolada e com momentos fletores mínimos de 1ª
ordem atuantes nos extremos do pilar, nas suas direções principais.

Fonte: ABNT, 2014.

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13. CÁLCULO DA ARMADURA DOS PILARES

O dimensionamento das armaduras de pilares deve respeitar os critérios vistos em


Concreto Armado 1. Por instância:
a) As seções transversais se mantêm planas após deformação;
b) A deformação das barras aderentes, em tração ou compressão, deve ser a mesma
do concreto em seu contorno;
c) As tensões de tração no concreto, normais à seção transversal, podem ser
desprezadas, obrigatoriamente no ELU;
d) A distribuição de tensões no concreto se faz de acordo com o diagrama parábola-
retângulo, , com tensão de pico igual a 0,85 fcd. Esse diagrama pode ser
substituído pelo retângulo de altura 0,8 x (onde x é a profundidade da linha
neutra),
e) A tensão nas armaduras deve ser obtida a partir dos diagramas tensão-deformação,
com valores de cálculo; e
f) O estado limite último é caracterizado quando a distribuição das deformações na
seção transversal pertencer a um dos domínios definidos na NBR 6118: 2014.
Diferentemente do que foi visto em Concreto Armado 1, onde os elementos estavam
submetidos apenas à momentos fletores e forças cortantes, os pilares estão sujeitos à cargas
normais (compressão) e momentos fletores que podem atuar nas duas direções, definindo o
fenômeno conhecido como flexo-compressão oblíqua.

Fonte: Pinheiro, 2009.

Desta maneira, o cálculo manual é extremamente trabalhoso. Para facilitar essa questão,
podem ser utilizadas outras maneiras para dimensionar a armadura, como ábacos ou aplicativos
computacionais.

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13.1. Cálculo da armadura com ábacos para flexo-compressão normal

A figura seguinte representa a notação aplicada na utilização dos ábacos para flexo-
compressão normal. d' representa a distância paralela à excentricidade entre a face da seção e o
centro da barra do canto. De modo geral tem-se d’ = c + øt + øl / 2, com c = cobrimento, øt =
diâmetro do estribo e øl = diâmetro da barra longitudinal.

Fonte: Bastos, 2005.

A determinação da armadura se inicia com o cálculo dos esforços adimensionais ν e μ:

𝑁𝑑
𝜈=
𝐴𝑐 ∙ 𝑓𝑐𝑑

𝑀𝑑,𝑡𝑜𝑡
𝜇=
𝐴𝑐 ∙ ℎ ∙ 𝑓𝑐𝑑

Onde:
Nd: força normal de cálculo no pilar
Ac: área da seção transversal do pilar
fcd: resistência de cálculo do concreto à compressão
Md,tot: momento total (1ª ordem + 2ª ordem local)
h: altura da seção na direção considerada
Escolhida uma disposição construtiva para a armadura no pilar, determina-se o ábaco a
ser utilizado em função do aço e do valor da relação d’/h. No ábaco, com o par ν e μ obtém-se
a taxa mecânica de armadura ω. A armadura é então calculada pela expressão:

𝜔 ∙ 𝐴𝑐 ∙ 𝑓𝑐𝑑
𝐴𝑠 =
𝑓𝑦𝑑

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13.2. Cálculo da armadura com ábacos para flexo-compressão oblíqua

Uma outra opção para o cálculo das armaduras em seções sujeitas à flexo-compressão
oblíqua é a utilização de ábacos para este tipo de esforço. Este tipo de ábaco pode ser encontrado
em Pinheiro et al. (2009).
A notação aplicada na utilização dos ábacos é semelhante à em ábacos para flexo-
compressão normal. d' representa a distância paralela à excentricidade entre a face da seção e o
centro da barra do canto. De modo geral tem-se d’ = c + øt + øl / 2, com c = cobrimento, øt =
diâmetro do estribo e øl = diâmetro da barra longitudinal.
A determinação da armadura se inicia com o cálculo dos esforços adimensionais ν, μ x e
μy:
𝑁𝑑
𝜈=
𝐴𝑐 ∙ 𝑓𝑐𝑑

𝑀𝑥𝑑
𝜇𝑥 =
𝐴𝑐 ∙ 𝑓𝑐𝑑 ∙ ℎ𝑥

𝑀𝑦𝑑
𝜇𝑦 =
𝐴𝑐 ∙ 𝑓𝑐𝑑 ∙ ℎ𝑦

Onde:
Nd: força normal de cálculo no pilar
Ac: área da seção transversal do pilar
fcd: resistência de cálculo do concreto à compressão
Mxd e Myd: momento total (1ª ordem + 2ª ordem) na direção considerada
hx e hy: altura da seção na direção considerada
Escolhida uma disposição construtiva para a armadura no pilar, determina-se o ábaco a
ser utilizado em função do aço e do valor da relação d’/h. No ábaco, com o par ν e μ obtém-se
a taxa mecânica de armadura ω. A armadura é então calculada pela expressão:

𝜔 ∙ 𝐴𝑐 ∙ 𝑓𝑐𝑑
𝐴𝑠 =
𝑓𝑦𝑑

Exemplos de ábacos para flexão composta oblíqua são apresentados a seguir.

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13.3. Cálculo da armadura com aplicativos computacionais

A armadura pode ser calculada também através de aplicativos computacionais. Uma


opção de software livre é o Oblíqua 1.0, como observado na figura seguinte.
Nele, entra-se com os dados dos materiais, da seção transversal, da armadura e dos
esforços solicitantes.
O aplicativo fornece a curva de interação da seção em estudo, juntamente com o ponto
que representa os esforços solicitantes. Se tal ponto estiver dentro da curva de interação, a seção
resiste aos esforços. Caso contrário, deve-se buscar uma nova disposição de armadura.

Fonte: O autor, via software Oblíqua 1.0

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14. DETALHAMENTO DA ARMADURA DOS PILARES

14.1. Armaduras longitudinais

A armadura mínima para pilares em concreto armado pode ser encontrada através da
seguinte equação:

𝑁𝑑
0,15 ∙
⁄𝑓
𝐴𝑠,𝑚𝑖𝑛 = 𝑀𝐴𝐼𝑂𝑅 { 𝑦𝑑
0,004 ∙ 𝐴𝑐

A armadura máxima, inclusive em regiões de emendas, é encontrada por:

𝐴𝑠,𝑚𝑎𝑥 = 8,0 % ∙ 𝐴𝑐

O diâmetro das barras longitudinais não deve ser inferior a 10 mm e nem superior a 1/8
da menor dimensão da seção transversal:

10 𝑚𝑚 ≤ ø𝑙 ≤ 𝑏⁄8

Em seções poligonais, deve existir pelo menos uma barra em cada vértice; em seções
circulares, no mínimo seis barras distribuídas ao longo do perímetro.
O espaçamento mínimo livre entre as faces das barras longitudinais, medido no plano da
seção transversal deve ser igual ou superior ao maior dos seguintes valores:

2,0 𝑐𝑚
𝑎≥{ ø𝑙
1,2 ∙ 𝑑𝑚𝑎𝑥

Esses valores se aplicam também às regiões de emenda por traspasse.

Fonte: Scadelai e Pinheiro, 2005

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O espaçamento máximo sl entre os eixos das barras deve ser menor ou igual a duas vezes
a menor dimensão da seção no trecho considerado, sem exceder 40 cm, ou seja:

2∙𝑏
𝑠𝑙 ≤ {
40 𝑐𝑚

O comprimento de espera das barras longitudinais deve ser calculado por:

𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐
𝑙0𝑐 = 𝑙𝑏 ∙ ≥ 𝑙0𝑐,𝑚𝑖𝑛
𝐴𝑠,𝑒𝑓

Sendo:

0,6 ∙ 𝑙𝑏
𝑙0𝑐,𝑚𝑖𝑛 = 𝑀𝐴𝐼𝑂𝑅 { 15 ∙ ø
20 𝑐𝑚

lb é o comprimento básico de ancoragem, conforme visto em Concreto Armado 1.

14.2. Armaduras transversais

A armadura transversal de pilares, constituída por estribos e, quando for o caso, por
grampos suplementares, deve ser colocada em toda a altura do pilar, sendo obrigatória sua
colocação na região de cruzamento com vigas e lajes. Os estribos devem ser fechados,
geralmente em torno das barras de canto, ancorados com ganchos que se transpassam,
colocados em posições alternadas.
Os estribos têm as seguintes funções:
a) Garantir o posicionamento e impedir a flambagem das barras longitudinais;
b) Garantir a costura das emendas de barras longitudinais;
c) Confinar o concreto e obter uma peça mais resistente ou dúctil.
O diâmetro dos estribos em pilares não deve ser inferior a 5 mm nem a 1/4 do diâmetro
da barra isolada ou do diâmetro equivalente do feixe que constitui a armadura longitudinal, ou
seja:
5 𝑚𝑚
ø𝑡 ≥ {
ø𝑙 /4

O espaçamento longitudinal entre estribos, medido na direção do eixo do pilar, deve ser
igual ou inferior ao menor dos seguintes valores:

20 𝑐𝑚
𝑠𝑡 ≤ { 𝑏
12 ∙ ø𝑙 (𝐶𝐴 − 50)

É recomendável, em regiões de emenda por transpasse das barras longitudinais, reduzir o


espaçamento dos estribos em 50%.

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Sempre que houver possibilidade de flambagem das barras da armadura, situadas junto à
superfície, devem ser tomadas precauções para evitá-la. A NBR 6118:2014 considera que os
estribos poligonais garantem contra flambagem as barras longitudinais situadas em seus cantos
e as por eles abrangidas, situadas no máximo à distância de 20 ∙ øt do canto, se nesse trecho não
houver mais de duas barras, não contando a do canto. Isto pode ser observado na figura seguinte:

Fonte: Scadelai e Pinheiro, 2005

Quando houver mais de duas barras no trecho de comprimento 20 ∙ øt ou barras fora dele,
deve haver estribos suplementares. Se o estribo suplementar for constituído por uma barra reta,
terminada em ganchos, ele deve atravessar a seção do pilar e os seus ganchos devem envolver
a barra longitudinal.

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Fonte: Scadelai e Pinheiro, 2005

Na figura seguinte, apresenta-se o exemplo de detalhamento das armaduras de um pilar


genérico.

Fonte: O autor.

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15. EXEMPLOS

15.1. Exemplo 1

Verificar, para o pilar abaixo indicado, se os efeitos de 2ª ordem devem ser considerados.
O pilar tem dimensão igual a 20 cm na direção x e 40 cm na direção y.

Nd = 400 kN

MdA,x = 7,5 kNm


lex = ley = 350 cm

MdB,x = 6,5 kNm

Nd = 400 kN
hx = 20 cm

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15.2. Exemplo 2

Determinar os valores de Md,tot para o pilar abaixo indicado através do método do pilar
padrão com curvatura aproximada. Considerar concreto C25.

Nd = 3000 kN

MdA,x = 50 kNm

lex = ley = 400 cm

MdB,x = 60 kNm

Nd = 3000 kN
hx = 30 cm

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15.3. Exemplo 3

Determinar os valores de Md,tot para o pilar abaixo indicado através do método do pilar
padrão com rigidez κ aproximada. Considerar concreto C30.

Nd = 800 kN

MdA,x = 15 kNm

lex = ley = 600 cm

MdB,x = 25 kNm

Nd = 800 kN
hx = 25 cm

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15.4. Exemplo 4

Determinar a armadura necessária para o pilar do exemplo 2 através de ábacos para flexão
composta oblíqua. Considerar cobrimento da armadura 3,0 cm, diâmetro do estribo 5 mm,
diâmetro da barra longitudinal 20 mm, aço CA-50 e diâmetro máximo do agregado 19 mm.
hx = 30 cm → Md,tot,x = 13866,67 kNcm
hy = 80 cm → Md,tot,y = 20000 kNcm
Nd = 3000 kN
fck = 25 MPa

15.5. Exemplo 5

Determinar a armadura necessária para o pilar do exemplo 3 através de aplicativos


computacionais. Considerar cobrimento da armadura 3,0 cm, diâmetro do estribo 5 mm,
diâmetro da barra longitudinal 10,0 mm, aço CA-50 e diâmetro máximo do agregado 19 mm.

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16. LISTA DE EXERCÍCIOS

16.1. Exercício

Determinar os valores de Md,tot para o pilar abaixo indicado através do método do pilar
padrão com curvatura aproximada. Considerar concreto C25.

Nd = 2000 kN

MdA,x = 70 kNm

lex = ley = 420 cm

MdB,x = 80 kNm

hx = 30 cm Nd = 2000 kN

R: Md,tot,x = 12317 kNcm ; Md,tot,y = 6000 kNcm

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16.2. Exercício

Determinar os valores de Md,tot para o pilar abaixo indicado através do método do pilar
padrão com curvatura aproximada. Considerar concreto C30.

Nd = 2500 kN

MdA,x = 90 kNm

lex = ley = 480 cm

MdB,x = 100 kNm

hx = 40 cm Nd = 2500 kN

R: Md,tot,x = 15458 kNcm ; Md,tot,y = 12608 kNcm

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16.3. Exercício

Determinar os valores de Md,tot para o pilar abaixo indicado através do método do pilar
padrão com rigidez κ aproximada. Considerar concreto C35.

Nd = 1500 kN

MdA,x = 70 kNm

lex = ley = 300 cm

MdB,x = 10 kNm

hx = 19 cm Nd = 1500 kN

R: Md,tot,x = 7000 kNcm (6095 kNcm); Md,tot,y = 7000 kNcm

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16.4. Exercício

Determinar os valores de Md,tot para o pilar abaixo indicado através do método do pilar
padrão com rigidez κ aproximada. Considerar concreto C35.

Nd = 1500 kN

MdA,x = 72 kNm

lex = ley = 400 cm

MdB,x = 20 kNm

hx = 20 cm Nd = 1500 kN

R: Md,tot,x = 7746 kNcm ; Md,tot,y = 8000 kNcm

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16.5. Exercício

Seja o pilar abaixo representado sujeito a duas situações de momento solicitante.


Verifique para cada situação se é necessário considerar os efeitos locais de segunda ordem. O
que pode ser concluído dessas duas situações?

Nd = 1000 kN

MdA,x = 20,9 kNm


lex = ley = 300 cm

MdB,x = 10 kNm
Nd = 1000 kN
hx = 20 cm

Nd = 1000 kN

MdA,x = 21,1 kNm


lex = ley = 300 cm

MdB,x = 10 kNm
Nd = 1000 kN
hx = 20 cm

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16.6. Exercício

Determinar a armadura necessária para o pilar com as características abaixo descritas.


Considerar cobrimento da armadura 3,0 cm, diâmetro do estribo 5 mm, diâmetro da barra
longitudinal 16 mm, aço CA-50 e diâmetro máximo do agregado 19 mm.
hx = 40 cm → Md,tot,y = 30000 kNcm
hy = 70 cm → Md,tot,x = 20000 kNcm
Nd = 4000 kN
fck = 35 MPa

R: 10 ø 16 (20,11 cm²)
As,min = 11,20 cm²
As,max = 112,00 cm²
st = 19 cm
sl ≤ 40 cm

16.7. Exercício

Determinar a armadura necessária para o pilar com as características abaixo descritas.


Considerar cobrimento da armadura 3,0 cm, diâmetro do estribo 5 mm, diâmetro da barra
longitudinal 16 mm, aço CA-50 e diâmetro máximo do agregado 19 mm.
hx = 20 cm → Md,tot,y = 3000 kNcm
hy = 35 cm → Md,tot,x = 3000 kNcm
Nd = 1000 kN
fck = 35 MPa

R: 4 ø 12,5 (4,92 cm²)


As,min = 5,175 cm²
As,max = 28,0 cm²
st = 15 cm
sl ≤ 40 cm

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16.8. Exercício

Calcule os comprimentos de flambagem nas direções X e Y para cada um dos pilares


abaixo representados. Todos os pilares e vigas têm seção transversal 20 x 40 cm.

P4
P3
P1

P2

P5

Y
X BLOCOS DE
FUNDAÇÃO

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16.9. Exercício

Calcule os comprimentos de flambagem nas direções X e Y para cada um dos pilares


abaixo representados. Todos os pilares e vigas têm seção transversal 20 x 50 cm e a distância
entre as faces superiores das vigas dos diferentes pavimentos é 300 cm.

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16.10. Exercício

Em um determinado projeto tem-se o seguinte desenho de armadura de um pilar, que está


recebendo uma carga Nd = 500 kN, tem cobrimento 3,0 cm e aço CA-50:

Pede-se:
a) Verifique se o comprimento de espera de um lance para o outro atende o comprimento
de ancoragem necessário. Considere As,calc = As,efet;
b) Verifique se o pilar atende a armadura mínima;
c) Verifique se o espaçamento dos estribos atende os requisitos de norma;
d) Verifique se são necessários os ganchos adicionais para evitar a flambagem;
e) Verifique se os espaçamentos das barras longitudinais atendem os requisitos de norma.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto. 2014.

ALVA, G. M. S. Pré-dimensionamento da estrutura. Notas de aula. S.d.

BASTOS, P. S. S. Pilares de concreto armado. Notas de aula. 2005.

CARVALHO, R. C.; PINHEIRO, L. M. Cálculo e detalhamento de estruturas usuais de


concreto armado. 2013.

MARINO, M. A. Concreto armado da UFPR. Notas de aula. 2006.

PINHEIRO, L. M.; BARALDI, L. T.; POREM, M. E. Estruturas de concreto:


ábacos para flexão oblíqua. 2009. Disponível em:
<http://www.set.eesc.usp.br/mdidatico/concreto/Textos/24%20Abacos%20flexao%20obliqua.
pdf>. Acesso em: 20/08/2015.

SCADELAI, M. A.; PINHEIRO, L. M. Estruturas de concreto: capítulo 16. Notas de aula.


2005.

TQS. NBR 6118:2003. Disponível em: <http://www.tqs.com.br/noticias/400-cadtqs-nbr-


61182003-efeitos-locais-de-2o-ordem-em-pilares-parte-i >. Acesso em: 20/08/2015.

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