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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO - UNINOVE

ESTADOS LIMITES
E NÚCLEO CENTRAL DE INÉRCIA

Prof. José Alberto Soria Galvarro Ontiveros


Eng. Civil

ENGENHARIA CONCRETO PROTENDIDO


ESTADOS-LIMITES
2/

A segurança das estruturas de concreto pode exigir a


verificação de alguns estados- limites de serviço, definidos
conforme descritos no item 3.2 da NBR 6118

Os Estados-Limites devem ser considerados no projeto das


estruturas em Concreto Protendido, relativamente à verificação
da segurança e das condições em serviço.

.
ESTADO LIMITE ÚLTIMO (ELU)
3/

O Estado-Limite Último é o “estado-limite relacionado ao


colapso, ou a qualquer outra forma de ruína estrutural, que
determine a paralisação do uso da estrutura”.
ESTADO LIMITE DE SERVIÇO (ELS)
4/

Os Estados-Limites de Serviço são definidos pela NBR 6118 (item


10.4) como “aqueles relacionados ao conforto do usuário e à
durabilidade, aparência e boa utilização das estruturas, seja em
relação aos usuários, seja em relação às máquinas e aos
equipamentos suportados pelas estruturas. Seção 3. Em
construções especiais pode ser necessário verificar a segurança
em relação a outros estados-limites de serviço não definidos
nesta Norma.”
ESTADO LIMITE DE SERVIÇO (ELS)
5/

Quando uma estrutura alcança um Estado-Limite de Serviço,


a sua utilização pode ficar comprometida, mesmo que
ainda não tenha esgotada sua capacidade resistente, ou
seja, a estrutura pode não mais oferecer condições de
conforto e durabilidade, embora sem ter alcançado a ruína.
ESTADOS LIMITES DE SERVIÇO
6/
DEFINIDOS – NBR 6118

a. Estado-Limite de Formação de Fissuras (ELS-F);

b. Estado-Limite de Abertura das Fissuras (ELS-W);

c. Estado-Limite de Deformações Excessivas (ELS-DEF);

d. Estado-Limite de Descompressão (ELS-D).


a. ESTADO-LIMITE DE FORMAÇÃO DE
7/ FISSURAS (ELS-F):

“estado em que se inicia a formação de fissuras. Admite-se que


este estado-limite é atingido quando a tensão de tração máxima
na seção transversal for igual a fct,f ”

fct,f = a resistência do concreto à tração na flexão;


b. ESTADO-LIMITE DE ABERTURA DAS
8/ FISSURAS (ELS-W):

“estado em que as fissuras se apresentam com aberturas iguais


aos máximos especificados em 13.4.2 (ver 17.3.3).”

No caso das estruturas de Concreto Protendido com protensão


parcial, a abertura de fissura característica está limitada a 0,2
mm, a fim de não prejudicar a estética e a durabilidade;
c. ESTADO-LIMITE DE DEFORMAÇÕES
9/ EXCESSIVAS (ELS-DEF):

“estado em que as deformações atingem os limites estabelecidos


para a utilização normal, dados em 13.3 (ver 17.3.2).”

Os elementos fletidos como as vigas e as lajes apresentam


flechas em serviço. O cuidado que o projetista estrutural deve ter
é de limitar as flechas aos valores aceitáveis da norma, que
não prejudiquem a estética e causem insegurança aos
usuários;
d. ESTADO-LIMITE DE DESCOMPRESSÃO
10/ (ELS-D):
“estado no qual, em um ou mais pontos da seção transversal, a
tensão normal é nula, não havendo tração no restante da seção.
Verificação usual no caso do concreto protendido (ver 13.4.2).”
Situação onde a seção comprimida pela protensão vai sendo
descomprimida pela ação dos carregamentos externos, até atingir o
ELS-D (ver figura).

Esta verificação deve ser feita no Estádio I (concreto não fissurado,


comportamento elástico linear dos materiais), conforme o item 17.3.4
da NBR 6118.
ESFORÇOS RESISTÊNTES E OS ELU
11/
DOMÍNIO NA DISTRIBUIÇÃO DE DEFORMAÇÕES

No item 17.2 a NBR 6118 estabelece critérios para a


determinação dos esforços resistentes das seções de vigas,
pilares e tirantes, submetidas à força normal e momentos
fletores.

Solicitação normal é definida como os esforços solicitantes


que produzem tensões normais nas seções transversais das
peças. Os esforços podem ser o momento fletor e a força
normal.
ESFORÇOS RESISTÊNTES E OS ELU
12/
DOMÍNIO NA DISTRIBUIÇÃO DE DEFORMAÇÕES

Dentre as hipóteses básicas admitidas na análise dos esforços


resistentes está que o “estado-limite último é caracterizado
quando a distribuição das deformações na seção transversal
pertencer a um dos domínios (ver figura)”
ESFORÇOS RESISTÊNTES E OS ELU
13/
DOMÍNIO NA DISTRIBUIÇÃO DE DEFORMAÇÕES

Os domínios, em número de seis, mostrados na figura,

são representações da distribuição de deformações que ocorrem


nas seções transversais de vigas, pilares e tirantes, quando
submetidos a tensões normais.
As deformações são de alongamento e de encurtamento, oriundas
de tensões normais de tração e de compressão, respectivamente.
ESFORÇOS RESISTÊNTES E OS ELU
14/
DOMÍNIO NA DISTRIBUIÇÃO DE DEFORMAÇÕES
As possíveis formas de ruptura convencional podem ocorrer por:
deformação plástica da armadura sob tensões de tração (reta a e
domínios 1 ou 2),
ou pelo encurtamento limite do concreto (reta b e domínios 3, 4, 4a
ou 5).
ESFORÇOS RESISTÊNTES E OS ELU
15/
DISTRIBUIÇÃO DE DEFORMAÇÕES

As deformações limites (ou últimas) são:

• para o encurtamento no concreto comprimido de 3,5 ‰ (para os


concretos do Grupo I de resistência)
• para o alongamento na armadura tracionada de 10 ‰,
Por tratar-se de valores últimos diz-se que os diagramas de
deformações correspondem ao Estado-Limite Último.
CONCRETO PROTENDIDO
16/
ESTADOS LIMITES DE UTILZAÇÃO
As verificações de estados limites de utilização devem ser feitas
no estádio I ou II, conforme o caso.
Os limites impostos referem-se à segurança relativa à
• formação ou abertura de fissuras,
• flechas excessivas
• compressão excessiva.
QUADRO RESUMO
ESTIMATIVA DE CARGAS P DE PROTENSÃO NO CONCRETO
17/
ESTADOS LIMITES DE UTILIZAÇÃO
18/
ESTADOS LIMITES DE DESCOMPRESSÃO

É o estado no qual em um ou mais pontos da seção transversal a


tensão é nula, não havendo tração no restante da seção.
ESTADOS LIMITES DE UTILIZAÇÃO
19/
ESTADOS LIMITES DE FORMAÇÃO DE FISSURAS

É o estado em que se inicia a formação de fissuras.


ESTADOS LIMITES DE UTILIZAÇÃO
20/
ESTADOS LIMITES DE ABERTURA DE FISSURAS

É o estado em que as fissuras se apresentam com aberturas


características de valores especificados.

De acordo com as indicações da NBR 6118 e as suas alterações


constantes do anexo da NBR 7197,

A verificação é feita considerando-se

• estádio II (concreto fissurado à tração e comportamento


elástico dos materiais),

• admitindo-se para a razão entre os módulos de deformação


(αe) o valor αe = 15.
ESTADOS LIMITES DE UTILIZAÇÃO
21/
ESTADOS LIMITES DE ABERTURA DE FISSURAS
ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS
22/
ESTADOS LIMITES POR SOLICITAÇÃO TANGENCIAL

Efeito da componente tangencial da força de protensão


ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS
23/
ESTADOS LIMITES POR SOLICITAÇÃO TANGENCIAL

O valor de cálculo da tensão convencional de cisalhamento no


concreto, na alma das peças (tensão de referência) , é determinado
por e esta tensão não pode ultrapassar o valor limite de tensões
resistentes:
ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS
24/
CALCULO DA ARMADURA TRANSVERSAL

A armadura transversal das peças lineares e das lajes, para resistir


aos esforços oriundos da força cortante, deve ser calculada pela teoria
clássica de Mörsch, com base na seguinte tensão
ESTADOS LIMITES ÚLTIMOS
25/
CALCULO DA ARMADURA TRANSVERSAL
Para estribos verticais a 90°, a armadura transversal pode ser
calculada conforme indicado na NBR 6118, ou seja:
NOMENCLATURA CONC. PROTENDIDO
26/
NOMENCLATURA CONC. PROTENDIDO
27/
NOMENCLATURA CONC. PROTENDIDO
28/
NOMENCLATURA CONC. PROTENDIDO
29/
NOMENCLATURA CONC. PROTENDIDO
30/
EXEMPLO DE APLICAÇÃO A7a
31/
PROP. GEOM. - CENTROIDE E MOMENTO DE INERCIA

CONDICIONANTES LIMITANTES:
a) Não são permitidos tensões de tração;
b) Tensão de compressão máxima no concreto 0,6 fck
RESOLUÇÃO PROPR. GEOMÉTRICAS
32/
CENTROIDE E MOMENTO DE INERCIA
RESOLUÇÃO MÓDULO DE INÉRCIA (W)
33/
INFERIOR E SUPERIOR
1) RESOLUÇÃO – PROTENSÃO CENTRADA
34/
POR APLICAÇÃO DO MOMENTO
RESOLUÇÃO – PROTENSÃO CENTRADA
35/
FORÇA DE PROTENSÃO (P) – CAMADA INFERIOR
RESOLUÇÃO – PROTENSÃO CENTRADA
36/
RESOLUÇÃO – PROTENSÃO CENTRADA
37/
CONDIÇÕES LIMITANTES
38/
CARGA P CENTRADA

a) Não são permitidos tensões de tração; confirmado por


tensão inferior nula
2) RESOLUÇÃO – PROTENSÃO EXCENTRICA
39/
PROTENSÃO EXCÊNTRICA (ep) = 30 cm
2) RESOLUÇÃO – PROTENSÃO EXCENTRICA
40/
PROTENSÃO EXCÊNTRICA (ep) = 30 cm
2) RESOLUÇÃO – PROTENSÃO EXCENTRICA
41/
TENSÃO – MOMENTO INFERIOR E SUPERIOR
2) RESOLUÇÃO – PROTENSÃO EXCENTRICA
CALCULO
42/
POR CARGA DE SOLICITAÇÃO NA FIBRA INFERIOR
2) RESOLUÇÃO – PROTENSÃO EXCENTRICA
CALCULO
43/
POR CARGA DE SOLICITAÇÃO NA FIBRA SUPERIOR
RESUMO DE TENSÕES
44/ COM CARGA P EXCENTRICA
VERIFICAÇÃO FIBRA SUPERIOR
TENSÃO DE COMPRESSÃO MÁXIMA NO CONCRETO (FCK)
45/
VERIFICAÇÃO FIBRA INFERIOR
46/
TENSÃO DE TRAÇÃO MÁXIMA NO CONCRETO (FCK)
EXEMPLO A3c – PROTENSÃO
47/58
COMBINAÇÕES BÁSICAS
FORMULA (genérica) DE PROTENÇÃO
48/58
RESOLUÇÃO
49/58
1° PASSO: CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS
RESOLUÇÃO
50/58
1° PASSO: CARACTERÍSTICAS GEOMÉTRICAS
RESOLUÇÃO
51/58
2° PASSO: ESFORÇOS E TENSÕES
RESOLUÇÃO
52/58
2° PASSO: ESFORÇOS E TENSÕES
RESOLUÇÃO
53/58
3° PASSO: TENSÕES DEVIDO À CARGA ACIDENTAL (q)
RESOLUÇÃO
4° PASSO: TENSÕES DEVIDO À FORÇA DE PROTENSÃO (P):
54/58
RESOLUÇÃO
55/58
5° Passo: COMBINÇÃO DE AÇÕES:
RESOLUÇÃO
56/58
5° Passo: COMBINÇÃO DE AÇÕES:
RESOLUÇÃO
57/58
5° Passo: COMBINÇÃO DE AÇÕES:
ANÁLISE DE RESULTADOS
58/58
MATERIAL CONSULTADO
59/58

• BASTOS, P. S. S. Notas de aulas – Concreto protendido. São Paulo: UNESP, 2015.


• CARVALHO, R. C. Estruturas de concreto protendido, cálculo e detalhamento – Editora PINI –
2017.
• HANAI, J. B. Fundamentos do concreto protendido. São Carlos: USP, 2005.
• LEONHARDT, Fritz. Construções de Concreto. Volume 5. Rio de Janeiro: Editora Interciência
Ltda., 1983.
• PFEIL, Walter. Concreto Protendido. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S/A,
1980.

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