Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
Inertes (tout venant),em sacos, BIGBAGS
2
Agregados usados no fabrico de betão
3
INERTES
GENERALIDADES
As propriedades essenciais que se exigem ao inerte são de natureza
geométrica, física e química.
1. Petrográfico
2. Massa volúmica
3. Baridade
4. Modo de obtenção
1. Ígneos
2. Sedimentares
3. Metamórficos. 6
INERTES
Ilustração da pega e
endurecimento do
cimento Portland. (a)
grãos de cimento são
misturados com água.
Após 15 minutos. (b)
a reação de pega dá
ligação fraca. A real
resistência vem com
a reação de
endurecimento (c),
que leva alguns dias.
[ Fonte: ASHBY, 2007]
7
INERTES
8
INERTES
9
INERTES
10
INERTES
1. Ultra leve
2. Leve
3. Denso normal
4. Extradenso.
12
Classificação do inerte quanto à sua
baridade
Clasificação do Baridade Exemplos de Aplicação e
inerte kg/m3 inertes designação
dobetão
13
Classificação do inerte quanto à sua baridade
Leve
300 a 1.200 Argila expandida. Com funções de
areia Xisto expandido. isolamento
300 a 950 Escória de alto térmico, com
inerte grosso forno expandida. funções de
Cinzas volantes resistência
sinterizadas. como betão
Pedra pomes. estrutural 14
Classificação do inerte quanto à sua
baridade
15
Classificação do inerte quanto à sua
baridade
Classificação Baridade Exemplos Aplicação e
do inerte kg/m3 de inertes designação
do betão
Extradenso > 1700 Limonite Funções de
Magnetite protecção
Barita contra
radiações
atómicas e
funções
resistentes.
16
INERTES
MINERAIS PREJUDICIAIS E BENÉFICOS
Os principais minerais cuja presença é indesejável são:
4. Óxidos de ferro
5. Minerais argilosos.
17
INERTES
RESISTENCIA MECÂNICA
3. Ensaiam-se metade dos provetes com as bases paralelas aos planos de estratificação
ou de xistosidade e a outra metade com as bases perpendiculares a esses planos
20
INERTES
DETEMINAÇÃO DA TENSÃO DE ROTURA DA ROCHA
RESISTÊNCIA MECÂNICA
25
26
A INFLUÊNCIA DA FORMA DO INERTE NA TRABALHABILIDADE DO BETÃO
30
INERTES
PROPRIEDADES TÉRMICAS(2)
Uma certa diferença entre os coeficientes de dilatação do inerte e da pasta de
cimento não é perniciosa quando a temperatura não saia fora do intervalo de 4º
C a 60 º C e a diferença entre os dois coeficientes não seja superior a 5x10(-6) º
C(-1).
O coeficiente de dilatação térmica da pasta de cimento depende da composição
do betão, da proporção da água e idade do betão. Varia de 11 a 16 x 10(-6)º C (-
1).
O coeficiente de dilatação térmica da argamassa varia de 8 a 12 x 10(-6)º C (-1).
O coeficiente de dilatação térmica das rochas mais vulgares de 0,9 a 16 x 10(-6)º
C (-1).
31
INERTES
REACÇÕES EXPANSIVAS ENTRE O CIMENTO E O INERTE(1)
A aderência do cimento ao inerte resulta de combinações
químicas entre os componentes hidratados do cimento e o inerte
e da afinidade entre a respectivas redes cristalinas, obtendo-se
assim continuidade na zona de ligação cimento-inerte, o que
contribui para maior homogeneidade e resistência do sólido.
Há contudo a possibilidade de se originarem reacções químicas
expansivas entre o cimento e o inerte, que conduzem à formação
de substâncias que não têm propriedades aglomerantes.
32
INERTES
REACÇÕES EXPANSIVAS ENTRE O CIMENTO E O INERTE(2)
As reacções expansivas que se conhecem são de 3 tipos:
Reacção
em meio húmido entre os álcalis de cimento (sódio e potássio) e a
sílica não perfeitamente cristalizada.
Reacção
de álcalis do cimento com o carbonato de magnésio de certos
calcários dolomíticos.
Reacção
de determinadas formas da alumina do inerte com sulfatos, quer
provenientes do meio exterior, quer do próprio betão, em presença de
soluções sobressaturadas de hidróxido de cálcio fornecido pela hidratação
do cimento Portland.
33
INERTES
34
INERTES
37
INERTES
IMPUREZAS CONSTITUIDAS POR SAIS MINERAIS
38
INERTES
IMPUREZAS CONSTITUIDAS POR SAIS MINERAIS (2)
Compostos de chumbo e zinco, solúveis em água da cal podem retardar muito a presa.
Ex: 0,8% de chumbo solúvel expresso em óxido retarda a presa em 7 dias.
De notar que a galena (sulfureto de chumbo) e a blenda (sulfureto de zinco) dão
excelentes inertes para o betão desde que não estejam meteorizados.
Apenas a parte meteorizada destes minerais, solúvel em água de cal altera os tempos
de presa e endurecimento.
NOTA: Sempre que se atrasa a presa as tensões de rotura a longo prazo são superiores
ás que se verificam quando não há retardo.
39
INERTES
IMPUREZAS CONSTITUIDAS POR SAIS MINERAIS (3)
Sulfatos.
Podem reagir com a alumina do cimento ou do inerte originando o
sulfoaluminato de cálcio, reacção que é expansiva quando se dá no seio do
cimento Portland.
Pode ser perigosa se o teor do sulfato do inerte for muito elevado.
Os limites do teor de sulfato pelo regulamento português de betão são:
0,5 % no cimento Portland
A oxidação lenta da pirite no estado sólido dá origem a expansões locais que levam
à formação de crateras.
Reagindo com a água e o oxigénio formam um sulfato ferroso que depois se
decompõe em hidróxido, o que dá origem a manchas de ferrugem e em sulfatos que
podem reagir com os aluminatos como vimos anteriormente.
42
INERTES
IMPUREZAS CONSTITUIDAS POR SAIS MINERAIS (6)
Sulfuretos de ferro, (pirite, marcassite e pirrotite).
É possível a oxidação de certos sulfuretos em determinados meios, que os
transforma em sulfatos, o que nos conduz ao caso anterior.
O regulamento Português do Betão permite a presença das seguintes
quantidades de sulfuretos:
43
INERTES
IMPUREZAS CONSTITUIDAS POR SAIS MINERAIS (6)
Sulfuretos de ferro, (pirite, marcassite e pirrotite).
No betão de cimento Portland de ferro e de alto forno não se tolera a existência
de sulfuretos nos inertes, pois tais cimentos possuem sempre sulfuretos
provenientes das escórias.
No caso do betão com cimento pozolânico ou com pozolana, o limite máximo é
44
INERTES
IMPUREZAS CONSTITUIDAS POR SAIS MINERAIS (7)
Cloretos.
Os cloretos podem existir nos inertes naturais ou provir da água com a
qual estiveram em contacto.
Em geral os inertes extraídos do mar contêm sais em que predominam os
cloretos e os sulfatos.
Os cloretos alteram o tempo de presa do cimento e a velocidade de
endurecimento.
45
INERTES
IMPUREZAS CONSTITUIDAS POR SAIS MINERAIS (8)
Cloretos (2).
Se há armaduras de aço a presença do ião cloro promove a sua oxidação sob a forma de
ferrugem provocando não só a diminuição das secções do aço como a sua mas também
expansão, pois a formação de ferrugem faz-se com um notável aumento de volume, que
acaba por romper o revestimento do betão, o que acelera o processo de corrosão.
No caso de betão pré-esforçado em que a armadura sob tensão contacta com o betão ou
com a argamassa de injecção, não se admitem quantidades e cloretos superiores a 0,05 %
da massa do cimento.
. 46
INERTES
PARTÍCULAS FINAS(1)
Por definição Partículas Finas são todas as que passam através do peneiro de 75 µm de abertura: Argila,
dimensões inferiores 2 µm e Silt ou Pó de pedra proveniente da britagem, dimensões entre 2 µm e 60µm.
A argila pode revestir as partículas do inerte, estar presente sob a forma de grumos ou ainda dispersa e
misturada com o inerte sob a forma de pó.
Se a argila reveste o inerte impede a perfeita ligação cimento-inerte, com repercussão importante nas
tensões de rotura.
47
INERTES
INERTES LEVES
Utilizam-se na composição de betões leves (com massa volúmica inferior a 1800 kg/m3), o que
diminuindo o peso próprio das estruturas, sem comprometer a resistência permite construções
de maior altura ou de maiores vãos.
Como o coeficiente de condutibilidade térmica é tanto menor como o quanto menor é a massa
volúmica do material, o betão leve contribui para para a diminuição do consumo de energia
quando se faz o condicionamento do ar no interior das construções.
48
INERTES
INERTES LEVES (2)
Os inertes leves mais empregados são os seguintes:
Poliestireno expandido
Vermiculite expandida
Perlite expandida
Vidro expandido
Argila expandida
Xisto expandido
.
49
INERTES
INERTES LEVES (3)
Os inertes leves mais empregados são os seguintes (Cont.):
Escória de alto forno expandida
Jorra
Pedra pomes
50
INERTES
INERTES LEVES (4)
Polistireno expandido
A
matéria prima é constituída por grânulos de polistireno contendo uma substância capaz de gerar
gases. Por aquecimento destes grânulos em vapor de água o polistireno amolece e a substância passa
ao estado gasoso, o que permite a expansão do polímero.
Obtém-se
grânulos de forma esférica ou em forma de pastilhas com dimensões até 2 mm. A sua
baridade é de 12 a 14 kg/m3.
É o inerte mais leve que se conhece, com o nome comercial de styropor.
51
INERTES
INERTES LEVES (5)
Vermiculite expandida
A
vermiculite é um material lamelar que se assemelha à mica e que se encontra na América
e em África.
Quando
aquecida rapidamente a temperaturas de 650 a 1000º C, as lamelas abrem-se
expandindo-se de várias vezes a sua espessura (até 30 vezes).
Atinge baridades de
60 a 130 kg/m3.
.
52
INERTES
INERTES LEVES (6)
Perlite expandida
A
perlite é um vidro vulcânico da família dos feldspatos que ocorre em diferentes
regiões da América, Itália, Ulster, etc.
Quando
aquecida rapidamente até 900-1100 º C expande-se devido ao desenvolvimento
de vapor, formando um material celular com baridade de 30 a 240kg/m3.
53
INERTES
INERTES LEVES (7)
Vidro expandido
O
vidro sodocálcico de composição corrente, moído e misturado com um agente de
expansão, é granulado e depois aquecido, obtendo-se grânulos de 3 a 25 mm, com baridade
de 150 a 300 kg/m3.
É uma boa
aplicação dos detritos de fibras de vidro e até do vidro de garrafas.
Não há ataque do vidro pelo cimento.
.
54
INERTES
INERTES LEVES (8)
Argila expandida (1)
É o inerte leve
mais aplicado.
Segundo
Sousa Coutinho, LNEC, 70 % do inerte leve utilizado pela indústria da construção é
argila expandida.
Para
a fabricação de grânulos de argila expandida exige-se um argila expansiva à qual se
juntam substâncias que ampliam tal expansibilidade.
.
55
INERTES
INERTES LEVES (8)
Argila expandida (2)
Aquecendo
esta mistura a 1100-1200 º C alguns dos minerais que constituem a argila fundem, outros
componentes decompõem-se desenvolvendo gases no interior da argila que não podem escapar para o
exterior devido à fase líquida que envolve as partículas da argila provocando o aumento de volume da argila
piroplástica.
A
necessidade do aparecimento duma fase em fusão com viscosidade suficientemente elevada para
aprisiona os gases origina uma restrição na escolha da argila.
.
56
INERTES
INERTES LEVES (8)
Argila expandida (3)
Os
teores de sílica, alumina e fundentes (cal, magnésia, óxido de ferro e álcalis) não devem ultrapassar
determinados limites, sem o que a argila não fundirá a uma temperatura suficientemente baixa ou fundiria numa
massa insuficientemente viscosa .
O
inerte de argila expandida é preparado em fornos rotativos.
O
processo patenteado na Dinamarca na década de 40 conhecido por LECA, Light Expansed Clay Aggregate, tem
uma baridade entre 350 a 700 kg/m3
57
INERTES
INERTES LEVES (9)
Xisto expandido
As condições para a expansão do xisto são semelhantes às da argila expansiva.
Porém
nunca foi feito no LNEC um estudo sistemático das características do produto e
da sua aplicação industrial no betão.
58
INERTES
INERTES LEVES (10)
Escória de alto forno expandida (1)
A escória de alto forno é um subproduto da extracção do ferro fundido, que é lançada à saída do alto forno
(a 1400-1500ºC) sobre jactos de água.
O vapor de água assim produzido provoca a formação de bolhas de ar e vapor e a escória expande
arrefecendo.
Obtém-se uma rocha alveolar lembrando a pedra pomes natural, mas com textura superficial escoriácia.
A baridade do inerte grosso é inferior a 800 kg/m3 e a da areia a 1000kg/m3
59
INERTES
INERTES LEVES (10)
Escória de alto forno expandida (2)
Fig. 2.47-Granulação da escória.
A escória em fusão cai sobre a roda dentada que a projecta em pequenas
partículas, arrefecidas por meio de jactos de água.
.
60
INERTES
INERTES LEVES (10)
Escória de alto forno expandida (3)
Fig. 2.47-V. livro SOUSA COUTINHO, Fabrico de betão, Vol I,
LNEC, existente na Biblioteca da Uiversidade Politécnica.
.
61
INERTES
INERTES LEVES (11)
Cinzas volantes sinterizadas (1)
As cinzas volantes são o resíduo da combustão do carvão pulverizado queimado , por exemplo na
centrais térmicas.
Têm finura semelhante ao do cimento Portland normal.
Para
sua preparação como inerte leve são humedecidas e colocadas num depósito rotativo onde
se agregam em pequenas partículas esféricas, que em seguida se sinteterizam a cerca de 1200ºC.
62
INERTES
INERTES LEVES (11)
Cinzas volantes sinterizadas (2)
Formam-se
então nódulos porosos, duros, que são posteriormente britados e
selecionados.
A
baridade é inferior a 960 kg/m3 para o inerte grosso e a 1200 kg/m3 para a
areia.
.
63
INERTES
INERTES LEVES (11)
Cinzas volantes sinterizadas (3)
SINTERIZAÇÃO
é um processo de aglomerar partículas num sólido dotado de coesão por meio de um
aquecimento.
Para
se dar a sinterização é necessária a presença duma fase líquida ou a existência de difusão entre
sólidos.
No primeiro caso quando se forma uma fase líquida esta é parcial e perde a fluidez logo que arrefece.
64
INERTES
INERTES LEVES (11)
Cinzas volantes sinterizadas (4)
As
cinzas volantes são o resíduo finamente dividido da queima do carvão pulverizado ou
moído, que é arrastado nos gases de combustão.
Ao
queimar-se o carvão que em regra é previamente moído até passar no peneiro 75 µm de
abertura, a parte combustível arde instantaneamente, enquanto a parte não combustível,
essencialmente constituída por xistos e argilas, entra parcialmente em fusão.
.
65
INERTES
INERTES LEVES (11)
Cinzas volantes sinterizadas (5)
Consoante
o tipo de forno e a finura do carvão , algumas destas partículas aglomeram-se numa espécie
de clínquer, que cai no fundo do forno , dando origem à jorra.
Outras
devido às suas pequenas dimensões, são transportadas nos gases de combustão, podendo ser
captadas antes de saírem para a atmosfera.
O
material assim obtido, constituído fundamentalmente por partículas de forma arredondada, com
diâmetro médio de cerca de 10 µm, designa-se por “cinzas volantes”, (Fly Ash).
66
INERTES
INERTES LEVES (12)
Jorra
.
67
INERTES
INERTES LEVES (13)
Pedra pomes
É uma rocha lávica, de
natureza ácida, rica portanto em sílica, arrefecida rapidamente ao ar.
A
sua textura é celular, devido á existência de numerosas bolhas de gases que se
desenvolvem quando da sua solidificação.
Tem o aspecto duma rocha
rugosa mas não vitrificada.
A baridade
varia de 500 a 900 kg/m3.
.
68
69
Variação da resistência à compressão do betão
em função da massa volúmica de diferentes
agregados leves
70
71
72
TORRE
PICASSO
em Madrid,
construído
com betão
leve com
ARLITA
73
74
INERTES
INERTES DE ELEVADA DENSIDADE (1)
Para aumentar a densidade do betão é necessário empregar inerte de elevada densidade ,
geralmente maior do que 4.
O
material mais vulgarmente empregado como inerte pesado é a barita, (sulfato de bário)
com densidade de 4 a 4,4.
Usam-se
também minérios de ferro como a limonite, magnetite, hematite, goetite, ilmenite
(óxido de ferro e titânio),e volframite (tungstato de ferro e manganésio).
.
75
INERTES
INERTES DE ELEVADA DENSIDADE (2)
Os
minérios de ferro não deverão estar alterados pois a metereorização tende a pulverizá-los
passando a ter uma elevada absorção de água diminuindo a massa volúmica do betão.
O
aço (densidade 7) dá também um óptimo inerte pesado mas é difícil obter com ele formas e
granulometrias correctas par se comporem betões de trabalhabilidade aceitáveis.
A diferença de
densidades entre estes componentes do betão contendo pedaços ou partículas de
aço, torna o betão muito segregável e heterogéneo.
76
77
78
79
80
81
82
INERTES
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O
CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO(1)
Nos
slides anteriores enunciámos as características que os
inertes devem possuir.
Mas
para o cálculo da composição do betão, isto é, para a
determinação das quantidades dos componentes, em peso
por unidade de volume do betão, é necessário conhecer
outras propriedades dos inertes, que são, V. slide seguinte:
83
INERTES
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O
CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO(2)
Massa
volúmica das partículas
Absorção
Humidade
Baridade
Granulometria
84
INERTES
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO(3)
Massa volúmica das partículas
É a relação entre a massa de um corpo e o seu volume.
Aplicada ao inerte refere-se à massa volúmica das partículas individuais e não à massa agregada em conjunto. As massas
volúmicas dos inertes mais vulgares que constituem as rochas mais usadas na construção são:
Basalto = 2,8 kg/cm3 Pórfiro=2,73 kg/cm3 Quartzite=2,62kg/cm3 kg/cm3
Granito=2,67 kg/cm3 Sílex=2,70 kg/cm3 Grés=2,50 kg/cm3
Calcário=2,66 Kg/cm3
. 85
INERTES
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO(4)
Absorção(1)
A absorção de água do inerte é determinada a partir da diminuição da massa de uma amostra de
inerte saturado de água (com a superfície seca), p1, seca em estufa a 105º C, p3.
A relação entre a perda de massa (p1-p3) expressa em percentagem é a absorção A.
A=(p1-p3)/p3x100
.
86
INERTES
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO(4)
Absorção(2)
Quando todos os poros estão cheios de água o inerte fica saturado.
Colocando ao ar este material alguma água contida nos poros evaporar-se-á, dizendo-se então inerte seco ao ar.
Prolongando a secagem em estufa, o inerte diz-se seco em estufa.
Mas se for abandonado na atmosfera sem qualquer protecção o inerte reconstitui a humidade correspondente ao
estado seco ao ar.
87
INERTES
VALORES DE ABSORÇÃO DE ALGUNS INERTES
INERTE ABSORÇÃO %
GRANITO 0a1
CALCÁREO BRITADO 0,5 a 1
GRÉS 2a7
AREIA 0a2
88
INERTES
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO(4)
Humidade (1)
O inerte quando exposto à intempérie adquire e conserva uma quantidade apreciável de humidade.
Assim, além da humidade aprisionada pelo inerte no seu interior por absorção, temos que adicionar a nova
parcela de água aderente à superfície, chamada teor de humidade ou simplesmente humidade.
O teor total da água do inerte é igual à soma da absorção com o teor de humidade.
89
QUADRO-Humidades médias de inertes
90
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO (5)
A
baridade dum inerte depende do seu grau de compactação, do modo como está
arranjado no interior do seu continente, da forma das partículas.
A
Fig. 1.31 pág. 104, Sousa Coutinho, mostra a variação da baridade duma areia em
função da sua humidade, grau de compactação (solta ou compactada) e com a máxima
dimensão do inerte, com variações de baridade de 1100 a 1800 kg/m3.
. 91
INERTES
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO (6)
Granulometria (1)
A granulometria condiciona a compacidade do betão e portanto todas as propriedades do betão.
Chama-se granulometria à distribuição das percentagens das partículas de determinadas dimensões que compõem o inerte.
Sob o ponto de vista granulométrico a dimensão duma partícula é definida pela abertura de uma malha com forma determinada através da qual ela
passa ficando retida numa malha idêntica de menor dimensão.
A dimensão assim determinada exige que se definam dois parâmetros:
Forma de abertura da malha, quadrada ou circular e diferença entre aberturas de duas malhas consecutivas.
92
INERTES
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO (6)
Granulometria (2)
Praticamente a análise granulométrica é realizada agitando o inerte através de uma série de peneiros arranjados por ordem tal que os da malha mais
larga estejam na parte superior e os de malha mais apertada na inferior e pesando o material retido em cada peneiro.
Conhecendo-se a massa inicial da amostra calcula-se a percentagem da massa dos resíduos nos peneiros.
Sendo a granulometria uma questão de percentagem de partículas de determinada dimensão é-se conduzido à avaliação de percentagens de volume das
partículas.
Pressupõe-se que todas a partículas têm a mesma massa volúmica.
93
INERTES
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO (6)
Granulometria (3)
Peneiros e suas características (1)
A malha dos peneiros pode ser quadrada ou redonda.
Normalmente os peneiros de abertura redonda são empregados para os inertes mais grossos.
As aberturas das malhas dos peneiros são normalizadas em diferentes países.
Nos E.U.A. as normas ASTM para efeito da análise granulométrica dos inerte destinados a betão usam peneiros cujas aberturas formam
uma série geométrica de razão 2, começando em 0,075 mm.
94
INERTES
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO (6)
Granulometria (3)
Peneiros e suas características (2)
Os peneiros mais grossos são designados pela dimensão da abertura , até cerca de 5 mm.
Os de abertura inferior a 5 mm são designados pelo número de malhas por polegada linear.
O peneiro nº 30 indica que tem 30 aberturas por polegada quadrada ou 30x30 por polegada quadrada.
O peneiro nº 4 com 4,76 mm de abertura é o peneiro que convencionalmente separa o inerte grosso da areia.
95
SÉRIE DE PENEIROS ASTM EMPREGADOS NA ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
98
Massas mínimas das amostras para análise granulométrica
100
INERTES
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO (6)
Granulometria (3)
A soma dos resíduos dos peneiros deve ser igual com 1 % de tolerância, à massa inicial da amostra.
101
10
2
10
Peneiros da
série ASTM para
análise
granulométrica
104
Peneiros da
série ASTM para
análise
granulométrica
105
106
Exemplo duma análise granulométrica
ABERTURA DA RESÍDUO RESÍDUO NO PERCENTAGEM TOTAL PERCENTAGEMDO
MALHA NO PENEIRO DE INERTE QUE INERTE RETIDO NO
(mm) PENEIRO (%) PASSA ATRAVÉS DO PENEIRO (%)
(g) PENEIRO (%)
19,0 - - 100,0 0,0
9,51 18,8 1,9 98,1 1,9
4,76 41,9 4,2 93,9 6,1
2,38 195,8 19,6 74,3 25,7
1,19 337,5 33,8 40,5 59,5
0,595 319,4 31,9 8,6 91,4
0,297 75,2 7,5 1,1 98,9
0,149 10,0 1,0 0,1 99,9
Refugo 1,4 0,1 - -
Total 1000,0 383,4
Módulo de 3,83 107
Finura
108
109
110
111
112
113
114
115
116
117
118
INTERPRETAÇÃO DUMA ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
119
Curva granulométrica 1: GRANULOMETRIA EXTENSA BEM GRADUADA.
Elementos com
diferente dimensão,
do que
resulta um melhor
imbricamento das
partículas entre si e
consequente melhor
resistência mecânica.
INTERPRETAÇÃO DUMA ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
120
Curva granulométrica 2: GRANULOMETRIA UNIFORME
Elementos com
dimensão,
aproximadamente
igual:
Exemplo areia
duma praia.
INTERPRETAÇÃO DUMA ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
121
Curva granulométrica 3: GRANULOMETRIA EXTENSA MAL GRADUADA.
Falta de elementos
com determinada
dimensão,
mal graduado
INERTES
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO (6)
Granulometria (3): Curva granulométrica (1)
O
traçado gráfico da curva granulométrica permite apreciar rapidamente a granulometria do inerte e as deficiências que
possa ter de partículas de determinada dimensão.
No
traçado da curva escolhem-se para ordenadas as percentagens de material que passa através de cada peneiro, graduando-
se o eixo respectivo de 0 a 100 de baixo para cima, numa escala aritmética e para abcissas as aberturas dos peneiros em
escala logarítmica. No caso de aberturas em progressão geométrica de razão 2, as distâncias são iguais de abertura a
abertura.
122
INERTES
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO (6)
Granulometria (3):
Curva granulométrica (2)
Fig.
1.32 pág. 112, Sousa Coutinho, apresenta um exemplo de uma curva
granulométrica.
A tracejado representa-se a área que é proporcional ao módulo de finura.
123
124
INERTES
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO (6)
Granulometria (3): Cálculo do Módulo de Finura (1)
Define-se
módulo de finura como a soma das percentagens totais que ficam retidas em cada peneiro, da
série normal, dividida por 100.
A
série normal é a que começa no peneiro de 0,149 mm de abertura e se estende até à máxima
dimensão do inerte.
No
gráfico da Fig. 1.32 pág. 112, as ordenadas estão na escala decimal e as abcissas em escala
logarítmica, do que resulta afastamentos iguais para peneiros crescendo em escala geométrica de razão
2.
125
INERTES
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO (6)
Granulometria (3): Cálculo do Módulo de Finura (2)
Uma
interpretação do módulo de finura pode ser a dimensão
média ponderada do peneiro do grupo onde é retido o
material, sendo os peneiros contados a partir do mais fino.
Por
exemplo uma areia com um módulo de finura de 3,00
significa que a dimensão média é a correspondente ao 3º
peneiro da série, 0,595mm de abertura.
126
INERTES
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO (6)
Granulometria (3): Cálculo do Módulo de Finura (3)
Assim
como o módulo de finura 5,00 significa que a
dimensão média é a correspondente ao peneiro com 2,38
mm de abertura, 5º peneiro da série.
Outra
interpretação útil para o cálculo da composição do
betão, é a de que o módulo de finura é um número
proporcional à área a tracejado da figura.
127
INERTES
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO (6)
Granulometria (3): Designação do Inerte (1)
No
entanto o inerte pode conter 10 % de partículas com dimensão superior a 50,8 mm e 5% de partículas
com dimensão inferior a 19,0 mm. V. fig. 1.33 pág.114.
128
INERTES
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO (6)
Granulometria (3): Amostragem (1)
Antes de proceder aos ensaios dos inertes há que realizar as sua amostragem.
A
Norma D 75 da ASTM, American Society for Testing and Materials, descreve
as regras de amostragem que se devem seguir.
129
INERTES
DETERMINAÇÕES NECESSÁRIAS PARA O CÁLCULO DA COMPOSIÇÃO DO BETÃO (6)
Granulometria (3): Amostragem (2)
A
amostra principal deve ser constituída por diversas porções retiradas de diferentes locais do depósito, da superfície, do
centro e do fundo.
Geralmente
é suficiente uma dezena de porções. Mas se o depósito está muito segregado será necessário um número
maior de colheitas.
A
melhor ocasião para proceder à colheita é à entrada da betoneira ou à sua chegada ao estaleiro, durante a descarga.
Procura-se retirar
uma porção no início, outra no meio e outra no fim da descarga.
130
131
132
Pasta= cimento + água
133
Argamassa: Cimento + água + agregados finos
134
Betão simples = cimento + água + agregados finos
(areias) + agregados grossos (britas)
135
Exemplo de segregação do betão
136
EXSUDAÇÃO:
forma de segregação,
na qual a água do
betão sobe para a
superfície deste
diminuindo a
resistência do betão
e também a sua
trabalhabilidade.
137
Devia usar
manga
comprida
para proteger
138
ENSAIO SLUMP TEST
139
SLUMP TEST
142
SLUMP
TEST
143
Passos para a realização do SLUMP TEST
144
SLUMP TEST
Ensaio de Trabalhabilidade do betão
simples
Cone de
Abrams
145
Ensaio de slump test
146
147
SLUMP
149
SLUMP TEST
150
151
SLUMP TEST
152
Enchimento duma laje com betão bombeado
153
154
Betão lançado através duma calha
Enchimento de cubos de betão para ensaio à compressão simples aos 3, 7, 14 e 28 dias
156
Máquina de rebentamento de cubos de betão à compressão
157
VALOR CARACTERÍSTICO DO BETÃO À COMPRESSÃO
15
8CONCEITO DE VALOR CARACTERÍSTICO
As medidas da resistência dos betões apresentam grande
dispersão de resultados em torno da média.
Tomando-se a resistência à compressão dos concretos, se os
valores forem plotados num diagrama onde no eixo das
abscissas se marcam as resistências e no eixo das ordenadas
as freqüências com que as resistências ocorrem, quanto maior
o número de ensaios mais o diagrama terá a forma da curva de
distribuição normal de Gauss, como mostrado na Figura do
slide seguinte.
Diagrama de frequências de um betão (RÜSCH, 1981).
15
9
VALOR CARACTERÍSTICO DO BETÃO À COMPRESSÃO
16
0
A curva de distribuição normal é definida pelo valor
médio (fm) e pelo desvio padrão (s).
Quanto menos cuidados forem dispensados em todas
as fases até o ensaio do corpo-de-prova, maior será o
desvio padrão (dispersão dos resultados).
A Figura do slide seguinte mostra as curvas de dois
diferentes betões, com resistências médias iguais,
porém, com quantidades bem diferentes.
Curvas de dois betões com qualidades diferentes (RÜSCH, 1981)
16
1
VALOR CARACTERÍSTICO DO BETÃO À COMPRESSÃO
16
2 Se tomada a resistência média o betão com maior dispersão de resultados apresenta menos
segurança que o outro concreto, donde se conclui que a adoção da resistência média não éum
parâmetro seguro para ser considerado nos cálculos.
Por este motivo as normas introduziram o conceito de “valor característico da resistência”
(fk), que, de acordo com a NBR 6118/03 (item 12.2), são aqueles que, num lote de um
material, têm uma determinada probabilidade de serem ultrapassados, no sentido desfavorável
para a segurança.
Podendo também ser definido como o valor menor que a resistência média (f m) e que tem
apenas 5 % de probabilidade de não ser atingido pelos elementos de um dado lote de material.
Desse modo, a utilização de dois diferentes concretos com características de qualidade
diferentes fica segura, como mostrado na Figura do slide seguinte.
A vantagem do betão com menor dispersão sobre aquele de maior dispersão será a economia,
com menor consumo de cimento.
,
Betões com qualidades diferentes mas mesma resistência característica,(RÜSCH 1981).
16
3
VALOR CARACTERÍSTICO DO BETÃO À COMPRESSÃO
16
4Admitindo a curva de Distribuição Normal de Gauss e o quantil de 5 % para a resistência, o
valor característico da resistência fica definido pela expressão:
onde:
f = resistência característica do material (f = resistência, k = valor característico);
k
s = desvio padrão;
1,65 s corresponde ao quantil de 5 % da distribuição normal.
Uso de aditivos no fabrico de betão
165
Fonte: Aula prática no LEC 2020
ADJUVANTES LÍQUIDOS. Da esquerda para a
direita: Anti-lavagem , redutor de retração, redutor
1
166
ADJUVANTE
Segundoa definição de A. de Sousa Coutinho,
adjuvante é :
“asubstância utilizada em percentagem
inferior a 5% da massa do cimento, adicionada
durante a amassadura, aos componentes
normais das argamassas e betões, com o fim de
modificar certas propriedades destes
materiais, quer no estado fluído, quer no
estado sólido, quer ainda no momento da
passagem de um estado para o outro.” 167
ADJUVANTE
169
ENSAIO DE TRACÇÃO DO AÇO
170
ENSAIO DE DOBRAGEM DO AÇO
171
IDADE DO BETÃO: Resistência à Compressão
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
173
RUY MOREIRA CRAVO
MSc, MBA, PhD
ruycravo@mail.telepac.pt
moreiracravoruy@gmail.com
00258-843 841 557
00258-822 897 294
174