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Universidade Federal do Rio Grande

Escola de Engenharia
Materiais de Construção Civil

Tassia Fanton
1 – Definições

Materiais granulosos, naturais ou artificiais, divididos em partículas


de formatos e tamanhos mais ou menos uniformes cuja função é atuar como
material inerte nas argamassas e concretos aumentando o volume da mistura
e reduzindo seu custo.
1 – Definições

1.1 USO NA ENGENHARIA CIVIL

Concretos e argamassas
Base para pavimentação
Drenos
Lastros de ferrovias
Gabiões
1 – Definições
1.2 FINALIDADE EM CONCRETOS E ARGAMASSAS
Econômicas: redução de custos

Cimento +/- R$ 560,00/m³

Agregados +/- R$ 65,00/m³

Técnicas: - Minimiza a retração


- Minimiza o calor de hidratação
- Aumenta a resistência a brasão.
1– Definições

1.2 FINALIDADE EM CONCRETOS E ARGAMASSAS

Em média o
concreto é
composto de
55% a 70%
de agregados
2– Classificação

2.1 QUANTO À ORIGEM

Naturais: são agregados que não sofreram nenhum processo de


beneficiamento, sendo encontrados na natureza já na forma particulada e
com dimensões aplicáveis a produção de produtos da construção , como
argamassas e concretos.
Exemplo:
2– Classificação

2.1 QUANTO À ORIGEM

Artificiais: são aqueles que necessitam ser trabalhados para chegarem a


condição necessária e apropriada para seu uso, como por exemplo a
britagem.
Exemplo:
2– Classificação
2.2 QUANTO A MASSA UNITÁRIA
Leves: M.U < 1 g/cm³
2– Classificação
2.2 QUANTO A MASSA UNITÁRIA
Normais: M.U entre 1 e 2 g/cm³
2– Classificação
2.2 QUANTO A MASSA UNITÁRIA
Normais: M.U > 2 g/cm³
2– Classificação
2.3 QUANTO A DIMENSÃO DAS PARTÍCULAS
Miúdo: 0,075mm < φ < 4,8mm.
Passam na peneira com 4,8mm de abertura e ficam retidos na 0,075mm.

Exemplos:

Areia

Pó de Pedra
2– Classificação
2.3 QUANTO A DIMENSÃO DAS PARTÍCULAS
Graúdo: φ > 4,8mm.
Fragmentos que ficam retidos na peneira de abertura 4,8mm.

Exemplos:

Brita

Seixo rolado
3– Características
3.1 AREIAS

Apresentam grãos de tamanhos variados. Por isso, podem ser classificadas, pela
granulometria, em: areia grossa, média e fina.
3– Características
3.1 AREIAS

Devem ser isentas de sais óleos, graxas, materiais orgânicos, barro, detritos e
outros. Não devem ser usadas areia de praia (por conter sal) e areia com matéria
orgânica, que provocam trincas na argamassa e prejudicam a ação química do
cimento.
3– Características
3.1 AREIAS

OBS:

É difícil encontrar uniformidade nas dimensões de grãos de areia de mesma


categoria. Essa desigualdade é satisfatória, visto que contribui para a obtenção de
melhores resultados em seu emprego, já que diminui a existência de vazios na
massa e para a diminuição do volume dos aglomerantes, cimento e cal, na mistura,
que são materiais de maior custo.
3– Características
3.1 AREIAS

Areias para concreto:

- Grãos grandes e angulosos (areia grossa)


- Limpa: Quando esfregada na mão deve ser sonora e não fazer poeira e nem sujar
a mão.
- Observar a umidade, pois a mesma interfere na relação água cimento do
concreto.
3– Características
3.1 AREIAS

Areias para alvenaria:


- Assentamento da alvenaria: utiliza-se areia média ou grossa.
- Chapisco: utiliza-se areia média ou grossa.
- Na camada do revestimento, chamada de emboço usa-se areia média.
- Para o revestimento final chamado reboco ou massa fina usa-se areia fina.
3– Características

3.2 BRITAS

Provém da desagregação das rochas em britadores e que após passar em peneiras


selecionadoras são classificadas de acordo com sua dimensão média, variável de
4,8mm a 76mm.
São normalmente utilizadas para confecção de concretos. Sendo as mais utilizadas
são as britas número 1 e 2.
3– Características

3.2 BRITAS
As britas são classificadas na prática como:

BRITA D min. [mm] D máx. [mm]


0 4,8 9,5
1 9,5 19,0
2 19,0 25,0
3 25,0 50,0
4 50,0 76,0
Pedras de mão 76,0 250,0
3– Características

3.2 BRITAS

Qualidades exigidas das britas:

Limpeza: ausência de matéria orgânica, argila, sais, etc.

Resistência: no mínimo possuírem a mesma resistência à compressão requerida


do concreto.

Durabilidade: resistir às intempéries e às condições adversas.

Serem angulas para melhor aderência.


4– CONSTANTES FÍSICAS

4.1 MASSA UNITÁRIA / ESPECÍFICA APARENTE


É o peso da unidade de volume, incluindo-se os vazios contidos nos grãos. É de
grande importância, para as transformações dos traços em peso para volume e vice-
versa.

A determinação é feita através do ensaio descrito na NBR – 7251/1987: Agregados


em estado solto – Determinação da massa unitária.
4– CONSTANTES FÍSICAS
4.1 MASSA UNITÁRIA / ESPECÍFICA APARENTE
Para os agregados miúdos é determinada preenchendo-se um recipiente de volume
conhecido com agregado deixando cair a uma altura de 10 a 15cm. A areia, apresenta
a massa unitária na faixa de 1,50 a 1,60g/cm³.
4– CONSTANTES FÍSICAS
4.1 MASSA UNITÁRIA / ESPECÍFICA APARENTE

Faz-se o lançamento do agregado com auxilio de pá metálica no recipiente a uma


altura entorno de um terço de sua capacidade. Espalhando-se o material de maneira
uniforme dentro do recipiente. O processo se repete até o recipiente ser preenchido,
é feito o arrasamento da superfície de forma a deixá-la nivelada em relação as
bordas. Os espaços vazios deixados pelo arrasamento foram preenchidos por outras
pedras, permitindo a regularização da superfície.
4– CONSTANTES FÍSICAS

4.1 MASSA UNITÁRIA / ESPECÍFICA APARENTE

ou
4– CONSTANTES FÍSICAS

4.1 MASSA UNITÁRIA / ESPECÍFICA APARENTE

Exemplo:
Qual o volume de brita que deve ser pedido ao depósito sabendo-se que serão
necessárias 8t dessa brita na obra? O ensaio para a determinação da massa unitária
em estado solto apresentou os seguintes valores:
Massa do recipiente = 9,7 kg
Massa do recipiente + agregado = 38,20 kg
Volume do recipiente = 20 dm³
4– CONSTANTES FÍSICAS

4.2 MASSA ESPECÍFICA


É a massa da unidade de volume excluindo-se os vazios entre os grãos e os
permeáveis, ou seja, a massa de uma unidade de volume dos grãos do agregado.
Pode ser obtida pela frasco de Chapman, a massa específica do agregado miúdo gira
entorno de 2,65g/cm³.

Determinação da massa específica do agregado miúdo feita pelo francos de Chapman


é regida pela NBR 9776/87.
4– CONSTANTES FÍSICAS
4.2 MASSA ESPECÍFICA

Coloca-se água no frasco até a marca de 200cm³, deixando-a em repouso.


Em seguida introduzir cuidadosamente 500g de agregado miúdo
devidamente seco . A leitura final do nível atingido no gargalo do frasco indica
o volume em cm³, ocupado pelo conjunto água + agregado miúdo.
4– CONSTANTES FÍSICAS

4.2 MASSA ESPECÍFICA


A massa específica do agregado miúdo é calculada através da expressão:

ou

kg/dm³

g/cm³
4– CONSTANTES FÍSICAS

4.2 MASSA ESPECÍFICA


A massa específica do agregado miúdo é calculada através da expressão:

ou

kg/dm³

g/cm³
4– CONSTANTES FÍSICAS

Exemplo:

1 – Sabendo que uma areia tem massa específica de 2,56kg/dm³, determine a leitura
no frasco de Chapman em que foram adicionados 200cm³ de água e 500 g de areia
seca.
Dado: 1 kg/dm³ = 1g/cm³ = 1000kg/m³

2 - Qual a massa unitária da areia usada no ensaio em que o volume de grãos contido
em um recipiente de 15dm³, é de 8,25dm³ e sua massa específica é de 2,62kg/dm³?
4– CONSTANTES FÍSICAS
4.3 TEOR DE UMIDADE

É relação da massa de água absorvida pelo agregado que preenche total ou


parcialmente os vazios, e a massa desse agregado quando seco. Sua determinação é
feita, principalmente pelo método de secagem em estufa; método do speedy test;
frasco de Chapman. O método do speedy test é considerado um método prático e
rápido, pois pode ser feito no canteiro de obras.

Determinação da umidade superficial do agregado miúdo por meio do frasco de


Chapman – NBR 9775
Determinação da umidade superficial do agregado miúdo por secagem em estufa –
NBR 9939.
4– CONSTANTES FÍSICAS

4.3 TEOR DE UMIDADE (Secagem em Estufa)

2 – Pesar duas amostras


1 - Determinar o peso das de areia úmida +/- 50g.
cápsulas de alumínio.

3 – Colocar o conjunto na
4- Retirar a amostra da estufa estufa a uma temperatura de
e pesar. 105°C – 100° C, durante 24h.
4– CONSTANTES FÍSICAS
4– CONSTANTES FÍSICAS

4.3 TEOR DE UMIDADE (Speedy Test):


O Speedy Test é um aparelho composto de uma garrafa metálica, na qual é acoplado
na sua extremidade superior um manômetro. O ensaio consiste em colocar certa
quantidade de material úmido, juntamente com duas ampolas de carbureto de cálcio
em pó e uma esfera de aço no interior da garrafa.
4– CONSTANTES FÍSICAS

4.3 TEOR DE UMIDADE (Speedy Test):

Feito isso, fecha-se a garrafa agitando-se com violência para que a esfera
quebre a ampola de carbureto de cálcio. A reação da água contida na areia com
carbureto de cálcio elevará a pressão, que será acusada pelo manômetro e também
pelo aquecimento das paredes da garrafa metálica. Em seguida aplicar constantes
movimentos de vai-e-vem para que haja homogeneização entre a areia úmida e o
carbureto de cálcio, até que a garrafa esfrie.
Proceder a leitura do manômetro e, de acordo com a pressão indicada
obtém-se diretamente pela tabela do aparelho o teor de umidade em porcentagem.
4– CONSTANTES FÍSICAS

4.3 TEOR DE UMIDADE:

Exemplo:

Qual o volume de água que existe em 90kg de areia com umidade de 3,2%?
1. Atividades de Pesquisa

tassiafanton@gmail.com

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