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DOSAGEM

DEFINIÇÃO:
“é o proporcionamento adequado e
mais econômico de materiais:
cimento, água, agregados, adições e
aditivos.”
DOSAGEM
• REQUISITOS PARA A DOSAGEM
• Trabalhabilidade
• Resistência físico-mecânica
• Permeabilidade/Porosidade
• Condição de exposição
• Custo
DOSAGEM
• RESISTÊNCIA ESPECIFICADA
• Em todos os projetos => Compressão
simples
• Projetos especiais
Tração por compressão diamentral
Tração na flexão
Módulo de deformação
Desgaste por abrasão
INFLUÊNCIA DOS MATERIAIS
• Cimento:
Maior consumo de cimento acarreta:
MAIOR plasticidade
MAIOR coesão
Menor segregação
Menor exsudação
MAIOR calor de hidratação
MAIOR variação volumétrica
INFLUÊNCIA DOS MATERIAIS
Aumento do teor de agregado miúdo acarreta:

Aumento do consumo de água


Aumento do consumo de cimento
Maior plasticidade
INFLUÊNCIA DOS MATERIAIS
AGREGADO GRAÚDO
Quanto mais arredondado e liso maior
plasticidade e menor aderência;
Ideal são cúbicos e rugosos.

OBS: Lamelar leva a maior consumo de cimento, areia e água e menor


resistência
MÉTODO DE DOSAGEM - ACI
• American Concrete Institute
• CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS:
• Cimento: Tipo
Massa específica
Resistência do cimento aos 28 dias

• Agregados: Análise granulométrica


Módulo de finura do agregado miúdo
Dimensão máxima do agregado graúdo
Massa específica
Massa unitária compactada
CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS:

• fc28 = fck + 1,65 x sd

Concreto Consistência no estado fresco


Condições de exposição
Resistência de dosagem do concreto
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
• Aspectos do Projeto:

– Resistência média a 28dias de 24 Mpa


– Abatimento de 6cm com tolerância de 1cm
– Bitola máxima do agregado de 25mm
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
• Materiais Disponíveis:
– Cimento CP-32
– Areia com módulo de finura 2,56
Y absoluto = 2,61
Y aparente = 1,51
– Brita 1, com 19mm (acima de 75% retido na
peneira 9,5)
Y absoluto = 2,61
Y aparente = 1,42
SOLUÇÃO
• 1º Passo;
Na tabela “Consumo de água em função do abatimento e da
dimensão máxima do agregado”, verificamos que para 1metro
cúbico de concreto e abatimento 6cm (utilizando brita D=19mm) é
necessário 200l de água e teremos 2% de ar incorporado.
SOLUÇÃO
• 2º Passo;
A partir da Curva de Abrams, cimento CP-32 com 24MPa a 28 dias, obtém-se
fator a/c = 0,58.
SOLUÇÃO
Conhecido a/c e a quantidade de água
necessária, determinamos a quantidade de
cimento;

C = 200/0,58
C=344,82kg/m3
SOLUÇÃO
• 3º Passo;
Na tabela, verifica-se para o m.f. da areia (2,56) o volume de
agregado graúdo para o metro cúbico de concreto;
SOLUÇÃO
Assim:

690 l x 1,42kg/l = 979,80kg

Para cada kg de cimento 979,80/344,82


2,84 kg
SOLUÇÃO
• 4º Passo;
Calcular o peso de areia;
SOLUÇÃO
• Dosagem em kg:

Cimento = 1
Areia = ?
Pedra = 2,84
Água = 0,58
Considerações
• Caso seja necessário ajuste da água, no sentido de
obter a consistência ideal no abatimento de Cone???

• Se acrescentar 0,03l:
Dosagem em kg: Cimento = 1
Areia = ?
Pedra = 2,84
Água = 0,61

*
deixa de ser 200 e passa a ser 210,34 litros
MÉTODO IPT/EPUSP
• Professor Paulo Helene;

Consiste em fixar a trabalhabilidade requerida,


abatimento, e estabelecer diferentes teores
de argamassa e relações água/cimento.
MÉTODO IPT/EPUSP
• Não existe conhecimento prévio sobre os
agregados.

• A melhor proporção entre os agregados


disponíveis é a que consome menor
quantidade de água para abatimento
esperado.
MÉTODO IPT/EPUSP
• Diagrama de dosagem:

– Lei de Abrams
– Lei de Lyse
– Lei de Molinari
MÉTODO IPT/EPUSP
MÉTODO IPT/EPUSP
MÉTODO IPT/EPUSP
MÉTODO IPT/EPUSP
MÉTODO IPT/EPUSP
MÉTODO IPT/EPUSP
• O Método sugere um traço experimental de
1:5 e teor de argamassa inicial de 33%

• Escolher outros traços na proporção de massa


seca de cimento:
1:m +1
1:m-1
MÉTODO IPT/EPUSP
• Teor de argamassa:

α = (1+a) ÷ (1+m)

a – relação em massa de agregado miúdo


seco/ cimento
MÉTODO IPT/EPUSP
MÉTODO IPT/EPUSP
• Fazer os demais traços na busca do mesmo
abatimento;

• Mantendo fixos α e H;
• Variando a relação a/c

H – relação em massa de água/ massa seca,

H= a/c ÷ (1+m)
MÉTODO IPT/EPUSP
• Moldar os corpos de prova para:
ENSAIOS LABORATORIAIS

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GRANULOMETRIA DOS AGREGADOS

➢ Ensaio de granulometria:
➢NBR 7217/87 “Agregados-Determinação da composição
granulométrica”

3 Fonte: NBR 7217/87


GRANULOMETRIA-AGREGADO MIÚDO

“O agregado miúdo ou areia natural é o material


particulado de origem mineral no qual predomina
o quartzo de diâmetros entre 0,06 e 2,0mm, cujos
grãos passam pela peneira 4,8mm e fica retido na
peneira 0,75mm”
(ABNT, 1983)

3
AREIA

NBR 7211/09: “Agregados para concreto-


Especificação”
- Classificação do agregado miúdo quanto ao
módulo de finura:
2,90mm < MF < 3,50mm ---- grossa
2,20mm < MF < 2,90mm ---- média
1,55mm < MF < 2,20mm ---- fina

3
AREIA - GRÁFICO

3
AGREGADO GRAÚDO-BRITA

Classifica-se como sendo brita 19mm


Na série normal de peneiras

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AGLOMERANTE (CIMENTO)

Fonte: SILVA, Leandro

➢ Adotado Cimento Portland


Pozolânico CP IV-32 Nassau

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MASSA ESPECÍFICA - BRITA
IPT M9/1976 “Determinação da massa específica
do agregado graúdo pelo método do picnômetro”

ρ = massa específica do agregado; em g/cm3;


- ms = massa da amostra; em g;
m1 = massa do conjunto picnômetro-água; em
g;
m2 = massa do conjunto picnômetro-água-
amostra; em g
3

39
MASSA ESPECÍFICA - AREIA
NBR 9776/87 “Agregados-Determinação da massa
específica de agregados miúdos por meio do frasco
Chapman”
Colocar água no frasco até marca de 200 cm3,
deixando-o em repouso, para que a água aderida às
faces internas escorram totalmente; em seguida
introduzir, cuidadosamente, 500 g de agregado miúdo
seco no frasco.

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MASSA ESPECÍFICA - CIMENTO
NBR NM 23, 2001 “Cimento Portland e outros materiais
em pó – Determinação da massa específica” - Ensaio do
Frasco de Le Chatelier (igual ou superior a 0,731 g/cm3 a
15°C, até o nível das marcas de zero e 1 cm3 )

- ρ = massa específica do agregado; em g/cm3;


-m = massa da amostra (60g) - 2 amostras;
-V = volume deslocado pela massa do material ensaiado
(V2 – V1); em cm3;

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DOSAGEM

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DOSAGEM
➢ Dados Iniciais:

➢ Condição A (sd = 4,0Mpa)


Cimento em massa, agregados em massa, água volume ou
massa
➢ Condição B (sd = 5,5Mpa)
Cimento em massa, agregados combinado ente massa e
volume,
água em volume
➢ Condição C (sd = 7,0Mpa)
Cimento em massa, agregados em volume, água em volume

43
DOSAGEM

➢ Cálculo da resistência de dosagem:


fcj = fck + (1,65 x Sd)
fc 28 = 20,0 Mpa + (1,65 x 4,0 Mpa)
fc 28 = 26,60 Mpa

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DOSAGEM
➢Fator A/C

IGUAL
A
0,57

Fonte: Adaptado de ARAÚJO, R.C.L; RODRIGUES, E.H.C; FREITAS, E.G.A.


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DOSAGEM
➢ Estimativa do consumo de água/m3 de concreto:

➢ No caso teremos 205 L/m3


➢ Como isso, descobrimos o consumo de cimento/m3 de
concreto:
Consumo de cimento = 205 L ÷ 0,57 L/kg
Consumo de cimento = 359,649 kg
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DOSAGEM
➢ Proporção entre agregados:

➢ Podemos usar o ábaco experimental de França


Onde: A% =

= = 41,66% (areia)

B% = 100 – 41,66 = 58,34% (brita)

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DOSAGEM
➢ Cálculo do consumo de agregados por m3 de
concreto:

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DOSAGEM
➢ Logo, se resume a:

➢Substituindo os valores, temos:

50
DOSAGEM
➢ Enfim, temos as quantidades dos agregados:

➢O traço em peso fica:

1 : 2,166 : 3,034 A/C=0,57


51
DOSAGEM
➢ Correção quanto a umidade pelo Chapman: NBR
9775, 1987 “Agregados – Determinação da umidade
superficial em agregados miúdos por meio do frasco
de Chapman”

- h = porcentagem de umidade;
- Y = massa específica do agregado miúdo; em g/cm3;
- L = leitura do frasco (volume ocupado pelo conjunto
água-agregado miúdo).

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DOSAGEM
➢ Correção quanto a umidade pelo Chapman:
779,299 kg – 4,55% = 743,825 kg

➢ Retira-se da quantidade de água total:


205L – (4,55% x 205) = 195,66 L

➢ Logo o traço fica:

1 : 2,068 : 3,034 A/C=0,54


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DOSAGEM
➢ Correção quanto a proporção agregado miúdo e graúdo:
➢ O traço obtido tem uma relação brita/areia de 1,46. O que é
considerado alto, segundo Pimenta (2012), dificultando a
trabalhabilidade do concreto que fica visualmente áspero.
➢Pimenta (2012), recomenda, fixar a relação brita/areia em
1,20.

➢Logo, mantendo constante a areia em 2,068 encontra-se um


valor para brita de 2,48.

➢Então, o novo e definitivo traço fica igual a:

1 : 2,068 : 2,480 A/C=0,54

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DOSAGEM
➢ Traços auxiliares – Helene e Tutikian (2011):
➢ “Podem ser obtidos mantendo constante o teor de argamassa
(α) e a relação/materiais secos, e calculando analiticamente as
proporções para, pelo menos, mais dois traços, um mais rico tipo
(1:m-1 ou 1:m-0,5) e um mais pobre tipo (1:m+1 ou 1:m+0,5)”

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DOSAGEM
➢ m = a+p -> m = 2,069+2,480 -> m=4,548
➢ Sendo m-1 -> 4,548-1 -> 3,548

➢ Sendo m+1 -> 4,548+1 -> 5,548

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FABRICAÇÃO DO CONCRETO
➢ Traços definitivos:

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FABRICAÇÃO DO CONCRETO
➢ Mas não foi produzido 1 m3 de concreto - inviável:
➢ Apenas para a confecção de 0,016408m3 – 6 CP + 1
ST + 10%

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MOLDAGEM DE CORPO DE PROVA

➢ Corpos cilíndricos 10cm x 20cm;


➢ 12 golpes;
➢ Manualmente;

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SLUMP TEST OU TESTE DE ABATIMENTO

Simples e Fácil de executar – NBR NM


67/1998

Fonte: PIMENTA, Dhiego Saraiva. 2012


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Método DAU/IT/UFRRJ
Método DAU/IT/UFRRJ
• Tensão de Dosagem:
Método DAU/IT/UFRRJ
• Fator água/cimento;
Método DAU/IT/UFRRJ
• Peso de Água;
Método DAU/IT/UFRRJ
• Relação água/materiais secos (NB-1);
Método DAU/IT/UFRRJ
Método DAU/IT/UFRRJ
• Quantidade de Areia e Brita;
Método DAU/IT/UFRRJ
• Correção da quantidade de água em função
da úmidade da areia (5%);
Método DAU/IT/UFRRJ
• Volume de areia úmida (I=25%);
Método DAU/IT/UFRRJ
• Volume de Brita
Método DAU/IT/UFRRJ
• Traço Corrigido;
Método DAU/IT/UFRRJ
• Consumo de Cimento
Método DAU/IT/UFRRJ
• Padiolas
Método DAU/IT/UFRRJ
Método DAU/IT/UFRRJ

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